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Política Nacional de Atenção

às Urgências e Emergências 
História do Atendimento Pré-
Hospitalar(APH)-¨Resgate¨
 É o atendimento fora do ambiente hospitalar. 

 O atendimento às emergências/urgências ocorre desde o período das grandes guerras, mais


precisamente no século XVIII, período napoleônico.
 Neste período, os soldados feridos em campo de batalha eram transportados em carroças com
tração animal, para serem atendidos por médicos, longe dos conflitos.
 Em 1792, o cirurgião e chefe militar Dominique Larrey, começa a "dar os cuidados iniciais", a
soldados feridos, no próprio campo de batalha.
História APH.
 Em 1863 formação da Cruz Vermelha Internacional, atuação destacada nas
Guerras Mundiais do século XX.

 Os combatentes receberam treinamento de primeiros socorros a fim de prestar


atendimento a seus colegas logo após a ocorrência de uma lesão no campo de
batalha e durante o transporte até o hospital de guerra.

 1893- o Senado da República aprovou uma Lei que pretendia estabelecer o socorro
médico de urgência na via pública, no Rio de Janeiro, no momento capital do país.
 1899: o Corpo de Bombeiros (CB), colocava em ação a 1° ambulância, ainda de
tração animal para realizar o atendimento de urgência. 
História APH
 Nos anos 50, instala-se o Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência
(SAMDU), na cidade de São Paulo.

 A partir da década de 80: o atendimento Pré-hospitalar passou a ser aplicado de forma


mais sistematizada pelo Corpo de Bombeiros, os quais deram início à estruturação dos
Serviços de Atendimento Pré-Hospitalar (SvAPH). Paralelamente, foi iniciado em 1988,
pelo Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro, o socorro extra-hospitalar
aeromédico.
Histórico APH

 Outro modelo proposto pelo Ministério da Saúde (MS) em 1990: consiste no Sistema Integrado
de Atendimento ao Trauma e Emergências (SIATE), o atendimento era realizado pelos
socorristas do Corpo de Bombeiros e médicos dentro do sistema regulador. O SIATE serviu de
modelo para uma reestruturação do atendimento pré-hospitalar em nível nacional.

 1990- Ministério da Saúde cria um programa que visava a diminuição da incidência e


morbimortalidade(índice de pessoas mortas em decorrência de uma doença específica
dentro de determinado grupo populacional)por agravos externos por meio de intervenção
nos níveis de prevenção, atendimento hospitalar, atendimento pré-hospitalar e reabilitação. O
programa é chamado de Enfrentamento às Emergências e Traumas (PEET).
 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/a-historia-do-atendimento
-pre-hospitalar/10677
Histórico APH
 1995- iniciou-se a implantação do SAMU. Este serviço pré-hospitalar
desenvolvido no Brasil tende-se a basear no modelo americano ou francês.
O SAMU do sistema francês foi criado por anestesistas e intensivistas
devido à necessidade da assistência pré-hospitalar dos pacientes que
chegavam ao hospital com agravo do caso ou mesmo mortos, por não
receberem atendimento precoce e adequado.

 Portaria nº2.048 de 2002 prevê a estruturação dos Sistemas Estaduais de


Urgências e Emergências – envolvendo toda a rede assistencial de forma
regionalizada e hierarquizada, desde a rede pré-hospitalar fixa (unidades da
atenção primária da saúde e unidades não-hospitalares de atendimento às
urgências e emergências), SvAPH móvel até a rede hospitalar de alta
complexidade –, mediados pelo mecanismo de Regulação Médica.
Urgência e Emergência

Qual a diferença entre urgência e emergência?


Emergência apresenta ameaça imediata para o bem-
estar.
Urgência é uma ameaça em um futuro próximo, que
pode vir a se tornar uma emergência se não for
solucionada.
Urgência e Emergência

Emergência Urgência

Uma urgência não


apresenta um risco
Situação onde a imediato de vida,
vida, a saúde, a porém pode se
propriedade ou o
O que é meio ambiente
transformar em
uma emergência se
enfrentam uma
não for
ameaça imediata. solucionada
rapidamente.

De forma súbita e Pode haver


Aparecimento imprevista. previsão.
Deve ser em curto
Solução Deve ser imediata.
prazo.

