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Setembro/2009 Comau do Brasil

TRABALHO EM
ALTURA
OBJETIVO

Estabelecer critérios e
procedimento para
realização dos trabalhos em
altura superior a 2 metros
com risco de queda.
ÍNDICE DE ACIDENTES
As estatísticas comprovam que
trabalhos em altura sem a devida
proteção, é a 3ª maior causa de
acidentes no mundo, ficando atrás
somente dos homicídios e dos
acidentes automobilísticos .
E o maior índice de mortalidade são
em obras civis e manutenções
industriais.
LEGISLAÇÃO PERTINENTE
NR’s – 06 e 18
Equipamento de Proteção Individual

6.3 IV - Proteção contra quedas com diferença de


nível:
a) cinto de segurança para trabalho em altura
superior a 2 (dois) metros em que haja risco de
queda;
18.23.3. O cinto de segurança tipo pára-quedista
deve ser utilizado em atividades a mais de 2,00m
(dois metros) de altura do piso, nas quais haja risco
de queda do trabalhador. (118.504-7 / I4)
DEFINIÇÕES
 Cinto de segurança tipo pára-quedista:
Possui tiras de tórax e pernas, com ajuste de
presilhas; nas costas possui uma ou mais argolas
(ponto de ancoragem) para fixação da corda de
sustentação.

 Cabo de ligação do cinto de segurança


(talabarte):
Cabo preso à argola do cinto de segurança que
serve para ligação a uma estrutura firme a
sustentação do trabalhador, nos trabalhos nas
áreas é obrigatório o uso de 2 talabartes na
subida e descida das plataformas de trabalho.
DEFINIÇÕES
 Cabo salva-vidas ou cabo-guia de
segurança: Cabo que tem as suas
extremidades ancoradas à estrutura do
edifício, que tenha a capacidade de resistir a
uma força de tração superior a 12000 N, ao
qual é preso o cabo de ligação do cinto de
segurança (talabarte), permitindo que a pessoa
que está usando o cinto possa se mover ao
longo de toda a sua extensão.
 Trava – Quedas: Dispositivo automático de
travamento destinado à ligação do cinto de
segurança ao cabo de segurança.
REGRAS GERAIS
PARA TRABALHOS
EM ALTURA
REGRAS GERAIS PARA
TRABALHOS EM ALTURA
 Todos os trabalhos em altura superior a 2 metros devem
ser realizados por no mínimo 2 pessoas e é obrigatório o uso
do capacete de segurança preso com jugular, cinto de
segurança tipo para-quedista com duplo talabarte.

 O local abaixo da atividade deverá ser sinalizado através


de placas indicativas e ser feito isolamento para prevenir
acidentes com transeuntes ou pessoas que estejam
trabalhando embaixo. Ex.: Cuidado - Homens trabalhando
acima desta área.

 Trabalhos acima de 5 metros é obrigatório o uso de trava-quedas preso a cabo ou


utilização de gancho conector (mosquetão), que deverão estar presos a ponto de
ancoragem eficiente.
 As Ferramentas não podem ser
transportadas em bolsos; utilizar sacolas
especiais ou cintos apropriados.

 Somente é permitido depositar material


sobre andaimes para uso imediato,
respeitando-se a carga máxima a que foi
dimensionado, não se deve subir em escada de
mão carregando ferramentas ou materiais, os
mesmos devem ser içados em separado e ser
mantidos sempre amarrados na estrutura do
andaime quando houver risco de queda.

 Em trabalhos a quente, os andaimes deverão


ter suas madeiras protegidas pelo executante
do serviço contra a queda de fagulhas.
BOAS PRÁTICAS PARA
TRABALHOS EM ALTURA
 Analisar atentamente o local do serviço, antes de iniciar,
planeje sua atividade.

 Sob ameaça de chuva ou ventos fortes, suspender


imediatamente o serviço.

 Proteger, isolar e sinalizar a área ao redor do andaime.

 Usar cinto de segurança (2 talabartes), ancorado em


local adequado, nunca com quinas vivas.

