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FARMACOLOGIA DO

SISTEMA RESPIRATÓRIO
Professora: Jackeline de Souza Alecrim
Fisiopatologia da doença
 Patogenia
 Inflamação brônquica Limitação do
 Hiper-reatividade fluxo aéreo
 Remodelação brônquica
SINTOMAS
N
N
N
Asma
 Tratamento Preventivo:
 Medidas de prevenção ambientais
 Medicação- Ex:Corticosteróides, os broncodilatadores,
aminofilina. Inovação: anti-IgE. 

 Tratamento de fatores agravantes (ex:refluxo


gastroesofágico e sinusites)

 Medidas de prevenção ambientais

 Tratamento de reversão das crises


 Ex: Corticóides, broncodilatadores (aerossol), aminofilina,
oxigênio 
Tratamento de Asma
Aguda e Profilaxia de
asma induzida por
esforço
Ação adrenérgica no tratamento da
asma

 O músculo liso das vias aéreas não


apresenta inervação direta
 Broncodilatação- Estimulação de Beta
receptores pelas catecolaminas
circulantes
História
 1903- Adrenalina purificada (Epinefrina)
 Somente injetável
 Agonista beta e alfa
 1924- Efedrina- (Ma Hung)
 Via oral
 Agonista beta e alfa
 1941- Isoprenalina
 Sintético
 Antagonista Beta não seletivo
 1951- Isoetarina
 Beta2 seletivo
 1956- Spray dosificador
 1961- Metaproterenol (Orciprenalina)- 4hrs de efeito
 É considerada B2-seletiva
Farmacodinâmica da broncodilatação
Farmacoterapia para alívio
 Agonistas Beta 2 seletivos de ação curta
 Metaproterenol
 Salbutamol
 Levosalbutamol
 Pirbuterol
 Terbutalina
 Isoetarina
 Bitolterol
 Fenoterol
 Procaterol
 BRONCODILATORES
 Ação anti-inflamatória (Supressão da ativação
de Leucotrienos e histamina)
 Ativação da função mucociliar
 Estimulação da produção de agentes
surfactantes
 Diminuição da permeabilidade capilar
 Podem inibir fosfolipase A 2
 Diminuição da permeabilidade capilar
Estrutura química- agonistas B2 seletivos
de ação curta

 MonoAminoOxidase e COMT (Catecol- O-


Metiltransferase
LABAS- Longa ação
 Salmeterol
 Ação12hrs (ou mais)
 Início de ação 10 a 20 min
 15X mais potente que o Salbutamol
 Formoterol
 Ação12hrs (ou mais)
 Início de ação 1 a 5 min
 É mais lipofílico que o Salmeterol
 30X mais potente que o Salmeterol
 400 x mais potente que o Salbutamol
 Bambuterol- Pró droga da Terbutalina
 Ação24hrs
 Somente uma administração diária ao deitar-se
 VO – 10 a 20 mg
Farmacogenética na Asma
 A variação genética na estrutura dos B-
receptores influenciam
 Existência de vários fenótipos da asma
 Responsividade brônquica
 Resposta inicial aos B-agonistas
 Taquifilaxia*

*rápida diminuição do efeito de um fármaco


em doses consecutivas.
Uso contínuo de B2 Agonistas

 Podem ser considerados a alternativa


principal para o tratamento da asma?
 O uso regular de B2 agonistas- Torna o
controle da asma mais difícil (Aumentando
a morbidade e a mortalidade)
 Recomenda-se o uso somente quando
necessário
Excessão
 Situação 01: B2 – agonistas de ação
longa, em casos em que o paciente
utiliza altas doses de corticóides
inalatórios

 Situação 02: Em alternativa ao uso de


altas dosagens de corticóides inalatórios

 SALMETEROL
 FORMOTEROL
Interações medicamentosas
 Novas descobertas
 Beta agonistas X Corticóides
Efeitos colaterais
 Frequência e dose
 Comprimidos e xaropes
 Injetável (adrenalina)- Situações
extremas

