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arte
A estética no
mundo
Teorias essencialistas
O que é
arte?
Uma das questões mais enigmáticas da arte está
relacionada com a sua natureza. Face a este
problema, os filósofos recorreram, entre outras, às
teorias essencialistas.
★ Considera a arte como uma mera imitação da realidade. Uma vez que se trata de uma
reprodução da natureza, e uma imitação tende a ser mais fraca do que a realidade,
está implícito de que esta teoria defende que o belo artístico é inferior ao belo
natural.
“Vénus de Milo”
por Alexandre de Antioquia
Algo representa outra coisa se, e só se, o emissor tiver a intenção de que algo esteja em
vez de outra coisa, e se o recetor compreender essa intenção.
Não
Imitativa
imitativa
Não imitativa
Vários autores discordam acerca da ideia de que a arte é uma imitação da
Natureza, considerando-a como sendo uma transfiguração do real.
“Azul Celeste”
de Wassily Kandinsky
“Call Center”
por Joana Vasconcelos
Objeções à Teoria Representacionista
★ Tal como a sua antecessora, é demasiado restritiva, uma vez que há diversas obras de
arte que não têm o intuito de representar a realidade, como algumas músicas,
pinturas, esculturas, etc;
★ De facto, muitas vezes, o objetivo das obras, de acordo com os seus criadores, é de
provocar emoções ou de transmitir certas mensagens.
Teoria da arte
como Expressão
De Liev Tolstoi
Liev acreditava que cada obra de arte
faz com que aquele que a frui
comungue com aquele que a produziu.
PALAVRAS
SON
S CORES
MOVIMENT
MÁRMORE OS
“Sadness Painting”
de Misty Lady
R.G.
Collingwoo A teoria de Collingwood diverge da
anterior no que toca à razão pela qual as
obras de arte são criadas.
Em oposição à pseudo arte, o processo de criação da verdadeira arte implica que, durante
o processo criativo, o artista tome consciência dos seus sentimentos.
Argumentos a Favor
★ Vários artistas reconhecem que na origem da sua criação artística estão emoções e
sentimentos;
★ A teoria oferece um critério abrangente para classificar e valorar obras de arte: esta
deve expressar os sentimentos do seu criador e fazê-lo da maneira mais autêntica
possível;
FORMA
Teoria Formalista da Arte
No século XX, deu-se uma revolução no mundo da arte. Pintores impressionistas
infringiram as regras do realismo, desvalorizando a proximidade à realidade e passando a
dar somente importância às cores e aos contrastes cromáticos.
Assim, embora não haja uma característica propriamente dita comum a cada obra,
existe uma característica comum a todas as experiências estéticas, a Emoção Estética.
Uma obra é arte
se, e só se, provocar
emoções estéticas.
Segundo Bell, o que define uma
obra de arte não deve ser procurado na
própria, mas sim no sujeito que a
aprecia.
Esta característica é comum a todas as obras e é despertada através das relações entre
as linhas, as formas e as cores, que são dispostas e combinadas entre si pelo artista e
intuitivamente reconhecidas pelo espectador.
A esta relação entre as linhas, formas e cores que desencadeia a emoção estética
designa-se por...
Forma Significante
A forma significante provoca a emoção
estética e conduz ao êxtase.
de Sandra
Gobert
Desta forma, a combinação de cores e
texturas, por exemplo, no quadro A
Noite Estrelada de Van Gogh, provocam
a emoção estética.
“Noite Estrelada”
de Van Gogh
Argumentos a Favor
★ O conceito de emoção estética restringe os sentimentos a sensações provocadas
somente por uma obra de arte, excluindo, por exemplo, a felicidade que sentimos
quando abraçamos alguém, uma vez que um abraço não é considerado uma obra de
arte. Assim, é capaz de resolver certas objeções da teoria da arte como expressão;
★ Embora mais restringente, é também mais abrangente, porque não obriga o público a
sentir aquilo que o artista sentiu ao criar a sua obra de arte.
Objeções à Teoria Formalista
★ Esta teoria apresenta uma definição de arte circular. Explicita que a arte produz
emoções estéticas, mas a emoção estética é uma sensação provocada especificamente
por obras de arte;
Assim, tetos de igrejas ou capelas deixam automaticamente de ser considerados arte, tal
como os poetas que expressam os seus sentimentos através de palavras ou dançarinos que
unem movimentos abstratos com o seu corpo. Toda esta “magia” e “mistério” passa a ser
desvalorizado, uma vez que não imita o “real”, mas sim cria a sua própria realidade.
Como é possível
fecharmos os olhos aos
anos que um poeta
passou a escrever os
seus versos?
As mensagens que nos
são transmitidas não têm
qualquer valor?
Quando ouvimos uma
música que nos deixa com
uma lágrima no canto do
olho, não é este o
verdadeiro significado de
“arte”?
Esta emoção deixa de
ser válida por ser
causada por uma obra
abstrata?
Críticas à Teoria Representacionista
Na nossa opinião, arte é muito mais do que a representação de algo. Acreditamos que um
artista não deve representar algo só pelo bem da representação, mas sim que este deve ter
por detrás um motivo maior, como a transmissão de uma emoção ou a provocação de um
sentimento no observador.
Pessoalmente, acreditamos que a arte deve servir como um meio para escaparmos à
realidade, embora obras realistas tenham, igualmente, um importante valor artístico.
Críticas à Teoria Expressivista
★ Como saberemos o que, por exemplo, com a “Noite Estrelada sobre o Ródano”, Van
Gogh pretendia expressar? Como iremos saber o que este pintor sentiu naquele
preciso momento, se ele já faleceu?
Além disso, existem certas obras de arte não despertam qualquer emoção nos seus
observadores.
Alguns críticos vão contra o que Bell
afirma, defendendo que não existe uma emoção
diferenciada a que se possa chamar emoção
estética, e mesmo que exista, não é consensual
que esta possa apenas ser provocada pelas obras
de arte e não por elementos naturais, como
paisagens, detalhes de flores ou pormenores de
pelagens de animais, por exemplo.
“A Fonte”
de Marcel Duchamp
Mas então, o que diria Bell se alguém lhe
perguntasse: Um abraço é arte?
Também acreditamos que a noção de arte não tem qualquer relação com os nossos gostos
pessoais, podemos não achar uma certa obra de arte bela mas, por vezes, é difícil avaliar
concretamente se tal obra é ou não realmente arte.