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A organização dos seres vivos
De que são formados os seres vivos? Como estão organizados?

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


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Todos os seres vivos são formados por pequenas unidades vivas, as células.

Animais e plantas são seres pluricelulares,


ou seja, são formados por muitas células.

FOTOS: FABIO COLOMBINI /


ACERVO DO FOTÓGRAFO
Seres formados por uma única célula, como a
ameba, são chamados seres unicelulares.
STEVE GSCHMEISSNER / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK

Seres unicelulares só podem ser vistos


com o auxílio do microscópio.
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(*Atenção: não aponte o espelho para
O microscópio o Sol, pois se o reflexo dele atingir o
olho, poderá causar lesões na retina.)
lente ocular
parafuso
Cientistas descobriram a existência macrométrico
da célula com a ajuda do
microscópio. canhão
parafuso
micrométrico

Esse instrumento possui várias lentes revólver


de aumento e funciona graças à
propriedade da transparência de lente objetiva

determinados objetos.
presilhas
platina
diafragma
espelho*
ou lâmpada
A luz emitida por uma lâmpada ou
refletida por um espelho atravessa o
material observado e passa pelo
conjunto de lentes, que amplia a
imagem do objeto. base
KLN ARTES GRÁFICAS / ARQUIVO DA EDITORA

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A teoria celular
• A célula é a unidade da vida: alimenta-se, cresce e realiza diversas
outras funções
• Todos os seres vivos são formados por células
• Toda célula vem de outra célula

CLAUDE NURIDSANY & MARIE PERENNOU / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


BIOPHOTO ASSOCIATES / ARQUIVO DA EDITORA

Células humanas da
bochecha e células da
elódea vistas ao
microscópio óptico.
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Por dentro da célula

BANCO DE IMAGENS / ARQUIVO DA EDITORA


Célula-tronco humana
• Membrana plasmática: Membrana
controla o que entra na célula e plasmática
o que sai dela.

• Citoplasma: material gelatinoso


formado por água, sais minerais e núcleo
outras substâncias. Nele
encontram-se as organelas.

• Núcleo: onde encontram-se os


genes, formados por DNA e
responsáveis pelo controle da
atividade das células e por várias
características dos seres vivos. citoplasma

Esquema simplificado de uma célula-tronco humana.

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As células de animais e de plantas são diferentes.
núcleo
mitocôndria

centríolo
retículo (ou centro celular)
endoplasmático

ILUSTRAÇÃO: INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


ribossomos complexo
golgiense

membrana
plasmática lisossomo

Célula animal
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As células de animais e de plantas são diferentes.

vacúolo
citoplasma

cloroplasto

membrana

ILUSTRAÇÃO: INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


plasmática

parede
núcleo celular

Célula vegetal
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Existe uma divisão de trabalho entre as células de um organismo.

Os conjuntos agrupados de células que desempenham determinada função


são chamados tecidos.

Exemplos de tecidos:

bíceps
contraído
RODVAL MATIAS / ARQUIVO DA EDITORA

DR KEITH WHEELER / SCIENCE PHOTO


LIBRARY / LATINSTOCK
Tecidos encontrados
Tecido muscular. em uma folha.

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Existe uma divisão de trabalho entre as células de um organismo.

Os conjuntos agrupados de células que desempenham determinada função


são chamados tecidos.

Exemplos de tecidos:

queratina
RICHARD J. GREEN / PHOTO RESEARCHERS, INC / LATINSTOCK

epiderme

derme

Tecidos da pele humana.

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Os tecidos podem se agrupar para formar um órgão.
Ex.: o estômago é um órgão que se constitui de várias camadas de tecidos.

Um grupo de órgãos que trabalham em conjunto constitui um sistema.


Ex.: coração + artérias + veias = sistema cardiovascular
estômago (um órgão) célula muscular

ILUSTRAÇÕES: HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA


tecido
glândulas epitelial
estômago

tecido muscular

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Todos os sistemas, reunidos e trabalhando de forma coordenada,
formam o organismo.

célula
tecido
órgão
sistema
organismo

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Em busca de matéria e energia
Quais são as funções do alimento? E as plantas, como se alimentam?

MRX / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


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O ciclo da vida

nascimento
À medida que o corpo vai se
formando, as células se especializam
desenvolvimento e se diferenciam. Surgem então os
tecidos, órgãos e sistemas.

crescimento

O crescimento dos seres pluricelulares


ocorre principalmente pelo aumento do
reprodução número de células.

morte
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Para crescer e se desenvolver, o organismo retira substâncias do ambiente
e as transforma em uma série de outras substâncias que serão usadas na
construção do corpo.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


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Respiração celular
Os alimentos fornecem aos seres vivos a energia necessária para
todas as suas atividades.
A energia é liberada no interior das células por meio de um processo chamado
respiração celular.
Para isso, a maioria dos organismos utiliza o oxigênio do ambiente.

glicose gás carbônico + água


(alimentos)
+
oxigênio ENERGIA

ATENÇÃO!
O processo de transporte do oxigênio que chega aos pulmões até as células
(com liberação de gás carbônico) é chamado respiração orgânica.
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Os açúcares, como a glicose, são as principais fontes de energia.
Os animais obtêm açúcares e diversos outros alimentos ingerindo
outros seres vivos.

E as plantas?

As plantas fabricam o açúcar em seu


próprio organismo por meio de um
FOTOS: FABIO COLOMBINI /
ACERVO DO FOTÓGRAFO

processo conhecido como fotossíntese.

Fotossíntese: do grego photo = luz e


synthesis = produzir, fabricar.

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Os vegetais absorvem água e gás carbônico do ambiente e transformam
essas substâncias em glicose, utilizando a energia da luz solar.

luz solar
oxigênio

FOLHA

gás carbônico

glicose

água
sais minerais

Água, sais minerais, gás carbônico e oxigênio substâncias inorgânicas

Açúcares e outras substâncias, como as proteínas substâncias orgânicas


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As células das folhas
FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

contêm um pigmento verde,


a clorofila, que absorve a
energia da luz do Sol.

Mas nem todas as folhas


são verdes.
Às vezes, a clorofila fica
escondida pela cor de
outros pigmentos que
existem na folha.

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As plantas, que produzem açúcar (e, a partir dele, outras substâncias
que formam o corpo dos vegetais), são seres autotróficos.

autós = por si próprio; trophé = alimento

Os animais, que dependem dos açúcares e de outras substâncias


produzidas pelos vegetais, são seres heterotróficos.

hétero = diferente; trophé = alimento

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Nós e outros animais obtemos açúcares e diversas substâncias orgânicas
ingerindo outros seres vivos.
Se comemos um bife, estamos comendo parte de um boi que, por sua vez,
comeu capim.
O capim, o boi e o ser humano formam uma cadeia alimentar.
Outro exemplo de cadeia alimentar:

ILUSTRAÇÕES: INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA

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Os seres vivos reagem a estímulos como, sons, luzes, produtos químicos
e outros fatores do ambiente. Essa capacidade de reação é chamada
irritabilidade.
As plantas também são capazes de se movimentar e reagir a estímulos,
mas isso acontece de forma mais lenta e menos evidente.

NATURAL HISTORY MUSEUM /


ARQUIVO DA EDITORA
ADAMHART-DAVIS / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK

Nossas pupilas
reagem à luz aumentando
ou diminuindo de tamanho.

Plantas crescendo em direção à luz.

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Os seres vivos se reproduzem… e evoluem

• Quais são os dois tipos básicos de reprodução?

• Por que os filhos são semelhantes aos pais?

• As espécies atuais sempre

O. ALAMANY E. VICENS / CORBIS / LATINSTOCK


existiram?

• O que são mutações?

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Nem todos os seres vivos se reproduzem da mesma maneira.

As bactérias e outros
seres unicelulares, além

CNRI / SCIENCE PHOTO


LIBRARY / LATINSTOCK
de alguns animais e
plantas, apresentam
reprodução assexuada.
EYES OF SCIENCE / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK

A maioria dos animais e plantas apresenta


reprodução sexuada, em que há a união
de células reprodutoras para formar um
novo indivíduo.

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Reprodução assexuada
• Não há união de células reprodutoras (gametas).

• Os indivíduos formados são exatamente iguais aos indivíduos originais.

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


Em geral, a reprodução se dá por simples divisão de uma célula em duas
outras células, como no caso da ameba e das bactérias.
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Reprodução sexuada
• Há união de células reprodutoras, os gametas, para formar um novo
indivíduo.
união dos gametas = fecundação

• A célula formada (zigoto ou célula-ovo) sofre uma série de divisões e


origina um novo ser vivo semelhante aos originais.
DAVID MACK / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK

Nos animais:
Gameta masculino = espermatozoide
Gameta feminino = óvulo

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Algumas bactérias estragam alimentos e prejudicam a saúde de outros seres
vivos porque eliminam substâncias tóxicas no ambiente e se reproduzem de
forma incrivelmente rápida.

Bactéria X

Em condições ideais, uma bactéria


pode dividir-se a cada 20 minutos
e, em apenas 10 horas, originar
1.073.741.824 bactérias.

...
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HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA

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Fecundação em humanos

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Hereditariedade
É a capacidade de os seres vivos gerarem seres semelhantes graças
aos genes.

cromossomos célula

LUÍS MOURA / ARQUIVO DA EDITORA


SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK

núcleo

Genes: estruturas formadas por DNA encontradas nos cromossomos e que


contêm informações que influenciam e determinam muitas características do
indivíduo.
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Reprodução assexuada Reprodução sexuada

espermatozoide óvulo com


com genes do pai genes da mãe
LUÍS MOURA / ARQUIVO DA EDITORA

célula-ovo ou zigoto

Os genes produzem cópias O indivíduo formado é semelhante


idênticas de si mesmos. Quando aos pais, mas não exatamente
a célula se divide, essas cópias igual a eles. É resultado da
passam para as novas células combinação dos genes maternos e
formadas. dos genes paternos.
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Os dinossauros viveram
na Terra durante cerca de
150 milhões de anos, mas
há 65 milhões de anos
estavam todos extintos.

ROVAL MATIAS / ARQUIVO DA EDITORA


FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

O conhecimento sobre os dinossauros e


outros organismos que não existem
mais só é possível graças aos fósseis.
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Fósseis são restos ou marcas deixadas nas rochas por organismos que já
desapareceram.

Os fósseis se formam quando um ser vivo morre e é soterrado por sedimentos


antes de se decompor.

ILUSTRAÇÕES: GARY HINCKS /


SCIENCE PHOTO LIBRARY
Ao longo do tempo, alguns organismos desapareceram e
deram lugar a outros.
Esse conjunto de transformações é chamado evolução.

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Qual é a diferença entre essas drosófilas?

PHOTORESEARCHERS / PHOTORESEARCHERS / LATINSTOCK


CHERYL POWER / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK

Drosófilas ou
moscas-das-frutas.

A primeira drosófila possui olhos vermelhos, ao passo que a segunda possui


uma mutação que faz com que seus olhos sejam brancos.

Mutações são mudanças acidentais que ocorrem nos genes e fazem surgir
genes diferentes dos originais, o que resulta em novas características.
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Surgimento de mutações:

• Reprodução assexuada durante a divisão da célula, uma das novas


células pode apresentar uma pequena mudança genética.

• Reprodução sexuada na
produção de gametas, um gameta
pode apresentar alterações
genéticas e, portanto, originar um
indivíduo com alterações.

LUÍS GOMES / ARQUIVO DA EDITORA


Mutações são imprevisíveis e
podem prejudicar o organismo
ou facilitar sua sobrevivência
e/ou reprodução.

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FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
Uma característica que facilita a sobrevivência de
um organismo é a adaptação.
Mutações podem tornar organismos mais
adaptados, aumentando suas chances de
sobrevivência ou reprodução, ou menos
adaptados, podendo prejudicá-lo ou até
impedi-lo de se reproduzir.
PETER BARRETT / SHUTTERSTOCK / GLOW

Alguns exemplos de adaptação entre


os animais: o jabuti, o ouriço-cacheiro,
IMAGES

o leão e o bicho-pau.

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SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES
URIADNIKOV SERGEY /
Seleção natural

A pelagem grossa do urso-polar é uma


adaptação que permite sua
sobrevivência em um clima frio.

Chances maiores de Número maior de


Urso-polar com sobrevivência e descendentes ao
pelagem grossa reprodução longo do tempo

Chances menores de Número menor de


Urso-polar sem sobrevivência e descendentes ao
pelagem grossa reprodução longo do tempo

Esse processo de adaptação acompanhada de aumento/diminuição


do número de descendentes é chamado seleção natural.
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A ideia de seleção natural foi desenvolvida por Charles Darwin (1809-1882) e
Alfred Russel Wallace (1823-1913).

A resistência de alguns insetos aos pesticidas é um caso de


seleção natural:

A reprodução desses insetos é rápida e o


número de mutantes a cada geração é alto.

Um mutante com resistência ao inseticida


(inseto mais escuro) se reproduz e transmite
essa característica aos seus descendentes.

Aos poucos, aumenta o número de insetos


resistentes e diminui o número de insetos
sensíveis ao inseticida.

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A origem da vida

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


• Como surgiu a vida
na Terra?

• Qual a importância
dos experimentos de
Redi e Pasteur?

Como as larvas vão parar


dentro das frutas?

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A ideia de geração espontânea

AARON AMAT / SHUTTERSTOCK


GLOW IMAGES
DANI VINCEK / SHUTTERSTOCK /
O mofo é um ser vivo. Como ele aparece nos alimentos?

Antigamente, acreditava-se que a vida podia surgir da matéria sem vida.

Essa é a teoria da geração espontânea ou abiogênese.

A observação pode levar a conclusões erradas!


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Nem todos acreditavam na teoria da geração espontânea.

Francesco Redi (1626-1697): propôs que vermes eram larvas provenientes de


ovos depositados por moscas adultas.

LUÍS MOURA / ARQUIVO DA EDITORA


Se a teoria da abiogênese fosse verdadeira, as larvas deveriam aparecer em
ambos os vidros.

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As larvas surgiram apenas nos vidros abertos!

LUÍS MOURA / ARQUIVO DA EDITORA


Redi fez uma experiência científica ou experimento para descobrir se
estava certo.
Esse tipo de experimento em que se comparam duas situações é chamado de
teste controlado.

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Muitas pessoas continuaram acreditando na ideia de geração espontânea de
microrganismos, mesmo após o experimento de Redi.

Louis Pasteur (1822-1895): realizou um experimento para mostrar que os


microrganismos estão presentes no ar.
LUÍS MOURA / ARQUIVO DA EDITORA

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CHARLES O’REAR / CORBIS / LATINSTOCK
O vidro esteve sempre aberto. Porém,
devido à curvatura do gargalo os
microrganismos não atingiam o caldo
e não se reproduziam.

A importância do experimento
de Pasteur
Se um alimento for esterilizado pelo
calor e acondicionado de modo que não
entre em contato com o ar, ele poderá
ser conservado por muito tempo.

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Como tudo começou

HULTON-DEUTSCH COLLECTION / CORBIS / LATINSTOCK


Oparin e Haldane: a atmosfera da
Terra primitiva era diferente da atual.
Era formada por metano, amônia,

RIA NOVOSTI / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


hidrogênio e vapor de água.

RICHARD BIZLEY / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK

A formação do primeiro ser vivo a


partir da matéria sem vida só teria
sido possível em condições que não
existem mais!
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A origem da vida
1. açúcares proteínas gorduras

Com a energia das descargas elétricas (tempestades) e dos raios UV, gases
atmosféricos combinam-se para formar substâncias orgânicas.

2.

Levadas pelos mares e chuvas, as substâncias orgânicas transformam-se em


novas substâncias e combinam-se com um gene primitivo para originar uma
célula primitiva, semelhante a uma bactéria simples.
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z

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


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INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


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FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
Classificando os seres vivos

• Com que objetivos os cientistas classificam os


seres vivos?
• Quais os reinos em que os seres vivos são
classificados?
• Como é escrito o nome científico de uma espécie?
ZIG KOCH / REFLEXO

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MICHAEL QUINTON / LATINSTOCK
Taxonomia é a área da Biologia que
cuida da tarefa de classificação dos
seres vivos.

Critérios:
Semelhanças no corpo, no
funcionamento e no desenvolvimento
do organismo, no modo de reprodução
e semelhanças entre genes.

A classificação com base


nesses critérios ajuda a
mostrar as relações de
parentesco evolutivo entre
os seres vivos.

MONIKA WISNIEWSKA / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES

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As semelhanças entre grupos são consequência da evolução: o cão e o lobo
surgiram de um antepassado comum há cerca de 15 mil anos.
ancestral do lobo
ancestral do chacal, coiote, lobo e cão e do cão

Chacal do dorso preto Cão pastor-alemão


(45 cm a 80 cm). Coiote (70 cm a 95 cm). Lobo (1 m a 1,5 m). (65 cm a 1 m).

WILLIAM ERVIN / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


FRANS LANTING / MINDEN PICTURES / LATINSTOCK

ROBERT FRANZ / ACERVO DO FOTÓGRAFO

SERGIO BEREZOVSKY / ARQUIVO DA EDITORA


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SHEILA TERRY / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK
Espécie é o conjunto de
organismos semelhantes entre si
e capazes de cruzar e gerar
descendentes férteis.