 Parafusos e outros objetos pequenos deverão ser


colados dentro de recipientes sobre os andaimes, para
evitar que caiam.
BOAS PRÁTICAS PARA
TRABALHOS EM ALTURA
 Utilizar equipamentos adequado ,para erguer
materiais e ferramentas (Cordas e cesta
especiais),nunca arremesse material ao solo.

 Durante a execução do trabalho poderá utilizar


somente um (01) talabarte fixo a um ponto de
ancoragem.

 Os dois (02) talabartes deverão ser utilizados


alternadamente, fixos a um ponto de ancoragem,
quando do deslocamento e/ou acesso no
andaime, garantindo que o usuário permanece
preso 100% do tempo.
ANDAIMES
ESCADAS
SERVIÇOS EM TELHADOS
CADEIRAS SUSPENSAS
RECOMENDAÇÕES FINAIS

CLICAR EM CIMA DO TIPO DA ATIVIDADE A SER EXECUTADA


ANDAIMES

Plataforma sustentada por estruturas


provisórias ou outro dispositivo de
sustentação para realização de
trabalhos em altura.
CONHEÇA OS TIPOS DE ANDAIMES
 ANDAIMES TUBULARES:
Formado por tubos e conexões e
destinado a aplicações diversas,
tais como, escoramento,
suportação temporária de carga,
equipamentos ou estruturas em
fase de construção.
 ANDAIMES SUSPENSOS
MECÂNICOS (Móvel):
Estrado sustentado por
travessas suspensas por
cabos de aço e movimentado
no sentido vertical através de
guinchos.
 ANDAIMES
SIMPLESMENTE APOIADO:
Suportado por elementos
estruturais rígidos, apoiados
em sua base, podendo ser fixo
ou deslocar-se no sentido
horizontal.
 ANDAIMES EM BALANÇO:
Andaime que se projeta para fora da
construção e que é suportado por
vigamento ou estrutura em balanço,
cuja segurança é garantida por
engatamento ou qualquer outro
sistema de contrabalanceamento no
interior da construção, podendo ser
fixo ou deslocar-se no sentido
horizontal;
REGRAS NA MONTAGEM DE ANDAIMES
REGRAS NA MONTAGEM DE ANDAIMES

1. As pranchas dos andaimes deverão estar isentas de nós,


rachaduras e pintura que ocultem a condição da prancha.
2. As pranchas deverão ser colocadas lado a lado sem deixar
frestas, suas extremidades devem estar fixadas no andaime.
3. As pranchas deverão preencher totalmente a área de trabalho.
4. O andaime deverá estar no prumo.
5. O andaime deverá ser montado em piso firme.
REGRAS NA MONTAGEM DE ANDAIMES

6. O andaime deverá estar ancorado firmemente no mínimo em três


pontos.
7. O andaime deverá possui guarda-corpo.
8. O guarda-corpo deverá possui altura mínima de 1,20 m, travessa à
0,70 m e rodapé de 0,20 m.
9. O peso sobre a plataforma deverá ser limitado a suportar pessoas e
materiais de uso.
10. A área sob o andaime deverá ser isolada e sinalizada.
11. O andaime deverá ser protegido contra colisões de veículos.
12. A estrutura do andaime não deverá apresenta sinais de corrosão.
REGRAS NA MONTAGEM DE ANDAIMES

13. Deverá existir escada para acessar a plataforma.


14. O transporte de ferramentas e materiais para o topo do andaime
deverá ser feito com auxílio de equipamento de içamento.
15. O andaime deverá possuir todas as peças necessárias para a sua
montagem segura, tais como travas, sapatas, parafusos de
regulagem, braçadeiras, luvas, pinos e contrapinos.
16. A subida no andaime deverá ser feita com cinto de segurança
devidamente inspecionado e com dois talabartes.
REGRAS NA MONTAGEM DE ANDAIMES

18. Deverá existir suporte / roldana para


içamento de materiais, quando houver
necessidade de içamento.
19. O empregado deverá estar se sentindo
em perfeitas condições físicas e emocionais
para trabalhar em altura.
20. Deverá ser verificado risco de contado
do andaime com rede elétrica ou outros
equipamentos energizados.
 Escada de acesso;
X X= Mínimo de 100 mm e máximo de 200 mm.
 Guarda corpo com rodapé (20cm);

 Sapata com ajuste regulável;

Travessa a 0,70 m 1,20 m  Preso no mínimo em três pontos;

 Forração completa com pranchão


isento de nós e rachaduras;
Rodapé de 0,20m

 A altura máxima quatro vezes a


Escada de acesso
menor dimensão da base quando não
estaiadas;

 Utilização do cinto segurança tipo


pára-quedista (2 talabartes).

