GEOMETRIA DESCRITIVA

GEOMETRIA
ESTUDO DA RETA

DESCRITIVA

ESTUDO DA RETA
Aula do Prof. Dr. Estevam Medeiros, editado pelo Prof. Lizia Agra
DAU/CT/UFPB
 GEOMETRIA DESCRITIVA

COMO REPRESENTAR A RETA NO MÉTODO DE MONGE:

O conceito da reta usada na Geometria Descritiva, é o conceito clássico: a reta é gerada pelo
deslocamento do ponto em uma única direção. Logo, para representar a reta em épura basta
conhecer dois pontos dela ou um ponto e uma direção.
ESTUDO DA RETA

Como qualquer objeto do espaço, a reta (representada aqui por um segmento de reta) gera duas
projeções e será representada (desenhada) por:
a) uma projeção no Plano Horizontal de Projeção – PhP, que será representada pelas mesmas letras
do segmento da reta do espaço, seguida de um índice numérico impar. Exemplo: A1B1 – lê-se
projeção horizontal da reta (A)(B);
b) uma projeção no Plano Vertical de Projeção – PvP, que será representada pelas mesmas letras do
espaço seguida de um índice numérico par. Exemplo: A2B2 – lê-se: projeção vertical da reta (A)(B).

IMPORTANTE:
Os planos de projeção serão sempre considerados opacos, com o observador localizado
do 1° diedro. Logo, a reta só é visível no 1° diedro (desenhada com linha contínua larga) e
invisível nos demais diedros (representada por linha tracejada média).
Prof. Dr. Estevam Medeiros
DAU/CT/UFPB
 GEOMETRIA DESCRITIVA

A reta em relação a um plano pode estar em três posições diferente: Paralela, Oblíqua e Perpendicular.

a) Quando é paralela, sua projeção no plano representa a verdadeira grandeza da reta – VG (Fig. 01);
b) Quando é oblíqua, sua projeção no plano é sempre menor que a verdadeira grandeza da reta (Fig. 02);
c) Quando é perpendicular, sua projeção no plano, é obrigatoriamente um ponto (Fig. 03).
ESTUDO DA RETA

Fig. 02 Fig. 03
Fig. 01
Prof. Dr. Estevam Medeiros
DAU/CT/UFPB
 GEOMETRIA DESCRITIVA

NOMES DAS RETAS:

No Método de Monge, como o objeto do espaço é projetado em dois planos ortogonais, a reta tem
obrigatoriamente duas projeções. Assume sete posições diferentes em relação aos dois planos de
projeção e cada posição é identificada por um nome. A épura passa a representar o modelo gráfico de
cada reta, veremos a seguir:
ESTUDO DA RETA

1) Reta horizontal ou de nível (paralela ao plano horizontal), (Fig. 01);

•Paralela ao PhP e oblíqua ao PvP;

•Possui pontos com cota constante;
•Em épura: proj. Vertical paralela à
linha de terra; e proj. Horizontal
oblíqua à linha de terra (aparece
em VG)

Fig. 01
Prof. Dr. Estevam Medeiros
DAU/CT/UFPB
 GEOMETRIA DESCRITIVA

NOMES DAS RETAS:

2) Reta frontal ou de frente (paralela ao plano vertical), (Fig. 02);

ESTUDO DA RETA

•Oblíqua ao PhP e paralela ao PvP;

•Possui pontos com afastamento
contante;
•Em épura: Proj. Horizontal paralela à
linha de terra; Proj. Vertical oblíqua à
linha de terra (aparece em VG)

Fig. 02

Prof. Dr. Estevam Medeiros

DAU/CT/UFPB
 GEOMETRIA DESCRITIVA

NOMES DAS RETAS (continuação)

3) Reta fronto-horizontal (paralela à LT), (Fig. 03);

•Paralela aos dois planos de

ESTUDO DA RETA

projeção;
•Possui pontos com afastamento
e cota constantes;
•Em épura: as duas projeções
são paralelas à linha de terra
(ambas aparecem em VG).

Fig. 03

Prof. Dr. Estevam Medeiros

DAU/CT/UFPB
 GEOMETRIA DESCRITIVA

NOMES DAS RETAS (continuação)

4) Reta de topo (Fig. 04);

•Perpendicular ao PvP e paralela ao

ESTUDO DA RETA

PhP;
•Possui pontos com a mesma
abscissa e cota;
•Em épura: sua proj. Vertical será
reduzida a um ponto, e sua proj.
Horizontal é perpendicular à linha de
terra (aparece em VG).