Carl von Linné ou Lineu criou


um sistema de classificação dos
animais usando a espécie
como unidade básica.
Reuniu espécies semelhantes
em um mesmo grupo, o
gênero.

Lineu criou um sistema de


nomenclatura binomial,
utilizando o latim para dar nome
às espécies.
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FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
Panthera tigris Panthera leo Panthera onca

Nome do gênero, com inicial Nome da espécie, com inicial


maiúscula e destaque do minúscula e destaque do texto
texto (itálico ou sublinhado). (itálico ou sublinhado).
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Os arquivos da vida
Existe uma hierarquia entre os grupos de classificação, indo do mais
geral para o mais particular:

Reino Animalia

Filo Chordata
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

Classe Mammalia

Ordem Carnivora

Família Felidae

Gênero Felis

Espécie Felis catus

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ANDREW SIRED / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK
Os reinos dos seres vivos
Reino Monera: inclui bactérias e cianobactérias.
Algumas causam doenças ao ser humano, outras são
importantes para a decomposição de matéria orgânica.

STEVE GSCHMEISSNER / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


Bactérias na ponta de um
alfinete.

Reino Protista:
abriga todos os
seres unicelulares
que possuem
núcleo, como as
As amebas são protistas heterotróficos. amebas e as algas.
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Reino Fungi: engloba os fungos, sendo a maioria pluricelular.
Todos têm células com núcleo e são heterotróficos.

ANDREW SYRED / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


PAULO FRATIN / KEYSTONE

Cogumelo. Levedo de cerveja.

O corpo desses seres é formado por uma série de filamentos chamados


de hifas.
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FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
Reino Animalia: compreende os
animais. Todos são pluricelulares e têm
células dotadas de núcleo.
São seres heterotróficos.

HAROLDO PALO JR / KINO.COM.BR


Reino Plantae: corresponde às plantas.
Todas são pluricelulares e têm células
dotadas de núcleo.
São seres autotróficos.
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Os vírus e a saúde do corpo

PASIEKA / BIBLIOTECONOMIA PHOTO / LATINSTOCK


• Você sabe como são os vírus?

• Como se reproduzem?

• Que doenças causam e como é


possível se defender delas?

Vírus da gripe H1N1


ou Influenza A.

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Os vírus não são formados por células, não respiram nem se
alimentam como os outros seres.

Organização:
Envoltórios ou cápsulas de proteína que abrigam material genético
(DNA ou RNA).
material
lipídios proteínas genético

proteínas

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


material
genético

enzimas
material
genético
Vírus da gripe. HIV, o vírus da Aids. Bacteriófago.

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A reprodução dos vírus

Parasitas intracelulares obrigatórios: vírus se reproduzem apenas quando


invadem uma célula e passam a comandar a produção de proteínas virais.

Reprodução do bacteriófago:

LUÍS MOURA / ARQUIVO DA EDITORA


vírus introduz produção de mais produção de novos vírus vírus liberados
DNA na bactéria DNA (do vírus) proteínas (do vírus)

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O organismo humano possui defesas
naturais contra microrganismos.
anticorpos

Anticorpos: substâncias que se ligam a

LUÍS MOURA / ARQUIVO DA EDITORA


organismos invasores, através dos
antígenos, e ajudam a destruí-los. Todos
os anticorpos são específicos. microrganismo
invasor
A velocidade de produção dos
anticorpos pode variar de acordo com a
doença e com o estado da pessoa que
contraiu o vírus. anticorpos

microrganismo
invasor

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Vacinas
O microrganismo (ou parte dele) é introduzido no organismo e, como
está morto ou atenuado, não é capaz de causar a doença mas estimula
a produção de anticorpos e células especiais.

Características das vacinas:

• Tratamento preventivo

• Vacinas contra vírus, bactérias e outros parasitas

• Controle e erradicação de doenças

A defesa do organismo contra determinado


invasor fica fortalecida!

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HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA
O veneno da
Soro: anticorpos prontos serpente é extraído e
o antígeno inativo é
injetado no animal.
Soro terapêutico: produzido com
sangue de algum animal que já
contém os anticorpos contra o vírus
ou substância tóxica.
Retira-se sangue do
animal e prepara-se
um soro com
O animal recebe os antígenos e anticorpos.
produz anticorpos específicos.

O soro é armazenado
para ser injetado em
O soro tem uma ação rápida mas não pessoas picadas por
proporciona defesa permanente. serpentes.

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Viroses
Dengue: causada por um vírus transmitido pela picada dos mosquitos Aedes
aegypti e Aedes albopictus.

Sintomas:
MARTIN DOHIN / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK

Febre
Mal-estar e cansaço
Dores de cabeça e nos olhos
Dores nos músculos e articulações
Vômito e diarreia
Vermelhidão no corpo

Se uma pessoa for infectada novamente, pode surgir a dengue hemorrágica.

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O mosquito põe ovos em água parada, por isso é preciso tomar certos
cuidados para impedir sua reprodução:

SAIBA COMO SE PROTEGER CONTRA A DENGUE.

Disponível em: <http: // portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.cfm>. Acesso em: 26 mar 2012.


LIXO PLANTAS E JARDINS
Coloque o lixo em sacos Encha de areia
plásticos e mantenha a lixeira até a borda os pratinhos dos
bem fechada. vasos de planta.
Não jogue lixo em terrenos
baldios.

Jogue no lixo todo objeto que Se você não colocou areia e


possa acumular água, como acumulou água no pratinho da
embalagens usadas, potes, latas, planta, lave-o com escova, água
copos, garrafas vazias, etc. e sabão. Faça isso uma vez por
semana.

Mantenha o saco de lixo bem Se você tiver vasos de plantas


fechado e fora do alcance de aquáticas, troque a água e lave
animais até o recolhimento pelo o vaso principalmente por dentro
serviço de limpeza urbana. com escova, água e sabão pelo
menos uma vez por semana.

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O mosquito põe ovos em água parada, por isso é preciso tomar certos
cuidados para impedir sua reprodução:

SAIBA COMO SE PROTEGER CONTRA A DENGUE.

Disponível em: <http: // portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.cfm>. Acesso em: 26 mar 2012.


CAIXAS-D’ ÁGUA, CALHAS E LAJES TONÉIS E DEPÓSITOS DE ÁGUA

Não deixe a água Mantenha bem tampados


da chuva acumulada tonéis e barris de água.
sobre a laje.

Remova folhas, galhos e tudo Lave semanalmente por


o que possa impedir a água dentro com escova e sabão
de correr pelas calhas. os tanques utilizados para
armazenar água.

Mantenha a Lave principalmente por dentro


caixa-d’água sempre bem com escova e sabão os
fechada com tampa adequada. utensílios usados para guardar
água em casa, como jarras,
garrafas, potes, baldes, etc.

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Raiva (Hidrofobia): o vírus é transmitido por mordidas de cães, gatos, ratos
ou morcegos que se alimentam de sangue.
Sintomas: dor de cabeça forte, febre alta, contrações musculares que
dificultam o ato de engolir, entre outros.

NIBSC / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


Aids: o vírus HIV ataca e destrói
certas células do sistema
imunológico.

O indivíduo infectado fica sem


defesas contra uma série de
microrganismos, o que pode
levar à morte.

Glóbulo branco sendo


atacado por vírus da Aids.

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Os portadores do vírus devem procurar tratamento médico.

A transmissão do vírus HIV se dá por:

• Relação sexual sem proteção


• Transfusão de sangue
• Seringas e agulhas compartilhadas por usuários de drogas injetáveis
• Gravidez
• Objetos cortantes contaminados

AINDA NÃO EXISTE VACINA CONTRA A AIDS.

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As bactérias
Enquanto algumas bactérias são patogênicas, outras são inofensivas.

ANDREW SYRED / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


• Qual a diferença entre uma bactéria e uma célula humana? Por que as
bactérias são importantes para o ambiente? Que doenças podem causar?
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As bactérias são organismos unicelulares procariotos, ou seja,
seu material genético não está separado do citoplasma por uma
membrana, como nos animais e plantas (eucariotos).
parede celular material genético (DNA)

LUÍS MOURA / ARQUIVO DA EDITORA


rotação dos
flagelos

citoplasma
membrana plasmática

flagelo

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As bactérias podem ser classificadas de acordo com a sua forma e com o seu
modo de vida (isoladas ou em colônias):
bacilos
PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK
EYE OF SCIENCE / SCIENCE

vibrião espiroqueta
sarcina
(cocos formando cubos)

coco

estreptobacilo
cocos

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


estafilococo
(cocos em cachos)
diplococo
estreptococo (cocos em fileiras)
bacilos

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Nutrição e respiração
A maioria das bactérias é heterotrófica, mas existem também bactérias
autotróficas, como as cianobactérias.

VISUALS UNLIMITED / CORBIS / LATINSTOCK


Bactérias aeróbias:
utilizam oxigênio do ar para
conseguir energia.

Bactérias anaeróbias:
obtêm energia a partir da
fermentação, um processo que
não depende do oxigênio.

Colônia de cianobactérias.

A fermentação realizada por bactérias é aproveitada por muitas indústrias.

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Reprodução
Na maioria das vezes, as bactérias se multiplicam por reprodução
assexuada.
DNA

duas células
(bactérias)

duplicação do
DNA

divisão do citoplasma

Em condições ideais, as bactérias podem se dividir a cada 20 minutos!

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As bactérias e o equilíbrio da natureza decompositores
(bactérias e
fungos)
plantas e animais mortos
INGBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA

Gás carbônico,
água e sais
minerais são
absorvidos pelas
plantas e usados
Bactérias e fungos transformam a matéria orgânica das na produção de
plantas e dos animais mortos em substâncias minerais açúcares e outras
(água, gás carbônico e sais minerais). substâncias
orgânicas.

As bactérias sapróbias (absorvem substâncias orgânicas de


organismos mortos) têm um papel importante na reciclagem da matéria.
76
z
Associações de bactérias com outros organismos
Comensalismo: um organismo se beneficia sem causar prejuízo ao outro,
como as bactérias que vivem em nossa pele.

DAVID MACK / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


Parasitismo: um dos organismos
se beneficia e o outro sofre algum
prejuízo. É o caso das bactérias
patogênicas.

pele

bactérias
Bactérias na pele.

Mutualismo: a associação traz benefícios para ambos os organismos


envolvidos, como no caso das bactérias que vivem em nosso intestino.
77
z
O organismo humano dispõe de várias linhas de defesa contra os
microrganismos:

bactéria
1. Epiderme e mucosas
Glóbulo branco
2. Células especiais, como glóbulos
brancos, que realizam a
LUÍS MOURA / ARQUIVO DA EDITORA

destruição da
bactéria
fagocitose de microrganismos

3. Produção de anticorpos

Vesícula com substâncias


que digerem a bactéria.

78
z
Doenças provocadas por bactérias

Cólera: a transmissão do Vibrio cholerae ocorre por ingestão de água ou


alimentos contaminados, ou por contato com fezes ou vômito de pessoas
contaminadas.

EYE OF SCIENCE / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


Sintomas:
• diarreia intensa
• cólicas
• vômito
• cãibras

O Vibrio cholerae é um vibrião, uma


bactéria em forma de vírgula.

79
z
Leptospirose: é uma doença causada por uma bactéria presente na urina de
roedores (ratazanas, ratos de telhado e camundongos) que normalmente se
espalha pela água suja das enchentes e esgotos.

Como as pessoas se contaminam?


As pessoas podem ficar doentes quando entram em contato com água ou
lama contaminadas pela urina de roedores.
A bactéria entra na pele, com ou sem ferimentos, quando em contato com
essas águas.

Alguns cuidados para se prevenir da doença:


Evite o contato com água ou lama de enchentes ou esgotos. Impeça que
crianças nadem ou brinquem nesses locais, que podem estar
contaminados pela urina dos ratos.

Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulho e esgoto

ARQUIVO DA EDITORA
devem usar botas e luvas de borracha para evitar o contato da

PAULO NILSON /
pele com água e lama contaminadas (se isso não for possível,
usar sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés.
80
z
Protozoários e algas

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


• Que doenças são
causadas por
protozoários?

• Por que as algas são


importantes para a
vida aquática?

Protistas microscópicos
podem ser encontrados em
uma gotícula de água.

81
z
Protistas são organismos eucariotos ou eucariontes, isto é, são formados por
células dotadas de núcleo com membrana.

Eucariotos Procariotos

Células com núcleo verdadeiro Células sem núcleo verdadeiro

Presença de mitocôndrias Ausência de mitocôndrias

Presença de cloroplastos Ausência de cloroplastos

Protistas heterotróficos: protozoários

Protistas autotróficos: algas

82
z
Os protozoários

• Seres unicelulares heterotróficos

• Reprodução geralmente assexuada

Didinium sp. Trichomonas.

A célula se parte em

ILUSTRAÇÕES: INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


dois ou mais pedaços e
dá origem a novos
protozoários, idênticos
ao original.

83
z
• Locomoção por pseudópodes, cílios ou flagelos

ILUSTRAÇÕES: INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


Fagocitose

núcleo

protozoário
pseudópode digestão absorção do alimento

Os restos são
eliminados. cílios
As estruturas de locomoção
também são utilizadas para
envolver e capturar outros
seres vivos (alimento).
O alimento
é digerido. O alimento é capturado.

84
z
Os protozoários e a saúde humana

HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA


Doença de Chagas: causada pelo
protozoário flagelado Trypanossoma
cruzi, transmitido pelo barbeiro.
protozoários
no sangue
O protozoário
Em 30% dos casos aparecem se reproduz
no coração.
problemas no coração e no sistema
digestório, que podem levar à morte.
flagelo

Nem todas as pessoas infectadas


desenvolvem a doença.

As fezes com Ao sugar o sangue,


tripanossomos caem no o barbeiro adquire o
sangue através do orifício protozoário.
da picada.
85
z
Malária: causada pelo protozoário plasmódio, transmitido pela

FABIO COLOMBINI / ACERVO


picada do mosquito-palha, do gênero Anopheles.

DO FOTÓGRAFO
A destruição das hemácias
provoca febre em intervalos
regulares, tremores, calafrios,
anemia e dor de cabeça.

NOEMI DE CARVALHO / ARQUIVO DA EDITORA


O mosquito
contaminado
pica a pessoa.
O plasmódio
O combate ao vetor é a cai na corrente glóbulo
principal forma de evitar a sanguínea... vermelho
transmissão da doença. infectado

... e se
reproduz
... chega nas células
ao fígado... do fígado e
nos glóbulos
vermelhos.

86
z
Outras doenças causadas por protozoários:

Doença Protozoário

Leishmaniose Leishmania sp.

Toxoplasmose Toxoplasma gondii

Disenteria amebiana Entamoeba histolytica

Giardíase Giardia sp.

Tricomoníase Trichomonas vaginalis

ARQUIVO DA EDITORA
INGEBORG ASBACH /
87
z
As algas flagelos

• Possuem clorofila e realizam fotossíntese

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


• Unicelulares ou pluricelulares
• Vivem na água doce ou salgada e em
ambientes terrestres úmidos
• Principal forma de reprodução é a clorofila
núcleo
assexuada
MANFRED KAGE / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK

Dinoflagelados: possuem dois


flagelos e alguns apresentam
bioluminescência.

Diatomáceas: algas unicelulares


com uma carapaça de sílica.

88
z
Euglenófitas: movimentam-se por flagelo
flagelos e possuem uma organela núcleo

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


capaz de detectar luz.

Clorofíceas: algas verdes, unicelulares


ou pluricelulares. Cloroplastos
(fazem fotossíntese)
Algas pluricelulares possuem um corpo
formado por um talo.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


DENNIS JOHNSON / CORBIS / LATINSTOCK

89
z
Feofíceas: algas pardas, possuem pigmentos marrons.
Algumas têm grande importância econômica.

J.R. WAALAND UNIVERSITY OF WASHINGTON / BIOLOGICAL PHOTO SERVICE

FABIO COLOMBINI / ARQUIVO DO FOTÓGRAFO


Muitas algas pardas são comestíveis e também utilizadas como adubo.

De outras se extrai a algina, usada para dar consistência e textura aos


alimentos industrializados, tintas, entre outros.
90
z
ALEX RIBEIRO /
ARQUIVO DA EDITORA
Rodofíceas: algas vermelhas,
com grande quantidade de
pigmentos vermelhos.

Importância econômica: algumas


algas vermelhas são utilizadas como
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

alimento. De outras se extrai a


carragenina e o ágar, produtos
utilizados nas indústrias alimentícia e
farmacêutica.

91
z
Fungos

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


• Como é o corpo de um fungo?
• Quais são os benefícios e prejuízos que esses seres podem nos causar?
92
z
Assim como as bactérias, fungos são importantes decompositores.

Isso pode ser um problema: fungos podem destruir alimentos, roupas, papéis,
plantações inteiras e parasitar animais e plantas.

Apesar disso, fungos são úteis para


nós: alguns são comestíveis, outros
são usados na fabricação de bebidas

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


alcoólicas, pães, queijos e
antibióticos.

