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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO

CAMPUS IPORÁ

Método de avaliação
Heurística
Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas
Disciplina: Interface Homem Computador
Professora: Luciana Recart Cardoso
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Métodos para avaliação de interface

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Heurística
DESCOBRIR

INOVAR

PROPOR

HEURÍSTICA

PROJETAR EUREKA!

CRIAR ARQUIMEDES

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Eureca
A palavra "Eureka" usa-se hoje em dia como
celebração de uma descoberta, um achado ou o
fim de uma busca.

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Heurística
Etimologicamente a palavra heurística vem da
palavra grega Heuriskein, que significa descobrir
(e que deu origem também ao termo Eureca).

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Heurística

A heurística é um conjunto
de regras e métodos que
conduzem à descoberta, à
invenção e à resolução de
problemas.

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Heurística na IHC é um método de
inspeção de usabilidade

– O que é um método de inspeção?


• Não envolve usuários.

• É uma análise realizada por especialistas que


intercedem pelo usuário – ou seja: sabendo os
anseios e necessidades dos usuários, e conhecendo
as técnicas possíveis de IHC, avaliam se determinado
artefato computacional proporciona uma boa
experiência para o usuário.

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Conjuntos de heurísticas

Em usabilidade os dois conjuntos de


heurísticas mais conhecidos são:
 as heurísticas de Nielsen (1994) e
 as heurísticas de Bastien e Scapin (1995).

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Conjunto de heurísticas de
Bastien e Scapin

 As heurísticas de Bastien e Scapin são mais


voltadas para a área da Ergonomia. As
heurísticas de Nielsen, por sua vez, cobrem
todos os aspectos das boas práticas de
usabilidade, sendo usadas quase
universalmente, na academia e na indústria.

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Conjunto de heurísticas de Nielsen

1. Visibilidade do status do sistema


2. Compatibilidade entre o sistema e o mundo real
3. Liberdade e controle do usuário
4. Consistência e padrões
5. Prevenção contra erros
6. Reconhecimento em lugar de lembrança
7. Flexibilidade e eficiência de uso
8. Projeto minimalista e estético
9. Auxiliar os usuários a reconhecer, diagnosticar e recuperar-se de
erros
10. Ajuda e documentação
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Conjunto de heurísticas de
Nielsen
1.Visibilidade do status do sistema:
O sistema deve sempre manter os usuários
informados sobre o que está acontecendo através de
feedback apropriado, em um tempo razoável.
• Informações claras, constantes e imediatas sobre o estado
do sistema

10 segundos é o limite para


manter a atenção do usuário
focalizada no diálogo

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Conjunto de heurísticas de
Nielsen
2. Compatibilidade entre sistema e mundo real:
O sistema deve utilizar a linguagem do usuário, com
palavras, frases e conceitos familiares para ele, ao invés
de termos específicos de sistemas. Seguir convenções do
mundo real, fazendo com que a informação apareça em
uma ordem lógica e natural.

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Conjunto de heurísticas de
Nielsen
3. Controle e liberdade para o usuário:
Estão relacionados à situação em que os usuários
frequentemente escolhem as funções do sistema por
engano e então necessitam de "uma saída de
emergência” claramente definida para sair do estado
não desejado sem ter que percorrer um longo
diálogo, ou seja, é necessário suporte a undo e redo.

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Conjunto de heurísticas de
Nielsen
4.Consistência e padrões:
Referem-se ao fato de que os usuários não
deveriam ter acesso a diferentes situações, palavras
ou ações representando a mesma coisa. A interface
deve ter convenções não ambíguas.
Neste caso a heurística é violada.
Salvar como permite que o usuário
crie uma Nova pasta.
Cancelar destacado não cancela
toda a operação realizada. A pasta a
recém criada não é removida.

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Conjunto de heurísticas de
Nielsen
5. Prevenção de erros:
A interface do sistema deve informar/sinalizar
claramente ao usuário os efeitos e consequências de
suas ações, para evitar enganos. Sempre que possível,
deve evitar erros se puder detectar que as pré-condições
para uma ação não estão satisfeitas, ou que a ação não é
cabível no contexto corrente.

Os erros são as principais fontes de frustração,


ineficiência e ineficácia durante a utilização do
sistema.

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Conjunto de heurísticas de Nielsen
6. Reconhecimento em lugar de lembrança
O funcionamento do sistema deve ser intuitivo, sem a
necessidade que o usuário deva ficar lembrando todas
as tarefas que for executar.

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Conjunto de heurísticas de
Nielsen
7. Flexibilidade e eficiência de uso:
A ineficiência nas tarefas pode reduzir a eficácia
do usuário e causar-lhes frustração. O sistema deve
ser adequado tanto para usuários inexperientes
quanto para usuários experientes.