RETORNA
Escadas
 Guardadas em abrigos, fora da exposição de sol ou
umidade, repousada em ganchos na parede;

 Não apoiar escadas em vidros, portas ou locais


escorregadios;

 Não descer de costas viradas para a escada;

 Não subir/descer transportando cargas volumosas;

 Usar escada com o cumprimento ideal, de modo a não ter


que se esticar ou improvisar;

 Isolamento da área ao redor da escada;

 Usar cinto de segurança amarrado em estrutura


independente da escada.
 
CHECK LIST PARA TRABALHOS COM ESCADAS

 A escada possui sapatas antiderrapantes;


 A escada está em boas condições gerais de
conservação;
 Os degraus estão fixos, limpos e são uniformes a
escada está fixada na extremidade superior;
 A Inclinação obedece a proporção de 1:4. Há
proibição para uso de escada metálica para trabalhos
em eletricidade;
 A escada está colocada a distância segura de
barramentos elétricos.
CHECK LIST PARA TRABALHOS COM ESCADAS

 O cinto de segurança foi inspecionado;


 Os empregados foram treinados para trabalhos em
altura;
 O comprimento da escada simples é menor que
7,00m;
 A área destinada a atividade foi sinalizada e isolada;
 Há local para fixação do cinto de segurança;
 O empregado está se sentindo em perfeitas
condições físicas e emocionais para trabalhar sobre
escadas.
POSICIONAMENTO DA ESCADA DE ENCOSTO

As escadas de encosto ou de
extensão, para atingir pontos
superiores (ex.: lajes,
telhados), devem estender
além do ponto do nível a ser
atingindo, no mínimo 1
metro.
POSICIONAMENTO DA ESCADA DE ENCOSTO

Nas escadas de encosto e


extensão, deve-se manter
uma inclinação entre a base
da escada e apoio, de no
mínimo um terço (1/3) do
tamanho da escada. Uma
escada de doze (12) metros
deve ter sua base afastada
do plano vertical, no mínimo
quatro (04) metros.
COMO FIXAR ESCADAS
As escadas de encosto ou de extensão devem ser amarradas no topo.
Caso não seja possível tal amarração, travar a mesma no meio ou
parte inferior

RETORNA
SERVIÇOS EM TELHADOS
Todo serviço realizado sobre telhado exige um
planejamento prévio (ARPT), devendo
necessariamente ser verificado os seguintes
itens:
 Tipo de telha, seu estado e resistência;
 Materiais e equipamentos necessários à
realização dos trabalhos;
 Definição de trajeto sobre o telhado
visando deslocamento racional, distante
de rede elétrica ou área sujeitas a gases,
vapores e poeiras;
 Sinalização e isolamento da área
prevista para içamento e movimentação
de telha;
 Necessidade de montagem de passarelas,
escadas, guarda-corpos ou estruturas sobre
o telhado para facilitar a manutenção de
telhas, calhas, clarabóias, chaminés, etc.
 Definição dos locais para instalação de
cabo-guia de aço para possibilitar uso do
cinto de segurança conforme exigência do
Ministério do Trabalho;
 Controle médico e qualificação técnica
dos trabalhadores para serviços nessa área
de alta periculosidade;
 Condições climáticas satisfatórias para
liberar trabalho em telhado visto que é
proibido com chuva ,vento e até mesmo
nevoa (tempo nublado);
 Orientar os trabalhadores e proibir
qualquer tipo de carga concentrada sobre
as telhas.
 Sempre que o trabalho for de grande
porte, além das medidas anteriores deverá
ser adicionada uma rede de proteção.
As telhas de fibra-cimento, alumínio, vidro ou barro, não
foram projetados para suportar cargas concentradas. Seus
fabricantes advertem para não pisar ou caminhar diretamente
sobre elas. Considerando que a maior parte dos acidentes em
telhados ocorre por rompimento mecânico de seus
componentes motivados por concentração excessiva de
pessoas ou materiais num mesmo ponto, recomendamos:
 Ao utilizar escada portátil, subir uma pessoa de cada vez;
 Nunca pisar diretamente nas telhas ;
 Nunca pisar, apoiar passarelas metálicas, escadas de telhado ou
tábuas sobre telhas translúcidas flexíveis. Elas não foram
projetadas para suportar pesos;
 Nunca permitir concentrar mais de uma pessoa numa mesma
área do telhado ou mesma telha;
 O beiral do telhado não suporta peso de pessoas ou cargas;
 Todo material usado deve ser imediatamente removido após
conclusão do serviço.
CHECK LIST PARA
SERVIÇOS EM TELHADOS