Luxações, torções,
Exemplos de Hemorragias, fraturas
caso na parada respiratória (dependendo da
medicina e parada cardíaca. gravidade) e
dengue.
Política Nacional das Urgências e Emergências.
 O Ministério da Saúde lançou, em 2003, a Política Nacional de Urgência e Emergência
(
http://www.saude.gov.br/sismob/instrutivo-e-legislacao-dos-programas/rede-de-atenca
o-a-urgencia
)
 INTUITO: estruturar e organizar a rede de urgência e emergência no país.
 PORTARIA N.º 1863/GM, EM 29 DE SETEMBRO DE 2003 Institui a Política Nacional de
Atenção às Urgências, a ser implantada em todas as unidades federadas, respeitadas as
competências das três esferas de gestão.
 Desde a publicação da portaria que instituiu essa política, o objetivo foi o de integrar a
atenção às urgências.
 Hoje a atenção primária é constituída pelas Unidades Básicas de Saúde e Equipes de
Saúde da Família, enquanto o Nível Intermediário de atenção fica a encargo do SAMU
192 (Serviço de Atendimento Móvel as Urgência), das Unidades de Pronto
Atendimento (UPA 24H), e o atendimento de média e alta complexidade é feito
nos hospitais.
 As Unidades de Pronto Atendimento - UPA 24h são estruturas de complexidade
intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e as portas de urgência
hospitalares, onde em conjunto com estas compõe uma rede organizada de Atenção às
Urgências.
 (http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_urgencias.pdf)
Rede de Atenção às Urgências e Emergências
 Em julho de 2011, o Ministério da Saúde publicou a Portaria nº 1.600, reformulando a Política Nacional de
Atenção às Urgências, de 2003, e instituindo a Rede de Atenção às Urgências e Emergências no SUS.

 Objetivo: reordenar a atenção à saúde em situações de urgência e emergência de forma coordenada entre os diferentes
pontos de atenção que a compõe, de forma a melhor organizar a assistência, definindo fluxos e as referências
adequadas.

 É constituída pela Promoção, Prevenção e Vigilância em Saúde; Atenção Básica; SAMU 192; Sala de Estabilização;
Força Nacional do SUS; UPA 24h; Unidades Hospitalares e Atenção Domiciliar.

 Sua complexidade se dá pela necessidade do atendimento 24 horas às diferentes condições de saúde: agudas ou
crônicas agudizadas; sendo elas de natureza clínica, cirúrgica, traumatológica entre outras.
 Assim, para que a Rede oferte assistência qualificada aos usuários, é necessário que seus componentes atuem de forma
integrada, articulada e sinérgica. Sendo indispensável a implementação da qualificação profissional, da informação, do
processo de acolhimento e da regulação de acesso a todos os componentes que a constitui.
 Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) após avaliação do perfil
epidemiológico e demográfico brasileiro, evidencia –se que os principais problemas de saúde dos usuários na área de
urgência e emergência estão relacionados a alta morbimortalidade de doenças do aparelho circulatório, como o Infarto
Agudo do Miocárdio – IAM e o Acidente Vascular Cerebral – AVC, além do aumento relativo ás violências e aos
acidentes de trânsito.

 Desta forma, a Rede de Urgência e Emergência tem como prioridade a reorganização das linhas de cuidados
prioritárias de traumatologia, cardiovascular e cerebrovascular no âmbito da atenção hospitalar e sua
articulação com os demais pontos de atenção. 
Serviços de Atendimento Móvel de Urgência
PORTARIA Nº 1864/GM, EM 29 DE SETEMBRO DE
2003: Institui o componente pré-hospitalar móvel da
Política Nacional de Atenção às Urgências, por
intermédio da implantação de Serviços de Atendimento
Móvel de Urgência em municípios e regiões de todo o
território brasileiro: SAMU- 192.
O primeiro SAMU 192 criado foi em Campinas em junho
de 1995, pelo médico José Roberto Hansen (falecido em
14 de novembro de 2017 aos 54 anos) obedecendo
claramente as características de Regulação Médica
clínica, traumática, obstétrica e psiquiátrica.
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU 192)

Objetivo: Chegar precocemente à vítima após ter ocorrido alguma situação de


urgência ou emergência que possa levar a sofrimento, a sequelas ou mesmo à morte.
São urgências situações de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica,
pediátrica, psiquiátrica, entre outras.

