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Camões, o Homem

• Naturalidade

Embora não hajam certezas, pensa-se que Luís Vaz de Camões terá
nascido em Lisboa por volta de 1524 ou 1525. Era filho de Simão Vaz de
Camões e de Ana de Sá. Presume-se que era fidalgo da pequena nobreza,
o que lhe daria acesso à corte enquanto viveu em Lisboa.
•Formação académica

A sua formação decorreu em Coimbra, cidade onde o seu tio D. Bento era
chanceler da Universidade. Terá sido este tio que orientou os seus estudos.
Embora não haja nada que prove
que passou pela universidade, a
sua vasta cultura só se justifica se
tiver frequentado estudos superiores.
•Os amores

De regresso a Lisboa em 1542, ocupa o seu tempo entre os serões do Paço,


declamando versos, e as ruelas mal frequentadas da capital, entre
companheiros da boémia, fazendo parte de bandos de brigões e colaborando
em rixas violentas. Relaciona-se com algumas das principais damas da Corte,
mas também terá frequentado “damas de aluguer”
•Ceuta

Em 1549, parte para Ceuta integrado no


exército, não sabemos se
voluntariamente ou por castigo de
amores proibidos em que se envolvera
na Corte. É aqui que numa dura batalha
perde um dos olhos.
Regresso a Lisboa

Regressa a Lisboa e, em 1552, entra numa rixa


com Gonçalo Borges, acabando por ir preso
durante um ano. Em 1553, obtém o perdão do
Rei, tendo em conta que era um pobre
mancebo e que se oferecia para partir para a
Índia.
•Na Índia

Esteve em Goa e em Macau, tendo desempenhado diversos cargos


públicos de natureza administrativa. Durante a sua estadia no Oriente, foi
vítima de um naufrágio na foz do rio Mecom, na China ( conta-se que terá
salvo Os Lusíadas nadando apenas com um braço e erguendo o outro fora
de água). Esteve também preso em Goa, regressando posteriormente a
Portugal. Esta estadia é que lhe permite adquirir experiência para relatar
com maior rigor as viagens dos portugueses.
• Regresso a Portugal

Em 1569, regressa a Portugal. É recebido pelo Rei, leu Os Lusíadas a D.


Sebastião, a quem, de resto, dedicou o Poema. A obra foi publicada em 1572.
Recebeu na sequência do seu trabalho, uma pensão anual de 15 000 réis, dada
pelo Rei, o que não o impediu de viver na miséria, mitigada pelo dinheiro auferido
por composições poéticas que escrevia a pedido de senhores influentes. Para além
d’ Os Lusíadas, Camões é autor de uma vasta obra lírica de três autos ou
comédias.
•Morte de Camões

Apesar da sua grandiosidade, viveu sempre com muitas dificuldades e


desilusões.
O poeta terá morrido em 10 de Junho de 1580, sendo o seu funeral
realizado a expensas de um nobre, D. Gonçalo Coutinho, que mandou
colocar sobre a sua sepultura a seguinte transcrição:
“ Aqui jaz Luís de Camões, príncipe dos poetas
do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente e
assim morreu.”
Desde 1880, os seus restos mortais repousam no Mosteiro dos
Jerónimos.

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