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Cap. 2
Andreia Alves Rezende e Veridiana de Lara Weiser-
Bramante
Julia Peroni
Histórico dos estudos com trepadeiras
- a diminuição das trepadeiras adentrando o interior do pais, pode estar relacionado à baixa
umidade devido distanciamento do ocêano (Gentry 1991, Oliveira 2006), em zonas temperadas,
espera-se que a riqueza florística de trapadeiras seja menor em relação às zonas tropicais (Gentry
1991, Schnitzer & Bongers 2002). É possível que o gradiente latitudinal explique a baixa riqueza
florística na Floresta Ombrófila densa no estado de santa catarina (Citadini-Zanette et al 1997) e
nas Florestas Arenícolas de Restinga no Estado do Rio Grande do Sul (Venturi 2000), no sul do
trópico de capricórnio
Fenologia
A fenodinamica reprodutiva de trepadeiras na Floresta estacional
Semidecínua da Reserva Mata de Santa Genebra constatou uma assincronia
entre as trepadeiras e as arvores e arbustos, o que traz uma oferta de
recursos ao longo do ano para as espécies, na maioria os polinizadores das
trepadeiras são abelhas (sistema de polinização por melitofilia) e seus
diásporos dispersos pelo vento, com síndromes de anemocoria (Morellato
1991)
As espécies com dispersão por animais, zoocoria, tem padrão fenológico
distinto das espécies arvóreas (Morellato & Leitão Filho 1996). Essa
assincronia entre trepadeiras e outras espécies, proporciona uma
complementariedade de disponibilização de pólen, néctar e frutos por todo
o ano as espécies de macacos, beija-flores, outras aves e insetos como
abelhar e borboletas (Morellato & Leitão Filho 1996).
Sfair (2006), a única divergengia fenológica entre lianas e arvores em um fragmento de
cerrado denso é a época de floração tendo o mesma sistema de polização, em Itirapina-SP.
A diferenciação de nicho entre lianas e arvores no tempo permite que ambas coexistam no
ecossistema, mesmo que aparentemente compitam por polinizadores e dispersores. Dessa
fora há recursos à fauna local ao longo de todo o ano.
Uma questão importante que não vem sendo abordada é “Como as espécies mais
importantes de trepadeira modificam a estrutura e a dinâmica da comunidade?”.
Necessária para subsidiar discussões no nível de comunidade e fundamentar planos de
manejo.
Manejo em Fragmentos
Florestais
Engel et al (1998) aspectos importantes de ecologia de lianas: são
componentes estruturais característicos das florestas tropicais, com aspectos
mais positivos que negativos sobre sua dinâmica e ciclo de regeneração, assim
como sobre a comunidade de fauna associada e a manutenção da
biodiversidade.
- evitar o corte de lianas nas bordas dos fragmentos e sim enriquecer com
mudas de espécies pioneiras de rápido crescimento
Rozza (2003) promoveo o manejo, com cortes, de trepadeiras na Reserva Municipal Mata Santa
Genebra, em Campinas – SP, onde as mesmas são hiperabuntantes sobre as arvores.
Constatou que houve uma regeneração florestal, e os tratamentos com maior intensidade de
corte das trepadeiras apresentaram alterações na composição e estrutura da comunidade devido
à contribuição de indivíduos arbustivos-arbóreos de espécies pioneiras, estabelecidos nas
parcelas após o manejo.
“Diversidade e conservação de
trepadeiras: contribuição para
a restauração de ecossistemas
brasileiros”