Salvar (Ctrl + B) 18
Conjunto de heurísticas de
Nielsen
8. Projeto minimalista e estético:
Os diálogos não devem conter informações
irrelevantes ou raramente necessárias. Cada
unidade extra de informação em um diálogo
compete com unidades relevantes e diminui sua
visibilidade relativa.

Heurística violada
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Conjunto de heurísticas de Nielsen

9. Auxiliar os usuários a reconhecer, diagnosticar e


recuperar erros:
Mensagens de erro devem ser expressas em
linguagem natural (sem códigos), indicando
precisamente o erro e sugerindo uma solução.

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Conjunto de heurísticas de Nielsen

10. Ajuda e documentação:


Mesmo que seja melhor que o sistema possa ser
usado sem documentação, pode ser necessário
fornecer ajuda e documentação. Tais informações
devem ser fáceis de encontrar, ser centradas na tarefa
do usuário, listar passos concretos a serem seguidos e
não ser muito grandes. A ajuda deve estar facilmente
acessível e on-line.

F1
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Análise Heurística
 A análise heurística consiste, basicamente, em
submeter a interface de um determinado aplicativo
à avaliação de alguns especialistas em
usabilidade, conforme um conjunto previamente
determinado de “bons princípios de usabilidade”.
 Esses princípios denominados heurísticas, são o
principal conjunto destas regras criado por Jakob
Nielsen, que os expôs no livro Usability Engineering
(1993).

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Preparação da Análise Heurística
Para fazer uma análise heurística, precisamos dos
seguintes “ingredientes”:
 Especialistas em usabilidade (de 3 a 5);
 Um protótipo do aplicativo;
 Hipóteses iniciais sobre os usuários (opcional);
 Bateria de atividades (opcional)

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Hipóteses iniciais sobre os usuários
 As hipóteses iniciais sobre os usuários, mesmo
sendo opcionais, são itens interessantes a serem
aplicados na análise heurística.

 Para uma interface ser fácil e agradável de ser


usada, deve levar em conta as necessidades dos
usuários.

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Hipóteses iniciais sobre os usuários

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Bateria de atividades

 Tarefas que os usuários-alvo executariam


mais frequentemente dentro do aplicativo;
 Tarefas que poderiam apresentar problemas
para a compreensão e execução do usuário.

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Execução da Análise Heurística

1. Análise individual: nessa fase, cada um dos


especialistas analisa individualmente a interface do
aplicativo, por um período variável de tempo
(usualmente 1-2 horas), segundo o conjunto de
heurísticas escolhido. Um relatório é gerado nessa
fase, mostrando cada um dos erros encontrados,
indicando em cada um a heurística violada, o local
do erro e a gravidade do problema, além das
possíveis soluções imaginadas pelo especialista.

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Execução da Análise Heurística

2. Consolidação da análise: nessa fase, todos os


especialistas, juntamente com o líder da equipe,
reúnem-se para discutir a respeito dos resultados
individuais encontrados. Nessa consolidação, cada
especialista tem acesso a todos os relatórios
individuais gerados na primeira fase. Ao final desta
fase, deve ser gerado um relatório unificado, com
todos os erros encontrados (da mesma maneira que
na primeira fase).

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Execução da Análise Heurística

3. Reunião final: nessa fase, os especialistas se


reúnem com o cliente (ou o gerente de projeto) para
definir quais serão os erros de interface a ser
corrigidos. Claro, em uma situação ideal,
deveríamos corrigir todos, mas como temos que
lidar com as famosas “limitações de orçamento”, ou
com “recursos esgotados”, nem sempre dá para
voltar atrás em um erro, principalmente quando
estamos falando sobre avaliação somativa.

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Escala de erros

As violações de heurística (ou mais


comumente, “erros”) devem ser colocadas
em uma escala de gravidade, para que o
cliente ou gerente de projeto tenha uma ideia
de onde ele deve agir primeiro. Nesse
contexto, é sugerida essa (já tradicional)
escala:

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Escala de erros
 Nível 0: Não é encarado necessariamente como um
problema de usabilidade.
 Nível 1: Problema estético que não tem necessidade de
ser corrigido, a menos que haja tempo e recurso
disponível.
 Nível 2: Pequeno problema com baixa prioridade na
correção.
 Nível 3: Problema com alta prioridade de correção.
 Nível 4: Catástrofe de usabilidade, ou seja, o produto
só será liberado se a correção for feita. Ao final, o
relatório das violações de heurística vai ficar similar à
tabela abaixo mostrada.
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Tabela para avaliação heurística

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Fases para a aplicação de avaliação
de heurísticas

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Escala de erros

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