Fig. 04

Prof. Dr. Estevam Medeiros

DAU/CT/UFPB
 GEOMETRIA DESCRITIVA

NOMES DAS RETAS (continuação)

5) Reta vertical (Fig. 05);

•Paralela ao PvP e perpendicular ao

ESTUDO DA RETA

PhP;
•Possui pontos com mesma abscissa e
afastamento;
•Em épura: a proj. Horizontal será
reduzida a um ponto; e a proj.
Vertical será perpendicular à linha de
terra(aparece em VG)

Fig. 05

Prof. Dr. Estevam Medeiros

DAU/CT/UFPB
 GEOMETRIA DESCRITIVA

NOMES DAS RETAS (continuação)

6) Reta qualquer, (Fig. 06);

•Oblíqua aos planos de projeção e à

ESTUDO DA RETA

linha de terra;
•Possui pontos com abscissa,
afastamento e cota diferentes;
•Em épura suas projeções são
oblíquas à linha de terra.

Fig. 06

Prof. Dr. Estevam Medeiros

DAU/CT/UFPB
 GEOMETRIA DESCRITIVA

NOMES DAS RETAS (continuação)

7) Reta de perfil, (Fig. 07); •Oblíqua aos dois planos de projeção e ortogonal à linha
de terra;
•Possui todos os pontos com mesma abscissa;
•Todos os pontos de uma reta de perfil encontram-se em
um plano perpendicular aos dois planos, denominado
ESTUDO DA RETA

Plano de Perfil.

Fig. 07

Prof. Dr. Estevam Medeiros

DAU/CT/UFPB
 GEOMETRIA DESCRITIVA

NOMES DAS RETAS (continuação)

8) Reta que passa pela LT, (Fig. 08);

•Oblíqua aos dois planos de

ESTUDO DA RETA

projeção e à linha de terra;

Fig. 08

Prof. Dr. Estevam Medeiros

DAU/CT/UFPB
Exercício 01 (unidade 02):

1. Seja o cubo dado na figura abaixo cujos

vértices AB pertencem à LT. Pergunta-se:

A) Que tipo de retas passa pelas arestas EF,

EC, EG.
B) Que tipo de retas passa pela diagonal ED,
FG, GC.
C) Que tipo de retas passa pela diagonal HC,
GD, AF, BE

2. Traçar a épura contendo as retas (P)(Q), horizontal, (R)(S), de topo, e (T)(U), de perfil.
Dados:

(P)=[ -2 ; 1 ; 1 ] (Q)=[ 2 ; 3 ; ? ] (R)=[ 1 ; 1 ; ? ] (S)=[ ? ; 4 ; 2 ] (T)=[ 0 ; 3 ; 2 ] (U)=[ ? ; 2 ; 1 ]

 GEOMETRIA DESCRITIVA
PONTOS NOTÁVEIS DA RETA
Chama-se “pontos notáveis da reta”, o ponto de interseção que ele produz nos planos de
projeção e nos planos bissetores.
A interseção entre dois elementos geométricos chama-se de TRAÇO. Logo, os pontos notáveis
da reta são “traços”.
Quando a reta intercepta (fura) os planos de projeção, ela produz dois traços:
a) o traço horizontal da reta, representado pela letra (H), quando ela fura o PhP;
ESTUDO DA RETA

b) o traço vertical da reta, representado pela letra (V), quando ela fura o PvP

(V)=

LT

(H)=

diedro épura
Prof. Dr. Estevam Medeiros
DAU/CT/UFPB
TRAÇO HORIZONTAL: é o ponto onde a reta intercepta o PhP. Possui cota = 0.
TRAÇO VERTICAL: é o ponto onde a reta intercepta o PvP. Possui afastamento = 0.
Em casos especiais, os traços horizontal e vertical podem coincidir em um
mesmo ponto da linha de terra.
Quando a reta for paralela aos dois planos de projeção, não terá traços sobre
nenhum desses planos.
Quando uma reta for paralela a um dos planos de projeção, não terá traço
sobre esse ponto. É o caso das retas Horizontal, Frontal, de Topo e Vertical,
que só possuem um traço.
Uma reta só possui os dois traços quando é oblíqua aos dois planos de
projeção. Os únicos tipos de retas que possuem dois traços são a retas
Qualquer e de Perfil.
 GEOMETRIA DESCRITIVA

TRAÇO DE RETA
Sendo o traço da reta o ponto de interseção entre a reta e o plano de projeção, precisamos
identificar quando o ponto pertence a reta e quando pertence ao plano de projeção.