1. O tipo de telha, seu estado de conservação e resistência


deverão permitir trabalhar sobre ela;
2. Todos os materiais e equipamentos necessários à realização
dos serviços deverão ser inspecionados e estarem em bom
estado;
3. O trajeto sobre o telhado deverá ser definido visando
deslocamento racional, distante da rede elétrica;
4. A área destinada a içamento e movimentação de material
deverá ser sinalizada e isolada;
5. Deverá ser definido o local para instalação de cabo guia;
CHECK LIST PARA
SERVIÇOS EM TELHADOS
6. O médico do trabalho deverá liberar o empregado para
trabalho em altura;
7. As condições climáticas deverão ser satisfatórias à execução
dos trabalhos;
8. O risco de concentração de carga sobre partes do telhado
deverá ser analisado e comentado com os trabalhadores;
9. O empregado deverá estar se sentindo em perfeitas condições
físicas e emocionais para trabalhar sobre o telhado;
10. Deverá ser verificada as condições do cinto de segurança.

RETORNA
CADEIRAS SUSPENSAS OU BALANCIM

É o equipamento cuja estrutura e


dimensões permitem a utilização por
apenas uma pessoa e o material necessário
para realizar o serviço.
RECOMENDAÇÕES
Para trabalhos em fachadas ou serviços que requeiram a utilização de
cadeiras suspensas, deverão ser seguidas as recomendações do fabricante:
 As cadeiras suspensas somente poderão ser usadas com cabo de aço ou
cordas conforme especificação do fabricante.
 Será obrigatório o uso de cinto de segurança do tipo pára-quedista ligado
ao trava quedas e cabo guia.
 Antes de iniciar o serviço deverão ser testados o mecanismo de
acionamento da cadeira, o trava-quedas, as cordas, cabos de aço e demais
dispositivos.
 A cadeira suspensa só poderá ser utilizada por uma pessoa;

Todos empregados envolvidos deverão participar de treinamentos


específicos
CHECK LIST PARA SERVIÇOS COM
CADEIRA SUSPENSA

01. Foram observadas as recomendações do Fabricante


02. Foram verificadas as condições gerais da cadeira 
03. Os cabos de aço e cordas estão de acordo com especificação
do fabricante 
04. O cinto de segurança é do tipo pára-quedista e está ligado ao
trava-quedas e cabo guia
05. Os empregados foram treinados para trabalhos em altura 
06. Há apenas um executante por equipamento 
07. O empregado está se sentindo em perfeitas condições físicas
e emocionais para o trabalho 

