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TORNEAMENTO

Conceito

• O processo de usinagem que se baseia no


movimento da peça em torno de seu próprio eixo
chama-se torneamento
Movimentos

• Movimento de corte: relacionado à peça

• Movimento de avanço: relacionado à ferramenta

• Movimento de penetração, profundidade de corte:


relativo a ferramenta.
Operações

• Superfícies cilíndrica internas e externas

• Superfícies cilíndrica cônicas internas e externas


Operações

Machos e cossinetes
O Torno Mecânico Universal
Carros

f = carro principal (longitudinal); o carro


transversal movimenta-se sobre ele.
e = carro transversal; o carro porta ferramentas
movimenta-se sobre este.
i = carro porta ferramentas; permite rotação em
torno de seu eixo
d = porta ferramentas; apoia-se no carro porta
ferramentas, permite rotação.
j = cremalheira; quando engrenada ao fuso
desloca o carro transversal com avanço uniforme
e automático.
k = fuso: controla o avanço automático
l = vara: guia do carro transversal.
Prendendo a peça

Placa universal de 3 castanhas


Prendendo pela superfície externa

• Fixação é feita por meio da parte raiada interna das


castanhas voltada para o eixo da placa universal
Prendendo pela superfície interna

• Fixação é feita por meio da parte raiada externa


das castanhas
Prendendo peça em formato de disco

• Usa-se castanhas invertidas


Faceamento
• Localizar a altura: Usa-se o contra-ponta como
referência.
• Depois, toca-se na peça e Zera o anel graduado do
carro longitudinal
• Usina-se +/- 0,2 mm na face.
Marcação do comprimento

• Realizar no material uma superfície plana


perpendicular ao eixo do torno
• Operação de 0,2 mm
Etapas de um torneamento básico

1. Prender a peça na castanha


2. Prender a ferramenta no porta ferramentas
3. Localizar a posição vertical do eixo da peça (da castanha)
4. Localizar a face da peça (ponto mais alto)
5. Zerar o dial (disco graduado) do carro longitudinal.
6. Retornar a ferramenta
7. Regular o torno na velocidade de corte determinada
8. Ligar o torno
9. Aproximar a ferramenta, avançar a profundidade de
faceamento desejada (normalmente 0,2 mm). O faceamento é
necessário para formar um plano de referência.
Etapas de um torneamento básico

10. Facear a peça.


11. Verificar se o faceamento removeu os relevos, isto é,
garantiu o plano de referência.
12. Se necessário, repetir a operação de faceamento com
novo avanço.
13. Medir o comprimento a ser usinado e marcar este local
com a ferramenta encostando na peça em movimento.
Nesta etapa pode aproveitar para zerar o carro transversal.
14. Aproximar a ferramenta e usinar com a profundidade de
corte e avanço determinada.
Rotação do torno

•  
• Cálculo da rotação:

= rotação por minuto (RPM)


= velocidade de corte = (mat.peça; ferramenta)
= Diâmetro (inicial, máximo) da peça
Síntese da operação de torneamento

• Realizar o movimento de aproximação


• Realizar a operação de usinagem
• Medir a peça
• Repetir até chegar nas dimensões desejadas
Torneamento – cabeçote móvel

• O cabeçote móvel é a parte do torno que se desloca


sobre o barramento
Cabeçote Móvel - Funções

• Suporte para contra-ponta: apoia uma das


extremidades da peça.
• O contra-ponta é usado para evitar vibração em
peças de médio comprimento.
Cabeçote Móvel - Funções

• Fixar mandril, que, por sua vez fixa um broca, um


alargador ou macho de rosca.
Cabeçote Móvel - Funções

• Suporte para operações de rosqueamento manual


Cabeçote Móvel - Funções

• Deslocamento da contra-ponta para usinagem de


formatos cônicos
Luneta

• Acessório para garantir a estabilidade de peças longas e


finas no processo de usinagem
• Permite usinagem externa e interna
• Necessário a lubrificação no contato da luneta com a
peça
• Necessário utilizar um relógio comprarador para
centralização da peça
• Podem ser fixas ou móveis
Luneta Fixa

1. Presa no barramento, possui três castanhas


reguláveis por parafusos
2. Utilizada para torneamento internos como furos,
rasgos
Luneta Móvel

1. Possui duas castanhas e apoia a peça durante o


avanço da ferramenta
2. Presa no carro principal do torno
3. Utilizada para torneamentos externos
Como usinar peças de formatos assimétricos?
Acessórios de usinagem

