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00/03/2020

Romantism
o
Diogo Costa Nº3
Filosofia 11ºano

Fig.1 - Wanderer above the sea


of fog, Caspar David Friedrich
Índice
• Introdução • Eugène Delacroix
• Romantismo (contextualização) • José Rodrigues
• Romantismo • Jacques-Louis David
• A Arte Burguesa • O Romantismo na Música
• Características Românticas • Frédéric Chopin
• Aspeto Estilístico • O Romantismo em Portugal
• Contribuições Culturais • Conclusão
• Arquitetura Romântica • Bibliografia
• Pintura Romântica
• Francisco Goya
Introdução
Romantismo (contextualização)
• O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e culturais
causadas por acontecimentos do final do século XVIII: a Declaração
Universal dos Direitos Humanos, a Revolução Industrial, que provocou a
divisão do trabalho e o início da especialização da mão-de-obra, e a
Revolução Francesa, que lutava por uma sociedade mais harmónica, em
que os direitos individuais fossem respeitados. Do mesmo modo, a
atividade artística tornou-se mais complexa. Foi neste contexto que surgiu
o Romantismo. Os artistas românticos procuravam libertar-se das
convenções académicas em favor da livre expressão do artista, voltando-
se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores
trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo.
Romantismo
• O romantismo foi um movimento cultural,
artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século
XVIII na Europa que durou por grande parte do século XIX. Em detrimento
ao domínio da razão e da objetividade, muito presente nesta época
(racionalismo e iluminismo), o Romantismo nasceu com o intuito de
reivindicar a personalidade sensível e emocional dos indivíduo,
procurando um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais
da Europa. O início do século XIX foi marcado pelo lirismo,
pela subjetividade, pela emoção e pelo eu. O berço do romantismo foram
essencialmente 3 países: a Itália, a Alemanha e a Inglaterra. Porém, na
França o romantismo ganha força como em nenhum outro país e, através
dos artistas franceses, os ideais românticos espalham-se pela Europa e
A Arte Burguesa
• A burguesia, vitoriosa na Revolução Francesa, ascendeu a
pique e, desafiando os poderes da Monarquia, exigiu o seu
espaço na estrutura sociopolítica, bem como o cumprimento
dos ideais da sua bandeira revolucionária, a utopia:
Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Valorizaram o trabalho,
o comércio, a indústria e todos os meios capazes de gerar
lucro. Os burgueses, ansiosos por adquirir cultura, passaram
a ser mecenas, ou seja, patrocinaram a arte que correspondia
Fig.2 - Retrato de Jakob Fugger e aos seus interesses. Foi criado o drama para o público
sua esposa Sibylle Artzt, grandes burguês, inventou-se a narrativa em forma de romance, para
burgueses de Augsburgo, Hans os leitores ansiosos por consumir cultura e arte burguesas.
Burgkmair, 1498
Características Românticas
• Valorização de elementos populares:

Surgiu da relação entre a burguesia e o Romantismo e objetivava


retirar o privilégio da elite aristocrática. Intensificaram-se os temas
ligados à vida urbana; incentivou-se público a participar em
manifestações culturais.

• Imaginação Criadora:

Libertação da arte agora afastada das rígidas regras clássicas.


Liberdade para a forma e para o conteúdo. Criação de mundos
imaginári os nos quais o romântico acreditava.
Características Românticas
• Nacionalismo:

Louvor e exaltação da pátria, resgatava as


origens de cada nação, valorizações dos
elementos da terra natal, dos bens e das
riquezas nacionais, das paisagens naturais.
Exaltavam-se as personalidades e os heróis
da história, os valores gloriosos da pátria.

• Subjetivismo:
Fig.3 – A Liberdade Guiando o Povo,
Atitude individual e única. A poesia deixa Eugène Delacroix
de assumir os moldes clássicos e, sim, a
vontade do Eu criador.
Características Românticas
• Egocentrismo:

Houve o triunfo absoluto do EU; o reinado da poesia confessional na


qual o sujeito lírico declarava os seus sentimentos.

