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Pavimentação (1630017)

Agregados para pavimentação


Klaus Machado Theisen
Curso de Engenharia Civil – UFPel
Semestre 2016/2
Definição:
• Segundo a NBR 9935/2005: Material sem forma ou
volume definido, geralmente inerte, de dimensões e
propriedades adequadas para produção de
argamassas e concreto;
• Woods (1960): Mistura de pedregulho, areia, pedra
britada, escoria ou outros materiais minerais usada
em combinação com um ligante para formar um
concreto, argamassa etc;
• Exemplo: Areia, Seixo Rolado, Pedra Britada, Escória
etc.
Importância
• A proporção de agregados em misturas asfálticas é de
aproximadamente 93 a 97% em peso
100 Influência do
90 agregado e
do ligante no
Percentual Influência (%)

80
70 desempenho
60 Agregado de uma
50 Ligante mistura
40 asfáltica.
30
20 Fonte: FHWA
10 (2002)
0
1
ATR 2
Fadiga 3 Térmico
Trinc.
Afundamento de Trilhas de
Roda

Trincamento por Fadiga

Trincamento Térmico
Classificação dos agregados

• Quanto à sua natureza:


– Agregados Naturais: areia, seixo rolado, pedra britada etc;
– Agregados Artificiais: escórias, pedra britada etc;
– Agregados reciclados: agregado de resíduo sólido.

Seixo rolado Pedra britada Resíduo de Construção Civil


Agregados Naturais
Classe Tipo Família
Calcário
Calcário
Dolomita
Folhelo
Sedimentar Arenito
Silicio Sílex
Conglomerado
Brecha
Granito
Sienito
Diorito
Intrusivo
(textura grossa)
Gabro
Peridoto
Piroxênio
Hornblendito
Ígneo
Obsidiana
Púmice
Tufo
Extrusivo
(textura fina)
Riolito
Traquito
Andesito
Basalto
Gnaisse
Foliáceo Xisto
Anfibolito
Metamórfico Ardósia
Quartzito
Não Foliáceo Mármore
Serpnetinita
Fonte: Manual do Asfalto – AI (2002)
Basalto: Rocha
Básica de
formação de
granulação fina.

No RS...
Granito: Rocha
Ácida, constituída
de feldspatos e
quartzo.
Riolito/Riodacito:
Rocha Ácida de
formação de
granulação fina.

No RS...
• Não confundir Basalto com Riolito/Riodacito!
Agregados artificiais

• Escória de Aço Inox:

Resíduo da
produção de
Aço inox,
gerado em
grandes
quantidades!
Agregados Reciclados
• Fresados de pavimentação:

Fresadora
Fresados
• Vantagem do uso de fresados:
– Restaura o pavimento para um corte longitudinal e perfil uniforme;
– Restaura o fluxo de drenagem e proporciona uma superfície
texturada;
– Restaura restrições em estradas e estacionamentos que tiveram
inúmeros revestimentos;
– Exige interrupção do tráfego mínimo;
– Material regenerado para uso futuro para um ambiente mais
sustentável;
– Custo reduzido em comparação com outros métodos;
– Especialmente rentável para grandes áreas, tais como ruas, estradas,
pistas, estacionamento e desenvolvimentos grande comunidade.
Classificação quanto ao tamanho:
• Classificação Brasileira:
– Graúdo (retido na peneira de 4,8 mm);
– Miúdo (passante na peneira de 4,8 mm);
– De enchimento ou filler (65% a 100%
passante na peneira 200 e 100% passante
na peneira 40).
Classificação quanto ao tamanho:
Importância do tamanho:
Ensaios para determinação do tamanho dos
grãos
Ensaio de Peneiramento:

Peneirador
Ensaio de Peneiramento:
• Resultado do ensaio de peneiramento: curva granulométrica:
Caracterização Tecnológica
As características tecnológicas dos agregados servem
para assegurar uma fácil distinção de materiais, de
modo a poder comprovar sua homogeneidade, bem
como selecionar um material que resista, de maneira
adequada, às cargas e à ação ambiental as quais o
pavimento irá sofrer.
Graduação Forma
Absorção Limpeza
Durabilidade Adesividade
Massa específica real e aparente Textura
Resist. Choque e ao Desgaste
Exemplo de frações típicas de agregados em
misturas asfálticas
Faixas granulométricas do DNIT:
Densidade Real do Grão e Densidade Aparente
do Grão

