VERSUS a 5 CO Te m N SUMISMO Pauta do dia ___/___/2020.
OBJETIVO DA AULA: Refletir sobre a diferença entre consumo e
consumismo; Desenvolver o espírito crítico e a capacidade de observaçã o da sociedade; Desenvolver habilidades de leitura, produçã o de textos contínuos e expressã o oral.
Pesquisar propagandas que estimulam o consumismo (no
má ximo 5 pessoas em cada grupo); Ler e interpretar imagens; Produzir textos contínuos; Discutir a relaçã o entre consumo e consumismo; Analisar o que dizem as propagandas. Para a realizaçã o desta atividade é importante que observe com atençã o as indicaçõ es a seguir:
a) escolha dois produtos que recorrentemente aparecem em
propagandas nos meios de comunicaçã o; b) a propaganda deve sempre conter um texto (mesmo que pequeno, restrito a uma frase) e imagem do produto. No caso daquelas veiculadas pela televisã o, a fala equivale ao texto do produto; c) realizar a aná lise de suas respectivas propagandas. AO ANALISAR ESSES ELEMENTOS, PROCURE ENTENDER E ESCREVER EM SEUS CADERNOS: a) Como um produto pode ser mostrado em texto e imagem de diferentes formas. Dependendo do produto a ser analisado, eles podem encontrar duas situaçõ es principais: propagandas sobre um mesmo produto que pouco diferem entre si (seja porque o â ngulo de exposiçã o do produto nas fotos é sempre muito parecido, seja porque os textos nã o sã o muito diferentes, como é o caso das propagandas de cerveja no verã o que, independentemente da marca, mostram jovens em bares ou praias em roupas descontraídas); ou propagandas sobre um mesmo produto que apresentam uma grande diferenciaçã o na forma de expô -lo;
b) Se a propaganda trata das qualidades reais do produto ou se ela “vende”
algo que não está ligado diretamente a ele, como, status, relacionamentos ou mesmo sentimentos (alegria, felicidade e bem- estar, por exemplo). Ao expor o resultado de sua aná lise, adotem a seguinte ordem de exposiçã o:
1.Explicar o tipo de produto escolhido;
2.Dizer quantas propagandas foram analisadas; 3.Diferenciar o(s) tipo(s) de suporte midiá tico em que as propagandas foram coletadas (televisã o, jornal, revista, internet etc.); 4.Explicar os resultados das aná lises dos itens a e b do slide 4; 5.Criar uma redaçã o unificando as informaçõ es. O fato é que, os discursos usados nas propagandas, muitas vezes vendem muito mais do que objetos: vendem ideias, sentimentos e aspirações. Sã o propagandas que, na maioria das vezes, estimulam o consumismo, e nã o o consumo. CONSUMO VERSUS CONSUMISMO Chegou o momento de trabalhar a diferença entre consumo e consumismo. O consumo como forma de satisfação de necessidades básicas faz parte da existência do homem como ser cultural. Nas sociedades que passaram pelo processo de industrializaçã o, a apreensã o dos conteú dos simbó licos da cultura nã o se faz apenas por intermédio do consumo, mas também, principalmente, por meio do consumismo. Para alguns autores, o consumismo está mais relacionado com a criação de desejos crescentes, do que com a satisfação de necessidades. Ou seja, muitas propagandas, ao tentar vender seus produtos, nã o apelam para uma necessidade que o indivíduo tem e que aquele produto irá preencher ou satisfazer, e sim para desejos que ele nem sabe que tem ou que muitas vezes nã o tem. Muitas vezes, as propagandas usam frases como: “Esse produto trará uma satisfaçã o que você nã o espera”, ou algo similar. Ou seja, ela nã o vende a satisfaçã o de uma necessidade existente, mas a criaçã o de uma nova necessidade que a pessoa nem sabia que existia, mas que aquele produto irá suprir. Nã o é raro que a propaganda, transmitida pelos meios de comunicaçã o, trabalhe a ideia de que o produto pode mudar a vida da pessoa ou de que a mesma nã o tem consciência de como isso poderia ser bom para ela. A incessante criaçã o de desejos implica a contínua substituição dos objetos, uma vez que novas necessidades sã o criadas o tempo todo e assim nos baseamos no excesso e no desperdício (BAUMAN, 2008, p. 53). O volume de novidades rapidamente torna obsoletas levas e levas de produtos. Há entã o um excesso de novidades. LEITURA E ANÁ LISE DO TEXTO Na economia consumista, a regra é que primeiro os produtos apareçam (sendo inventados, descobertos por acaso ou planejados pelas agências de pesquisa e desenvolvimento), para só depois encontrar suas aplicaçõ es. Muitos deles, talvez a maioria, viajam com rapidez para o depó sito de lixo, nã o conseguindo encontrar clientes interessados, ou até antes de começarem a tentar. Mas mesmo os poucos felizardos que conseguem encontrar ou invocar uma necessidade, desejo ou vontade, cuja satisfaçã o possam demonstrar ser relevante (ou ter a possibilidade de), logo tendem a sucumbir à s pressõ es de outros produtos “novos e aperfeiçoados” (ou seja, que prometem fazer tudo o que os outros podiam fazer, só que melhor e mais rá pido – com o bô nus extra de fazer algumas coisas que nenhum consumidor havia até entã o imaginado necessitar ou adquirir) muito antes de sua capacidade de funcionamento ter chegado ao seu predeterminado fim. BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformaçã o das pessoas em mercadoria. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. p. 53-54. AGORA RESPONDA:
1.Com base na leitura, explique
do que trata o texto apresentado.
