Você está na página 1de 32

Ultra Som e

Dureza Brinell
EMT-11
Profes. Elizabeth
ENSAIO DE MATERIAIS – APMA -2015

Ultra Som
GRUPO DE TRABALHO
GUSTAVO CAMILO
JEFERSON DOS ANJOS
LEANDRO COELHO
MARCUS VINÍCIUS CATÃO
PEDRO F. NETO
SUMÁRIO

• Princípio
• Teoria
• Aplicação
• Características Construtivas
• Técnicas de Inspeção
• Vantagens e Desvantagens
• Conclusão
• Bibliografia
Princípio
 O ensaio por ultra som baseia-se no fenômeno de reflexão de ondas
sonoras com frequências acima de 20 kHz quando estas encontram
obstáculos à sua propagação, dentro do material.

 Esses obstáculos são definidos como “Descontinuidades”.


Teoria
 As ondas sonoras com frequência acima de 20 kHz são geradas a
partir de um equipamento eletrônico e deste, são enviadas através
do material ensaiado.
 Na interrupção total ou parcial dessas ondas, devido a pontos de
descontinuidade interna da peça, uma parte é refletida e outra é
refratada.
 A análise das parcelas refletidas fornecem informações sobre a
localização e orientação da imperfeição do material.
Teoria – Tipos de Ondas
Ondas longitudinais (ondas de compressão)
 São ondas cujas partículas oscilam na mesma direção de
propagação da onda, podendo ser transmitidas a sólidos, líquidos e
gases.
 primeiro plano de partículas vibra e transfere sua energia cinética
para os planos de partículas seguintes que passam a oscilar.
Teoria – Tipos de Ondas
Ondas longitudinais (ondas de compressão)
 As zonas de compressão e de diluição movem-se através do corpo
de prova com uma certa velocidade (VL) que é a velocidade da
onda longitudinal
 A velocidade do som pode ser considerada constante em um
material totalmente homogêneo
 Para o aço, alumínio, água e ar, as velocidades das ondas
longitudinais, são :

VL  f . 
Teoria – Tipos de Ondas
Ondas longitudinais (ondas de compressão)
 A velocidade de propagação do som de uma onda longitudinal, pode
ser calculada pela seguinte equação;

E . (1   )
VL 
 . (1   ) . (1  2  )

 Coeficiente de Poisson () é a razão entre a deformação transversal e a deformação


longitudinal de material.
Teoria – Tipos de Ondas
Onda transversal (ou de cisalhamento)
 É aquela na qual as partículas do meio vibram na direção
perpendicular ao de propagação
 A velocidade transversal do som também é uma constante do
material:
Teoria – Tipos de Ondas
Onda transversal (ou de cisalhamento)
 A velocidade de propagação de uma onda transversal pode ser
calculada em função das características físicas de um material:

 Onde: G = módulo de cisalhamento (N/m2)

E G
VT  
2 .  . (1  ) 
Teoria – Tipos de Ondas
Ondas superficiais
 Propagam-se na superfície dos materiais.
 São do tipo secundário, ou seja, o modo de vibração é uma
combinação do modo de vibração longitudinal e transversal
 Subdividem-se em três classes, Ondas de Raleigh (mov elip), Ondas
de Love e Ondas de Lamb ( espessura =).

CHAPAS FINAS
Teoria – Tipos de Ondas
Ondas superficiais
 Ensaios de ultra som por ondas superficiais, é utilizado com severas
restrições, pois somente são detectados defeitos superficiais.
 Outros métodos de custos bem inferiores e bem mais simples
inviabiliza sua aplicação.
Teoria – Tipos de Ondas
Incidência Normal
 Em meios de densidades diferentes, a freqüência de emissão não
se modifica.
 A impedância acústica (Z) de um material definida como o produto
entre a densidade do meio, pela velocidade de propagação da onda,
ou seja:

Z   .V
Teoria – Tipos de Ondas
Incidência Normal
Veloc. Veloc. Impedância
 A tabela ao lado, apresenta os valores de Material
Densidade
Longit. Transv. Acústica

r VL VT Z
densidade, velocidades longitudinal e (kg/m3) (m/s) (m/s) (kg/m2 . s)