O mofo é um tipo de fungo.

93
z
Alguns fungos são unicelulares, mas a maioria é pluricelular.

O corpo dos fungos é formado por um conjunto de filamentos, as


hifas, que se entrelaçam formando o micélio.
corpo de frutificação

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


hifas

células da hifa
(microscópicas)
micélio
(conjunto de hifas)

94
z
A reprodução dos fungos
Os fungos geram células microscópicas, os esporos, que podem ser levados
pelos ventos e originar um novo fungo.

corpo de hifas
frutificação

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


esporos

esporo

Os esporos
caem no solo e
dão origem a
novos fungos.

95
z
A diversidade dos fungos

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


DELFIM MARTINS / PULSAR IMAGENS
Agaricus campestri, o champignon. Pycnoporus sanguineus, o orelha-de-pau.

LATINSTOCK
DR. JEREMY BURGGES /
SCIENCE PHOTO LIBRARY /
Saccharomyces cerevisiae,
o levedo de cerveja.
96
z
DR JEREMY BURGESS / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK
INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA

Penicillium, que produz a penicilina


Rhizopus stolonifer, o bolor preto.
(antibiótico).

LIBRARY / LATINSTOCK
JOHN WRIGHT / SCIENCE PHOTO
Alguns fungos, como os do gênero
Armillaria, são venenosos! Devemos ter
cuidado, só uma pessoa que conhece
bem os fungos consegue diferenciar os
venenosos dos que não são.
Armillaria.

97
z
Os liquens
Liquens são associações entre fungos e algas verdes ou cianobactérias.
Crescem sobre o solo, troncos e rochas.
células de

FABIO COLOMBINI / ACERVO


pedaços de liquens alga ou de
(levados pelo vento) cianobactérias

DO FOTÓGRAFO
hifas do fungo
INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA

Os fungos retiram água e sais minerais do substrato e, com esses nutrientes, a


alga produz substâncias orgânicas (por fotossíntese).

98
z
Em certas situações, fungos que vivem na pele podem se reproduzir
rapidamente e provocar infecções conhecidas como micoses.

SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


As micoses mais
comuns ocorrem na
pele, no cabelo, na
unha e nos pelos.

O calor, a umidade e
o uso abusivo de
antibióticos favorecem
a instalação de micoses.

Esporos do fungo conhecido


como pé de atleta.

99
z
JEFFREY L. / ROTMAN / CORBIS / LATINSTOCK
Poríferos

• Como é o corpo das esponjas?

• Onde elas vivem?

• Como se alimentam?

Esponja barril
(Xestospongia muta).

101
z
Esponjas são organismos aquáticos sésseis, isto é, vivem presas a rochas e
a outros pontos fixos.

• Seu corpo é formado por poros.

• Não possuem órgãos nem

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


tecidos típicos.

• São animais filtradores:


à medida que a água
passa por seus poros,
pequenas partículas de
alimentos são retidas.

102
z
Esponjas possuem células flageladas (coanócitos) que movimentam-se e
criam uma corrente de água, que passa pelo corpo do animal.

Caminho da água: poros (entrada) átrio ósculo (saída)


ósculo
INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA

poros Os coanócitos
corrente capturam o alimento,
de água
que é digerido e
distribuído para
átrio outras células.

coanócito espículas

alimento
flagelo

103
z
A reprodução das esponjas

JEFFREY L. ROTMAN / CORBIS / LATINSTOCK


Reprodução assexuada:
um grupo de células se
multiplica e forma pequenos
brotos. Quando se soltam,
os brotos originam um
indivíduo isolado.

Reprodução sexuada:
espermatozoides são móveis
e nadam até outro indivíduo
da mesma espécie, onde
encontram um óvulo (fixo).

Forma-se uma larva, que nada e, após fixar-se, transforma-se em uma


esponja adulta.

104
z
Esponjas e medicamentos
No corpo das esponjas existem substâncias tóxicas que funcionam como
defesa contra predadores.
Cientistas estudam essas substâncias para produzir medicamentos
a partir delas.

ANDRÉ SEALI / PULSAR IMAGENS


O AZT - usado no combate ao
HIV - e uma substância que
tem ação sobre a doença de
Alzheimer, são exemplos de
medicamentos produzidos a
partir de substâncias extraídas
das esponjas.

105
z
Cnidários

O peixe palhaço vive em associação com a anêmona-do-mar, numa relação


em que ambos são beneficiados.

CBPIX / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES


• O que a anêmona-do-mar, a
água-viva e o coral têm em
comum?

• Como se formam os recifes


de corais e qual a
importância deles para o
ambiente?

106
z
PASCAL GOETGHELUCK / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK
A diversidade de cnidários

Corais são fixos e formam


colônias.
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

Espécie de anêmona-do-mar encontrada no litoral Água-viva com cerca de


brasileiro, vive presa às rochas. 8 cm de diâmetro.

107
z
A forma dos cnidários
Pólipos: corpo cilíndrico com uma abertura na parte superior (boca).
Geralmente são sésseis.
•anêmona-do-mar, corais
Medusas: corpo em forma de sino, com a abertura da boca localizada na parte
inferior. São móveis.
• água-viva
tentáculos

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


cavidade do corpo

boca

boca

tentáculos
cavidade do corpo

hidra (pólipo) anêmona (pólipo) água-viva (medusa)

108
z
Certos cnidários são uma reunião de diversos indivíduos, cada
qual com uma função, formando uma colônia.

PETER SCOONES / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


A caravela portuguesa
(Physalia physalis) é uma
colônia composta de vários
pólipos com funções
diferentes: uns são
flutuadores, outros formam os
tentáculos e outros ainda
cuidam da digestão do alimento
e da reprodução da colônia.

109
z
O corpo dos cnidários é recoberto por cnidócitos ou cnidoblastos, células de
ataque e defesa que contêm um nematocisto.
Quando o cnidócito é tocado, o nematocisto funciona como um arpão,
injetando uma toxina na presa (ou predador).

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


nematocisto

opérculo

núcleo

Cnidócito com o nematocisto recolhido. Cnidócito descarregando a toxina.

A toxina é capaz de paralisar e matar pequenos animais, que servem de


alimento para os cnidários.
110
z
A vespa-do-mar (Chironex fleckeri) é uma água-viva encontrada nas praias da
Austrália e que pode medir até 30 cm de diâmetro. Seus tentáculos atingem
até 3 metros de comprimento.

DR. DAVID WACHENFELD / AUSCAPE / MINDEN PICTURES


Se uma pessoa tocar nos tentáculos da
vespa-do-mar pode morrer de parada cardíaca.

Esse animal tem

A
R
O
IT
ED
A
provocado mais mortes
D
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IV
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Q
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do que os tubarões do
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litoral australiano!
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N
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111
z
OXFORD SCIENTIFIC / PHOTO LIBRARY / GETTY IMAGES
A reprodução dos cnidários

Reprodução assexuada:
brotamento, como nas esponjas.
Se o broto permanece ligado ao
indivíduo, forma-se uma colônia.

Reprodução sexuada:
há produção de gametas, fecundação
e formação de uma larva móvel
(desenvolvimento indireto).

Reprodução por
brotamento em uma hidra.
112
z
Os recifes de corais
Formação:
• Acúmulo de esqueletos de corais e do calcário de certas algas.
• Águas claras e rasas, com temperatura entre 20 °C e 30 °C.

CHRIS NEWBERT / MINDEN PICTURES / LATINSTOCK


As algas fornecem alimento aos
corais que, por sua vez, fornecem
sais minerais às algas.
Os recifes de corais protegem o
litoral contra erosões e abrigam
uma diversidade enorme
de organismos.

113
z
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
Sem as algas, a
sobrevivência dos corais
fica ameaçada.

Em vários pontos do
mundo, os corais estão
ficando brancos porque
estão perdendo suas algas.

Esqueletos de corais.

Uma das causas desse branqueamento é o aumento de temperatura causado


pelo aquecimento global do planeta.
A destruição causada pelo homem e a poluição das regiões costeiras
também ameaçam os recifes de corais.
114
z
Platelmintos

Algumas doenças transmitidas pela água contaminada são causadas por


vermes achatados, os platelmintos.

GERSON GERLOFF / PULSAR IMAGENS


• Todos os platelmintos
são parasitas?

• Como podemos nos


prevenir contra doenças
causadas por certas
espécies de platelmintos?

115
z
As planárias

São platelmintos de vida livre que vivem em ambientes aquáticos ou úmidos.


Possuem dois olhos muito simples: percebem a luz mas não formam imagens.

tubo digestório epiderme

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA

ERIC GRAVE / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


faringe
músculo e órgãos
tubo digestório

faringe
boca

alimento

116
z
As planárias são hermafroditas, ou seja, cada indivíduo possui tanto órgãos
masculinos quanto femininos.

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


Podem se reproduzir sexuadamente ou assexuadamente, por divisão.
117
z
As tênias ou solitárias
São platelmintos parasitas que passam parte do seu ciclo de vida no intestino
delgado humano. Provocam a teníase. escólex
(cerca de 1mm de diâmetro)
ganchos Taenia solium segmentos (anéis)
(presente no porco)

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

ventosas

intestino humano

A tênia é formada por uma cabeça (escólex) com ventosas e um grande


número de segmentos corporais chamados de proglotes ou proglótides.
118
z
As tênias são hermafroditas: cada
útero
proglote possui útero, testículos e

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


ovários. Realizam autofecundação.
testículos

Segmentos maduros (cheio de ovos), se


desprendem do corpo do verme e saem
com as fezes do hospedeiro. ovário
sistema reprodutor
(presente em cada um
dos segmentos)

Sem as instalações sanitárias adequadas, os ovos podem contaminar a


água e os vegetais. Quando são ingeridos por um porco ou um boi, dos
ovos saem larvas que se instalam no músculo desses animais, formando
bolsas chamadas de cisticercos.

119
z
Porco ou boi: hospedeiro

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


intermediário
Ser humano: Uma pessoa come
carne contaminada.
hospedeiro definitivo

tênia adulta no
cisticerco intestino
Prevenção:
• Instalação de fossas ou Larvas perfuram o
segmento
maduro
redes de esgoto intestino e migram
adequadas para os músculos.

• Fiscalização de
abatedouros Porco ingere ovos
útero
com embriões.
com ovos
• Ingestão de carne bem
passada Segmentos saem
com as fezes e
• Higiene pessoal liberam os ovos
com o embrião.

120
z
O esquistossomo
O verme Schistossoma mansoni provoca a esquistossomose
(“barriga-d’água”) e vive nas veias do fígado e do intestino delgado
do ser humano.
NIBSC / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK

Os esquistossomos têm sexos


separados: o macho é maior e abriga
a fêmea, que é longa e fina, em um
canal de seu corpo.

121
z
O ciclo do esquistossomo

Cercária sai do Vermes adultos vivem nas veias do


caramujo. fígado e do intestino.
Larva penetra na pele.

NOEMI DE CARVALHO / HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA


Larva penetra no caramujo
e se reproduz, originando
fígado
novas larvas, as cercárias.

Ovos saem com as


fezes e caem na água.

Ovos originam larvas Ovos passam para


(miracídios). o intestino.

122
z
Os vermes da esquistossomose podem ser eliminados com o uso de
medicamentos, mas é importante que algumas medidas sejam tomadas para
evitar a proliferação da doença:

• Implantação de sistemas

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


de canalização
e redes de esgoto;

• Fornecimento de água
de boa qualidade;

• Informação da população
sobre a doença;

• Combate ao caramujo
transmissor da doença.

123
z
DR. JEREMY BURGESS / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK
Nematoides

Neste filo há parasitas do ser humano e de


outros seres vivos, mas existem também
nematoides de vida livre.

• A ascaridíase, a ancilostomose e a
filariose são doenças causadas
por nematoides. O que deve ser feito
para erradicá-las?

124
z
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
O corpo dos nematoides tem forma
delgada, pontas afiladas e
musculatura desenvolvida.

Ao contrário dos platelmintos,


possuem um tubo digestório
completo, o que permite que a
alimentação seja um processo
contínuo.

A maioria dos nematoides é


microscópica, outros, como a
lombriga, têm alguns
centímetros de comprimento.

Ascaris lumbricoides, a popular lombriga, um


parasita do intestino humano.

125
z
A lombriga

JOHN BAVOSI / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


A lombriga (Ascaris lumbricoides) é
responsável por provocar a ascaridíase.
• Mede entre 15 e 40 cm de comprimento

• Tem sexos separados

• Vermes adultos vivem no intestino delgado


humano
Os ovos saem com as fezes da pessoa
contaminada e, quando não há saneamento
básico, podem chegar ao solo e contaminar a
água e os alimentos.

Lombrigas alojadas no
intestino humano.
126
z
1. Ovo com embrião

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


O ciclo da lombriga: desce pelo esôfago.

6. Larva passa 7. Larva é engolida.


A contaminação pela 5. Larva passa
pela traqueia.
8. Larva desce
lombriga pode causar pelo pulmão. pelo esôfago.
lesões graves no
4. Larva passa
pulmão e em outros pelo coração.
órgãos, pela
migração das larvas. 3. Larva passa
2. Larva sai do
pelo fígado.
ovo no
Ovo com embrião intestino e vai
é ingerido com para o fígado.
hortaliça.
Se não for tratada, a
pessoa contaminada 9. Vermes
adultos alojam-se
pode ter o intestino no intestino.
obstruído e até
10. Ovos caem no
morrer. solo com as fezes.
Verduras são regadas
com água contaminada.

127
z
Vermes adultos podem eliminar até 200 mil ovos por dia!

Por isso, é importante tomar medidas para impedir a proliferação da doença e


prevenir a contaminação.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Medidas:

• Instalações sanitárias adequadas

• Tratamento de água para beber e


cozinhar

• Hábitos de higiene adequados

• Cuidados com as crianças (não


deixar que levem objetos à boca)

128
z
O ancilóstomo e o necátor

A ancilostomíase ou “amarelão” pode ser

ITORA
causada por dois nematoides, o

O DA ED
ancilóstomo (Ancylostoma duodenale) e o

/ ARQUIV
necátor (Necator americanus).

LOGY
PARASITO
IETY OF
ESE SOC

O verme se fixa na parede do intestino


PAN

delgado com estruturas parecidas com


THE JA

dentes ou lâminas cortantes que têm na


boca e se alimenta do sangue da pessoa
contaminada.

129
z
5. larva na 6. larva no
esôfago
A perda de sangue faz o
4. larva traqueia
no ovo no solo: doente ficar anêmico e muito
pulmão 3. larva no liberação de larva pálido.
coração
7. larva no
8. larva no A contaminação pelo verme
estômago
intestino
do “amarelão” pode ser
evitada com algumas
medidas:

• Saneamento básico
ovo com
embrião
NOEMI DE CARVALHO / ARQUIVO DA EDITORA

• Uso constante de calçados


ovo nas
fezes
nas regiões com focos da
doença

2. larva na • Tratamento dos doentes


circulação
larva no
solo
1. larva na pele
130
z
O oxiúro

O oxiúro (Enterobius vermicularis) tem cerca de 1 cm de comprimento e vive


no intestino grosso do ser humano.

A doença conhecida como enterobíase ou oxiurose pode provocar lesões na


mucosa do reto, além de cólica, tontura e vômito.

Transmissão: inalação de poeira com ovos do oxiúro ou ingestão de água e


alimentos contaminados.

Utilização de medicamentos
Higiene pessoal
Medidas Preventivas
Troca frequente de toalhas e roupas de cama
Saneamento básico

131
z
A filária

O nematoide Wuchereria bancrofti vive nos vasos


linfáticos humanos, causando uma doença chamada de
filariose ou elefantíase.

A presença de filárias nesses


vasos origina inflamações que
vaso linfático
podem obstruir a circulação da
linfa e ocasionar seu acúmulo em
certas regiões do corpo.

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


linfonodo

132
z
O ciclo da filária:

A prevenção à filariose é feita por: Larva cresce e passa


para o ser humano pela
• Tratamento dos doentes picada do inseto.

NOEMI DE CARVALHO / ARQUIVO DA EDITORA


• Combate ao mosquito
Culex e suas larvas
Verme adulto obstrui
os vasos linfáticos do
• Saneamento ambiental ser humano, causando
elefantíase.
• Redução do contato entre
seres humanos e o
mosquito transmissor

Larva no sangue
humano passa
para o mosquito.

133
z
Anelídeos

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


• “Solo bom é solo com
minhocas”. Por quê?

• Quais são os outros


animais do filo das
minhocas?

134
z
A vida das minhocas

As minhocas pertencem à classe dos oligoquetas ou oligoquetos porque


possuem poucas cerdas em seu corpo.

HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA


A minhoca cava túneis no solo
com o auxílio dos músculos de
cada anel, que movimentam-se
separadamente, e das cerdas,
que servem de âncoras.

135
z
As minhocas alimentam-se de detritos orgânicos que são ingeridos com a
terra. Armazenam o alimento no papo e depois o trituram na moela.

esôfago papo moela


faringe

HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA


boca

intestino
ânus

Respiram pela pele e o oxigênio é transportado até as células pelo sangue,


combinado com a hemoglobina.

