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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIENCIAS SOCIAIS E HUMANIDADES

CONTABILIDADE SECTORIAL

O Risco

Contabilidade de Seguros-
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UniZambeze
O RISCO
As entidades, em geral, convivem, diariamente, com o risco
em suas mais variadas formas. O risco está presente na
maioria das atividades que visam a algum resultado no
futuro.

A incerteza e orisco decorrem, em grande parte, da


impossibilidade de prever o futuro com absoluta
segurança.

O Risco constitui a base de qualquer seguro, pelo que ao


falar de risco equivale a mencionar um elemento do
contrato de seguro sem o qual este se tornava impossivel
de concretizar.
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• O Risco pode ser definido como꞉

“ãcontecimento incerto que não depende exclusivamente da


vontade das partes“
“a incerteza que existe de um determinado acontecimento
possa ocorrer“

"é o perigo que reside no facto de um determinado


acontecimento futuro, incerto e não dependendo da
vontade do tomador do seguro ou do segurado, originar
danos ou perdas na coisa que se pretende segurar“.

" É todo factor, condições e circunstâncias capazes de


conduzir à ocorrência de uma perda ou dano material,
financeira, ou moral".
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O Risco – é o elemento determinante do objecto do
contrato de seguro e deve ser aleatório, real e lícito.
(art.108 do Decreto 1/2010 de 31 de Dezembro).

A Inexistência do risco determina a nulidade do contrato,


sendo de se aplicar as seguintes regras quanto ao
prémio que haja sido pago pelo tomador de seguro:

Se houver boa-fé das partes contratantes, a seguradora


devolve o valor do prémio, deduzidos as despesas
necessárias à celebração do contrato que
comprovadamente não tenham sido recuperadas.

Se houver má-fé do tomador do seguro ou do segurado, a


seguradora de boa-fé tem direito ao prémio.
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• A inexistência do risco, na vigência do contrato, determina
automática e imediatamente a cessação destes, por
caducidade, havendo lugar a estorno do prémio nos termos e
condições do art. 156 do Decreto 1/2010 de 31 de
Dezembro;

• Os seguradores socorrem-se de varias ciências e técnicas


especializadas para calcular a probabilidade de ocorrência
dos eventos.

• Determinação da probabilidade da ocorrência terá em conta


dois tipos de riscos: Risco físico e Risco Moral;

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• O Risco físico é inerente ao próprio objecto a segurar,
isto é, atenta as características intrínsecas do interesse
segurável (vertente objectiva), o risco moral ocupa-
se das características do seguro (vertente
subjectiva),isto e, avaliação que se faz do candidato a
seguro sob o prisma de honorabilidade pessoal,
comercial ou profissional.

• A analise do risco físico terá em consideração os


elementos que no objecto, concorrem para a maior ou
menor probabilidade da ocorrência e a maior amplitude
dos prováveis danos ou prejuízos que poderiam resultar
do sinistro.

• Já o risco moral, centra-se nas características da pessoa


(individual ou colectiva) e o ambiente a sua volta. 6
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Caracterização
• O Risco pode ser classificado como Puro ou Especulativo꞉
Ela afecta pessoas, propriedades e possibilidade de
prejuízo.

Um risco especulativo envolve possibilidade de perda ou


ganho. Uma aposta, por exemplo, é um risco especulativo.
As pessoas que apostam podem perder ou ganhar.

Em contraposição ao Risco Especulativo, existe o Riscos


Puros - envolve a chance de perda ou não, mas não a
chance de ganho.

Todavia, pode-se dizer que o risco puro é o risco no qual só


existem duas possibilidades: perder ou não perder. Esse
tipo de risco é tratado com técnicas de Seguro, ou seja, é
segurável. 7
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• Sob o ponto de vista legal, o risco puro constituí
o objeto do Seguro, pois se transfere. O
Segurador não pode ganhar com o recebimento
da indemnização, apenas repor a perda.