transversal e impedância acústica de Aço 7.700 5.900 3.230 45 x 106


Água (20 oC) 1.000 1.480 xxxxxx 1,5 x 106

alguns meios. Alumínio


Ar
2.700
1,2
6.300
330
3.130
xxxxxx
17 x 106
0,0004 x 106
Borrachas 900 1.480 xxxxxx 1,3 x 106
Cádmio 8.600 2.780 1.500 24 x 106
Chumbo 11.400 2.160 700 25 x 106
Cobre 8.900 4.700 2.260 42 x 106
Estanho 7.300 3.320 1.670 24 x 106
Ferro Fundido 7.220 5.600 3.200 40 x 106
Glicerina 1.260 1.920 xxxxxx 2,4 x 106
Latão 8.100 3.830 2.050 31 x 106
Magnésio 1.700 5.700 3.170 9,7 x 106
Níquel 8.800 5.800 3.080 51 x 106
Óleo (SAE 20/30) 950 1.250 xxxxxx 1,2 x 106
Ouro 19.300 3.240 1.200 63 x 106
Plexiglass 1.180 2.730 1.430 3,2 x 106
Porcelana 2.500 5.660 3.420 14 x 106
Prata 10.500 3.600 1.590 38 x 106
Quartzo 2.600 5.570 3.520 14 x 106
Titânio 4.540 6.240 3.210 28 x 106
Zinco 7.100 4.170 2.410 30 x 106
Teoria – Tipos de Ondas
Incidência Normal

 Considerando, uma onda longitudinal se propagando em um meio 1 e


incidindo perpendicularmente em uma interface caracterizada pelo
meio 2 conforme indicado na figura abaixo.

 Para cada interface que o feixe acústico encontre, haverá sempre uma
porcentagem que se transmite ao outro meio e uma porcentagem que
reflete, sendo que, as quantidades transmitidas e refletidas dependem
das velocidades dos meios e das suas densidades
Teoria – Tipos de Ondas
Incidência Normal

 Definimos os coeficientes de transmissão ou permeabilidade (T) e de


reflexão (R) matematicamente através das relações.
 Onde: Ii, Ir e It são as intensidades (energia por unidade de tempo e por
unidade de área) das ondas refletida e transmitida.
Ir It
R T 
Ii Ii

( Z1  Z 2 ) 2 4 . Z1 . Z 2
R T 
( Z1  Z 2 ) 2 ( Z1  Z 2 ) 2

 Onde; Z1 e Z2 são as impedâncias acústicas dos meios que formam a


interface e obtidas da tabela dos materiais.
Aplicação
 As aplicações deste ensaio são inúmeras: soldas, laminados,
forjados, fundidos, ferrosos e não ferrosos, ligas metálicas,
vidros, borrachas, materiais compostos, tudo permite ser
analisado por ultra som. Indústria de base (usinas
siderúrgicas) e de transformação (mecânicas pesadas),
indústria automobilística, transporte marítimo, ferroviário,
rodoviário, aéreo e aeroespacial

 Ferramenta indispensável para garantia da qualidade de peças


de grandes espessuras, com forma geométrica complexa de
juntas soldadas e chapas

 O menor diâmetro de uma descontinuidade a ser detectada no


material deve ser da ordem de λ/2. Assim se inspecionarmos
um material de velocidade de propagação de 5900 m/s com
uma frequência de 1 MHz, a mínima descontinuidade que
poderemos detectar será de aproximadamente 2,95 mm de
diâmetro.
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS DO CABEÇOTE
ULTRASSÔNICO
 Um elemento piezoelétrico é alojado conjuntamente com um bloco amortecedor,
uma bobina sintonizadora de freqüência e um conector em uma pequena
carcaça metálica ou plástica. Este conjunto é conhecido como cabeçote ultra
sônico

 transmitir as oscilações do cristal à peça ensaiada, não deve existir ar entre o


cristal e a superfície da peça a ser ensaiada
TÉCNICAS DE INSPEÇÃO POR ULTRA SOM

 Técnica de Impulso-Eco ou Pulso-Eco


 É responsável por emitir e receber as
ondas ultrassônicas que se propagam
no material.
 Avaliação quantitativa

 Técnica da Transparência
 Dois transdutores separados, um
transmitindo e outro recebendo as ondas
ultrassônicas
 Avaliação qualitativa
TÉCNICAS DE INSPEÇÃO POR ULTRA SOM
 Sistemas automáticos robotizados de inspeção por transparência usando
transdutores com acoplamento por jato de água (water-jet)
TÉCNICAS DE INSPEÇÃO POR ULTRA SOM
 Medições de espessuras
VANTAGENS E DESVANTAGENS
Vantagens:
 O método ultrassônico possui alta sensibilidade, o que lhe confere grande
poder de detecção de pequenas descontinuidades internas.
 Para interpretação das indicações, o ensaio por ultra som dispensa
processos intermediários, agilizando a inspeção
 Ao contrário dos ensaios por radiações penetrantes, o ensaio por ultra som
não requer planos especiais de segurança ou quaisquer acessórios para
sua aplicação.
 A localização, a avaliação do tamanho e a interpretação das
descontinuidades encontradas são fatores intrínsecos ao exame
ultrassônico, enquanto que outros exames não definem tais fatores.
VANTAGENS E DESVANTAGENS
Desvantagens:
 A exigência de grande conhecimento teórico e experiência por parte do
inspetor, além do preparo da superfície;

 O registro permanente do teste não é facilmente obtido;

 Faixas de espessuras muito finas constituem uma dificuldade para


aplicação do método;

 Em alguns casos de inspeção de solda existe a necessidade da remoção


total do reforço da solda, o que demanda tempo de fábrica.