136
z
Minhocas são hermafroditas, mas não se reproduzem sozinhas.
Quando duas minhocas se unem, elas trocam espermatozoides, que são
depositados com os óvulos em casulos de muco, produzidos pelo clitelo.

ROGER K. BURNARD / BIOLOGICAL PHOTO SERVICE


clitelo
No interior do casulo, que é liberado no solo, os embriões têm
desenvolvimento direto e originam filhotes semelhantes aos adultos.

137
z
Quando se deslocam sob a terra e constroem túneis, as minhocas tornam o
solo mais arejado. Isso facilita a circulação de ar e permite que a água se
infiltre melhor.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


As minhocas movimentam o solo
e trazem para a superfície
partículas que estavam no fundo, e
vice-versa.

Suas fezes servem de adubo para


o solo, aumentando sua fertilidade.

138
z
Outros anelídeos
A classe dos poliquetas (ou poliquetos) reúne os anelídeos que têm muitas
cerdas no corpo.
Vivem geralmente em ambientes brânquia

aquáticos e apresentam
sexos separados.
Alguns apresentam projeções finas

GLENN M. OLIVER / VISUALS UNLIMITED


em sua pele, que são chamadas
de brânquias.

ALEXANDER SEMENOV / SCIENCE


PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK

detalhe da cabeça

poliqueta

Poliqueta (Phyllodoce citrina).

139
z
A classe dos hirudíneos reúne os anelídeos sem cerdas, popularmente
conhecidos como sanguessugas.

ANTHONY BANNISTER / GALLO IMAGES / CORBIS / LATINSTOCK


HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA

ventosas

São hermafroditas e apresentam duas ventosas: a posterior serve para


fixação e locomoção, a anterior ajuda a sugar o sangue.

140
z
Moluscos
O sururu de capote é um prato típico da culinária alagoana. O sururu é um
mexilhão de água doce.
Mexilhões, ostras, caracóis, lesmas, polvos e lulas pertencem ao filo
dos moluscos.

MARIO PIROLI / ARQUIVO DA EDITORA


• O que os moluscos têm
em comum?

• Como eles se defendem


dos predadores?

141
z
O corpo dos moluscos
O corpo mole é característica de todos os representantes do grupo. Mas os
moluscos possuem defesas, como a concha de calcário, que está presente
na maioria desses animais.
brânquia
órgão excretor
ânus
coração
cavidade do manto
glândula
digestória
tentáculos

estômago

concha
cabeça


rádula INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA

Estrutura corporal básica: cabeça, massa visceral e pé.


142
z
Cabeça: órgãos dos sentidos e boca.

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


A maior parte dos moluscos possui
uma língua com dentes de quitina,
chamada rádula.

Massa visceral: órgãos responsáveis


pelas funções vitais do organismo.

Pé: cavar, agarrar o alimento,


arrastar-se e agarrar-se às rochas.

Manto: formação da concha.

Cavidade do manto: órgãos


respiratórios e abertura do ânus. rádula músculos

143
z
Classes de moluscos

Gastrópodes: caramujos (aquáticos),


caracóis (terrestres) e lesmas
(terrestres e marinhas).
Bivalves: ostras e mexilhões.
Concha dividida
em duas valvas.

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


144
z
As pérolas
Quando um grão de areia ou um invasor qualquer penetra a concha e o manto
de certas ostras, elas envolvem o corpo estranho com camadas de nácar
(ou madrepérola).
Desse modo, o molusco se defende e, ao mesmo tempo, fabrica uma pérola.

ROBERT HOLMES / CORBIS / LATINSTOCK


As pérolas naturais mais caras
são produzidas pelas ostras das
espécies Pinctada margaritifera e
Pinctada mertensi, encontradas
somente nas águas do Pacífico.

145
z
LAURENT P. / BIOSPHOTO / DIOMEDIA
Cefalópodes: polvos, lulas, sibas e náutilos.
São todos marinhos e estão entre os maiores
invertebrados da Terra.

PICTURES / LATINSTOCK
NORBERT WU / MINDEN

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Cefalópodes não possuem uma concha
externa protetora.

Estratégias de defesa: deslocamento rápido,


jatos de tinta, camuflagem.
146
z
Espécies invasoras

Uma espécie que não possui inimigos naturais (predadores, parasitas,


competidores) nas áreas onde chega, pode se reproduzir a ponto de ocupar o
lugar de outras espécies da região.

KERSTIN LAYER / LATINSTOCK


É o caso do caramujo gigante
africano (Achatina fulica), importado
para substituir o escargô.

Com o fracasso da comercialização,


esses caramujos escaparam dos
locais de criação e se espalharam
pelo país todo.

147
z
Insetos: os artrópodes mais numerosos

O besouro rinoceronte

BERNDT FISCHER/OXFORD SCIENTIFIC / GETTY IMAGES


é um inseto e
pertence ao filo dos
artrópodes.

• Você sabe como os


insetos estão
equipados para a
vida terrestre?

• Quais as principais
características
desses animais?

148
z
Como são os artrópodes cabeça tórax abdome asas

antenas

• Corpo dividido em segmentos:


- vários segmentos se juntam para

ILUSTRAÇÕES: JOEL BUENO / ARQUIVO DA EDITORA


formar cabeça, tórax e abdome

• Exoesqueleto
pernas
- cutícula, feita de proteínas e quitina
articulação

músculo

• Apêndices articulados

• Musculatura bem desenvolvida


músculo

149
z
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
O corpo dos artrópodes em fase de
crescimento aumenta de tamanho. No
entanto, seu exoesqueleto, que não
cresce, não o acompanha.

Em certos períodos da vida, os


artrópodes abandonam o
exoesqueleto, crescem e fabricam
outro maior.
Esse processo é chamado de muda.

Cigarra em muda abandonando o


exoesqueleto.

150
z
Os artrópodes são distribuídos em 5 grupos:

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO


DO FOTÓGRAFO
• Insetos

• Crustáceos

• Aracnídeos
Borboleta.
• Diplópodes

• Quilópodes Piolho.

O grupo dos insetos reúne o


maior número de espécies
conhecidas de artrópodes.
Louva-a-deus.
Alguns representantes
desse grupo: Besouro.

151
z
Os insetos

O corpo dos insetos é dividido em três regiões: cabeça, tórax e abdome.


abdome
asas
cabeça tórax
antenas
olho simples

JOEL BUENO / ARQUIVO DA EDITORA


olho composto
aparelho bucal

traqueia

pernas

Na cabeça há um par de antenas, olhos simples e olhos compostos, que


formam imagens e são muito sensíveis aos movimentos.
152
z
Ao redor da boca existem peças bucais, que ajudam na alimentação do
animal e variam muito entre os insetos.
gafanhoto borboleta

ILUSTRAÇÕES: JOEL BUENO / ARQUIVO DA EDITORA


Tromba com
Palpos: seguram as folhas. tubos ocos: suga o
néctar das flores.
Mandíbula de quitina: corta as folhas.
Mosca doméstica
glândula salivar
mosquito
músculos

palpo

Lábios com os quais o


Tubos que picam o organismo e sugam seu sangue. inseto lambe o alimento.
comida
A diversidade de aparelhos bucais indica a adaptação do grupo dos insetos
a uma grande variedade de alimentos.
153
z
No tórax há três pares de pernas e dois pares de asas
(na maioria dos insetos).

Os insetos são os únicos invertebrados capazes de voar.

Respiram por meio de traqueias, tubos muito finos que se abrem nas laterais
do tórax e do abdome.

ILUSTRAÇÕES: JOEL BUENO / ARQUIVO DA EDITORA


Detalhe ampliado da traqueia

orifício

traqueia músculo
traqueia
orifícios

154
z
MAURITIUS / LATINSTOCK
O desenvolvimento dos insetos

De modo geral, os insetos apresentam


sexos separados. A fecundação é sempre
interna.

Em alguns insetos, como a traça, o ovo


origina um indivíduo semelhante ao adulto,
ou seja, o desenvolvimento é direto.

ILUSTRAÇÕES: INGEBORG ASBACH /


ARQUIVO DA EDITORA
ovos
traça dos livros

155
z
Em outros casos, o ovo origina um indivíduo chamado ninfa, que é um pouco
diferente do adulto. Dizemos que ocorre metamorfose incompleta.

ILUSTRAÇÕES: INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


adulto

Fêmea adulta
depositando ovos.
ninfa

156
z
Nos besouros, abelhas, mosquitos e borboletas ocorre metamorfose
completa: do ovo sai uma larva, bastante diferente do animal adulto.

Lagarta
(chega a 5 cm de
comprimento).

Pupa (cerca de
3,5 cm de
Ovo (0,9 mm a 12 mm). comprimento).

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO


FOTÓGRAFO
Borboleta-do-manacá (Methona themisto;
cerca de 7 cm de ponta a ponta das Borboleta
asas) saindo da fase de pupa. adulta.

157
z
Os insetos e os ambientes

Os insetos participam de um número imenso de cadeias alimentares.

Os insetos
polinizadores, como
abelhas e borboletas,
são fundamentais para
a reprodução de muitas
plantas. Estabelecem
com elas uma relação
do tipo mutualista.
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

158
z
A vida em sociedade
Alguns insetos formam sociedades em que há uma divisão do trabalho muito
grande.
A colmeia
Todo o trabalho é feito pelas operárias. A rainha é a única fêmea fértil e os
zangões devem fecundar a rainha.

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


159
z
DELFIM MARTINS / PULSAR IMAGENS
O formigueiro
Nessa sociedade também há uma
fêmea fértil, a rainha ou içá; machos
férteis, os bitus; e fêmeas estéreis
chamadas de operárias.

PETER JOHNSON / CORBIS / LATINSTOCK


O cupinzeiro
Os operários e soldados são
machos e fêmeas estéreis. Os siriris
(indivíduos férteis) saem do ninho
para acasalar e constroem um novo
cupinzeiro.
160
z
Muitas doenças que atingem o ser humano são transmitidas por insetos. Além
disso, insetos como os gafanhotos e as cigarrinhas podem causar grandes
danos às lavouras e pastagens.

CLAUDE NURIDSANY & MARIE PERENNOU / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


O combate às pragas
é feito principalmente
com agrotóxicos, mas
existem outras
técnicas menos
agressivas, como o
combate ou controle
biológico.

Joaninha
alimentando-se
de pulgão.
161
z
Mais artrópodes: crustáceos, aracnídeos, diplópodes e
quilópodes
ADILSON SECCO / ARQUIVO
DA EDITORA

NOEMI DE CARVALHO / ARQUIVO DA EDITORA


ADILSON SECCO / ARQUIVO
DA EDITORA
DA EDITORA
ADILSON SECCO / ARQUIVO

• Camarão, aranha, lacraia, lagosta, ácaro, piolho-de-cobra... A que grupo de


artrópodes esses animais pertencem?

• Que diferenças existem entre os corpos desses animais?


162
z
Crustáceos

• Exoesqueleto de quitina e calcificado


antenas cefalotórax abdome
• Corpo dividido em cefalotórax e abdome

NOEMI DE CARVALHO / ARQUIVO DA EDITORA


olho
• Número de pernas variável

• Dois pares de antenas


Apêndices:
manipulam
• Respiração branquial o alimento

• Sexos separados e desenvolvimento indireto


Pernas torácicas
(5 pares) Pernas abdominais

Esquema do camarão.
163
z
z
LAWSON WOOD / CORBIS / LATINSTOCK FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


na terra, mas habitam regiões próximas à água ou ambientes bem úmidos.
A maioria dos crustáceos vive na água, principalmente no mar. Alguns vivem

MAXIMILIAN STOCK LTD / SCIENCE PHOTO LIBRARY / KIM TAYLOR / NPL/MINDEN PICTURES / LATINSTOCK
LATINSTOCK
164
pernas
Aracnídeos
pedipalpos
• Corpo dividido em cefalotórax e abdome

JOEL BUENO / ARQUIVO DA EDITORA


• Quatro pares de pernas quelíceras

• Antenas ausentes
cefalotórax

• Um par de quelíceras
abdome

• Pedipalpos ou palpos, que podem ter diversas funções

• Ausência de mandíbulas: a digestão começa fora do corpo e


termina no tubo digestório

• Respiração traqueal ou por pulmões primitivos

• Sexos separados e desenvolvimento direto


165
z
z
são parasitas.

K. H. KJELDSEN / SCIENCE PHOTO FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


LIBRARY / LATINSTOCK

IVAN SAZIMA / REFLEXO FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


A maioria dos aracnídeos é terrestre. Algumas espécies de carrapatos e ácaros

166
Cuidado com esses aracnídeos!

Aranha-armadeira (gênero Phoneutria)


Mede cerca de 5 cm e tem cor cinza ou marrom.

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO


FOTÓGRAFO
Viúva-negra (gênero Latrodectus)
Mede cerca de 1 cm de comprimento. Recebe esse
nome porque devora o macho após a fecundação.

Aranha marrom (gênero Loxosceles)


Mede cerca de 1 cm de comprimento.
167
z
Aranha-de-jardim ou tarântula (gênero Lycosa)
Mede cerca de 5 cm. Sua picada costuma provocar
apenas dor local.

Escorpião amarelo (Tityus serrulatus)


Mede até 7 cm de comprimento. É o mais perigoso,
sua picada pode levar à morte.

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO


FOTÓGRAFO
Escorpião marrom (Tityus bahiensis)
Mede até 7 cm de comprimento. É menos perigoso,
mas, em caso de picada, também é necessário
procurar atendimento médico.
168
z
Quilópodes e diplópodes (miriápodes)

• Corpo alongado, com muitos segmentos e dividido em cabeça e tronco


antena
• Vários pares de pernas
forcípula
• Um par de antenas
cabeça

NO
EM
DEI
Os quilópodes têm um par de pernas segmento

CA
RV
em cada anel e podem apresentar até

AL
O/ H
AR
170 pares de pernas.

QU
IVO
DA
ED
ITO
perna

RA
Diplópodes possuem dois pares de
pernas por anel e podem chegar a ter 180
pares de pernas.
169
z
FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
Lacraias e centopeias são
representantes dos quilópodes.

Possuem um par de ferrões, as


forcípulas, com as quais injetam
peçonha em suas presas ou
predadores.

O embuá ou piolho-de-cobra é um
representante dos diplópodes.

É herbívoro e não possui um órgão


que injeta peçonha.

170
z
Equinodermos

PETER SCOONES / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


A estrela-do-mar pertence ao filo
dos equinodermos, assim como
outros animais.

• Quais animais pertencem a


esse filo?

• Por que os equinodermos têm


esse nome? Onde eles vivem?

171
z
Além da estrela-do-mar, outros animais fazem parte do grupo dos
equinodermos:
FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

GREG OCHOCKI / LATINSTOCK


172
z
Os equinodermos são todos marinhos e estão divididos em cinco
classes principais:

ALVARO PANTOJA / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES


• Asteroides – estrelas-do-mar
• Equinoides – ouriços-do-mar e
bolachas-da-praia
• Holoturoides – pepinos-do-mar
• Ofiuroides – estrelas-serpentes

CICO / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES


• Crinoides – lírios-do-mar

173
z
Como são os equinodermos
• Esqueleto rígido de calcário
• A maioria apresenta espinhos
• Simetria radial ou radiada
• Pés ambulacrários ou ambulacrais: sistema de canais por onde circula a
água do mar
• Sexos separados e desenvolvimento indireto

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


canal braços

Pés

sistema de canais

pés ambulacrários

174
z
Peixes

GREGORY G. DIMIJIAN / PHOTO RESEARCHERS, INC. / LATINSTOCK


Você sabia que o
cavalo-marinho é um peixe?
Nessa espécie, é o macho
que dá à luz os filhotes!

• Que adaptações à vida


aquática podem ser
observadas no corpo
dos peixes?

175
z
A maioria dos peixes possui esqueleto formado por ossos e pertence à classe
dos osteíctes.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

NILSON NUNES TAVARES (UFRJ)


Piranha. Poraquê ou peixe-elétrico.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

Moreia. Baiacu.
176
z
Existem também peixes que têm o esqueleto interno feito de cartilagem, um
tecido de sustentação mais mole que o osso.
FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

Esses peixes, representados pelos tubarões e pelas raias, formam a classe


dos condrictes.

177
z
O peixe por fora
nadadeiras dorsais
olho opérculo nadadeira caudal
narina

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


boca
nadadeira anal
nadadeira
peitoral abertura do ânus
escamas

nadadeiras Forma hidrodinâmica


pélvicas Nadadeiras e cauda
Adaptações à vida aquática:
Escamas
Muco
178
z
O peixe por dentro
coluna vertebral
medula espinal
rim

cérebro

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


boca

brânquias

coração bexiga natatória

faringe intestino bexiga urinária


fígado estômago gônada ânus

Quase todos os peixes possuem mandíbulas ou maxilas, de osso ou


cartilagem.
O tubo digestório dos peixes possui duas aberturas (boca e ânus) e glândulas
digestórias, como o fígado e o pâncreas.
179
z
INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA
brânquias
Os peixes respiram por brânquias.