• Sentimentalismo:

Analisa e expressa a realidade por meio de sentimentos; a emoção


passa a ser valorizada, em detrimento do racionalismo.
Características Românticas
• Supervalorização do amor:

O amor foi considerado um valor supremo na vida. Entretanto, a conquista


amorosa era difícil: havia o mito do amor impossível, o estigma da paixão
desesperadora. A perda ou não realização amorosa levava o romântico ao
desespero, à loucura ou à morte.

• Idealização da Mulher:

Mulher convertida em anjo, musa, deusa, criatura pura, poderosa, perfeita,


inatingível, capaz de maravilhar a vida do homem se lhe correspondesse. A
mulher, porém, tornava-se perversa, maligna, impiedosa, quando pela
recusa arruinava a vida do galante que a cortejava.
Características Românticas
• Byronismo (mal do século):

Na ânsia da plenitude impossível, o artista sentia-se


desajustado e insatisfeito, além de dececionado,
devido à falência da utopia revolucionária: liberdade,
igualdade, fraternidade. Assim, o romântico passou a
ver o homem da época como um ser fragmentado,
peça da engrenagem social, sem individualidade ou
liberdade. Os desajustes e as insatisfações
conduziram ao mal do século, definido como a aflição
e a dor dos descontentes com o mundo. Era a
influência do modo de vida byroniano do poeta inglês
Lord George Byron, protótipo do herói romântico, Fig.4 – Lord George Byron
sombrio, elegante e desajustado.
Aspeto Estilístico
• Os românticos abandonam a forma fixa, abandonam o uso obrigatório
da rima e acabam por valorizar o  verso branco, negam os géneros
literários em que abandonam o tradicional, fazendo com que alguns
géneros não fizessem mais parte, como a tragédia e a comédia, onde
foram surgindo outros como o drama, o romance de costumes, entre
outros.
Contribuições Culturais
• O romantismo promoveu uma rutura com as conceções clássicas da
arte e permitiu uma revolução cultural. Enriqueceu a Língua
Portuguesa, com a incorporação de neologismos e a aproximação
entre a Língua Literária e a Língua oral e coloquial.
Arquitetura romântica
• O romantismo influenciou os artistas a privilegiar as emoções,
valores pessoais e subjetividade nos seus trabalhos. O movimento
foi forte na literatura e nas artes, mas também mudou a arquitetura
da época. O romantismo na arquitetura, também conhecido como
arquitetura romântica, nasceu na Inglaterra e teve destaque entre
os séculos XVIII e XIX. Ele surgiu como um movimento de oposição à
arquitetura neoclássica. O estilo é marcado pelo resgate da
arquitetura medieval, do oriente, e o predomínio de temas exóticos. Fig.5 - Castelo de
Neuschwanstein, Alemanha
Dentro do romantismo, a arquitetura seguiu o discurso pitoresco. Ele
é caracterizado por aspectos excêntricos, inusitados e que fugiam
da simetria exaltada na arquitetura neoclássica.
Pintura Romântica Fig.6 – Entre as montanhas da Sierra Nevada,
Bierstadt

• Na pintura romântica, o artista privilegia a Natureza. Um dos temas


principais é a paisagem, porque nela projetava os seus estados de
espírito e a sua visão de existência. Através da Natureza, os pintores
expressavam as suas emoções, os sentimentos, a sensibilidade, a
imaginação, a fantasia, o sonho e a espiritualidade.
Francisco Goya
• Nasceu em 1746, em Espanha. Foi nomeado pintor da
corte em 1789, com a subida de Carlos IV ao trono. Pintou
inúmeros retratos do monarca, de personalidades e de
amigos. Em 1792 teve uma doença em que ficou surdo e a
sua pintura transformou-se completamente: adicionou
novos tons (preto, castanho vermelho) em que as
personagens se deixam dominar pelas emoções. Um dos
quadros que pintou foi “Saturno Devorando Seu Filho”, em
que Cronos (Saturno na mitologia romana) comia os filhos
de Reia, sua mulher, com medo que estes o destronassem.
Meter foto. Na última década de vida cobriu as paredes de
sua casa com as famosas pinturas negras (murais de
pesadelos pintados). Faleceu em Bordéus em 1828.
Fig.7 – Saturno Devorando
Seu Filho, Francisco Goya
Fig.8 – As Mulheres de
Argel, Eugène Delacroix