 Requer o preparo da superfície, antes de sua aplicação.


Conclusão
É um ensaio do tipo não destrutivo;
Baseia-se no princípio do magnetismo, na criação de
um campo eletromagnético;
É utilizado preferencialmente para descontinuidades
superficiais ( máx 3 mm );
Sua aplicação está crescendo na indústria junto com a
automação, pois permite de forma eficaz a verificação
de peças grandes de geometria complicada;
Bibliografia

 www.dem.feis.unesp.br/intranet/ce-celso_ultrasom.doc- O Ensaio
por Ultrasom;
 acesso: 27 de março, 2015 , 16:00 hs
 Ensaios não destrutivos por ULTRA-SOM
 Andreucci, Ricardo, “Ensaio por Ultra-Som”, Edição junho de 2008.
Perguntas?
Dureza Brinell
EMT–Dureza Brinell

Prefácio
Há registros de que no século XVII já se avaliava a dureza de
pedras preciosas, esfregando-as com uma lima. No século
XVIII desenvolveu-se um método para determinar a dureza do
aço, riscando-o com minerais diferentes. Mas o primeiro
método padronizado de ensaio de dureza do qual se tem
notícia, baseado no processo de riscagem, foi desenvolvido por
Friedrich Mohs, em 1822. Este método deu origem à escala de
dureza Mohs, que apresenta dez minérios-padrões, ordenados
numa escala crescente do grau 1 ao 10, de acordo com sua
capacidade de riscar ou ser riscado.
EMT–Dureza Brinell
Introdução
Em 1900, J. A. Brinell divulgou o ensaio de dureza Brinell, que passou a ser largamente
aceito e padronizado, devido à relação existente entre os valores obtidos no ensaio e os
resultados de resistência à tração.
O ensaio de dureza Brinell, representado por HB, consiste em comprimir lentamente uma
esfera de aço temperado, de diâmetro D, sobre uma superfície plana, polida e limpa de um
metal, por meio de uma carga F, durante um tempo t, produzindo uma calota esférica de
diâmetro d .
EMT–Dureza Brinell
Introdução
A área da calota esférica é dada pela fórmula: pDp, onde p é a profundidade da calota.
Substituindo Ac pela fórmula para cálculo da área da calota, temos:

Devido à dificuldade técnica de medição da profundidade (p), que é um valor muito pequeno,
utiliza-se uma relação matemática entre a profundidade (p) e o diâmetro da calota (d) para
chegar à fórmula matemática que permite o cálculo da dureza HB, representada a seguir:
EMT–Dureza Brinell
Introdução
Nos testes da dureza de Brinell um penetrador esférico endurecido é aplicado à superfície do
metal a ser testado, exercendo sobre este uma força.
 O diâmetro do penetrador de aço endurecido varia de 2,5 milímetros a 10 milímetros.
 As cargas padrão variam entre 500 e 3000 quilogramas em incrementos de 500 quilogramas.
 Durante a realização de um teste, a carga é mantida constante durante um intervalo de
tempo especificado.
 Os materiais mais duros necessitam de maiores cargas aplicadas.
 O número de dureza de Brinell (HB) é uma função tanto da intensidade da carga aplicada,
como do diâmetro da penetração resultante.
 Este diâmetro é medido com um microscópio especial de baixa potência, utilizando uma
escala que está impressa na ocular.
EMT–Dureza Brinell
Introdução
Nos testes da dureza de Brinell um penetrador esférico endurecido é aplicado à superfície do
metal a ser testado, exercendo sobre este uma força.
 O diâmetro do penetrador de aço endurecido varia de 2,5 milímetros a 10 milímetros.
 As cargas padrão variam entre 500 e 3000 quilogramas em incrementos de 500 quilogramas.
 Durante a realização de um teste, a carga é mantida constante durante um intervalo de
tempo especificado.
 Os materiais mais duros necessitam de maiores cargas aplicadas.
 O número de dureza de Brinell (HB) é uma função tanto da intensidade da carga aplicada,
como do diâmetro da penetração resultante.
 Este diâmetro é medido com um microscópio especial de baixa potência, utilizando uma
escala que está impressa na ocular.

Você também pode gostar