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Teoria Geral do Direito

Civil

Docente: Idelsany Cumbane


Contacto: +258 82 26 39 877
Capacidade e legitimidade
A distinção é oriunda do direito processual e ai se evidencia
com nitidez, mas manifesta­se também no direito material.
A capacidade é um modo de ser ou qualidade do sujeito em si.
A legitimidade supõe uma relação entre o sujeito e o conteúdo
do acto e, por isso, é antes uma posição, um modo de ser para
com os outros.
Em princípio, tem legitimidade para certo negócio os sujeitos
dos interesses cuja modelação é visada pelo negócio e haverá
carência de legitimidade, sempre que se pretenda fazer derivar
dum negócio efeitos (alienação ou aquisição de direitos,
assunção de obrigações, etc.)
A legitimidade corresponde ao poder de desencadear efeitos na
esfera jurídica alheia.
Esfera jurídica
A esfera jurídica é o conjunto de direitos e vinculações
pertencentes a um mesmo titular. Assim o conjunto de
todos os direitos e vinculações de uma mesma pessoa
constitui a sua esfera jurídica.
Os direitos aqui mencionados são os direitos subjectivos
nomeadamente os direitos de personalidade, direitos
patrimoniais, direitos patrimoniais, de crédito,
potestativos, etc.
As vinculações jurídicas são o contraposto dos direitos. P.
ex. a obrigação de pagar uma divida.
Património
É tudo aquilo que se mostra susceptivel de ser avaliado em
dinheiro, o hemisfério patrimonial da esfera jurídica é o
conjunto de direitos e obrigações pertencentes a certa pessoa
em determinado momento e que é susceptivel de avaliação
em dinheiro.
Sentido jurídico ­identificasse como hemisfério patrimonial
que é o conjunto de direitos e obrigações pertencentes a certa
pessoa e que é susceptivel de avaliação em dinheiro. P. ex.
direito de propriedade sobre um prédio urbano.
Em sentido material ­entendesse por património o conjunto
de bens pertencentes a certa pessoa em determinado momento
avaliável em dinheiro. P. ex. prédio urbano em si.
O património pode ainda ser utilizado como garantia,
a luz do art. 601ºCC. Existem quatro garantias e com
elas visa-se a manutenção tanto quanto possível do
património do devedor que em termos tais possa vir a
recair uma acção a favor do credor sempre que este
necessite de obter a satisfação do seu crédito.
Declaração de nulidade ­possibilita que o credor
obtenha declaração de nulidade dos actos praticados
quando eles se projetem desfavoravelmente sobre a
garantia patrimonial, art. 605ºCC.
Acção sub-rogatória­so é possível quando seja essencial para a
satisfação do credor ou para a sua garantia. Art. 606º­609ºCC. P.
ex. o devedor deixa de cobrar uma prestação que implica a
diminuição do seu património.
Impugnacao Pauliana­respeita indistintamente a actos validos e
inválidos praticados pelo devedor desde que tenha conteúdo
patrimonial e envolvem diminuição e garantia patrimonial. Art.
610º­618ºCC
Arresto­consiste numa apreensão judicial dos bens do credor para
efeito de conservação da garantia patrimonial, quando o credor
tenha um justo receio de ver esta garantia ameaçada por um acto
do devedor, trata­se de acautelar a conservação dos bens a que
respeita o tal receio do credor colocando esses bens a guarda do
tribunal para que eles existam e estejam em condições de ser
penhorados, quando o credor esteja em condições de exercer
efetivamente o seu credito em execução parcial. Art. 619ºCC
Incapacidade por menoridade
No âmbito do Direito Civil, considera-se menor de idade todo
individuo que tenha menos de 21 anos de idade, a luz dos postulados
do art.122º CC. Ao estabelecer essa idade o legislador considerou não
a simples aptidão genética, isto é, de procriação, porem, o
desenvolvimento intelectual que em tese torna o individuo apto para
reger sua vida.