Nos peixes ósseos, o bombeamento


de água é auxiliado pelo opérculo,
ausente nos peixes cartilaginosos.

fluxo de água

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


osteíctes opérculo brânquias condrictes brânquias
entrada faringe
entrada de água boca
de água

saída de água
saída de água

180
z
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
Os peixes pulmonados possuem brânquias
reduzidas e respiram através de um pulmão.
A piramboia é um peixe pulmonado que escava
tocas no leito seco dos rios, respirando apenas
pelo pulmão.

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


bexiga natatória

A maioria dos peixes ósseos possui uma bexiga natatória, um órgão que
armazena gás e ajuda o peixe a flutuar.
181
z
Os peixes possuem um coração com duas cavidades: um átrio e
um ventrículo.
sangue pobre em oxigênio
coração brânquias corpo coração
sangue rico em oxigênio

fígado artéria
intestino
aorta dorsal
capilares

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


brânquias rim
aorta ventral
ventrículo átrio veia

A excreção é feita por um par de rins, que retira do sangue substâncias tóxicas
e regula a quantidade de água e sais minerais no organismo.
182
z
O sistema nervoso dos peixes é formado pelo encéfalo e pela medula espinal.
Olhos
Órgãos dos sentidos dos peixes: Olfato – receptores químicos
Linha lateral – captação de vibrações

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Peixes são animais ectotérmicos, isto é, a
temperatura do corpo dos peixes acompanha mais
ou menos a temperatura da água.
Aves e mamíferos são animais endotérmicos.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

183
z
A reprodução dos peixes
Quanto ao tipo de fecundação, temos:

Fecundação externa Fêmeas e machos lançam gametas na água.

Espermatozoides são depositados


Fecundação interna
dentro do corpo da fêmea.

Quanto ao desenvolvimento do embrião, observa-se:

O embrião se desenvolve fora do corpo da mãe, em


Oviparidade
um ovo com reserva de alimento.
O embrião permanece no corpo da mãe e se
Ovoviviparidade
alimenta das reservas nutritivas do ovo.
O embrião se desenvolve dentro do útero da mãe e
Viviparidade
recebe alimento por meio da placenta.

184
z
A evolução dos peixes
Os fósseis mais antigos de peixes datam de cerca de 500 milhões de anos.
Eram peixes sem mandíbulas, chamados de ostracodermos.
DEA PICTURE LIBRARY / DE AGOSTINI / GETTY IMAGES

DORLING KINDERSLEY / GETTY IMAGES


DEA PICTURE LIBRARY / DE AGOSTINI / GETTY IMAGES

Existiram também os peixes placodermos, com mandíbulas e uma


armadura óssea.
185
z
DEREK MIDDLETON / MINDEN PICTURES / LATINSTOCK
Ainda hoje existem peixes sem
mandíbulas, que pertencem ao grupo
dos agnatos. Nesse grupo se
encontram as lampreias.

Nas rochas da região do Ceará


há muitos fósseis de peixes,
como o fóssil de Vinctifer
comptoni, de 110 milhões de
anos, encontrado na chapada

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


do Araripe.

186
z
Anfíbios
O estudo dos anfíbios tem grande importância, além de algumas
utilidades práticas.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


• Que diferenças existem
entre um sapo adulto e
um girino?

• Como essas diferenças


estão relacionadas com
o ambiente em que eles
vivem?

Sapinho-ponta-de-flecha.
187
z
Há 400 milhões de anos, os peixes dominavam as águas.
Ao longo do tempo, surgiram os ancestrais dos atuais anfíbios.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Esses animais possuíam
adaptações que lhes
permitiam se deslocar,
comer e respirar fora
da água.

Exemplo: fortalecimento
da coluna vertebral e
ossos; e músculos dos
membros locomotores
mais desenvolvidos.

188
z
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
A respiração dos anfíbios

As brânquias são filamentos


delicados que, fora da água,
se fecham. Com isso, a área
de contato para a absorção de
oxigênio diminui.

As brânquias, portanto, não


são órgãos respiratórios
adequados ao meio terrestre.

189
z
Os anfíbios e os demais vertebrados terrestres respiram através de pulmões.

tubo digestório narina


Os pulmões dos anfíbios pulmões
não têm área suficiente para
absorver todo o oxigênio
fluxo de ar
necessário. Por isso, sua
pele lisa, fina e úmida está

IN­GE­BORG AS­BACH / ARQUIVO DA EDITORA


adaptada à respiração.

Na fase larval os anfíbios realizam respiração branquial. Quando o animal


torna-se adulto, as brânquias desaparecem.
190
z
O coração dos anfíbios, ao contrário do dos peixes, bombeia dois tipos de
sangue: um rico em gás carbônico para o pulmão e outro rico em oxigênio
para o corpo.

Sangue com gás


carbônico vai Sangue com
para o pulmão. oxigênio volta ao
coração.

IN­GE­BORG AS­BACH / ARQUIVO DA EDITORA


átrio O coração possui três
átrio cavidades: dois átrios e
um ventrículo.
Válvulas e músculos
cardíacos dificultam a
mistura dos dois tipos
ventrículo de sangue.

Sangue com gás O coração bombeia


carbônico volta ao sangue com oxigênio e
coração. nutrientes para o corpo.

191
z
Os anfíbios são carnívoros. Para capturar a presa, lançam para fora sua
língua musculosa, longa e pegajosa.

F1ONLINE / DIOMEDIA
Assim como nos peixes, nos anfíbios a temperatura do corpo varia de acordo
com a temperatura do ambiente.
192
z
O sistema nervoso dos anfíbios é semelhante ao dos outros vertebrados
terrestres e recebe mensagens de diversos órgãos dos sentidos.

Olhos
Ouvidos
Órgãos dos sentidos dos anfíbios Estruturas olfativas (narinas)
Estruturas gustativas (boca)
Estruturas táteis (pele)

Os olhos possuem glândulas lacrimais e pálpebras, que mantêm os olhos


úmidos, evitando a perda de água pelo contato com o ar.

193
z
KENNETH H. THOMAS / PHOTO RESEARCHERS, INC. / LATINSTOCK
A reprodução dos anfíbios

Os anfíbios possuem sexos


separados. Na maioria das
espécies, o acasalamento ocorre
dentro da água e a fecundação
é externa.

O macho abraça a fêmea e


ambos eliminam os gametas na
água ou em locais úmidos.

A maioria dos anfíbios, portanto,


depende da água para se
reproduzir.

194
z
A célula-ovo origina o girino, uma larva adaptada à vida aquática e que passa
por uma série de transformações (metamorfose) até originar um filhote
semelhante ao indivíduo adulto.

ACERVO DO FOTÓGRAFO
FOTOS: FABIO COLOMBINI /
195
z
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
As ordens dos anfíbios

Anuros

Sapos, rãs e pererecas, que


são anfíbios sem cauda.

Rãs passam a maior parte do


tempo no ambiente aquático.
Têm pele lisa e úmida e seus
membros posteriores são
adaptados para grandes saltos.

196
z
Sapos passam mais tempo na terra e
seus membros posteriores são mais
curtos. Possuem glândulas de veneno
atrás dos olhos.

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Pererecas passam mais tempo no
ambiente terrestre e, geralmente, têm
hábitos arborícolas.
É comum apresentarem ventosas nos dedos.
197
z
Urodelos

Ordem formada pelas salamandras e pelos tritões.

Os urodelos possuem membros e cauda. Há espécies terrestres e aquáticas, e


são mais comuns no hemisfério norte.

GORILLA / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES


198
z
Gimnofionos ou ápodes

IVAN SAZIMA / REFLEXO


Cecílias ou cobras-cegas
pertencem a essa ordem.

São anfíbios sem membros e de corpo alongado, adaptados à vida


subterrânea. Os olhos são atrofiados e o sentido mais importante desses
animais é o tato.
199
z
A defesa contra predadores

A pele fina e com pouca proteção torna os anfíbios mais frágeis diante dos
predadores.

Os anfíbios têm pelo menos duas estratégias de defesa:

Camuflagem – a pele do animal apresenta uma cor


semelhante à do ambiente em que ele vive.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Produção de substâncias tóxicas –
substâncias na pele desses animais são
capazes de intoxicar predadores.

Espécies venenosas costumam ter cores


vivas e brilhantes, que servem de
advertência ao predador.

200
z
Anfíbios em perigo
O Brasil é um dos países mais ricos do mundo em espécies de anfíbios: há
mais de 700 espécies descritas, das quais 75% só existem aqui.

WILLIAM H. MULLINS / PHOTO RESEARCHERS, INC. / LATINSTOCK


Como a pele desses animais
é fina e permeável, eles são
muito sensíveis à poluição.
A população de anfíbios está
diminuindo e a destruição de
ambientes naturais e a
poluição estão entre as
principais causas disso.
Rã-pimenta, nativa do Brasil.

201
z
A evolução dos anfíbios
Entre 385 e 365 milhões de anos atrás, peixes com nadadeiras musculosas
originaram, por evolução, vertebrados capazes de se locomover no
ambiente terrestre.

LYNETTE COOK / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


ZINA DERETSKY / NATIONAL SCIENCE FOUNDATION

A evolução dos anfíbios está muito bem documentada por muitos fósseis.
202
z
BUDDY MAYS / CORBIS / LATINSTOCK
Répteis

• Que características
tornam os répteis bem
adaptados à
vida terrestre?

• Quantos exemplos de
répteis você conhece?

203
z
A pele dos répteis
A pele dos répteis é grossa, seca e impermeável, com uma camada de células
ricas em queratina.

Por isso, não ocorrem trocas gasosas por meio dela e os pulmões dos répteis
são mais desenvolvidos que os dos anfíbios.

pulmão

ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


ILUSTRAÇÕES: INGEBORG
pulmão de
anfíbio

pulmão de réptil

Assim como os anfíbios e peixes, os répteis são ectotérmicos.

204
z
A circulação dos répteis é semelhante
Sangue com gás
à dos anfíbios: o coração possui dois carbônico vai
átrios e um ventrículo parcialmente para os pulmões.
dividido e impulsiona sangue para os

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


os pulmões e para o corpo.

Sangue com
oxigênio vai do
pulmão para o
coração.

Sangue com
maior teor de
Sangue com gás oxigênio vai para
carbônico vai o corpo.
para o coração.

A excreção dos répteis é uma adaptação ao ambiente terrestre.


Répteis usam menos água para eliminar toxinas do corpo, o que torna sua
urina pastosa.
205
z
A reprodução dos répteis

A fecundação interna e o desenvolvimento do embrião dentro de um ovo


com casca favoreceram a conquista do ambiente terrestre.

âmnio
casca
Dentro do ovo, o embrião fica protegido
contra a desidratação. Há reservas de
INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA
alimento – a gema e a clara – e o
embrião fica mergulhado em uma bolsa
de água, chamada de âmnio.

córion clara

gema

206
z
A maioria dos répteis é ovípara. Mesmo as espécies que vivem na água vão
para a terra e aí botam seus ovos.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Entre as serpentes e os lagartos há espécies ovovivíparas e vivíparas, como
as serpentes marinhas, que nunca vão à terra.
207
z
FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
Os grupos de répteis

Quelônios
Grupo das tartarugas, jabutis
e cágados.

A maioria das espécies é


herbívora e tem um casco que
protege seu corpo.

Os jabutis têm hábitos terrestres e


os cágados geralmente vivem em
água doce.
208
z
O litoral brasileiro é visitado por várias espécies de tartarugas marinhas, que
desovam nas praias.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Algumas delas estão ameaçadas de extinção pela pesca, pela coleta de seus
ovos e pela destruição do seu ambiente natural.
209
z
Crocodilianos

Pertencem a esse grupo os crocodilos e jacarés.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


O corpo deles é
coberto por escamas
e placas ósseas.
São carnívoros e
passam boa parte do
tempo dentro da água
ou na beira dos rios.

210
z
Escamados
Grupo formado pelos lacertílios (lagartos, lagartixas e camaleões), ofídios
(serpentes) e anfisbenídios (cobras-de-duas-cabeças).

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

211
z
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
Por que as serpentes não
têm pernas?

Acredita-se que elas tenham


evoluído de lagartos que se
enterravam no solo para se
proteger de predadores. O corpo
alongado e sem pernas seria uma
adaptação a esse modo de vida.

Por seleção natural, os animais


mutantes com pernas curtas ou
sem pernas teriam aumentado de
número ao longo das gerações e
essa característica teria persistido.

212
z
Algumas serpentes possuem
glândulas produtoras de peçonha,
que é inoculada pelos dentes.

Em caso de picada, deve-se


buscar socorro médico para que
a vítima seja tratada com
soro antiofídico.

Não se deve amarrar a região da


FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

picada para isolar a peçonha nem


sugar o local da picada. Também
não se deve fazer cortes ou ter
contato direto com o sangue
da vítima.

213
z
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

z
Jararaca.
IVAN SAZIMA / REFLEXO
Conheça algumas serpentes peçonhentas:

Cascavel.
Coral-verdadeira.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO


FOTÓGRAFO
214
A evolução dos répteis

Os primeiros répteis surgiram há cerca de 360 milhões de anos, quando o


clima da Terra ficou mais seco.

Eles evoluíram dos anfíbios que


existiam naquela época.

ROGER HARRIS / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


Esses répteis ancestrais deram origem
aos répteis atuais, às aves e aos
mamíferos, e a formas que não
existem mais, como os pterossauros.

215
z
Alguns répteis, como os plesiossauros e as tartarugas marinhas, voltaram a
viver no meio aquático. Porém, mantiveram algumas adaptações à vida
terrestre, como a respiração pulmonar.

CHRIS BUTLER / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


216
z
Os dinossauros

Os dinossauros eram répteis que habitavam o ambiente terrestre no período


entre 248 milhões e 65 milhões de anos atrás, muito antes do aparecimento
do homem no planeta.

‘Dino’ = terrível; ‘Saurios’ = lagarto

Os primeiros dinossauros, como


o Compsognato, eram
LIBRARY / LATINSTOCK
JOE TUCCIARONE /
SCIENCE PHOTO

pequenos, se comparados com


os gigantes que viriam depois.

Compsognato, com 60 cm a
90 cm de comprimento e cerca de 3 kg.
217
z
Veja alguns exemplos dos grandes dinossauros:

DORLING KINDERSLEY / CORBIS / LATINSTOCK


LIBRARY / LATINSTOCK
JOE TUCCIARONE / SCIENCE PHOTO
ROGER HARRIS / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK

Tiranossauro,
com 15 m de
comprimento e
Estegossauro, com 7 m de 6 m de altura.
comprimento e 5 m de altura.

Velocirraptor, com 3 m de
comprimento e 1 m de
altura.
BRANDSTETTER /
AKG / ALBUM /
LATINSTOCK
JOHANN

Braquiossauro,

LIBRARY / LATINSTOCK
JOE TUCCIARONE / SCIENCE PHOTO
com 22 m de
comprimento e
12 m de altura.

Triceratope, com 9 m de
comprimento e 4 m de altura.
218
z
SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK
Ao longo da história da Terra
ocorreram várias extinções em
massa.
Há 65 milhões de anos ocorreu uma
extinção em que várias espécies de
plantas, invertebrados e répteis,
incluindo os dinossauros, deixaram
de existir.

A hipótese mais aceita é a de que a


extinção foi provocada pela queda de
um asteroide na Terra. A poeira
levantada pelo impacto teria escurecido
o céu e esfriado o planeta por
vários anos.

219
z
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
Aves

O Brasil é um dos países


com a maior diversidade
de aves do mundo. No
entanto, muitas aves estão
ameaçadas de extinção.

GLORIA JAFET / KINO.COM.BR

• Que diferenças existem entre o corpo das


aves e dos répteis?

• Que adaptações ao voo há no corpo das aves?

220
z
O corpo das aves
As aves – assim como os mamíferos – são animais endotérmicos, ou seja,
mantêm a temperatura corporal constante devido à energia obtida na
respiração celular.

As aves são bípedes e a forma dos pés


CLÁUDIO CHIYO / ARQUIVO DA EDITORA

está diretamente relacionada com o


modo de vida de cada ave.
Os pés têm diversas funções: caminhar
ou correr, nadar, segurar presas, etc.

221
z
As aves são os únicos animais que apresentam penas, estruturas leves e
flexíveis formadas por queratina.

músculos peitorais

carena

Aves possuem uma única glândula, a glândula uropigiana.

SBACH /
ORA
ILUSTRAÇ ARQUIVO DA EDIT
EBORG A
Muitos ossos das aves são

ÕES: ING
ocos e aves voadoras possuem
uma saliência no osso do peito
(esterno), chamada de quilha
ou carena. ossos com cavidades cheias de ar

222
z
Os músculos associados ao
voo são, em geral, bastante
desenvolvidos. Em algumas
aves, o peso dos músculos
chega a 30% do peso do
corpo do animal.
A pélvis dá apoio aos
músculos dos
membros traseiros. A carena dá apoio
aos músculos
das asas.

