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Uma resposta imunitária é um conjunto de processos que permite

ao organismo reconhecer a presença de substâncias estranhas ou


anormais, de forma a que sejam neutralizadas e eliminadas.

Existem 2 tipos de resposta imunitária ou mecanismos de defesa:

-Mecanismos de defesa não específicos ( ou imunidade inata)

-Mecanismos de defesa específicos ( ou imunidade adquirida)


Defesa do organismo

DEFESA NÃO ESPECÍFICA


Defesa não específica
Defesa não específica
1.ª linha de defesa

Lisozima – enzima que digere a parede bacteriana

Mucina – constituinte do “muco” e saliva – é uma substância tóxica


para alguns microrganismos
2ª linha de defesa

FAGOCITOSE – ingestão de partículas

É realizada por alguns tipos de leucócitos:

-Neutrófilos (fagocitose não específica)


-Macrófagos (células que se desenvolvem a partir dos monócitos)

-https://www.youtube.com/watch?v=Z_mXDvZQ6dU
-https://www.youtube.com/watch?v=UKwwvIaR9aI
DEFESA ESPECÍFICA
Resposta inflamatória 2.ª linha de defesa

Manual . p.144 Por ex: picada numa roseira…


Manual . p.144

1. A histamina produzida pelos mastócitos provoca a dilatação dos vasos,


permitindo um maior fluxo de sangue. O maior fluxo permite a chegada de
maior n.º de leucócitos, nomeadamente fagócitos.

2. Rubor – devido ao maior fluxo sanguíneo


Calor – intensificação da respiração celular e libertação de calor
Edema/inchaço – acumulação de plasma que sai dos capilares

3. Mediante fagocitose, muitos dos agentes patogénicos são digeridos e


destruídos. Para além disso, células mortas e fragmentos de células, também
são digeridos.
Macrófago envolvendo uma bactéria.
endocitose

vesícula de fagocitose + lisossomas --------vesicula digestiva

exocitose
Resposta inflamatória local
Reação inflamatória sistémica:
- Aumento dos leucócitos
-Febre.

A febre muito alta é perigosa, mas uma febre moderada contribui para a defesa,
estimulando a fagocitose e inibindo a multiplicação de microrganismos (alguns
microrganismos produzem substâncias pirogénicas que atuam no hipotálamo,
fazendo aumentar a temperatura corporal).
Interferão

Bloqueiam a replicação do vírus

Os interferões são um conjunto de proteínas produzidos por alguns tipos de


células, quando estas são infetadas por vírus.
Sistema de complemento

O sistema de complemento corresponde a um conjunto de 20 proteínas que são


produzidas no fígado e circulam no plasma de forma inativa.

Ativação feita por: alguns microrganismos ou ligação de um anticorpo a um


antigénio (neste caso – defesa específica)

Efeito cascata
Sistema de complemento – principais ações desencadeadas

-Provocam a lise de bactérias

-Recobrem agentes patogénicos dificultando a sua mobilidade e


facilitando a fagocitose.

-Atraem leucócitos para os locais de infeção (quimiotaxia)

-Ligam-se a recetores específicos das células do sistema imunitário,


estimulando uma resposta inflamatória
DEFESA ESPECÍFICA
Imunidade adquirida (alguns dias após invasão de agentes patogénicos

3.ª linha de defesa (especificidade / memória)

linfócitos
DEFESA ESPECÍFICA
Defesa específica
Defesa específica

Antigénios

São moléculas livres (ex: toxinas) ou estruturas moleculares que


existem na superfície de microrganismos invasores.

Mas também, hemácias de outras pessoas, tecidos estranhos


enxertados, órgãos transplantados, parasitas, pólen, …
Defesa específica
Clone= conjunto
de linfócitos com
= recetor

Durante a maturação dos linfócitos:

- adquirem recetores para numerosos e variados antigénios, passando a


reconhecê-los – tornando-se células imunocompetentes.

- linfócitos com recetores de “antigénios próprios” (ou seja, moléculas que


fazem parte do próprio organismo) são eliminados. Caso contrário,
desenvolver-se-ia uma ação do sistema imunitário contra o próprio
organismo.
Defesa específica
Defesa específica

Após maturação

Os linfócitos migram para diversos órgãos e tecidos (baço,


amígdalas, gânglios linfáticos, sangue, linfa)
Respostas imunitárias específicas

Imunidade humoral ou imunidade mediada por anticorpos – linfócitos B

Imunidade celular ou imunidade mediada por células – linfócitos T


Imunidade humoral
Imunidade humoral

Plasmócitos

- vida curta

- retículo endoplasmático muito desenvolvido

- capacidade de produzir anticorpos (estes interagem de forma


altamente específica com os antigénios)
Complexo antigénio-
anticorpo

ou epítopo

Anticorpo com 2 locais de ligação


ao antigénio
Imunidade humoral
Imunidade humoral

Precipitação= aglutinação de um antigénio solúvel


Imunidade humoral
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1.

2.
Análises Clínicas
1
O número de eritrócitos (4,24 x 1012/L) é um pouco inferior ao valor de
referência mínimo (4,50 x 1012/L).
O número de leucócitos está muito elevado (16,1 x 109/L) para um valor de
referência máximo (10,0 x 109/L). Neutrófilos acima do normal e linfócitos
abaixo do normal.

2.
• Anemia - o número de eritrócitos e o valor de hemoglobina estão abaixo dos
valores de referência normais, respetivamente, 4,50 x 1012/L e 13,5 g/dL.
• Processo infecioso – número total de leucócitos acima do valor de referência
mínimo 4,0 x 109/L. Neutrófilos acima do valor de referência máximo.
• Alergia - o valor de IgE (85 Ul/mL) está acima do valor de referência máximo
(72,0 UI/mL).
A IMPORTÂNCIA DO SANGUE

Karl Landsteiner (1868 – 1943; Áustria, Nova Iorque; médico e biólogo)


Nobel de Medicina de 1930, pela classificação dos grupos sanguíneos, 
sistema ABO Também descobriu o fator RH.
A IMPORTÂNCIA DO SANGUE

Risco de aglutinação: o sangue do dador ser aglutinado pelo sangue do


recetor
Antigénio – aglutinogénio

Anticorpo - aglutinina

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