• Nas operações de Seguro, as ondições que


definem o risco como sendo segurável são: ser
possível, incerto, futuro, independer da vontade
das partes contratantes, resultarem de sua
ocorrência uma perda de valor econômico e ser
mensurável.
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Pré-Requisito para Risco ser Segurável
o SER POSSÍVEL - Segurar um risco impossível seria o
mesmo que admitir um contrato sem objetivos.

• SER FUTURO - Eventos já ocorridos até o momento da


realização docontrato não podem ser dmitidos como riscos.

• SER INCERTO - Não se pode fazer Seguro para garantir


riscos que já têm data e hora para ocorrer.

• INDEPENDER DAS PARTES - Se uma pessoa contrata


um Seguro para um imóvel para garantia de incêndio e tem
a intenção de incendiá-lo, está descaracterizando a
incerteza quanto à ocorrência dos danos. 9
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• RESULTAR UMA PERDA - É necessário que
o contratante tenha um interesse segurável,
para que esse venha a receber a indenização
pela Perda.
• SER MENSURÁVEL - É preciso que o risco
seja mensurável para evitar que a seguradora
fique exposta e para que possa estabelecer um
custo adequado para sua aceitação

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São aceites pelas entidades seguradoras por apresentarem
as seguintes características:

• São de Natureza Acidental: de ocorrência incerta (uso e


desgaste; depreciação, e.t.c);

• Não tem natureza ilegal (Actos deliberados e


intencionais do seguro), e.t.c;

• Não são de natureza catastrófica ( riscos de guerra,


comoções civis, tumultos, terrorismo, e.t.c;)

• Não são contra interesse público - O seguro não protege


actos de desobediência as regras de conduta moral e
social (infracções às regras de transito, multas, e.t.c;)
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Gerência do Risco

Gerência do Risco - é o processo que se ocupa


da conservação do património e do poder de
ganho da pessoa individual ou colectiva,
adoptando métodos para a minimização dos
efeitos financeiros de danos ou perdas.

A gerência do risco é uma componente


importante no processo de gestão da empresa.

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Gerência do Risco

Como forma a minimizar as consequências financeiras da


ocorrência do risco, são adoptados algumas técnicas:

• Retenção (Auto-seguro)- é a assumpção, pela empresa, das


perdas financeiras causadas por eventos aleatórios;

• O perigo da retenção reside no facto de as consequências


financeiras das perdas poderem ser de grande amplitude e, por
tal, abalar a liquidez da empresa, sobretudo quando não haja
facilidade a obtenção de credito.

• A consciência do risco e uma conquista importante para a boa


gestão.

• Já a ignorância do risco constitui uma debilidade cujas


consequências poderiam produzir menor impacto, se o risco
fosse reconhecido a partida; 13
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• Transferência Embora existam outras formas
de transferência do risco, a mais conhecida é o
SEGURO, que consiste na gestão de um
fundo, constituído por contribuições das
entidades expostas ao risco, cada uma na
proporção das características e do grau de
exposição;

As seguradoras não podem evitar o risco nem


eliminar, mas podem garantir a reposição da
perda financeira resultante da ocorrência.

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As acções da gerência do risco são;
• Identificação dos riscos - Consiste no levantamento,
inspecção e analise, com o fim de determinar os valores
em riscos e as prováveis perdas máximas em que a
empresa pode ocorrer.

• Classificação dos riscos - Depois que tenham sido


identificados, os riscos são agrupados de acordo com a
sua seriedade e dimensão, determinando os que são
elimináveis, minimizáveis, transferíveis;

• Avaliação do risco – A classificação dos riscos permite


separa-los em função da frequência ou probabilidade,
severidade ou amplitude das perdas e
consequentemente, avaliar ou medir, objectivamente,
em termos de valor, permitindo a tomada de decisão
sobre o método de tratamento adequado. 15
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• Obrigado pela atenção

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