 Motivos para preconizar a via inalatória


 As doses podem ser 10X mais baixas
quando comparados com a via oral
 Efeito mais eficaz
 Flexibilidade de dosagem durante
exacerbações
Efeitos colaterais mais
comuns
 Tremores finos
 Agitação, nervosismo, palpitações
 Taquicardia

 Em altas dosagens
 Hiperglicemia
 Hipopotassemia
Antiinflamatórios
 Corticóides, Crononas e os
Modificadores de Leucotrienos

Indicação: Asma persistente leve,
persistente moderada e persistente
grave
Antiinflamatório-
Corticóides
 Uso preferencial:
 Inalado: Combinando alta potencia local
(pulmão) com baixa biodisponibilidade sistêmica.
 Distribuição sistêmica: Não desejável
 Como ocorre?
 Clearance
 Conjugação com lipídeos: Depósito pulmonar
 Budesonida e a des-ciclosenida
 Prolongam a ação anti-inflamatória e permite
menor número de doses
Potencia dos corticóides utilizados por
inalação
Antiinflamatório-
Corticóides
 Mecanismo de ação
 Efeitos adversos
 Uso crônico
AIES- CORTICÓIDES
 AIES mimetizam os efeitos do Hormônio Cortisol
 Possuem atividade Antiinflamatórias e
Imunossupressoras.

 Imunossupressores
 Doenças  Artrite
hematológicas  Doenças de pele
 Doenças neurológicas  Doenças Oculares
 Esclerose múltipla  Doenças pulmonares
 Reposição Hormonal  Distúrbios alérgicos
em alguns distúrbios  Doenças
como: Insuficiência gastrointestinais
adreno - cortical  Tireoidite subaguda
primária (Doença de
Addison), Deficiência
de 17-hidroxilase,.
Mecanismo de Ação Antiinflamatório
dos AIES
AIES-
CORTICÓIDES
Lipocorti
na

AINE
S

 Inibição da transcrição de citocinas iniciadoras da


inflamação, como o interleucinas (IL) 1,2,3 e 6
 Interferon-y linfócito
basófilos  Fator de necrose tumoral (TNF) s
 Algumas quimiocinas
 A expressão das enzimas cicloxigenases mastócit
os
Neutrófilo monócito
s s
Eosinófilo
s, macrófag Cél. Professora Jackeline Alecrim
os Natural
killers
Mecanismo de Ação Imunossupressor

Inibição da transcrição de genes de


proteínas relacionadas ao processo
inflamatório:

 Inibição da transcrição de citocinas iniciadoras da


inflamação, como o interleucinas (IL) 1,2,3 e 6

 Esta citocina é fundamental na expansão clonal de


linfócitos T e B, após sensibilização. Assim o impacto
causado pela sua ausência é muito significativo
Resposta Doenças Auto
sobre a resposta imune.
Alérgica
Transplantes
Imunes: E.M.

Professora Jackeline Alecrim


Efeitos Colaterais
Recuperação do eixo H-h após o
tratamento prolongado com
corticóides
Antiinflamatórios e Antialérgicos- Cromonas

 Indicação
 Mecanismo de ação:
 Inibição da desgranulação de mastócitos
 Inibição de mediadoresinflamatórios e citocinas
 Diminuição influxo de cálcio na musculatura brônquica

 Cromoglicato de sódio
 Reações adversas: raras. Tosse.
 Dosagem: Duas a quatro inalações de 5mg 4x ao dia
 Nedocromil sódico
 Reações adversas: queimação local
 Dosagem: Duas inalações de 2mg 4x ao dia
Antiinflamatórios- Modificadores de
leucotrienos

 Maior Conveniência quando comparados


as cromonas especialmente para
crianças
Antiinflamatórios- Modificadores de
leucotrienos