O Ministério da Saúde vem concentrando esforços no sentido de implementar a
Política Nacional de Atenção às Urgências, da qual o SAMU 192 é componente
fundamental. Tal Política prioriza os princípios do SUS, com ênfase na construção de
redes de atenção integral às urgências regionalizadas e hierarquizadas que permitam
a organização da atenção, com o objetivo de garantir a universalidade do acesso, a
equidade na alocação de recursos e a integralidade na atenção prestada.

O SAMU 192 realiza os atendimentos em qualquer lugar(residências, locais de
trabalho, vias públicas) e conta com equipes que reúne médicos, enfermeiros,
auxiliares de enfermagem e condutores socorristas.

IMPORTANTE: O SAMU 192 é um serviço gratuito, que funciona 24 horas, por meio
da prestação de orientações e do envio de veículos tripulados por equipe capacitada,
acessado pelo número "192" e acionado por uma Central de Regulação das Urgências.
Quando chamar o SAMU 192?
O atendimento do SAMU 192 começa a partir do chamado telefônico,
quando são prestadas orientações sobre as primeiras ações. A ligação é
gratuita, para telefones fixo e móvel. Os técnicos do atendimento telefônico
que identificam a emergência e coletam as primeiras informações sobre as
vítimas e sua localização. Em seguida, as chamadas são remetidas ao
Médico Regulador, que presta orientações de socorro às vítimas e aciona as
ambulâncias quando necessário.
As ambulâncias do SAMU 192 são distribuídas estrategicamente, de
modo a otimizar o tempo-resposta entre os chamados da população e o
encaminhamento aos serviços hospitalares de referência. A prioridade é
prestar o atendimento à vítima no menor tempo possível, inclusive com o
envio de médicos conforme a gravidade do caso.
 As unidades móveis podem ser :ambulâncias, motolâncias,
ambulanchas ou aeromédicos, conforme a disponibilidade e necessidade de
cada situação, sempre no intuito de garantir a maior abrangência possível.
Quando chamar o SAMU:
 Na ocorrência de problemas cardio-respiratórios;
 Intoxicação exógena e envenenamento;
 Queimaduras graves;
 Na ocorrência de maus tratos;
 Trabalhos de parto em que haja risco de morte da mãe ou do feto;
 Em tentativas de suicídio;
 Crises hipertensivas e dores no peito de aparecimento súbito;
 Quando houver acidentes/traumas com vítimas;
 Afogamentos;
 Choque elétrico;
 Acidentes com produtos perigosos;
 Suspeita de Infarto ou AVC (alteração súbita na fala, perda de força em um lado do corpo e desvio da
comissura labial são os sintomas mais comuns);
 Agressão por arma de fogo ou arma branca;
 Soterramento, Desabamento;
 Crises Convulsivas;
 Transferência inter-hospitalar de doentes graves;
 Outras situações consideradas de urgência ou emergência, com risco de morte, sequela ou sofrimento
intenso.
 
Quando não chamar o SAMU 192:
Febre prolongada;
Dores crônicas;
Vômito e diarreia;
Levar pacientes para consulta médica ou para realizar exames;
Transporte de óbito;
Dor de dente;
Transferência sem regulação médica prévia;
Trocas de sonda;
Corte com pouco sangramento;
Entorses;
Cólicas renais;
Transportes inter-hospitalares de pacientes de convênio;
Todas as demais situações onde não se caracterize urgência ou emergência médica.

IMPORTANTE: Nestes casos e em todos os casos sem caracterização de urgência ou


emergência, o paciente poderá ser encaminhado ao posto de saúde ou então as Unidades de
Pronto Atendimento (UPAs) mais próximas.
Observação!!!!
Em caso de acidente verifique a quantidade de vítimas, o
estado de consciência delas e se alguma delas está presa ás
ferragens;
Ligue para o 192 e siga as orientações do Médico Regulador;
Sinalize as vias com galhos de arvore e triângulo de
sinalização;
Em caso de acidente com motos: não toque nas vítimas, não
retire o capacete;
Não dê água aos acidentados.


Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h)
O que é, quando usar, diretrizes e competências:

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) faz parte da Rede de


Atenção às Urgências.
 Objetivo é concentrar os atendimentos de saúde de complexidade
intermediária, compondo uma rede organizada em conjunto com a
atenção básica, atenção hospitalar, atenção domiciliar e o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192.
Desta forma, a população terá uma melhoria no acesso, um aumento
da capacidade de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
A UPA 24h oferece estrutura simplificada, com raio-X,
eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de
observação
Se necessário o paciente poderá ser encaminhado para um hospital da
rede de saúde, para realização de procedimento de alta complexidade.