RETORNA
RECOMENDAÇÕES FINAIS

TRAVA
CINTO DE QUEDAS
SEGURANÇA

ELES PODEM
SALVAR A
SUA VIDA!
CINTO DE SEGURANÇA
PARAQUEDISTA

CINTO DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS


EM ALTURA. DEVE-SE AJUSTÁ-LO SEMPRE
AO CORPO TODA VEZ QUE FOR UTILIZÁ-
LO.
 Verificar se todos os pontos de costura apresentam boas condições e
se há existência de costuras dupla;
 Verificar se o mosquetão não apresenta algum tipo de trinca e se é de
aço forjado ou material com mesma ou superior resistência;
 Verificar se a corda de fixação (talabarte) não apresenta nenhuma
irregularidade ou desfiamento;
 A trava de segurança deve estar funcionando sem apresentar retenção;
 Verificar a capacidade de carga do cinto antes de utilizá-lo;
 Para trabalhos com solda elétrica ou oxiacetilênica, recomenda-se alma
de aço nos talabartes;
 IMPORTANTE: Se porventura o cinto for utilizado em situação extrema
para deter uma queda, este deverá ser encaminhado para o fabricante
para avaliar seu estado geral ou ser inutilizado imediatamente.
TRAVA QUEDAS

TROLE

CABO DE
SUSTENTAÇÃO
TRAVA QUEDAS

O MOITÃO DEVE
FICAR SEMPRE
PRÓXIMO AO TRAVA
QUEDAS
TESTE DO TRAVA QUEDAS

1º) Puxar o cabo de aço para baixo com as duas mãos, dando um tranco;
2º) Observar se o cabo travou;
3º) Após o cabo travar, forçar o peso do seu corpo para verificar se o cabo vai
ceder.
4º) Puxar o cabo de aço para baixo e soltar devagar;
5º) Observar se o cabo de aço foi totalmente recolhido pelo trava quedas;
6º) Realizar este teste 03 vezes;
7º) Movimentar o trava quedas fazendo com que o trole percorra toda a
extensão do cabo de aço de sustentação;
8º) Observar se o trole esta deslizando sobre o cabo de aço sem nenhum
problema.
TESTE SEMPRE O TRAVA QUEDAS ANTES DE
USÁ-LO, NÃO PENSE QUE ALGUÉM JÁ TESTOU
PARA VOCÊ;

OBSERVE OS SEUS COLEGAS E EXIJA SEMPRE


O USO DO TRAVA QUEDAS;

NÃO PERMITA QUE O TRAVA QUEDAS SEJA


UTILIZADO COMO BRINQUEDO.
DESAFIOS DA VIDA
O PERIGO MORA NA LAJE
Em 2003 só no estado de São Paulo, 37.040
ocorrências de queda. Só que, dessas 37 mil, a
gente estima que 20% seja de queda em laje, um
número bem expressivo", destaca o tenente
Guidette, do Corpo de Bombeiros de São Paulo.

Churrascos na laje, soltar pipas,estender roupas


no varal na laje são as principais causas e as
maiores vítimas são as crianças.

A queda de laje é muito mais comum do que se possa imaginar. Nós


temos hoje um índice que pode chegar a até quatro pacientes por dia,
principalmente nos finais de semana a grande maioria crianças com
menos de 10 anos.
Fonte: www.globo.com
RELATÓRIO DE ACIDENTE
Gravidade: “A” com óbito
Acidentado: Admilson da Silva
Data nascimento: 30/12/1980
Função: Soldador
Empresa: Consórcio TBC
Data de admissão: 02/02/2009
Data do acidente: 25/06/2009 Horário: 23:30hs
Empreendimento: UHE Barra dos Coqueiros

Descrição resumida do acidente ocorrido:


O colaborador Sr. Admilson da Silva, estava desenvolvendo a atividade de soldagem
do alinhamento da guia da forma deslizante da parede 1 do vertedouro, na UHE
Barra dos Coqueiros, por volta das 23:30hs do dia 25/06/2009, à uma altura
aproximada de 19 metros, quando o cinto de segurança rompeu e o mesmo caiu.
O funcionário foi imediatamente socorrido e conduzido ao hospital local, onde, depois
de examinado foi encaminhado para hospital em Goiânia vindo a falecer no trajeto.
Queda de aproximadamente 13
metros de altura até colidir com o
guarda-corpo.

Queda de aproximadamente 06
metros de altura até colidir com a
sapata do guincho.

