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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA


TECNOLOGIA FARMACÊUTICA II- ProfªMe. Pedrita Sampaio

DESENVOLVIMENTO DE FORMULAÇÃO DE
UMA NOVA FORMA FARMACÊUTICA:
comprimido sublingual de cloridrato de
tramadol

Camila Dias, Isabella Cristina,


Mariana Amorim e Monize
Cavalache.
INTRODUÇÃO
• As formas farmacêuticas foram desenvolvidas para facilitar a administração
de medicamentos pelos pacientes, e permitir seu melhor aproveitamento.

• São feitos com materiais em pós, cristalinos ou grânulos, usados


isoladamente ou em combinação com os excipientes.

• A obtenção de comprimidos requer que o material a comprimir possa ter


características físicas e mecânicas específicas, ou seja, capacidade de fluir
livremente, coesividade e lubrificação.
INTRODUÇÃO
• A área bucal por completa possui uma rica rede de vasos sanguíneos o
que proporciona uma irrigação significativa nesta região.

• Fármacos que são administrados por esta via são formulados para possuir
um coeficiente de partição elevado.

• Vantagem dessa via: o fármaco não passa pelo metabolismo hepático


antes de chegar na circulação sistêmica.
INTRODUÇÃO
• Os fármacos analgésicos opióides são muitos utilizados na supressão da
dor, sobretudo nas dores intensas.

• Efeitos colaterais:

incluem dor de cabeça, tonturas, sonolência, palpitações, aumento dos


batimentos cardíacos, náuseas, vômitos, prisão de ventre, boca seca,
transpiração e cansaço excessivo.
OBJETIVO

O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma nova formulação para o


analgésico opióide Tramal.
JUSTIFICATIVA
• Importância desenvolvimento de novos agentes terapêuticos;
• A qualidade de vida relacionada à saúde;

A dor é definida como experiência sensitiva


e emocional desagradável associada ou
relacionada a lesão real ou potencial dos tecidos,
sendo um fator determinante para o
comprometimento da qualidade de vida de um
indivíduo.

• Tratamento: analgésicos e os anti-inflamatórios não-esteróides.


JUSTIFICATIVA

TRAMADOL

Fenilpiperidina análoga da
codeína classificado como
agonista fraco dos
receptores opióides.

Inibe a recaptação
neuronal de norepinefrina,
inibe as vias descendentes
nociceptivas e potencializa
a liberação de serotonina.
JUSTIFICATIVA

Desvantagens: Desvantagens:
- Limitada biodisponibilidade - Causa incomodo durante a
sistêmica ; administração;
- Dependem de alguns fatores que - Em algumas situações
podem alterar sua absorção, como a emergências, há impedimento físico
motilidade gastrointestinal e o fluxo de acesso.
sanguíneo esplâncnico;
- Possuem tempo de latência maior
que em outras vias.
JUSTIFICATIVA

Afim de superar as limitações das apresentações de tramadol disponíveis


no mercado, propõe-se o desenvolvimento desse fármaco com administração
sublingual. Essa via propicia uma rápida absorção e início de ação, evita o
efeito do metabolismo do pré-sistêmico e não possui inconvenientes
significativos durante administração.
DESENVOLVIMENTO DO MEDICAMENTO

Forma Farmacêutica

Tramadol Flash® é apresentado na forma de comprimidos de desintegração


oral, na dosagem de 40 mg de cloridrato de tramadol em embalagens
contendo 10 ou 20 comprimidos.
É indicado para tratamento da dor de intensidade moderada a grave, tendo
uso adulto e pediátrico acima de 12 anos de idade.
Apresentação no Mercado
Embalagem e Rotulagem
Formulação
• Cada comprimido SL 40 mg contém: 

cloridrato de tramadol...........40mg 
excipiente*q.s.p..................1 comp 

*sorbitol, carboximetilcelulose sódica (CMC), sacarina sódica, crospovidone,


aroma limão, lactose, celulose microcristalina, estearato de magnésio.
Excipientes
Tecnologias utilizadas

Liberação imediata

Tramadol Flash® 40 Compressão direta


mg

Moagem/ Mistura

Tamização
Moagem
Tecnologias utilizadas
• É uma operação mecânica que reduz o tamanho das partículas dos
sólidos;
• Deixar as partículas dos materiais em tamanhos reduzidos e homogêneos,
para facilitar a produção;
• Redução do tamanho da partícula: baseia-se em um processo de quebra e,
por meio de aplicação de uma força que são produzidos tensões nas
partículas, capazes de provocar ruptura dos pontos de ligações assim
levando há uma quebra;
Moagem
Tecnologias utilizadas
• Equipamento utilizado:

Moinho de faca
Tamisação
Tecnologias utilizadas

• Permite a individualização de um pó, pois este deve ter o


tamanho das partículas bem homogêneas e um
determinado diâmetro;
• Envolve a agitação mecânica da amostra através de um
ou mais de um tamis por um determinado tempo.

Tamises
Mistura
Tecnologias utilizadas
• Assegurar a distribuição homogênea do(s) fármaco(s) e
do(s) excipiente(s), para garantir que o comprimido
libere a dose correta de fármaco(s) e, ainda na
velocidade apropriada.

Misturador em Y Misturador Cônico Duplo Misturador em V


Compressão
Tecnologias utilizadas Direta

• Esse termo é usado para o processo pelo qual define


comprimidos diretamente compressíveis, a partir de
misturas em pós da substância medicamentosa e
excipientes adequados;
• Necessitar quatro operações prévias: pesagem, moagem
e tamisação, misturas dos pós e por fim a compressão
propriamente dita;
Compressão
Tecnologias utilizadas Direta

• Equipamento utilizado: máquinas excêntrica ou


alternativa;
• Possuem uma única matriz e um par de punções;

Máquina excêntrica
Controle de Qualidade

• Peso;
• Dureza;
• Tamanho de Partícula;
• Desintegração;
• Variação de peso;
• Uniformidade de conteúdo;
CONSIDERAÇÕES FINAIS

• Através do trabalho concluímos a importância do desenvolvimento do


nosso produto, e como o mesmo irá melhorar a qualidade de vida das
pessoas que sofrem de dores crônicas e precisam fazer uso desse
medicamento para o alivio imediato das suas dores.

• Logo a forma farmacêutica comprimido (sublingual) trará agilidade ao


tratamento, pois o mesmo não passa pelo metabolismo hepático antes de
chegar na circulação sistêmica, logo ele não sofre o metabolismo de
primeira passagem tendo seu efeito mais rápido do que a forma
farmacêutica que está atualmente disponível no mercado.
REFERÊNCIAS
ANSEL, H.C.; POPOVICH, N.G.; ALLEN, L.V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de
fármacos. 8.ed. São Paulo: Artemed, 2007.
RANG, H.P., DALE, M.M., RITTER, J.M., FLOWER, R.J., HENDERSON, G. Farmacologia. 7ª ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
PFIZER, disponível em:
http://www.pfizer.com.br/sites/g/files/g10010996/f/product_attachments/TramalRetard.pdf
acessado em 05 de Abril de 2017.
Goodman LS, Gilman AG. As bases farmacológicas da terapêutica. Rio de Janeiro: Guanabara; 2012.

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