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RECORTES

VISUAIS
MEANDROS NUMA CAMINHADA POÉTICA

Tacylla Oliveira
Caminhada
desinformada
A compreensão da caminhada como matéria poética – assunto recente na paisagem da
arte contemporânea – abriu espaço para escaparmos da compreensão do corpo apenas
em sua dimensão funcional e pragmática no dia a dia, já que o ato de caminhar é uma
experiência atávica presente tanto no percurso da civilização como no de nossas vidas
pessoais. Afinal, desde o nascimento até a morte, todos nós caminhamos – seja no
plano físico ou existencial, em todas as metáforas possíveis. (DERDYK, 2016)
O caminhar além de ser uma ação, é um sinal também, uma forma que pode ser superposta às já existentes
tanto na realidade como na carta. Assim, o mundo torna-se um imenso território estético, uma enorme tela
sobre a qual desenhar através do caminhar. Um suporte que não é uma folha branca, mas um intricado
desenho de sedimentos históricos e geológicos sobre os quais simplesmente se acrescenta um novo.
Percorrendo as figuras superpostas à carta-território, o corpo do viandante anota os eventos da viagem, as
sensações, os obstáculos, os perigos, o variar do terreno. A estrutura física do território reflete-se sobre o
corpo em movimento. (CARERI, 2013, p. 133).
REGISTRO DO
PERCURSO
Referências
D E R D Y K , E d i t h . A a r t e d e c a m i n h a r,
SESC São Paulo. Disponível em:
< h t t p s : / / w w w. s e s c s p . o r g . b r / o n l i n e / a r t i g o /
1 0 5 1 3 _ A + A RT E + D E + C A M I N H A R > .
Acessado em: 18 de Janeiro de 2020.

CARERI, Francesco. Wa l k s c a p e s : o
caminhar como prática estética. São
Paulo: Editora G. Gilli, 2013.
OBRIGADA.

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