Lona protegendo o local do acidente


com evidencias do sangue e outros
vestígios.
Todos os exames indicados no PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional para a
função de soldador foram realizados e o ASO – Atestado de Saúde Ocupacional, emitido em
02/02/2009 concluiu que o funcionário estava apto para a função de soldador;

Em 10/05/2009 há registro de uma medição da pressão arterial do Sr. Admilson da Silva, cujo resultado foi
de 130x90 mmHg;

Na ordem de serviço emitida em 02/02/2009 assinada pelo Sr. Admilson da Silva, consta a instrução de
usar cinto de segurança para atividades acima de 2 metros de altura;

O funcionário participou da elaboração da APR – Análise Preliminar de Risco elaborada dia 25/06/2009, que
indicava o uso do cinto de segurança com 03 pontas;

Há evidencias de treinamento do acidentado sobre segurança em equipamentos oxi-combustíveis, com carga


horária de 4 horas, emitido em 26/03/2009;

O acidentado estava usando todos os EPI´s necessários para o desenvolvimento de sua atividade (Foto 03).

O trabalhador estava atracado, aparentemente, somente com o cabo de aço passando pela ferragem e
preso na outra extremidade de sua cintura (Foto 04).

A máquina de solda estava aterrada, conforme verificação realizada em 26/06/2009.


Análise Técnica:
· A NR-18 diz no item 18.23.3, que o cinto de segurança tipo pára-quedista deve ser utilizado em
atividades a mais de 2,00m (dois metros) de altura do piso, nas quais haja risco de
queda do trabalhador;
· Para o trabalho em altura, nestas situações, o recomendado é a utilização de, no mínimo, dois
talabartes atracados em locais diferentes. Assim, haverá a garantia de que, se houver falha em deles, há
a segurança de um segundo para a manutenção do trabalhador até que o mesmo seja resgatado. Ou
ainda, o uso de um cabo guia com um trava-quedas preso ao cinto de segurança, como um segundo
sistema de segurança;
· A máquina de solda elétrica utilizada estava aterrada, conforme determina o item 18.11.8 da NR-18;

Avaliação preliminar:
O funcionário estava trabalhando em altura, desenvolvendo sua atividade de soldagem, para a qual
estava capacitado. O procedimento usual é a utilização de dois talabartes presos, o que, neste caso,
aparenta-se que o acidentado estava utilizando apenas um deles, que veio a se romper e ocasionou a
sua queda.
O rompimento do cabo, que neste caso era de aço galvanizado de 4,8mm de diâmetro, aparenta ter sido
pela fusão de seu metal, provocada por uma possível fuga de corrente elétrica, ficando apenas uma
trama que se rompeu por esforço (Foto 05). Observou-se também que o olhal possui marcas de fuligem
(incandescência de carbono), reforçando a hipótese de um rompimento por excesso de temperatura
(Foto 06).
O cinto de segurança utilizado (CA 15.730) possui dois conjuntos de cabos e talabartes. Um conjunto sendo
de cabo de aço (Foto 07) com talabarte (CA 14.257) e outro com poliamida (Foto 08) e talabarte (CA 9915).
Isto porque a soldagem gera calor e pode no contato com a poliamida romper a mesma pelo aquecimento.
Já o cabo de aço é condutor de energia. Por isso, o uso dois conjuntos, sendo recomendado que o cabo de
poliamida seja utilizado como o
ponto das costas, ficando fora do alcance da área contato com a ferragem ou com o jacaré.
Observou-se que uma pequena parte do cabo de aço, que possui uma proteção de material
flexível e transparente estava exposto (Foto 08). Não há indícios de que esta exposição tenha
sido causada por aquecimento e sim por contato mecânico. Talvez, causado pelo freqüente
atrito com as ferragens.
Recomendações:

Diante do relatório apresentado, recomenda-se:

· Paralisar as atividades de soldagem com solda elétrica em altura até que as causas deste
acidente sejam devidamente investigadas e corrigidas para a garantia dos demais
trabalhadores;

· Aguardar a emissão do atestado de óbito do Sr. Admilson da Silva, para a confirmação da


causa mortis;

· Realizar a investigação do acidente para a identificação das causas básicas e tratá-las


adequadamente.

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