Os ossos ocos, músculos CH


BA A
AS OR
/

G IT
desenvolvidos e as penas são IN
G
S: UIV
OR ED
EB DA
O Os quatro dedos
ÕE ARQ
apenas algumas das ILU
ST
R AÇ
permitem à ave
marchar ou se
adaptações ao voo que as agarrar a um galho.
aves apresentam.
As vértebras caudais
unidas sustentam as
penas da cauda.

223
z
Como as aves se alimentam

Geralmente, o tamanho e o formato do bico estão adaptados ao hábito


alimentar das aves.

As aves não possuem dentes, o que contribui para a redução de seu peso.

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


224
z
As aves possuem um estômago mecânico, a moela, que tritura o alimento.
Possuem também um estômago químico, que produz os sucos digestivos.
narina cérebro

cerebelo
testículo
medula espinal
língua rim ureter
faringe
pulmão
intestino grosso
traqueia
esôfago
cloaca

papo
pâncreas

coração /
BA
CH
duodeno
fígado G AS ORA
OR DI
EB A E
T moela
ING VO D
U I
Q
AR

Nas aves que comem sementes e grãos, existe ainda o papo, onde o alimento
é armazenado e amolecido.
225
z
A respiração das aves
As trocas gasosas ocorrem nos pulmões, aos quais estão ligados
sacos aéreos.

INGEBORG ASBACH /
ARQUIVO DA EDITORA
Esses sacos acumulam o
ar inspirado pela ave e o
pulmão bombeiam para o pulmão,
aumentando a
eficiência respiratória.

sacos aéreos
traqueia

226
z
As aves possuem um coração com
pulmão
quatro cavidades: dois átrios e dois Sangue com Sangue com
gás carbônico oxigênio vai

ILUSTRAÇÕES: INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


ventrículos. Não há mistura de é enviado para o coração.
sangue rico em gás carbônico ao pulmão.
com sangue rico em oxigênio.
Portanto, o corpo das aves recebe
apenas sangue rico em oxigênio.
átrio direito
átrio
esquerdo
coração
ventrículo
direito
ventrículo
esquerdo
Sangue com gás
carbônico volta
ao coração. Sangue com
oxigênio é
bombeado
Aves não têm bexiga urinária e os pelo coração
rins eliminam uma urina pastosa para o corpo.
corpo
junto com as fezes.
227
z
O sistema nervoso das aves

Encéfalo
Sistema nervoso Medula espinal
As regiões do encéfalo que
Nervos controlam o voo e o sentido da
visão das aves são bem
desenvolvidas. A audição das
aves também é bastante apurada.

O canto, produzido na siringe, tem várias funções:


marcar território, atrair o sexo oposto, alertar os
companheiros sobre predadores, etc.

228
z
A reprodução das aves

Os sexos são separados e a fecundação é interna. Aves são todas


ovíparas.

Várias espécies de aves apresentam comportamentos sexuais muito


elaborados e relacionados à competição por território e à conquista da fêmea
(danças, exibição da plumagem, etc.).

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


FRANS LANTING / MINDEN PICTURES

229
z
A formação do ovo

O óvulo possui gema em seu citoplasma. Após a fecundação, a célula-ovo


desce pela tuba uterina e formam-se em torno dela a clara e uma casca.

O ovo das aves é semelhante ao dos


répteis e tem a função de proteger e casca
embrião
alimentar o embrião.

JOHN READER / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


clara

INGEBORG ASBACH /
ARQUIVO DA EDITORA
gema

O maior ovo conhecido é o do


avestruz, com cerca de 20 cm de
comprimento.
230
z
DENISE GRECO / ACERVO DA
FOTÓGRAFA
A maioria das aves constrói ninhos com gravetos,
grama, pelos, penas, barro, etc., onde chocam os ovos.
O ninho também protege os ovos contra os predadores.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

JOHN READER / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


Após o tempo de incubação, que varia
de espécie para espécie, ocorre a
eclosão do ovo: a casca se quebra e
o filhote sai.

231
z
As ordens das aves

As aves são divididas em 28 ordens. Veja alguns representantes das principais


ordens:

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


 
Garça-branca-grande: Bem-te-vi: Beija-flor-rubi: Arara-vermelha:
Ciconiformes. Passeriformes. Apodiformes. Psitaciformes.

232
z
Gavião-carrapateiro: Ema: Reiformes Pato-do-mato:
Falconiformes Anseriformes

FOTOS: FABIO COLOMBINI /

 
ACERVO DO FOTÓGRAFO
Pombo: Pavão: Galiformes Coruja-buraqueira:
Columbiformes Estrigiformes

233
z
A evolução das aves

Para muitos cientistas, as aves surgiram provavelmente de um grupo de


pequenos dinossauros carnívoros.
Os fósseis indicam que alguns dinossauros possuíam penas.

IN
GE
BO
RG
AS
BA
CH
/A
RQ
UI
VO
DA
ED
ITO
RA

O arqueópterix, que tem


cerca de 150 milhões de anos,
parece confirmar
essa hipótese.

234
z
Entre os dinossauros evolutivamente mais próximos das aves estaria o gênero
Velociraptor, que possuía um pescoço alongado e móvel, pés com três
dedos e ossos ocos. Além disso, muitos possuíam penas, que poderiam
atuar como isolante térmico.

CHRIS BUTLER / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


Para os cientistas, as semelhanças são tantas que as aves podem ser
consideradas verdadeiros “dinossauros avianos”.
235
z
Mamíferos
Nós e os chimpanzés somos mamíferos. Além disso, somos mais parecidos
com os chimpanzés do que com qualquer outro animal.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

PHOTORESEARCHERS / LATINSTOCK
• Você sabe dizer por que os
seres humanos fazem parte
do grupo dos mamíferos?

Chimpanzé comum. Bonobo.

236
z
A pele dos mamíferos

RODVAL MATIAS / ARQUIVO DA EDITORA


gordura
O nome mamíferos indica uma das
características exclusivas desse grupo: as
fêmeas possuem glândulas mamárias. ducto que
leva o leite

Os mamíferos machos também têm


glândulas mamárias, mas elas são
atrofiadas e não fabricam leite. mamilo

Alvéolos, local
onde o leite é
armazenado.

237
z
Além de glândulas mamárias, os mamíferos apresentam também glândulas
sudoríferas, que produzem suor, e glândulas sebáceas, que produzem um
óleo responsável por lubrificar os pelos.

poro
Os pelos, outra exclusividade
glândula
pelo
sudorífera
dos mamíferos, formam uma
barreira protetora contra a
perda de calor.
RODVAL MATIAS / ARQUIVO DA EDITORA
epiderme

músculo O tecido adiposo localizado


glândula sob a pele também atua como
sebácea
um isolante térmico.
nervo

vasos
sanguíneos camada de
células adiposas

238
z
Os dentes dos mamíferos têm formas e funções variadas. De acordo com os
hábitos alimentares de cada mamífero, alguns dentes são mais desenvolvidos.

réptil (serpente) cão cervo


incisivos

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


caninos pré-molares molar pré-molares incisivos
e molares
Os dentes e suas funções:
Incisivos – cortar
Caninos – furar
Molares e pré-molares – triturar

239
z
Nos mamíferos, a maior parte da digestão e da absorção do alimento
ocorre no intestino delgado.
Ao longo do tubo digestório, o alimento entra em contato com enzimas
digestivas produzidas pelas glândulas salivares, fígado, pâncreas e intestino
delgado.
cérebro medula espinal vesícula
estômago
cavidade nasal fígado
diafragma
rim
ureter
cavidade
oral intestino
grosso
narina
intestino
língua
delgado
traqueia
ânus
esôfago

pulmão testículo
baço
pâncreas uretra
HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA
coração
bexiga

240
z
Respiração
Todos os mamíferos, até mesmo os aquáticos, possuem pulmões.

É nos alvéolos pulmonares que


cavidade nasal ocorrem as trocas gasosas. A
existência de alvéolos aumenta muito a
superfície respiratória dos pulmões.
laringe pulmão
bronquíolo
traqueia

RODVAL MATIAS / ARQUIVO DA EDITORA


brônquios
HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA

alvéolo
diafragma

241
z
Circulação e excreção
O coração dos mamíferos, assim como o das aves, possui dois átrios
e dois ventrículos.
veia cava superior sangue
rico em
A eliminação de substâncias tóxicas cabeça oxigênio
sangue pobre
é feita pelo sistema urinário. em oxigênio
e braços
artéria aorta
HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA

veia cava aorta pulmão pulmão


inferior
veia renal
veias
ureter veias
pulmonares
artéria renal pulmonares
órgãos
bexiga
urinária

rim pernas

uretra veia cava inferior

242
z
O sistema nervoso dos mamíferos

encéfalo

O cérebro dos mamíferos é muito desenvolvido


medula
espinal
em relação a outras partes do encéfalo, o que
lhes confere uma grande capacidade de
aprendizado.

Dependendo do modo de vida do animal, alguns


de seus sentidos podem ser mais aguçados do
que outros.
RODVAL MATIAS / ARQUIVO DA EDITORA

nervos

Exemplo: morcegos possuem excelente audição.

243
z
Reprodução
Quase todos os mamíferos são vivíparos e a fecundação é sempre interna.
Os filhotes se desenvolvem e se nutrem dentro do útero materno.

O embrião retira alimento e oxigênio do útero da mãe por meio da placenta.


cordão

DR. G. MOSCOSO / SCIENCE PHOTO IBRARY / LATINSTOCK


líquido
umbilical amniótico

âmnio

placenta

útero

RODVAL MATIAS / ARQUIVO DA EDITORA

244
z
As ordens de mamíferos
Os mamíferos podem ser classificados em três grupos: prototérios,
metatérios e eutérios.
Monotremados
A única ordem de prototérios, formada pelo ornitorrinco e a equidna. Possuem
pelos e produzem leite, mas são ovíparos e têm cloaca.

REG MORRISON / MINDEN PICTURES / LATINSTOCK


SHIN YOSHIRO / MINDEN PICTURES / LATINSTOCK

Ornitorrinco. Equidna.

245
z
Marsupiais
Ordem do grupo dos metatérios, formada por cangurus, coalas, gambás,
catitas e cuícas.

Nesses animais a
placenta é pouco
desenvolvida e o
embrião completa seu

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


desenvolvimento dentro
de uma bolsa chamada Catita.
marsúpio, localizada no

ventre da mãe.

Canguru.

Gambá.
246
z
O grupo dos eutérios abrange quase todos os mamíferos. São vivíparos e têm
placenta bem desenvolvida.

Xenartros: tamanduás e preguiças. Seus dentes são pouco desenvolvidos.

Insetívoros: toupeira e musaranho. Pequenos e com focinho longo. Comem


insetos.

ANTONY BANNISTER / GALLO IMAGES / CORBIS


FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

Tamanduá-mirim. Musaranho.

247
z
Roedores: ratos, capivaras, cutias, esquilos, pacas, preás e marmortas.
Possuem dois pares de dentes incisivos bem desenvolvidos, adaptados para
roer e são herbívoros.

Lagomorfos: coelhos e lebres. Possuem dois pares de dentes incisivos e


são herbívoros.

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Esquilo. Lebre.

248
z
Carnívoros: lobos, cães, gatos, leões, ursos, lontras, raposas, onças,
guaxinins, etc. Têm caninos bem desenvolvidos.

Quirópteros: morcegos. Os membros anteriores desses animais


transformaram-se em asas.

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Lobo-guará. Morcego.

249
z
Proboscídeos: elefantes. O nariz e o lábio superior formam uma tromba.
Os dentes incisivos superiores formam as presas. São herbívoros.

MAURITIUS / LATINSTOCK
Artiodáctilos: bois, porcos, girafas, cabras,
camelos, hipopótamos, lhamas, etc. São herbívoros,
com número par de dedos e cascos.

ROBERT HARDHOLT / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES

Elefante. Lhama.

250
z
Perissodáctilos: cavalos, zebras, antas, rinocerontes. São herbívoros; têm
cascos e número ímpar de dedos.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Cetáceos: golfinhos e baleias. São aquáticos,
com os membros anteriores transformados em
nadadeiras.

Sirênios: peixe-boi. É aquático, herbívoro e


possui nadadeiras.
Anta.

SUZI ESZTERHAS / MIDEN PICTURES / LATINSTOCK

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Golfinho. Peixe-boi.

251
z
Primatas: társio, lóris, macacos e seres humanos. Possuem cinco dedos com
unhas e cérebro bem desenvolvido em relação ao tamanho do corpo.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
STEPHEN BELCHER / FOTO NATURA / MIDEN PICTURES / LATINSTOCK

Gorila. Macaco-aranha. Mico-leão-da-cara-dourada.

252
z
A evolução dos mamíferos

Os antepassados dos atuais mamíferos surgiram antes das aves, há cerca de


240 milhões de anos.

RODVAL MATIAS / ARQUIVO DA EDITORA


Evoluíram dos terapsidas, um grupo de
répteis já extinto. Os antepassados dos
mamíferos eram criaturas do tamanho
dos insetívoros atuais.

253
z
Foi somente com a extinção dos dinossauros que os mamíferos puderam se
espalhar por vários tipos de ambiente. A partir daí, por evolução, surgiram os
diversos grupos de mamíferos.
Veja alguns mamíferos extintos:

Tigre-dentes-de-sabre.
Preguiça-gigante.

ILUSTRAÇÕES: ANTHONY BANNISTER / CORBIS / LATINSTOCK


Mamute. Tatu-gigante.
Macrauquênia.
254
z
Briófitas e pteridófitas

Musgos e samambaias evoluíram das primeiras plantas terrestres, as quais


surgiram das algas verdes, por evolução.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


• Quais as diferenças
entre musgos e
samambaias?

• Como essas plantas


se reproduzem?

256
z
As briófitas
Os musgos são as briófitas mais conhecidas. Vivem agrupados e,
desse modo, retêm a água da chuva e do orvalho.

Características:

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


filoides
• Medem geralmente poucos centímetros
• Não possuem vasos condutores de seiva
cauloides
• Suas estruturas corporais são chamadas
de rizoide, cauloide e filoide, pois não rizoides
podem ser considerados raiz, caule e
folhas verdadeiros

257
z
A ausência de vasos condutores de seiva explica por que não encontramos
plantas altas entre os musgos: o transporte de substâncias pelo corpo da
plantinha é feito célula a célula e, por isso, é mais lento.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Uma planta grande
não conseguiria
distribuir os
nutrientes com a
velocidade
necessária para
atingir todas
as células.

258
z
O corpo dos musgos, em geral, não possui uma cobertura impermeável que os
proteja contra a perda de água. Por isso, essas plantas são mais comuns em
locais úmidos e que não recebem luz direta do Sol.

ANDY HARMER / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


Nesses locais há
menos chance de
ocorrer perda de água
por evaporação, o
que provocaria o
ressecamento da
planta.

Esporófitos dos musgos.

259
z
Reprodução Esporos caem no solo e originam novas plantas (gametófitos).

anterozoides
esporófito

A água é muito importante


oosfera
na reprodução sexuada dos
musgos: o gameta
masculino (anterozoide) vai
ao encontro do gameta
feminino (oosfera) nadando
com seus flagelos.

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


filoides

cauloides
Gametófitos: plantas
rizoides
masculinas e femininas que
produzem gametas.
Gametófito masculino Gametófito feminino Gametófito feminino
260
z
Após a fecundação, forma-se uma planta Esporos caem no solo e originam
que cresce sobre o pé de musgo feminino, novas plantas (gametófitos).
chamada de esporófito. esporófito

Essa planta produz esporos, que são levados pelo vento


e, quando chegam ao solo, germinam e originam outros
pés de musgo.

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


Portanto, o musgo alterna duas formas de reprodução:

Reprodução sexuada – produção de gametas

Reprodução assexuada – produção de esporos

261
z
Hepáticas
São briófitas de forma achatada, encontradas em locais úmidos. Os filoides
têm de 2 cm a 10 cm de comprimento.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


As hepáticas
receberam esse
nome porque sua
forma lembra
a de um
fígado humano.

262
z
As pteridófitas

Samambaias e avencas são pteridófitas bem conhecidas e muito utilizadas


como plantas ornamentais.

Pteris vem do grego e significa ‘feto’. A folha nova da planta tem a forma
parecida com a de um feto humano.

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Salvínias. Avenca.

263
z
As pteridófitas apresentam várias características que estão ausentes
nos musgos:

CARLOS GOLDGRUB / REFLEXO


• Possuem vasos condutores
de seiva

• Podem atingir tamanhos muito


maiores que os musgos

Existem grandes samambaias


arborescentes que podem atingir
vários metros de altura, como a
samambaiaçu. A samambaia
amazônica pode chegar a 3 m
de comprimento.
Samambaia.

264
z
Outras características:

• Possuem raiz, caule e folha verdadeiros

• As folhas são cobertas por uma película impermeável que reduz a


perda de água

ARQUIVO DA EDITORA
ILUSTRAÇÕES: INGEBORG ASBACH /
folha

caule

raiz

O caule, na maioria dos casos, é subterrâneo ou rastejante e, por isso, é


chamado de rizoma.
265
z
Reprodução esporos

As pteridófitas apresentam Órgãos onde são prótalo


produzidos os esporos,
um ciclo reprodutivo em certas épocas do ano.