As UPAs funcionam 24 horasde
por dia, sete dias por semana, e podem
Quando procurar uma Unidade Pronto Atendimento (UPA 24h)?
atender grande parte das urgências e emergências.


Presta atendimento resolutivo e qualificado aos pacientes acometidos por
quadros agudos ou agudizados de natureza clínica, e presta o primeiro
atendimento aos casos de natureza cirúrgica e de trauma, estabilizando os
pacientes e realizando a investigação diagnóstica inicial, de modo a
definir a conduta necessária para cada caso, bem como garantir o
referenciamento dos pacientes que necessitarem de atendimento.


Mantem pacientes em observação, por até 24 horas, para elucidação
diagnóstica ou estabilização clínica, e encaminham aqueles que não
tiveram suas queixas resolvidas com garantia da continuidade do cuidado
para internação em serviços hospitalares de retaguarda, por meio da
regulação do acesso assistencial.
(http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/unidade-de-pronto-atendimento-upa-24h)
Veja exemplos de quando você deve procurar uma
UPA 24h:

Febre alta, acima de 39ºC;


Fraturas e cortes com pouco sangramento;
Infarto e derrame;
Queda com torsão e, dor intensa ou suspeita de fratura;
Cólicas renais;
Falta de ar intensa;
Crises Convulsivas;
Dores fortes no peito;
Vômito constante.
Tipos de Veículos de Transporte segundo a
Portaria 2048/2002.
Os veículos utilizados para transporte de viajantes enfermos
ou suspeitos devem possuir minimamente os requisitos, de
acordo com o disposto no item 2.1 da Portaria nº. 2.048/02.

Prevê a estruturação dos Sistemas Estaduais de Urgências e Emergências –


envolvendo toda a rede assistencial de forma regionalizada e hierarquizada,
desde a rede pré-hospitalar fixa (unidades da atenção primária da saúde e
unidades não-hospitalares de atendimento às urgências e
emergências), SvAPH móvel até a rede hospitalar de alta
complexidade –, mediados pelo mecanismo de Regulação Médica.
TIPO A
Ambulância de Transporte: veículo destinado ao
transporte em decúbito horizontal de pacientes que
não apresentam risco de vida, para remoções simples e
de caráter eletivo.( 2 profissionais, sendo um o motorista e o outro um Técnico ou Auxiliar de
enfermagem).
TIPO B
 Ambulância de Suporte Básico: veículo destinado ao
transporte inter-hospitalar de pacientes com risco de vida
conhecido e ao atendimento pré-hospitalar de pacientes com
risco de vida desconhecido, não classificado com potencial de
necessitar de intervenção médica no local e/ou durante
transporte até o serviço de destino(2 profissionais, sendo um o motorista e um
técnico ou auxiliar de enfermagem).
TIPO C
Ambulância de Resgate: veículo de atendimento
de urgências pré-hospitalares de pacientes vítimas
de acidentes ou pacientes em locais de difícil
acesso, com equipamentos de salvamento
(terrestre, aquático e em alturas).
 3 profissionais militares, policiais rodoviários, bombeiros militares, e/ou outros profissionais
reconhecidos pelo gestor público, sendo um motorista e os outros dois profissionais com capacitação e

certificação em salvamento e suporte básico de vida .


TIPO D
Ambulância de Suporte Avançado: veículo
destinado ao atendimento e transporte de
pacientes de alto risco em emergências pré-
hospitalares e/ou de transporte inter-hospitalar
que necessitam de cuidados médicos intensivos.
Deve contar com os equipamentos médicos
necessários para esta função.(3 profissionais, sendo um motorista,
um enfermeiro e um médico).
TIPO E
Aeronave de Transporte Médico: aeronave de asa
fixa ou rotativa utilizada para transporte inter-
hospitalar de pacientes e aeronave de asa rotativa
para ações de resgate, dotada de equipamentos
médicos homologados pelo Departamento de
Aviação Civil - DAC.
TIPO F
Embarcação de Transporte Médico: veículo
motorizado aquaviário, destinado ao transporte
por via marítima ou fluvial. Deve possuir os
equipamentos médicos necessários ao
atendimento de pacientes conforme sua gravidade.
(condutor da embarcação e um auxiliar/técnico de enfermagem em casos de suporte básico de vida, e
um médico e um enfermeiro, em casos de suporte avançado de vida).

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