O menor não goza da capacidade de exercício dos seus direitos, a
incapacidade abrange em princípio quaisquer negócios de natureza
pessoal ou patrimonial. É uma incapacidade geral. Art. 123º CC.
Porém a menoridade é uma incapacidade momentânea, pois assim que
o menor atinge a maioridade passa a ter capacidade de actuar de
forma autónoma em relação aos seus bens, desde de não esteja sujeito
a nenhuma interdição ou inabilitação podendo a partir deste momento
gerir a sua pessoa e os seus bens, à luz do disposto do art.130ºCC.
O menor não goza da capacidade de exercício dos
seus direitos, a incapacidade abrange em princípio
quaisquer negócios de natureza pessoal ou
patrimonial. É uma incapacidade geral. Art. 123º CC.
Porém a menoridade é uma incapacidade
momentânea, pois assim que o menor atinge a
maioridade passa a ter capacidade de actuar de forma
autónoma em relação aos seus bens, desde de não
esteja sujeito a nenhuma interdição ou inabilitação
podendo a partir deste momento gerir a sua pessoa e
os seus bens, à luz do disposto do art.130ºCC.
Valor dos actos praticados pelo menor
Os actos praticados pelo menor são anuláveis.
Actos anuláveis produzem efeitos enquanto não for
anulado e podem em algum momento ser validados por
pessoa legítima.
Actos nulos não produzem nenhum efeito.
As pessoas com legitimidade para arguir essa
anulabilidade são o representante do menor, pelo próprio
menor, ou por qualquer herdeiro. Nos termos do art.125º
CC, Art.126º.
Meios de suprimento da incapacidade do
menor
A incapacidade do menor só é suprível se for uma mera
incapacidade de exercício, quando se tratar de uma
incapacidade de gozo esta é insuprível.
A incapacidade do menor é suprida pelo instituto da
representação, existem três tipos de representação.
Poder paternal ­compete aos pais exercer os interesses
dos filhos e não aos seus próprios interesses, dai o poder
paternal se qualificar como um poder­dever e não como
um direito subjectivo que são exercidos no interesse do
próprio particular e no âmbito da sua vontade.
O poder paternal pertence aos pais, não distinguindo
a lei entre a mãe e o pai quais são os poderes
especiais.
Existe uma divisão entre o “poder relativamente à
pessoa dos filhos” e o poder “relativamente aos bens
dos filhos”.
No domínio do poder paternal relativo aos bens dos
filhos salientam-se o poder de administração dos bens e o
reciproco dever de alimentos. É de salientar a inexistência
de qualquer usufruto legal dos pais sobre os bens dos
filhos, embora possa existir uma utilização no seu
rendimento para a satisfação das necessidades da família.
Tutela ­a tutela é o meio normal de suprimento do
poder paternal. O poder tutelar é menos abrangente do
que o poder paternal, há certos actos que o pai pode
praticar livremente e o tutor deve solicitar autorização
judicial p. ex. a aplicação de capitais do menor na
aquisição de bens.
Administração de bens ­este instituto tem lugar,
coexistindo com o poder paternal ou com a tutela, quando
os pais, mantendo a regência dos bens dos filhos foram
excluídos ou suspensos da administração dos seus bens,
ou quando a entidade competente para designar o tutor
confie a administração dos bens do menor a outrem.
Equiparado a maioridade existe a emancipação, que atribui
ao menor plena capacidade de exercer os seus direitos
livremente. A emancipação pode resultar do casamento
segundo dispõe o art. 132ºCC.
A emancipação pode ser:
Plena ­ permite ao menor o exercício pleno dos seus
direitos e torna­se sujeito as obrigações daí decorrentes. Art.
133º CC
Restrita ­ permite o exercício de plenos direitos em actos
ou categorias restritas. Art. 136º CC
Dúvidas.
Sugestões.
Questões.

"A sensação do eu conquistei é melhor do que eu


tenho."

FIM DA AULA

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