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


semelhante ao das briófitas,
com alternância entre
reprodução sexuada
e assexuada. Os esporos caem no
solo e germinam,
soros originando prótalos.
caule

folha oosfera anterozoide

raiz
Também dependem da água
para a reprodução sexuada e,
por isso, são mais comuns em
O anterozoide
regiões úmidas. nada até a oosfera
nova planta e a fecunda.

266
z
FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
Os soros produzem esporos, os quais caem no solo e
germinam, originando uma pequena planta chamada
de prótalo.

Os soros ficam
na parte inferior
das folhas.

O prótalo é o gametófito das


pteridófitas. Ao contrário do que
acontece nos musgos, nessas
plantas o esporófito é a fase
mais desenvolvida e
duradoura do ciclo.
Plantinha germinando em prótalo.

267
z
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
O xaxim

O xaxim é um material utilizado na


produção de vasos para plantas
ornamentais. Ele é feito a partir do
caule da samambaiaçu, que é aéreo
(e não subterrâneo como o das
outras samambaias).

A samambaiaçu é uma planta típica da


Mata Atlântica e está ameaçada de
extinção por causa da intensa
exploração comercial. Por isso, a
extração do xaxim é proibida por lei.

268
z
A origem das pteridófitas

As primeiras pteridófitas apareceram há cerca de 430 milhões de anos e se


diversificaram no ambiente terrestre, formando grandes florestas.

Essas florestas deram origem aos grandes depósitos de carvão mineral:


INGEBORG ASBACH / ARQUIVO
DA EDITORA

vários períodos
Florestas são geológicos
Formação dos
Florestas de cobertas por
depósitos de
Pteridófitas rochas
carvão mineral
sedimentares

269
z
Gimnospermas

Além de servir de alimento, as sementes


desempenham importantes funções nas plantas.

ZIG KOCH / REFLEXO


DE­NI­SE GRE­CO / ACERVO DO FOTÓGRAFO
• Como o grão de pólen e
a semente contribuem
para a reprodução das
gimnospermas?

• Que exemplos de
gimnospermas você
conhece?

Pinheiro-do-paraná e suas
sementes, os pinhões.

270
z
As gimnospermas
Angiospermas – plantas com flores,
sementes dentro de frutos
Plantas com sementes
Gimnospermas – não produzem frutos, as
sementes são nuas

As gimnospermas são plantas bem adaptadas


aos climas frios ou temperados.

• hemisfério norte – florestas de


pinheiros (taiga)
PALÊ ZUPPANI / PULSAR IMAGENS

• hemisfério sul – mata de Araucárias

Pinheiro-do-paraná.

271
z
Além dos pinheiros, são gimnospermas também:

GARY YOWELL / THE IMAGE BANK / GETTY IMAGES


• Sequoias
• Ciprestes
• Tuias (árvores de Natal)
• Cicas ou sagus de jardim
• Pinheirinhos-bravos ou podocarpos

V. C. L. / KEYSTONE
SPL / LATINSTOCK

Sagu de jardim. Sequoias. Ciprestes.

272
z
Nas gimnospermas, além de folhas encarregadas de realizar a fotossíntese,
vamos encontrar ramos com folhas especializadas na reprodução: os
estróbilos ou cones.

estróbilo ou
cone masculino

FA­BIO CO­LOM­BI­NI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


DE­NI­SE GRE­CO / ACERVO DO FOTÓGRAFO

ARQUIVO DA EDITORA
INGEBORG ASBACH /

Pinheiro-do-paraná (atinge Pinha (cone feminino após


até 50 m de altura). fecundação; 10 cm a 20 cm de
diâmetro).

estróbilo ou
cone feminino

273
z
Os órgãos reprodutores (estróbilos ou cones) masculinos e femininos são
diferentes.
Veja um estróbilo feminino e um estróbilo masculino de uma planta do
gênero Cycas:

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


274
z
Reprodução

E. R. DEGGINGER / PHOTORESEARCHERS / LATINSTOCK


A produção de grãos de pólen foi
uma das adaptações das
gimnospermas responsáveis pelo
seu sucesso na colonização do
ambiente terrestre.

O gameta masculino é levado de


uma planta a outra pelo vento,
protegido dentro do grão de pólen.

Grãos de pólen de um pinheiro.

275
z
Nas coníferas encontram-se os estróbilos, ou cones masculinos,
especializados na produção de grãos de pólen. Levados pelo vento, alguns
grãos de pólen podem cair sobre o cone ou estróbilo feminino de outra planta.

JEROME WEXLER / PHOTORESEARCHERS / LATINSTOCK


INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA

grão de pólen

Estróbilo liberando
grãos de pólen.

276
z
Observe o ciclo reprodutivo das gimnospermas:
grão de pólen
INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA

cone Grãos de pólen


masculino levados pelo
vento.

cone
feminino
Tubo polínico
que cresce. oosfera
reserva de embrião
nova planta alimento

oosfera

semente fecundação

277
z
A oosfera, o gameta feminino, encontra-se dentro de uma cápsula chamada
de óvulo. Na fecundação, um dos núcleos espermáticos do tubo polínico se
une a oosfera dando origem a um zigoto.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Pinhão aberto com a reserva nutritiva (em branco) ao
redor do embrião da planta.

Após a fecundação, forma-se uma casca resistente em volta do óvulo.


Dentro dela encontram-se o embrião e uma reserva de alimento. Esse
conjunto é a semente.
278
z
Além de proteger e alimentar o embrião, a
semente facilita a dispersão do vegetal,
pois pode ser levada pelo vento ou por
animais para longe da planta de origem.

A semente pode resistir por longo tempo


ao frio e à falta de água e só germinar
quando as condições forem favoráveis.

Quando a semente germina, o embrião


utiliza sua reservas para se nutrir até
que as primeiras raízes e folhas se
desenvolvam.
ZIG KOCH / REFLEXO

279
z
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
A semente do pinheiro-do-paraná
serve de alimento para vários
animais: capivaras, cutias, macacos,
esquilos, papagaios e gralhas-azuis.

A gralha-azul transporta o pinhão de


uma árvore para outra e, quando o
deixa cair no chão, a semente pode
germinar e originar outra árvore.

Gralha-azul.
280
z
Angiospermas: raiz, caule e folhas

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


O nome do Brasil se deve à
angiosperma conhecida como
pau-brasil (Caesalpinia echinata).

• Você conhece folhas que nos servem


de alimento? E caules? E raízes?

• Que funções essas partes


desempenham na planta?

Pau-brasil.

281
z
Angiospermas e gimnospermas formam o grupo das plantas com sementes,
mas nas angiospermas as sementes se encontram dentro de frutos, os quais
se originaram de flores.
Entre os vegetais, as angiospermas têm o maior número de espécies e, no
ambiente terrestre, elas são os principais produtores de matéria orgânica.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Mangueira.

282
z
A raiz
Funções da raiz:

• Acumular reservas nutritivas para a planta


• Fixar o vegetal no solo seiva bruta
• Absorver água e sais minerais seiva laborada

KLN ARTES GRÁFICAS / ARQUIVO DA EDITORA


gás carbônico
luz do Sol

Água e sais minerais seiva bruta


ou mineral
açúcares
Levada pelos vasos lenhosos das
raízes até as folhas.
sais minerais e água
Açúcares seiva elaborada
ou orgânica

Produzida pela fotossíntese nas folhas e transportada pelos vasos


liberianos para toda a planta.

283
z
FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
Raízes fasciculadas
O capim, a cana-de-açúcar e
o milho, entre outras plantas,
possuem raízes numerosas
e finas, todas do mesmo
tamanho, que saem da
mesma região do caule.

Raízes axiais ou pivotantes


A laranjeira, a mangueira, o
feijão e o café possuem uma
raiz principal, da qual partem
ramificações.

284
z
As raízes em geral são terrestres e subterrâneas, mas há também raízes
aquáticas, como as do aguapé, e raízes aéreas, como as das orquídeas.

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Orquídea jovem com raiz. Flor da orquídea. Aguapé.
As raízes crescem para baixo, ou seja, apresentam geotropismo positivo.
Essa reação é controlada por substâncias químicas chamadas hormônios.
285
z
Na ponta da raiz há a coifa, que tem a forma de um capuz e protege as
células que estão por baixo dela.

STEVE GSCHMEISSNER / SPL / LATINSTOCK


Há a região pilífera, onde
encontram-se os pelos
absorventes
(que aumentam a superfície de
contato da raiz com o solo), e
uma região de ramificação, de
onde saem raízes secundárias. INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA

286
z
Algumas raízes possuem adaptações que contribuem para a sobrevivência da
planta em situações especiais:

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


287
z
O caule
Funções do caule:
• Sustentar as folhas e mantê-las em posição elevada
• Transportar seiva bruta e seiva elaborada
gema terminal Assim como a raiz, o caule apresenta
regiões diferenciadas: a gema ou broto
terminal, os nós e entrenós, e as
gema lateral gemas axilares ou laterais.
ILUSTRAÇÕES: INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA

nós

entrenó gema terminal

gema lateral

288
z
O caule da maioria das plantas é aéreo e cresce para cima, ou seja, apresenta
geotropismo negativo.
Além disso, as plantas se curvam em direção a luz, num movimento chamado
de fototropismo positivo.

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Experimento feito Experimento de
com a planta do fototropismo para
feijão para mostrar mostrar que a
geotropismo planta (alpiste)
negativo da raiz e cresce em direção
positivo do caule. à luz da janela.

289
z
A maioria das angiospermas possui caules que crescem acima do solo, isto é,
caules aéreos.

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

Outras possuem caules que crescem abaixo


do solo, ou seja, caules subterrâneos.
290
z
Alguns caules apresentam certas modificações que são adaptações das
plantas. É o caso dos espinhos, acúleos e gavinhas.

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Espinhos são ramos pontiagudos Gavinhas são ramos com a função Acúleos são pelos rígidos e
com função protetora. de fixação. pontudos formados na epiderme
do caule.
291
z
As folhas
As folhas são órgãos ricos em células com clorofila, que fazem a
fotossíntese. Em geral, elas têm forma de lâminas finas.
INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA

epiderme cutícula

células com
clorofila
vasos condutores
de seiva
estômato

As folhas são cobertas por uma cutícula, formada por cutina, que a protege e
ajuda a diminuir a perda de água por evaporação.
292
z
A cutícula dificulta a entrada de gás carbônico e oxigênio, necessários à
fotossíntese e à respiração celular.
No entanto, na epiderme da folha existem pequenas aberturas chamadas
de estômatos, que facilitam a passagem desses gases e a transpiração.
INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA

abertura

estômato aberto estômato fechado

Os estômatos são formados por duas células com uma abertura entre
elas, o que permite um controle da perda de água pela planta.
293
z
FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
Em algumas plantas de clima úmido,
há nas bordas das folhas aberturas,
chamadas hidatódios, que eliminam
água na forma líquida. Esse fenômeno
é chamado de gutação.

Gutação na folha.

Nas plantas de clima seco, as folhas


têm tamanho reduzido e também
podem se enrolar e tomar a forma de
espinhos. A fotossíntese é então
realizada pelo caule.
No cacto a fotossíntese é realizada pelo caule.

294
z
As folhas são formadas por três partes principais: limbo, pecíolo e bainha.
Porém, nem todas as folhas apresentam as três partes.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


nervuras limbo
HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA

pecíolo
bainha

Nas folhas compostas o limbo é dividido em várias partes, chamadas folíolos.


Nas folhas simples, o limbo é inteiriço.
295
z
Algumas folhas apresentam adaptações especiais, como os espinhos
dos cactos e as gavinhas, semelhantes às gavinhas dos caules.
Há também as brácteas, folhas coloridas que atraem a atenção de
animais polinizadores.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Bico-de-papagaio com brácteas. Brácteas de antúrio.

296
z
A maioria das plantas apresenta formas de reprodução assexuada
ou vegetativa.

estolão

Reprodução
vegetativa no
morango.

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


broto batata-doce
batata

tubérculos
Reprodução por
tubérculos e raízes.

Os caules subterrâneos e rasteiros desenvolvem, em certos pontos,


raízes que originam novas mudas da planta.
297
z
Angiospermas: flores, frutos e sementes

VALENTYN VOLKOV / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES


• Quais são as partes de
uma flor? E de um fruto?

• Quais são as funções da


flor e do fruto?

• Como um fruto se
desenvolve?

298
z
As flores
A flor é a estrutura reprodutora das angiospermas. Nela ocorrem a
fecundação, a formação do fruto e a produção da semente.
estame pistilo
pistilo
pétalas
antera
estame

HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA


ovário
filete

receptáculo (porção sépalas


dilatada do pedúnculo) pedúnculo
Ela é produzida nos ramos floríferos e todas as partes da flor são folhas
modificadas.
299
z
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
As pétalas geralmente são coloridas e
perfumadas, o que facilita a localização da
flor pelos animais polinizadores.
FABIO COLOMBINI / ACERVO

Nos estames são produzidos os pistilo


DO FOTÓGRAFO

grãos de pólen. O conjunto de


estames forma o androceu.

HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA


Na parte dilatada do pistilo, o ovário, é produzida a
oosfera. Depois da fecundação, a oosfera vai originar o ovário
zigoto, que se transformará no embrião.

300
z
A polinização
O transporte de pólen dos estames para o pistilo chama-se polinização. Os
insetos e outros animais que se alimentam de néctar ou de pólen fazem esse
transporte e são chamados de polinizadores.

Esse é mais um caso de


mutualismo, ou seja, uma
associação entre duas espécies
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

em que ambas se beneficiam.

301
z
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
Muitas plantas polinizadas por insetos
apresentam pétalas coloridas, que os
insetos distinguem com facilidade.

Abelha polinizando
flor do melão.

As flores noturnas não são muito


coloridas, pois no escuro é mais fácil
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

atrair seus polinizadores com


substâncias aromáticas.

Flores de dama-da-noite.
302
z
A fecundação

Ao atingir o estigma da flor, o grão de pólen germina e forma o tubo polínico,


que cresce em direção ao ovário.

Dentro do ovário podemos


encontrar os óvulos. No interior do
óvulo está a oosfera, o gameta
feminino da planta.

óvulos
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

Corte do pistilo do lírio.


303
z
Dentro do tubo polínico existem dois núcleos espermáticos, os
gametas masculinos.
Um dos núcleos espermáticos se une à oosfera e produz o zigoto, que
origina o embrião.
estame polinização fruto
grãos de pólen
antera semente

filete estigma grãos de pólen


estilete gametas
ovário
HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA

masculinos tubo
óvulo polínico O óvulo
se
a- to. desenvolve-se em
pistilo rm o
Fo zig semente, e o
o ovário, em fruto.

ovário
oosfera
óvulo

fecundação
embrião dentro
da semente

304
z
Após a fecundação, as partes do óvulo que envolvem o embrião se
desenvolvem, e o conjunto todo forma a semente.
O ovário também se desenvolve e origina o fruto.

KZENON / SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES


FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

Flor do tomateiro. Tomates.


305
z
Tipos de frutos
Um fruto é composto, basicamente, de pericarpo e semente. Frutos com o
pericarpo suculento são chamados de frutos carnosos.
semente

HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA

epicarpo

mesocarpo pericarpo

endocarpo

Fruto e fruta têm significados diferentes!


O fruto corresponde ao ovário desenvolvido. O termo popular fruta indica as
partes comestíveis da flor, que nem sempre correspondem ao desenvolvimento
do ovário.
306
z
A maçã, a pera, o morango, o figo e o abacaxi são pseudofrutos: sua parte
carnosa comestível não é originada pelo desenvolvimento do ovário.

receptáculo
receptáculo resto de
HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA

crescimento do flores
sépala receptáculo femininas
haste da flor
semente

ovário (fruto
verdadeiro)
receptáculo
receptáculo figo resto de
morango fruto com (parte comestível) flores
uma semente maçã
sépalas masculinas

Frutos deiscentes: se abrem quando maduros, liberando as sementes.


Frutos indeiscentes: mesmo quando maduros, se mantêm fechados.
307
z
Existem ainda frutos que não têm o pericarpo suculento: são os frutos secos.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO

ALAETTIN YILDIRIM /
SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES

Grãos de milho. Castanha-do-pará.

SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES


STEYNO & STITCH /
SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES

Girassol.
SUPERTROOPER /

Ervilha. Amendoim.
Mas qual seria a função do fruto na planta?
308
z
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO
FOTÓGRAFO
As substâncias nutritivas de muitos
frutos atraem animais que comem os
frutos e jogam fora as sementes.
Estas se espalham pelo solo e
podem dar origem a novas plantas.

Araçari-castanho.
SHUTTERSTOCK / GLOW IMAGES
BRIAN A. JACKSON /

Mas a dispersão de sementes não é


feita somente por meio de frutos
ingeridos por animais. Alguns frutos
Dente-de-leão.
podem ser levados pela água, pelo vento
ou transportados no corpo dos animais,
FABIO COLOMBINI / ACERVO

como os carrapichos.
DO FOTÓGRAFO

Carrapicho.
309
z
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
Fruto verde, fruto maduro

De início, o fruto pode ser duro e de


sabor desagradável e até conter
substâncias tóxicas para alguns
animais. Nessa etapa, a semente
ainda não está pronta para germinar.

