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FÍSICA

Quantidade de movimento
e
Impulso

Prof. Marlon Henrique


marlonhenrique777@gmail.com

Conecta Educação
ASSUNTOS ABORDADOS
 Quantidade de Movimento
 Impulso
 Teorema do Impulso
 Sistema Isolado de Forças
 Princípio da Conservação da
Quantidade de Movimento
 Colisões
Quantidade de Movimento
Todos nós sabemos que é muito mais
difícil parar um caminhão pesado do que
um carro que esteja se movendo com a
mesma rapidez.

Isso se deve ao fato do caminhão ter


mais inércia em movimento, ou seja,
quantidade de movimento.
Quantidade de Movimento
É a grandeza física vetorial relacionada com a
massa de um corpo e sua velocidade.
A quantidade de movimento, ou momento linear, é
dada pela expressão:

 
Q  m.v
Q = quantidade de movimento (kg.m/s);
m = massa (kg);
v = velocidade (m/s).
Quantidade de Movimento
A quantidade de movimento é uma grandeza vetorial
que possui a mesma direção e sentido da
velocidade.

As unidades (dimensões) de Impulso e Quantidade


de Movimento são equivalentes:

m
[ I ]  N .s  kg. 2 .s  kg.m / s  [Q]
s
Impulso
É a grandeza física vetorial relacionada com a
força aplicada em um corpo durante um intervalo
de tempo.
O impulso é dado pela expressão:

 
I  F .t
I = impulso (N.s);
F = força (N);
t = tempo de atuação da força F (s).
Impulso
Ao empurrarmos um carro, por exemplo, quanto
maior a intensidade da força e o tempo de atuação
dessa força, maior será o impulso aplicado no
carro.

O Impulso é uma grandeza vetorial que possui a


mesma direção e sentido da força aplicada.
 
I  F .t
Impulso
Quando a força aplicada não for constante ao
longo do tempo, a intensidade do impulso pode ser
calculada através da Área do gráfico F x t com o
eixo do tempo, conforme a seguir.

|F| I = Área

A I   F .dt
t1 t2
t
Teorema do Impulso
Considere um corpo de massa m que se desloca em
uma superfície horizontal com uma velocidade vo. Em
um certo instante passa a atuar nele uma força
resultante de intensidade F, durante um intervalo
de tempo t.
O impulso produzido pela força F é igual a:
I  F .t F  m.a I  m.a.t

V  Vo  V  Vo 
a I  m. .t I  m.V  Vo 
t  t 
 
I  m.V  m.Vo Q  m.v I  Q
Teorema do Impulso

 
I  Q
Para o mesmo intervalo de tempo, o
impulso da força resultante é igual à
variação da quantidade de movimento.
Sistema Isolado de Forças
Considere um sistema formado por dois corpos A e
B que se colidem.

No sistema, as forças decorrentes de agentes


externos ao sistema são chamadas de forças
externas, como, por exemplo o peso P e a normal
N. No sistema, a resultante dessas forças
externas é nula.
Sistema Isolado de Forças
Durante a interação, o corpo A exerce uma força F
no corpo B e este exerce no corpo B uma força -F,
de mesmo módulo e sentido oposto. As forças F e
-F correspondem ao par Ação e Reação.

Denomina-se sistema isolado de forças externas


o sistema cuja resultante dessas forças é nula,
atuando nele somente as forças internas.
Princípio da Conservação da
Quantidade de Movimento
Considerando um sistema isolado de forças
externas:
FR  0 I  FR .t I 0
Pelo Teorema do Impulso I  QF  QI
Como I 0 QI  QF
A quantidade de movimento de um sistema
de corpos, isolado de forças externas, é
constante.
QI  QF
Colisões

As colisões podem ocorrer de duas maneiras


distintas, dependendo do que ocorre com a
energia cinética do sistema antes e depois da
colisão.

1 - Colisão Elástica

2 - Colisão Inelástica
Colisão Elástica
Suponha que duas esferas, A e B, colidissem
de tal modo que suas energias cinéticas,
antes e depois da colisão, tivessem os
valores mostrados na figura a seguir.
Colisão Elástica

Observe que, se calcularmos a energia cinética


total do sistema, encontraremos:
Antes da Colisão: EcA + EcB = 8+4 = 12j
Após a Colisão: EcA + EcB = 5+7 = 12j
Neste caso, a energia cinética total dos corpos
que colidiram se conservou. Esse tipo de colisão,
na qual, além da conservação de movimento (que
sempre ocorre), há também a conservação da
energia cinética, é denominada colisão elástica.
Colisão Elástica
Colisão Inelástica (ou Plástica)
É aquela onde a energia cinética não se
conserva. Isso ocorre porque parte da energia
cinética das partículas envolvidas no choque
se transforma em energia térmica, sonora etc.