PONTO NA RETA:
Para o ponto pertencer a reta, basta que as projeções do ponto esteja sobre as projeções de
mesmo nome da reta. (Esta afirmação é incompleta quando a reta for de perfil, como veremos depois).
ESTUDO DA RETA

Na épura abaixo, qual o ponto

que está contido na reta (r)?

diedro épura
Prof. Dr. Estevam Medeiros
DAU/CT/UFPB
PERTINÊNCIA DE
PONTO E RETA
Condição: Para um ponto
pertencer a uma reta, ele
deve ter suas projeções sobre
as projeções de mesmo noma
da reta
PERTINÊNCIA DE
PONTO E RETA
Condição: Para um ponto
pertencer a uma reta, ele
deve ter suas projeções sobre
as projeções de mesmo noma
da reta

PERTINÊNCIA DE PONTO E RETA

Condição: Para um ponto pertencer a uma reta, ele deve ter suas
projeções sobre as projeções de mesmo nome da reta
 GEOMETRIA DESCRITIVA
PONTO NO PLANO DE PROJEÇÃO:
Ponto localizado no SPHA Ponto localizado no SPHA
ESTUDO DA RETA

Prof. Dr. Estevam Medeiros

DAU/CT/UFPB
 GEOMETRIA DESCRITIVA

Ponto localizado no SPVS Ponto localizado no SPVI

ESTUDO DA RETA

Prof. Dr. Estevam Medeiros

DAU/CT/UFPB
 GEOMETRIA DESCRITIVA

RESUMO DE TRAÇO DE RETA

Abaixo da LT se furar SPHA
(H) H1≡(H) Acima da LT se furar SPHP
ESTUDO DA RETA

H2→ Obrigatório da LT

(V) V2≡(V) Abaixo da LT se furar SPVI

Acima da LT se furar SPVS
V1→ Obrigatório da LT

Prof. Dr. Estevam Medeiros

DAU/CT/UFPB
 GEOMETRIA DESCRITIVA

Abaixo da LT se furar SPHA

(H) H1≡(H) Acima da LT se furar SPHP

H2→ Obrigatório da LT
ESTUDO DA RETA

(V) V2≡(V) Abaixo da LT se furar SPVI

Acima da LT se furar SPVS
V1→ Obrigatório da LT

OBS.:V’ corresponde a V2
V corresponde a V1
Prof. Dr. Estevam Medeiros
DAU/CT/UFPB
 GEOMETRIA DESCRITIVA

RESUMO DO ESTUDO DE RETA

ESTUDO DA RETA

DIEDRO COORDENADAS ÉPURA V.G. TRAÇOS

RETAS PhP PvP Abs Afas Cota P1 P2 PH PV (H) (V)

Nível Paralelo Obliquo Obliquo Paralelo Sim Não Não Sim

≠ ≠ =
Frontal Obliquo Paralelo Paralelo Obliquo Não Sim Sim Não
≠ = ≠
Fronto-horizontal Paralelo Paralelo Paralelo Paralelo Sim Sim Não Não
≠ = =
Topo Paralelo Perpen Perpen 1 ponto Sim Não Não Sim
= ≠ =
Vertical Perpen Paralelo 1 ponto Perpen Não Sim Sim Não
= = ≠
Qualquer Obliquo Obliquo Obliquo Obliquo Não Não Sim Sim
≠ ≠ ≠
Perfil Obliquo Obliquo Perpen Perpen Não Não Sim Sim
= ≠ ≠

Prof. Dr. Estevam Medeiros

DAU/CT/UFPB
 GEOMETRIA DESCRITIVA

EXERCÍCIO

Pelos pontos (A) e (B) passa uma reta. Pede-se:

a) O nome da reta (A)(B);
b) O desenho da épura da reta (A)(B);
ESTUDO DA RETA

c) Os traços da reta (A)(B);

d) Os diedros atravessados pela reta (A)(B);
e) O trecho da reta (A)(B) em cada diedro;
f) A visão espacial da reta da reta (A)(B).

Dados:
(A)[-4; -2; -6] (B)[6; 7; 4]

ATENÇÃO:
1) Use papel A3 formatado, margeado e carimbado;
2) Use das linha: estreita (fina clara) na LT, média tracejada nas projeções
invisíveis e larga (grossa escura) nas projeções visíveis.
Prof. Dr. Estevam Medeiros
DAU/CT/UFPB
 GEOMETRIA DESCRITIVA

EXERCÍCIO

2. Dada a reta (A)(B). Pede-se:

a) O desenho da épura da reta (A)(B);
b) Os traços da reta (A)(B);
ESTUDO DA RETA

c) Os diedros atravessados pela reta (A)(B);

d) O trecho da reta (A)(B) em cada diedro;
e) A visão espacial da reta da reta (A)(B).

Dados:
(A)[0; -2; -1](B)[4; 2; 2,5]

ATENÇÃO:
1) Use papel A3 formatado, margeado e carimbado;
2) Use das linha: estreita (fina clara) na LT, média tracejada nas projeções
invisíveis e larga (grossa escura) nas projeções visíveis.
Prof. Dr. Estevam Medeiros
DAU/CT/UFPB