Depois, o fruto muda de cor e passa a


ser mais macio e adocicado, com
substâncias nutritivas que atraem
animais para comê-los e dispersar as
sementes.

Mamoeiro com mamões.

310
z
As sementes
Na semente, além de partes que vão originar a raiz, o caule e a folha da
planta, encontramos os cotilédones: são folhas especiais com função de
armazenar nutrientes.

endosperma
embrião da planta
HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA

cotilédone

embrião

cotilédones
Monocotiledônea Dicotiledônea (feijão
(milho) aberto ao meio)

Mais de 70% das espécies das angiospermas pertencem ao grupo das


dicotiledôneas!
311
z
A germinação da semente é o processo pelo qual o embrião retoma seu
crescimento e se desenvolve em uma nova planta.

Isso ocorre quando as condições do ambiente são favoráveis. Por exemplo,


quando há água suficiente e a temperatura é adequada.

cotilédones

HIROE SASAKI / ARQUIVO DA EDITORA


A semente usa
a reserva As raízes crescem rapidamente Com o crescimento do caule e o
de alimento e absorvem água e desenvolvimento das folhas, a planta
para crescer. sais minerais do solo. começa a realizar fotossíntese.

312
z
O ambiente terrestre

TOM VAN ­SANT / GP / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


• O que são biomas? Que biomas você conhece?
• Você conhece os principais biomas brasileiros e suas características?
313
z
A influência do Sol no clima

O clima de uma região – temperatura, umidade, chuva, pressão atmosférica –


depende de vários fatores. Um deles é a latitude.

eixo da Terra

Em torno da linha do

LUÍS MOURA / ARQUIVO DA EDITORA


equador a incidência dos luz do Sol
raios solares é mais
direta, e assim essa região
recebe mais luz e calor do
que as regiões mais
afastadas do equador. linha do equador

314
z
As estações do ano ocorrem por causa da inclinação do eixo da Terra em
relação ao plano de sua trajetória ao redor do Sol.

LUÍS MOURA / ARQUIVO DA EDITORA


Primavera no
hemisfério norte,
Verão no outono no sul.
hemisfério
norte, inverno
no sul.

Inverno no
hemisfério
norte, verão
Outono no no sul.
hemisfério norte,
primavera no sul.

Os seres vivos de um local são afetados não só por outros organismos, mas
também pelos elementos não vivos desse ambiente, principalmente o clima.
315
z
Pode-se dividir o ambiente terrestre em regiões que se caracterizam por
determinadas condições de clima e por grupos de animais e plantas adaptados
ao ambiente.

KLN ARTES GRÁFICAS / ARQUIVO DA EDITORA; FONTES: WORLD REFERENCE


ATLAS. LONDON, DORLING KINDERSLEY, 2003; IBAMA, 2008.
Essas regiões são chamadas de biomas.
316
z
Tundra
Bioma que ocupa a região ao redor do polo norte. O solo permanece
congelado a maior parte do tempo, exceto no verão, quando surge uma
vegetação rasteira.

INGO ARNDT PHOTOGRAPHY / LATINSTOCK


Há insetos,
pássaros, caribus,
ursos-brancos, a
lebre ártica, a
raposa polar e o
lobo ártico.

Paisagem de Tundra
no Alasca, onde se
vê um caribu.
317
z
WOLFGANG KAEHLER / CORBIS / LATINSTOCK
Taiga

A Taiga ou Floresta de
Coníferas localiza-se ao
sul da Tundra e, por
estar mais perto do
equador, recebe maior
quantidade de
energia solar.
Há gimnospermas, como
o pinheiro, a sequoia e
o abeto.

Vegetação de Taiga na Sibéria.

318
z
A fauna da Taiga é mais rica que a da Tundra, com insetos, aves, lebres,
alces, renas, ratos silvestres, musaranhos, linces, lobos, marmotas e ursos-
pardos.

GEORGE D. LEPP / CORBIS / LATINSTOCK

YANN ARTHUS-BERTRAND / CORBIS / LATINSTOCK

GALEN ROWELL / CORBIS / LATINSTOCK


Marmotas. Esquilo vermelho. Urso-pardo.

319
z
Florestas temperadas
Localizam-se nas regiões de clima temperado, com as quatro estações do ano
bem definidas.

FRANK IH­LOW / KEYS­TO­NE


As florestas temperadas
caracterizam-se pela perda
das folhas das árvores no
outono. Na primavera, as
folhas voltam a crescer.

Floresta temperada na Alemanha.

320
z
Nas florestas temperadas encontram-se vários invertebrados, anfíbios, répteis,
aves e mamíferos, como ratos silvestres, marmotas, veados, ursos, gambás,
pumas, lobos, linces, raposas, gatos selvagens e esquilos.

STEVE AUSTIN; PAPILIO/CORBIS / LATINSTOCK

FRANS LANTING / MINDEN PICTURES / LATINSTOCK


O gato selvagem
europeu e o urso
panda são exemplos
de animais que
vivem nas florestas
temperadas.

321
z
Mata de Araucárias
Também chamada de Mata dos Pinhais ou Pinheiral, essa floresta
encontra-se nas regiões de maior altitude do Sul e do Sudeste do Brasil.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


O pinheiro-do-
-paraná, que não
perde as folhas no
inverno, é a espécie
predominante.

Mata de Araucárias.
322
z
FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO
Entre os animais há várias espécies de
insetos, aves e mamíferos.
Muitos se alimentam do pinhão, que é
a semente do pinheiro.

Por causa da intervenção humana


para retirar madeira e cultivar
plantações de eucalipto e pinheiro
(usados na produção de móveis e
papel), muitas espécies de animais da
Mata das Araucárias estão ameaçadas
de extinção.

Gralha-azul.

323
z
Florestas tropicais
Localizam-se em várias áreas da zona delimitada pelos trópicos de Câncer e
de Capricórnio ao longo e em torno do equador. Nessa região o clima é
quente e úmido.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Floresta Amazônica

É a maior floresta tropical


do mundo e 60% de sua
área está em território
brasileiro. Constitui uma
grande reserva de água
doce da Terra.

Vista aérea da Floresta Amazônica


e do rio Negro.

324
z
Na Floresta Amazônica existe grande variedade de espécies animais e
vegetais, encontrados em todos os ambientes da floresta.

FOTÓGRAFO
FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO
Castanheira-do-pará. Vitórias-régias. Uacari-vermelho.

Araracanga. Pirarucu. Gato-do-mato.

325
z
ROBERTO LOFFEL / ARQUIVO DA EDITORA
Mata Atlântica
Floresta tropical que acompanha o litoral brasileiro.
Devido à ação humana, restam apenas cerca de
7% da mata original.

Vista aérea da Mata Atlântica.

DILMAR CAVALHER / STRANA / ARQUIVO DA EDITORA


Ipês-amarelos.
326
z
Assim como na Floresta Amazônica, a diversidade de espécies animais e
vegetais na Mata Atlântica é enorme. O número de espécies ameaçadas de
extinção também é grande.

Veja alguns animais encontrados na região:

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Saíra-de-sete-cores. Mico-leão-dourado. Onça-pintada.

327
z
A destruição das florestas tropicais
Aproximadamente 11 mil quilômetros quadrados de área das florestas tropicais
são destruídos por ano para dar lugar a lavouras e pastos, estradas e outros
empreendimentos.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Queimada na Floresta Amazônica.
O desmatamento e as queimadas têm grande influência sobre as alterações
climáticas.
328
z
NELLIE SOLITRENICK / ARQUIVO DA EDITORA
Manguezais

Estão situados geralmente nas regiões


tropicais próximas ao mar, na foz dos rios,
onde a água doce se encontra com a água
salgada do mar.
Sobre o solo pantanoso dos manguezais
crescem árvores chamadas coletivamente
Manguezal na Ilha do Cardoso, litoral sul de
de mangue. São Paulo.

CLÁUDIO CHIYO / ARQUIVO DA EDITORA


plantas de mangue

maré alta

maré baixa

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z
Campos e cerrados

Localizam-se em regiões tropicais e temperadas que recebem uma


quantidade moderada de chuvas. Isso dificulta o desenvolvimento de árvores
grandes e facilita o surgimento de gramíneas.
A vegetação rasteira permite a sobrevivência de muitos animais herbívoros e,
consequentemente, de carnívoros.

ADAM JONES / PHOTO RESEARCHERS, INC. / LATINSTOCK


LEN RUE, JR. / PHOTO RESEARCHERS, INC. / LATINSTOCK

Savana africana. Pradaria norte-americana.

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z
O Cerrado ocupa boa parte do Brasil central. O clima é quente, com períodos
alternados de seca e chuva.

LUIS HUMBERTO / ARQUIVO DA EDITORA

Tamanduá-bandeira. Lobo-guará.

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO


FOTÓGRAFO
Detalhe da vegetação do Cerrado. Seriema. Ema.

Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma mais prejudicado pela


ocupação e exploração humanas.
331
z
Desertos

DAVID NUNUK / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


Estão situados em zonas de clima muito seco.
Por causa da escassez de água, a vegetação é
pobre.
Os animais e plantas que aí existem estão
adaptados ao clima seco.

JOE MCDONALD / CORBIS / LATINSTOCK


TUUL / HEMIS / CORBIS / LATINSTOCK

Rato-canguru.

Cactos no deserto do Atacama, Chile. Camelos.

332
z
Caatinga

ARAQUÉM ALCÂNTARA / REFLEXO


Localizadas no Nordeste brasileiro e no norte
de Minas Gerais, as regiões da Caatinga são
quentes, com chuvas irregulares e secas
prolongadas.

Em muitas plantas encontram-se adaptações


ao clima seco. Na fauna observam-se répteis,
anfíbios, aves e mamíferos.
FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO
FOTÓGRAFO

Galo-de-campina. Tatu-bola.

333
z
Mata dos Cocais
Em uma região de transição climática entre o Sertão nordestino e a
Amazônia encontra-se a Mata dos Cocais.

DELFIM MARTINS / PULSAR IMAGENS


É formada por vários
tipos de palmeiras,
principalmente o
babaçu, do qual se
extrai um óleo usado na
culinária e na indústria,
e a carnaúba, da qual
extrai-se uma cera.

Mata dos Cocais, no Piauí.

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Pantanal
Situa-se nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estendendo-se
até a Bolívia e o Paraguai.
O verão é quente e úmido, e o inverno, seco.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Há uma mistura de
campos, florestas tropicais,
cerrado e vegetação típica
de áreas alagadas, além de
extensos capinzais.

Vista do Pantanal Mato-Grossense.

335
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A fauna é riquíssima, com a maior diversidade de aves do mundo.
MARCELO DE BREYNE / ARQUIVO DA EDITORA JULIO BERNARDES / ARQUIVO DA EDITORA

VALDEMIR CUNHA / ARQUIVO DA EDITORA

VALDEMIR CUNHA / ARQUIVO DA EDITORA


Jacaré do pantanal. Anta.

Tuiuiú. Cervo-do-pantanal.

A pecuária, as práticas agrícolas sem controle em certos locais e a destruição


da fauna pela caça clandestina são os maiores problemas da região.

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z
O ambiente aquático

NORBERT WU / MINDEN PICTURES / LATINSTOCK


Espadarte.

• Que componente sustenta a vida no ambiente aquático?


• Quais as principais ameaças ao ambiente aquático e o que pode ser feito
a respeito?
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z
A água no planeta

Apenas 1% da água do
2% da água do planeta é doce e
planeta é doce e concentra-se nos rios, lagos
encontra-se no e lençóis subterrâneos.
estado sólido, De toda a água doce
nas geleiras. superficial do mundo,
12% ficam no Brasil.

Nos mares e oceanos encontram-se aproximadamente 97% da água do planeta!


Essa água é salgada e não serve para o consumo nem para a agricultura.

338
z
O ambiente marinho
A vida na água depende da fotossíntese. E a fotossíntese depende de luz e
de substâncias minerais.

zona eufótica
200 m

zona afótica

2000 m
zona abissal

A intensidade de luz diminui com a profundidade: quanto mais fundo,


maior é a quantidade de energia da luz absorvida pela água e mais escuro
o ambiente se torna.
339
z
Na zona eufótica há algas microscópicas, além de seres heterotróficos e algas
pluricelulares presas no fundo.

PHOTORESEARCHERS / PHOTORESEARCHERS / LATINSTOCK


Essas algas microscópicas
são as maiores produtoras de
alimento e de oxigênio dos
ambientes aquáticos.

Na zona afótica não há


fitoplâncton, pois não existe
mais luz suficiente para a
fotossíntese.

A zona abissal é uma região


escura e fria, que não recebe
nenhuma luz.

Algas microscópicas que fazem parte do fitoplâncton.

340
z
Dependendo do modo como se locomovem, os organismos aquáticos são
classificados em três grupos:

OXFORD SCIENTIFIC / OXFORD SCIENTIFIC / LATINSTOCK


Plâncton: é o conjunto de
seres aquáticos flutuantes
levados passivamente pelas
correntes marinhas.

Copépodos e larvas que fazem


parte do zooplâncton.

As algas microscópicas fazem parte do fitoplâncton. Os protozoários,


pequenos crustáceos e as larvas de diversos animais fazem parte do
zooplâncton e alimentam-se do fitoplâncton.
341
z
Os peixes, as baleias, os
golfinhos e outros seres
capazes de nadar e vencer as
correntes formam o nécton.

Golfinhos-rotadores.

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


No leito do mar encontram-se os
seres vivos que formam os
bentos. São os mexilhões,
esponjas, as anêmonas-do-mar,
as estrelas-do-mar, ostras,
caranguejos, entre outros.

Estrela-do-mar.

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BRUCE ROBSON / CORBIS / LATINSTOCK
A vida na escuridão
Na zona abissal existem animais,
chamados de peixes abissais, que
são predadores ou que se
alimentam de restos de matéria
orgânica que cai da superfície.

Muitos desses peixes emitem luz


própria, que na realidade é

DARLYNE A. MURAWSKI / NATGEO / GETTY IMAGES


produzida por bactérias que vivem
em sua pele. Esse fenômeno é
NORBERT WU / MINDENPICTURES / LATINSTOCK
chamado de bioluminescência.

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As regiões do mar onde há maior biodiversidade são as regiões menos
profundas, que ficam perto do litoral.
Com mais luz e sais minerais, as algas do fitoplâncton se reproduzem
rapidamente e levam mais consumidores a se concentrar na região costeira.
INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA

As regiões de
ressurgência são regiões
costeiras onde correntes
de água levam sais
minerais do fundo para a
superfície.

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A biodiversidade também é grande nas regiões em que há recifes de corais.
Esses depósitos de corais são encontrados nas regiões tropicais, em águas
quentes e rasas, e servem de abrigo para peixes, algas, moluscos, crustáceos
e muitos outros animais.

MINDEN PICTURES / MINDEN PICTURES / LATINSTOCK


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Água doce

Rios
Riachos
Córregos Águas mais rasas que
águas doces Lagos o mar e com menor
Lagoas quantidade de sal.
Pântanos
Brejos

Os rios de águas agitadas possuem pouco ou nenhum plâncton.


Nesse caso, os produtores são algas presas ao fundo do rio.
Além disso, o rio recebe matéria orgânica da terra ao seu redor.

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O fitoplâncton é mais abundante em águas calmas, como os lagos.
A teia alimentar do lago é formada por algas (fitoplâncton) e vegetais,
caramujos, insetos, vermes, rãs e garças, entre outros organismos.

INGEBORG ASBACH / ARQUIVO DA EDITORA


zooplâncton
zona litorânea

zona límnica fitoplâncton

zona profunda

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MENHUHN / KEYSTONE
Ameaças à vida aquática

Poluição

Os metais lançados pelas indústrias,


como o mercúrio e o petróleo e seus
derivados, são os principais resíduos
tóxicos responsáveis pela poluição dos
rios, lagos e mares.

Além de destruir o plâncton, o petróleo


adere às penas das aves e aos pelos
dos mamíferos, podendo ocasionar a
morte desses animais.

Pinguim coberto de petróleo.

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Chuva ácida
É produzida quando gases liberados pela combustão do carvão e de derivados
do petróleo reagem com a água das chuvas e formam ácidos.

LILI MARTINS / FOLHAPRESS


Eutrofização

Além de possuir elementos tóxicos, o


esgoto pode funcionar como fertilizante e
estimular a reprodução do fitoplâncton. A
DAVID CAMPIONE / SCIENCE PHOTO
LIBRARY / LATINSTOCK 

grande massa de algas na superfície


impede a passagem de luz e diminui a
concentração de oxigênio na água.

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Várias medidas podem ser adotadas para diminuir a ameaça à vida aquática:

Proibição do lançamento de poluentes na água, com fiscalização

Controle da poluição nos garimpos

Fiscalização da exploração, transporte e distribuição de petróleo

Melhoria do saneamento básico e da rede de esgoto

Uso correto de fertilizantes e agrotóxicos

Desenvolvimento de energias alternativas para diminuir o uso de petróleo


e carvão mineral

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