Eugène Delacroix
• Nasceu em 1798. Era um pintor francês. Em toda a sua carreira
produziu cerca de 850 quadros e inúmeros desenhos, aguarelas,
murais e litografias. Entre estes “A Liberdade Guiando o Povo” em
1831, e “As Mulheres de Argel”, influenciado pelo exotismo do norte
de África, onde se excedeu nos jogos de cor e tonalidades. Faleceu em
1863.
José Rodrigues
• Outro pintor da época é o José Rodrigues de
Carvalho. Português, nasceu em 1828, e
faleceu em 1887. O artista dedicou a sua
pintura aos costumes, dentro do realismo
sentimental, tendo a sua obra sido
prejudicada pela dificuldade em separar o
sentimentalismo do realismo. Alguns dos
quadros a óleo tinham temas diferentes.
Pintou a obra “O Cego Rabequista”,
considerada a maior representação da pintura
do Romantismo de Portugal. Atualmente a
obra faz parte do Museu do Chiado.
Fig.9– O Cego
Rabequista, José
Rodrigues de Carvalho
Jacques-Louis David
Fig.10 – O Juramento dos • Pintor francês, nasceu em 1748 e faleceu
Horácios, Jacques-Louis David
em 1825. Foi pintor oficial da corte
francesa e de Napoleão Bonaparte. Entre
as obras mais conhecidas estão: “O
juramento dos Horácios”  e “A morte de
Sócrates”.

Fig.11 – A morte de Sócrates,


Jacques-Louis David
O romantismo na música
• A música do romantismo é aquela composta segundo os princípios da
estética do romantismo, predominante durante o século XIX. Os
compositores românticos tentaram juntar as grandes estruturas
harmónicas desenvolvidas por Haydn e aperfeiçoadas por Mozart e
Beethoven com as suas próprias inovações, procurando uma maior
fluidez de movimento, maior contraste, e cobrir as necessidades
harmónicas de obras mais extensas.
Frédéric Chopin
• Nasceu em 1810. Foi um pianista polaco
e um grande compositor para piano da
era romântica. Viveu apenas 39 anos,
mas a sua técnica, o seu estilo e a sua
perfeição fizeram dele um dos maiores
compositores da história. A sua técnica
refinada e a sua elaboração harmónica
vêm sendo comparadas historicamente
com as de outros grandes compositores,
como Mozart e Beethoven, assim como a
sua duradoura influência na música até
os dias de hoje. Fig.12 – Frédéric Chopin,
fotografia tirada por Louis-
Auguste Bisson
O Romantismo em Portugal
• O processo de instauração do Romantismo em Portugal foi lento e
incerto. O movimento mais representativo do espírito romântico, em
Portugal, é o palácio da Pena, em Sintra. O palácio, surgiu em 1839,
quando o rei Consorte D. Fernando II adquiriu as ruínas do mosteiro
de Nossa Senhora da Pena, para o adaptar a um palácio. Em 7 de
Julho de 2007, o palácio da Pena, foi eleito como uma das 7
Maravilhas de Portugal, sendo classificado como o primeiro palácio
romântico na Europa.
Conclusão
Bibliografia
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Romantismo
• https://beduka.com/blog/materias/literatura/o-que-foi-o-romantismo/
• https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-19/romantism
o/
• https://www.infopedia.pt/$romantismo
• http://www.citi.pt/cultura/literatura/poesia/j_g_ferreira/romantis.html
• https://pt.slideshare.net/susanasimoes/romantismo-47259395

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