2. Cite exemplos de produtos
incessantemente aperfeiçoados em nossa sociedade. Os jovens começam a compreender que o consumo faz parte de toda a vida social, pois os seres humanos precisam consumir para existir. Mas nas sociedades que passaram pelo processo de industrialização nã o há apenas o consumo como forma de satisfaçã o de necessidades bá sicas; há também o consumismo. Ou seja, o consumo contínuo e incessante de bens, serviços e produtos muitas vezes supérfluos. Outro ponto importante nessa discussã o sobre consumo e consumismo diz respeito à questã o da felicidade. Inicialmente, peça para a turma dar exemplos, com base em sua experiência pessoal, de elementos presentes na nossa cultura que podem trazer felicidade para uns e nã o trazer para outros. Por fim, estabeleça uma discussã o sobre felicidade, consumismo e as propagandas analisadas. Afinal, as propagandas veiculadas pelos meios de comunicaçã o de massa, como a televisã o, o cinema, o rá dio e a internet, procuram vender produtos que muitas vezes agradam pessoas dos mais diferentes lugares. Com frequência, elas nã o vendem apenas produtos, mas também sentimentos, como a felicidade. POR QUE VOCÊ ACHA QUE, AO FALAR SOBRE CONSUMISMO, TAMBÉ M É PRECISO DISCUTIR A QUESTÃ O DA FELICIDADE?
QUAL É A RELAÇÃ O ENTRE OS DOIS?
SERÁ QUE ESTAMOS MAIS FELIZES DO QUE
JÁ FOMOS?
SERÁ QUE A FELICIDADE É MAIS
ALCANÇADA HOJE? LEITURA E ANÁ LISE DO TEXTO Que os seres humanos preferiram a felicidade à infelicidade é uma observaçã o banal, um pleonasmo, já que o conceito de “felicidade” em seu uso mais comum diz respeito a estados ou eventos que as pessoas desejam que aconteçam, enquanto a “infelicidade” representa estados ou eventos que elas querem evitar. Os dois conceitos assinalam a distâ ncia entre a realidade tal como ela é e uma realidade desejada. Por essa razã o, quaisquer tentativas de comparar graus de felicidade experimentados por pessoas que adotam modos de vida distintos em relaçã o ao ponto de vista espacial ou temporal só podem ser mal interpretadas e, em ú ltima aná lise, inú teis. Na verdade, se o povo A passou sua vida em um ambiente sociocultural diferente daquele em que viveu o povo B, seria inú til ou arrogante afirmar que A ou B era “mais feliz”. Os sentimentos de felicidade ou sua ausência derivam de esperanças e expectativas, assim como de há bitos aprendidos, e tudo isso tende a diferir de um ambiente social para outro. Assim, uma comida saborosa apreciada pelo povo A pode ser considerada repulsiva e venenosa pelo povo B. Da mesma maneira, as condiçõ es reconhecidamente capazes de tornar feliz o povo A poderiam deixar o povo B bastante infeliz e vice-versa.
BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformaçã o das pessoas em mercadoria.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. p. 58-59. AGORA RESPONDA: Com base na aula e na leitura do texto apresentado, explique com suas palavras do que ele trata. Verificamos, por meio dos trabalhos realizados neste Tema 5, que as propagandas vendem sentimentos, e nã o só objetos. Vivemos numa sociedade em que a felicidade passa pela posse, ou seja, pelo ter. As propagandas, no intuito de vender os objetos, passam-nos a ideia de que é feliz aquele que os possui. Transmitem a ideia de que é feliz aquele que tem. É chegado o momento de expor a situação paradoxal em que vivemos: o consumismo, para continuar existindo, trabalha com um paradoxo (paradoxo significa algo que é um contrassenso, um absurdo, um disparate, ou que parece uma contradiçã o). Ao mesmo tempo que vende a promessa de satisfaçã o, precisa mostrar ou fazer o consumidor acreditar que está insatisfeito. Ou seja, a pessoa compra um produto, mas logo é levada a pensar que um outro produto é melhor e lhe traria mais felicidade que aquele. “A sociedade de consumo prospera enquanto consegue tornar perpétua a não satisfação de seus membros (e assim, em seus pró prios termos, a infelicidade deles)”. Ou seja, estimula emoções consumistas, e nã o a razão (BAUMAN, 2008, p. 64). LIÇÃ O 1 Escreva um texto dissertativo argumentativo sobre a relaçã o entre consumo, consumismo e felicidade. LIÇÃ O 2 Faça uma pesquisa de letras de mú sica que tratam dos temas consumo e/ou consumismo e transcreva-as em seu caderno. A seguir, relacione-as com os conteú dos desenvolvidos neste Tema 5 e envie por e-mail para a professora.