 Zileuton
 Mecanismo de ação: Inibidor da síntese de leucotrieno
 Redução de broncoespasmo, redução do muco
 Zafirlucaste, Montelucaste, Pranlucaste
 Mecanismo de ação: Antagonistas de receptores de
leucotrienos
 Conseguem diminuir inclusive a hiper-responsividade

observada em asmáticos
 Suspeita-se que podem minimizar o processo de

remodelamento brônquico
Efeitos adversos: diarreia, dispneia e cefaléia

 Os alimentos afetam a biodisponibilidade destes medicamentos


Inibidores das enzimas fosfodiesterases

 Teofilina
 Aminofilina
 Roflumilast
 Mecanismo de ação e resposta biológica
 Por inibir PDEs agem relaxando o músculo liso dos
brônquios e dos vasos sanguíneos pulmonares,
provavelmente por alterar os íons cálcio no músculo
liso, inibe a liberação de histamina e leucotrienos nos
mastócitos.

 Pode reduzir mediadores inflamatórios e reduzir


também a responsividade brônquica á histamina
Outros Broncodilatadores
 BROMETO DE IPRATRÓPIO
 Mecanismo de ação: Apresenta
propriedades anticolinérgicas
(parassimpaticolíticas).
 Geralmente utilizados com outras classes
de broncodilatadores
 Não deve ser misturado ao cromoglicato
dissódico no mesmo nebulizador, pois pode
ocorrer precipitação do produto.
 BROMETO DE TIOTRÓPIO é um agente
antimuscarínico específico de longa
duração, comumente denominado na
prática médica de anticolinérgico. A
inibição de receptores M3 do músculo
liso provoca relaxamento nas vias
aéreas.
 Cloridrato de bamifilina
 Apresenta ação broncoespasmolítica sobre
a musculatura lisa e bloqueia, também, a
ação dos mediadores químicos da
broncoconstrição
 Diferentemente da teofilina, a bamifilina
não apresenta efeitos estimulantes sobre o
sistema nervoso central e cardíaco
conforme demonstram os estudos clínicos e
experimentais.
Anti- IGE
 Omalizumabe
 Anticorpo recombinante
 Reduz a produção de IGE livre
Tratamentos pouco convencionais no
Brasil

 Imunoterapia Específica
 Risco: Anafilaxia
Desafio
 Qual a relação existente entre refluxo
gastroesofágico não tratado e ocorrência
de crises asmáticas?
 Qual a relação existente entre quadros de
sinusite não tratada e ocorrência de crises
asmáticas?
 Defina quais seriam as características
farmacológicas ideais para um corticoide
ou um beta agonista inalatório empregado
para o tratamento de asma;
 Por que o Salmeterol não deve ser usado
como medicação de reversão de quadros de
asma aguda?
 Sabe-se que o Formoterol apresenta potencia
superior ao Salmeterol e ao Salbutamol,
chegando ainda a apresentar tempo de ação
até 3 vezes superior ao Salbutamol. Aponte
características químicas que justificam estas
características (Maior potencia e maior
tempo de ação)
 Justifique a possível ação anti-inflamatória
apresentada pelos beta agonistas
(broncodilatadores)
 Qual estratégia química é utilizada no
desenvolvimento de beta agonistas de
longa ação?
 Aponte duas possíveis causas para a
ocorrência de taquifilaxia no tratamento de
pacientes asmáticos em uso de beta
agonistas inalatórios
 Aponte porque os beta agonistas não
devem ser usados de maneira contínua
e em quais situações existe exceção.
 Descreva duas possíveis interações
entre beta agonistas e corticoides
 Cite motivos para se preconizar a via
inalatória para a administração de beta
bloqueadores e corticoides (no
tratamento da asma
 Em qual situação está indicado o uso de
corticoide oral para tratar pacientes
asmáticos?
 Em que situações pode-se usar outros
antiinfllamatórios (cromonas, inib. De
leucotrienos, etc.) como tratamento de
primeira escolha para asma?
 Em que situação eles são associados aos
corticoides?
Casos clínicos:
 Asma Esteróide Dependente e Asma
Esteróide resistente
 Uso de Antiinflamatórios alternativos-
Imunomoduladores
 Ciclosporina
 Metotrexate
 Imunoglobulina humana
 Macrolídeos
Sugestão de leitura
 http://
www.asmabronquica.com.br/medical/trat
amento_asma_broncodilatadores.html

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