Massa específica X densidade


Massa específica real do grão

Massa específica aparente do grão


No laboratório

Dr = Densidade real
Da = Densidade aparente
a = absorção (%)

Cesto metálico e balança c/ dispositivo


para pesagem hidrostática
No laboratório – enxugamento dos agregados
Densidade Efetiva – (dosagem de mistura
asfáltica) – NBR 12891

quando absorção<1%

quando absorção>1%
Massa Específica Aparente – DNER ME 195/97

É a relação entre a massa e o volume do material sem


levar em conta os vazios de ar;

Utilizado para transformar unidades volumétricas em


gravimétricas e vice-versa;
Perda à Abrasão

A perda à abrasão Los Angeles consiste em submeter cerca de 5000g de


agregado a 500 até 1000 revoluções no interior do cilindro de uma
máquina Los Angeles. 10 esferas padronizadas de aço são adicionadas
ao agregado que causam um efeito danoso a este quando a máquina é
ligada. Com auxílio de uma análise granulométrica calcula-se a perda à
abrasão:

LA = Perda à abrasão Los Angeles (%)


mi = massa inicial
mf = massa final

Parâmetro fundamental em Tratamentos Superficiais e Britas Graduadas.


Utilização da Máquina Los Angeles
Utilização da Máquina Los Angeles
Forma

utilização da placa de lamelaridade;

índice que varia de 0 (cúbico) a 100 (lamelar);

Agregados muito lamelares levam as misturas


a ter uma grande rigidez e podem romper-se
durante a compactação deixando algumas
faces do agregado sem cobertura betuminosa.
placa de lamelaridade;
Sanidade – DNER ME 089/94

Visa determinar a resistência do agregado à


desintegração química – intemperismo;

O basalto, por exemplo, se deteriora formando argila


que não é desejável em uma mistura asfáltica;

O ensaio consiste em atacar o agregado com uma


solução saturada de MgSO4 (Sulfato de Magnésio) ou
Na2SO4 (Sulfato de Sódio) por cinco ciclos de 16 a 18
horas à 21ºC. O resultado é expresso como a perda de
peso que deve ser inferior a 12%.
Sanidade – DNER ME 089/94

Agregado após
ensaio de
Sanidade
Textura ou Microtextura

microtextura

macrotextura

A resistência ao cisalhamento depende da textura


superficial

Superfície específica alta – maior consumo de ligante


asfáltico
Adesividade

Capacidade de uma mistura de se manter coesa


durante toda sua vida de serviço

•Ensaios visuais – DNER ME 078/94 e ME 079/94

•Ensaios mecânicos – Lottman Modificado AASHTO T-283


Agregado Miúdo:
0,075mm<agregado<4,8mm

Amostragem – amostra deve ser representativa;


Segregação é menor;

•Granulometria (igual ao graúdo);


•Densidade e Massa específica real e aparente;
•Angularidade (FAA);
•Matéria Orgânica;
•Equivalente de Areia;
Densidade Real dos Grãos (Dr)

Utilização do Picnômetro;

Onde: A: Picnômetro vazio


B: Picnômetro + Material
C: Picnômetro + Material + Água (ºC)
D: Picnômetro + Água (ºC)
Massa Específica Aparente

É a relação entre a massa e o volume do material sem


levar em conta os vazios de ar;

Utilizado para transformar unidades volumétricas em


gravimétricas e vice versa;

Utilizar caixa de madeira com 12cm de lado;


Equivalente de Areia (EA)

Tem por finalidade a identificação de finos plásticos no


agregado miúdo;

Colocar o material na proveta


com solução padronizada; deixar
em repouso; agitar; ler a altura
da suspensão (h1) e da
sedimentação (h2); Para
misturas asfálticas o EA>55%.
Matéria Orgânica

Comparação de coloração de uma amostra com branco


após 24 horas de imersão em ácido tânico;

Em misturas a quente a matéria orgânica é queimada


no secador da usina;
Angularidade do Agregado Fino - FAA

Ensaio da especificação
Superpave;

W = massa da amostra
Gsb = massa específica real
Material de Enchimento - Fíler

Amostragem – amostra deve ser representativa;

•Evitar grumos;

•Densidade Real – Frasco Le Chatelier;

•Superfície específica;

Exemplo: Cal, Cimento, Pó de Pedra, etc.


Produção e Controle
maciço;
Qualidade
equipamentos;
estocagem;
Fracionamento
Estocagem

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