• Castanhas independentes
• Placa lisa
• Centro postiço
Placa lisa

• Função de fixar peças assimétricas


• Fixação com cantoneiras
Centro postiço

• Dispositivo de fixação provisório


• Colocados nos furos da peça para apoio
Centro postiço

• Usar discos colocados nas extremidades da peça

• Usar calços (de madeira) para evitar flambagem


Placa quatro castanha

• É necessário colocar pesos no lado oposto para


manter o equilíbrio
Castanhas independentes (4 castanhas)
Peças cônicas

• Usinagem de peças com ângulos internos ou


externos
1. Inclinação do carro superior
2. Deslocamento da contra-ponta
3. Aparelho conificador
Peças cônicas

•o   Inclinação do carro superior


• Peças de pequena comprimento

• Avanço manual
Peças cônicas

o Inclinação da contra-ponta (visto na aula 9)


• Peças mais longas com pequena conicidade
(aprox. 10º)
• Avanço automático do carro principal
Peças cônicas

o Aparelho conificador
• Tornear peças cônicas em série
• Copiador cônico inclinando o carro superior
• Pontas de torno
• Pinos cônicos
Sangrar e cortar

• Sangrar (acanalar) é usinar com uma ferramenta


especial, penetrando na peça, formando perfis
paralelos (formato de canal)
Sangrar e cortar

• Cortar com o torno é realizar a operação de sangrar


até que a ferramenta toque o eixo da peça
Usinagem de roscas
Formas de Rosqueamento

• Rosqueamento com tarraxas: roscas externas


Formas de Rosqueamento

• Rosqueamento com machos: roscas internas


Formas de Rosqueamento

• Rosqueamento ferramentas gumes cortantes: roscas


internas e externas com dimensões maiores
Tipos de Penetração

• Perpendicular
 Roscas pequenos passos
 Material macio (alumínio, Fofo, Bronze)
 Cavacos moles
Tipos de Penetração

• Oblíqua
 Roscas passos maiores
 Material médio ou duro (aço ligas)
 Menor esforço de corte
 Ângulo adequado saída do cavaco (refrigeração)
Tipos de ferramentas
Tipos de roscas
Operação de rosqueamento

• As roscas mais comuns são as triangulares


Escantilhão = gabarito de roscas
Operação de rosqueamento

• As roscas mais comuns são as triangulares


Verificador de rosca
Operação de rosqueamento

Calibrador de roscas
Roscas especiais

• Mudando a ferramenta:
 Roscas trapezoidal
 Roscas quadradas
 Broqueador (roscas internas)

• Mudando o sentido do carro


 Roscas à esquerda ou à direita

• Mudando o passo (deslocamento)


 Roscas múltiplas
Tipos de Tornos

Torno universal
• Grande versatilidade.
• Grande dependência do
operador.
• Não adequado à pro-dução
em série.
• Aplicado à fabricação de
peça única ou pequenas
quantidades, como
confecção de moldes e
outras ferramentas e
recuperação de elementos
de máquinas (manutenção)
Tipos de Tornos

Torno revolver
• Troca rápida de ferramenta.
• Aplicação em produção em
série de peças relativamente
pequenas de lotes pequenos a
médios.
• Médio grau de automação
(mecânica)
Tipos de Tornos

Torno copiador Torno copiador


para madeira
• Copia um perfil por comando
mecânico ou eletrônico.
• Alto grau de automação.
Reprodução em série
• Baixas velocidades e
avanços.
Tipos de Tornos

Torno automático - mecânicos


• Sistemas mecânicos ou
eletromecânicos comandam
automaticamente a toca de
ferramentas, reversão, variação
de profundidades e rotações, etc.
• Tempo de setup elevado.
• Alto grau de automação.
Fabricação em série de larga
escala. Grandes lotes
• Pouca flexibilidade
Tipos de Tornos

Tornos automáticos – CNC


• Alto grau de automação eletrônica:
movimentos acionados por motores
comandados por computador.
• Baixo tempo de setup
• Produção de pequenos ou grandes
lotes.
• Alta flexibilidade.
• Pouca dependência do operador.
• Facilidade de obtenção de formas
complexas.
Tipos de Tornos
Exemplos de tornos CNC
Tipos de Tornos

Torno Vertical
• Peças de grande diâmetro e
pequeno comprimento
relativo.
• Baixa flexibilidade
• Geralmente com alto grau
de automação (mecânica ou
eletrônica)
Tipos de Tornos

• Tornos especiais
• Máquinas dedicadas a uma determinada operação
podem ser projetadas e construídas.
• Os tornos especiais são geralmente dedicados a série
única de família de peças ou, as vezes, a unicamente
uma determinada peça produzida em série.

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