Não se esqueça, mesmo a energia cinética não


se conservando, a quantidade de movimento do
sistema se conserva durante a colisão.

A maioria das colisões que ocorrem na


natureza é inelástica.
Colisão Inelástica
(ou Plástica)
Colisão Perfeitamente Inelástica
É aquela que, após o choque, os corpos passam a
ter a mesma velocidade (movem-se juntos), tendo a
maior perda possível de energia cinética do
sistema.
A figura a seguir exemplifica um colisão
perfeitamente inelástica.

Obs.: na colisão perfeitamente inelástica não se


perde, necessariamente, toda a energia cinética.
Colisão
Perfeitamente
Inelástica
Coeficiente de Restituição
O coeficiente de restituição é definido como
sendo a razão entre a velocidade de afastamento e
a de aproximação.
Vafast .
e
Vaprox .

Se um corpo for abandonado de uma altura H e após


o choque com o chão o corpo atingir a altura h,
temos:
h
e
H
Coeficiente de Restituição
O coeficiente de restituição é um número puro
(grandeza adimensional), extremamente útil na
classificação e equacionamento de uma colisão:

Colisão Elástica vafast. = vaprox. e=1

Colisão Inelástica vafast. < vaprox 0<e<1

Colisão Perf. Inelástica vafast. = 0 e=0


LEMBRE-SE QUE
 O impulso é uma grandeza vetorial relacionada
com uma força e o tempo de atuação da mesma.
 Quantidade de movimento é uma grandeza vetorial
que possui mesma direção e sentido do vetor
velocidade.
 O impulso corresponde à variação da quantidade
de movimento.
 Durante uma colisão (ou explosão) a quantidade
de movimento do sistema permanece constante.
 A quantidade de movimento pode permanecer
constante ainda que a energia mecânica varie.
 Após a colisão perfeitamente inelástica os
corpos saem juntos.
Exemplos
1)Uma bola de tênis, de massa m=200g e velocidade
v1=10 m/s, é rebatida por um jogador, adquirindo uma
velocidade v2 de mesmo valor e direção que v1, mas de
sentido contrário.

a) Qual foi a variação da quantidade de movimento da


bola?

b) Supondo que o tempo de contato da bola com a


raquete foi de 0,01 s, qual o valor da força que a
raquete exerceu sobre a bola?

a) ΔQ = 4kg.m/s ;
b) F = 4. 102 N
2) (PUC) Uma bola de tênis, de 100 gramas de massa
e velocidade v1=20m/s, é rebatida por um dos
jogadores, retornando com uma velocidade v2 de
mesmo valor e direção de v1, porém de sentido
contrário. Supondo que a força média exercida pela
raquete sobre a bola foi de 100N, qual o tempo de
contato entre ambas?

R=4 x 10-2 s
3) Uma partícula possui 300 kgm/s de quantidade de
movimento. A partícula recebe um impulso de
500N.s, na mesma direção e sentido contrário do
movimento. Qual a quantidade de movimento final
desta partícula?

Qf = - 200 Kg.m/s
4)O gráfico a seguir representa a variação da
intensidade da força F em função do tempo:
Calcule o impulso da força no intervalo de 15s.

R=172,5 N.s
5) Um peixe de 6 kg, nadando com velocidade de 2,0 m/s, no
sentido indicado pela figura, engole um peixe de 2 kg, que estava
em repouso, e continua nadando no mesmo sentido.

Qual a velocidade, em m/s, do peixe imediatamente após a


ingestão?

R=1,5 m/s
6) Sobre um corpo de massa 2 kg, inicialmente em repouso, atua uma força que varia
com o tempo de acordo com o gráfico.
a) Qual o impulso da força entre 0 e 6s?
b) Qual a aceleração média do corpo entre 0 e 6 s?

a) I = 40 N.s
b) a = 20 m/s²
7) (Unifor-Ce) um móvel de massa igual a 3,0
kg, em movimento retilíneo, varia a sua
velocidade de 5,0 m/s para 15,0 m/s em
determinado intervalo de tempo. Qual o valor do
impulso da força resultante sobre o corpo?

R=30 N.s
8) (UFMG) Qual é a intensidade, a direção e o
sentido da força que muda a quantidade de
movimento de um corpo de 4,0 kg m/s, no
sentido leste-oeste, para 3,0 kg m/s, no sentido
sul-norte, em 0,5 s?

10 N com tg Θ = 3/4 com a horizontal.

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