Influências anteriores sobre a

Psicologia da Gestalt:
A fenomenologia de Husserl
Tese Brentaniana que influcencia Husserl

“Toda representação objetiva está fundada

num representante psíquico pré-mental”.

Intencionalidade
 Intencionalidade
Mais do que ocorrências pré-mentais ou imanentes
aos atos intuitivos, a intencionalidade também
designa o fato da consciência se aperceber que ao
anteciparem uma orientação objetiva aos atos
intencionais atuais, os fenômenos psíquicos
revelam uma ligação espontânea com algo não
atual, que ainda não está dado na imânencia dos
atos da consciência, mas que é para esta uma
potencialidade, uma possibilidade forneceida pelo
mundo.
 Intencionar significa tender por meio de
conteúdos dados a conteúdos não dados.
“A intencionalidade designa a participação
psíquica da consciência nos modos de “doação
de sentido”, que são as possibilidades de
correlação entre conteúdos atuais e inatuais,
tais como essas correlações se oferecem no
mundo em geral.” (Husserl, 1924).
Os fenômenos psíquicos são “Gestalten”?
 Imanência e Transcendência
• As dimensões temporais (passado, presente e
futuro) para Brentano são ocorrências atuais
da consciência, portanto imanentes a ela.
• Para Husserl, passado e futuro são dimensões
inatuais e, consequentemente não imanentes
à consciência. São dimensões transcendentes
por pertencerem ao mundo da razão.
 Se intencionar é visar ao inatual, isso é o
mesmo que visar à transcendência.

Logo, os objetos intencionados são

transcendentes aos atos que os visam.
• A psicologia descritiva então, deve-se ocupar
tanto da transcendência como da imanência.
• Os fenômenos psíquicos não podem ser
interpretados como ocorrências imanentes ao
ego psicofísico exclusivamente.
• Os objetos intencionais são considerados por
Husserl como vividos intersubjetivos.
• Husserl critica a noção de que os atos mentais
apenas podem ser exercidos sobre aquilo que é
efetivamente “dado” na consciência empírica.
• Os atos mentais são totalidades a impor uma
direção aos fenômenos psíquicos.
• Objetos intencionais não são realidades imanentes
à consciência psicofísica. São conteúdos inatuais
para os quais, na mediação dos conteúdos para os
atos atuais e a partir disso, a consciência se dirige.
• Os fenômenos psíquicos são “inatualidades
doadas pelo mundo e, portanto passíveis de
serem compartilhadas: são vividos essenciais,
ou essências.
• A individualidade só se manifesta no âmbito
de cada experiência vivida.
• A inatualidade consiste na frequentação do
mundo temporal pela consciência.
• Ainda que os fenômenos psíquicos dependam
dos atos perceptivos, os quais sempre são
individuais, estes não se confundem com os os
atos intencionais.
• A materialidade de cada ato perceptivo
consistem em modos de doação do mundo
inatual, em essências universais das quais a
consciência transcende.
• Para Husserl, os atos da consciência procedem
de relações. Daí a consciência ser sempre a
consciência-de-um-objeto.
• A consciência é uma instância
simultaneamente individual e pública, um
domínio ao mesmo tempo subjetivo e
intersubjetivo ou, conforme a formulação de
Husserl, uma “subjetividade intersubjetiva”.
• Importa compreender então, o modo
intencional como a consciência se desdobra
pelos vários modos de doação para os quais
transcende.
• As diferentes experiências intencionais da
consciência intersubjetiva: percepção,
rememoração, imaginação, comunicação
linguística, conhecimento objetivo, dentre
outros.
Intencionalidade intuitiva e Intencionalidade
Categorial
 Psicologia descritiva como eidética:
Fenomenologia

“Se o propósito da psicologia eidética é

descrever – como objetos transcendentes – as
essências, haja vista que as essências nada
mais são do que fenômenos para consciência,
então fazer psicologia eidética é,
simultaneamente, fazer fenomenologia”.
(Husserl, 1901).
• Voltar às coisas mesmas, não é voltar às
coisas-em-si, mas ao que é mesmo nas coisas;
e o mesmo nas coisas são as relações entre
vividos que a consciência efetivou.
 Husserl e Psicologia da Gestalt

• Propõe um emprego da noção de objeto em que o

objeto intencional cumpre uma função diferente do
objeto natural.
• Os psicólogos da Gestalt se ocuparam de ler, a partir da
fenomenologia, a vigência de leis ou estruturas relativas
à relação entre duas formas de existência natural: O
psiquismo de atos, por um lado, e as coisas físicas, por
outro.
• As idealidades universais foram tratadas pelos Psicólogos
da Gestalt como estruturas chamadas “GESTALTEN”.
Quais são as características elementares da
“GESTALTEN”?