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RECTIFICAÇÃO DO REGISTO

RECTIFICAÇÃO DO REGISTO
• As irregularidades e vícios de que os registos
enfermem são classificadas, de acordo com a
sua gravidade, em:
• Inexistência – artºs 14º e 15º CRP;
• Nulidade – 16º a 17º CRP;
• Inexactidão – artº 18º;
RECTIFICAÇÃO DO REGISTO
• A inexactidão decorre da desconformidade
com o título ou de deficiência deste;

• Tais registos devem ser rectificados


oficiosamente, por iniciativa do Conseravador,
ou a pedido dos interessados através do
procedimento previsto nos artº 120º ss do
CRP;
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• Igualmente podem ser rectificados nos termos


do mesmo regime os registos indevidamente
lavrados – e que, por isso, enfermam de
nulidade nos termos do artº 16º CRP:
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• A) que tiverem sido lavrados com base em
títulos insuficientes para a prova do facto
registado – alin. b);
• B) quando tiver sido efectuado por serviço de
registo incompetente ou assinado por pessoa
sem competência – alín. d);
• C) quando tiver sido feito com violação do
trato sucessivo – alín. e)
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• D) registos afectados por deficiências não
expressamente enquadráveis nas
irregularidades típicas previstas no CRP
decorrentes de anomalia provocada por
deficiência dos serviços são equiparados a
registos indevidamente lavrados e, como tal,
devem ser rectificados nos termos do mesmo
regime – parecer 73/96 da PGR in DR II série
de 20/11/2000
RECTIFICAÇÃO DO REGISTO
• Os registos nulos nos termos da alínea b) do
16º podem ser rectificados ou cancelados com
o consentimento de todos os interessados ou
em execução de decisão tomada no processo
de rectificação – nº 2 do artº 121º do CRP e
parecer da PGR referido anteriormente;
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• Os registos efectuados por serviço de registo


incompetente ou assinados por pessoa sem
competência, devem ser confirmados nos
termos do artº 16º -A ou igualmente
cancelados nos termos do nº 2 do artigo 121º
do CRP
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• Os registos nulos por violação do principio do


trato sucessivo podem ser rectificados pela
feitura do registo em falta se ainda não se
encontrar registada a acção de declaração de
nulidade – nº 4 do artº 121º do CRP
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• INÍCIO DO PROCESSO

• oficiosidade (REGRA) – 1ª parte do nº 1 do


artº 121º CRP;

• iniciativa dos interessados – 2ª parte do


mesmo preceito;
RECTIFICAÇÃO DO REGISTO
• O processo inicia-se com o pedido por escrito
(dispensa do impresso aprovado – alin. d) do artº 66º
CRP) onde são especificados os fundamentos e
identificados os interessados – nº 1 do artº 123º
CRP;

• Acompanhado dos meios de prova, documental e


testemunhal (em número máximo de três
testemunhas) necessários e do pagamento dos
emolumentos devidos – nº 2;
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• Se requerido por todos os interessados e se


resultar da prova documental apresentada
que o pedido é procedente, a rectificação é
feita sem mais formalidades – artº 124º CRP;
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• Caso contrário, são notificados os interessados para se
oporem no prazo de 10 dias – nº 1 do artº 129º CRP;
• Se forem incertos, é notificado o Mº Pº nos mesmos
termos – nº 2;
• Se houver lugar a notificações editais, estas são feitas
por afixação de editais, por 30 dias, nos serviço de
registo e sede da junta de freguesia da situação do
prédio e, caso se justifique, na sede da JF da última
residência do ausente ou falecido e no sitio na
internet predialonline;
RECTIFICAÇÃO DO REGISTO
• Pode, igualmente, a rectificação ser feita sem
necessidade de consentimento dos
interessados, desde que não prejudique os
respectivos direitos e:
• A) a inexactidão provenha de desconformidade
com o título;
• B) a inexactidão provenha de deficiência do
título e a rectificação seja requerida com base
em documento bastante ;
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• Se a rectificação fôr requerida por todos os


interessados (artº 124º) ou se houver lugar à
respectiva dispensa (artº 125º) e desde que a
prova documental produzida seja suficiente, é
feita sem mais formalidades;
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• Caso contrário, é averbada a respectiva


pendência seguindo-se as formalidades
ulteriores – artº 126º CRP;
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• Decorrido o prazo e havendo ou não oposição,
o conservador procede às diligências
necessárias à produção de prova,
nomeadamente inquirindo as testemunhas,
requisitando perícias ou quaisquer outras
diligências que considere úteis;

• Profere decisão no prazo de 10 dias – artº 130º


CRP;
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• Da decisão cabe recurso hierárquico ou
impugnação judicial a interpôr no prazo de 10
dias a contar da respectiva notificação – nº 1 e
5 do artº 131º CRP;

• Têm legitimidade qualquer interessado e o


MºPº - nº 4 do artº 131º CRP
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• O recurso hierárquico deve ser interposto para
o conselho directivo do IRN;

• A impugnação judicial deve ser dirigida ao


tribunal de 1ª instância da circunscrição a que
pertence a conservatória onde correu o
pedido de rectificação – nº 1 do artº 131º;
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• A impugnação judicial não está dependente do
prévio recurso hierárquico;
• Contudo fará precludir o direito à interposição
deste e equivalerá à respectiva desistência se tiver
sido interposto – nº 2;
• A interposição de impugnação judicial por qualquer
interessado fará suspender o recurso hierárquico
interposto por outro interessado até ao trânsito em
julgado da decisão da impugnação – nº 3;
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• A impugnação judicial e o recurso hierárquico


consideram-se interpostos com a
apresentação do respectivo requerimento
junto do serviço de registo onde foi pedida a
rectificação e proferida a decisão em crise – nº
6;
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• Apresentando-se impugnação, são notificados
os interessados não impugnantes para, no
prazo de 10 dias, se pronunciarem – nº 1 do
artº 131º-A;
• Não havendo lugar a notificações ou findo o
respectivo prazo, o processo é remetido à
entidade competente;
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• O recurso hierárquico é decidido no prazo de


90 dias sendo a decisão comunicada aos
recorrentes, aos restantes interessados e ao
serviço de registo – nº 3 do artº 131º-B CRP;
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• Em caso de improcedência do recurso, o
recorrente pode ainda impugnar judicialmente
no prazo de 10 dias a contar da data da
notificação da decisão – nº 1 do artº 131º-C;
• Em caso de procedência, pode qualquer outro
interessado impugnar na parte que lhe fôr
desfavorável – nº 2;
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• Da decisão do tribunal de 1ª instância podem
ainda interpôr recurso para o tribunal da
Relação, os interessados, o conservador e o
Mº Pº, no prazo de 30 dias – nºs 1 e 2 do artº
132º-A CRP;

• E para o STJ nos casos previstos no nº 3 do


mesmo artº 132º-A;
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INDEFERIMENTO LIMINAR
• Logo que pedida a rectificação e antes de
qualquer outro desenvolvimento, se o pedido
se afigurar manifestamente improcedente,
pode o Conservador indeferir liminarmente o
pedido por despacho fundamentado de que
notificará o requerente;
• Esse despacho pode ser impugnado nos termos
gerais;
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• NOTIFICAÇÕES: - artº 154º do CRP;

• CONTAGEM DOS PRAZOS: - artº 155º do CRP;

• DIREITO SUBSIDIÁRIO: - artº 156º do CRP.

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