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MEIO AMBIENTE E

SUSTENTABILIDADE
NA CONSTRUÇÃO
PROFESSOR: CAIRO DE S. BRAGA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL

• Educação ambiental é todo o processo empregado para preservar o patrimônio


ambiental e criar modelos de desenvolvimento, com soluções limpas e sustentáveis.
• Esta é uma área essencial na sociedade, pois desperta nos indivíduos o cuidado com a
prática de atividades que possam causar impacto ambiental, entre elas, a poluição do ar,
dos rios, a degradação do solo, a pesca predatória, o desmatamento, a produção de
energia com o uso de combustíveis poluentes, o destino do lixo etc.
• A educação ambiental é uma ação que hoje já está presente em todas as nações, que
buscam o desenvolvimento tecnológico sem exaurir os recursos naturais do planeta.
“O meio ambiente é, atualmente, um dos poucos assuntos que desperta o interesse
de todas as nações, independentemente do regime político ou sistema econômico. É
que as consequências dos danos ambientais não se confinam mais nos limites de
determinados países ou regiões. Ultrapassam as fronteiras e, costumeiramente, vêm
a atingir regiões distantes. Daí a preocupação geral no trato da matéria que, em
última análise, significa zelar pela própria sobrevivência do homem” (FREITAS, 1995:
• 7).
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS

• A preservação do meio ambiente depende muito da forma de atuação das gerações


presentes e futuras, e o que estão dispostas a fazer para diminuir o impacto ambiental das
suas ações.
• Por esse motivo, a educação ambiental é de extrema importância e deve ser abordada nas
escolas, para que todos os membros da sociedade desenvolvam uma consciência
ambiental e tenham atitudes responsáveis em relação ao meio ambiente.
MEIO AMBIENTE X DESENVOLVIMENTO

• Nos últimos anos, o desenvolvimento tecnológico da humanidade foi inigualável. Em


nenhum outro período histórico foram feitas tantas descobertas, em todos os campos da
ciência, gerando uma incrível capacidade de produção e de controle dos elementos
naturais. No entanto, também é o período histórico em que o ser humano gerou os meios
que podem levá-lo à extinção.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

• A Revolução Industrial foi um fenômeno internacional, que ocorreu de maneira gradativa,


a partir de meados do século XVIII e provocou mudanças profundas nos meios de
produção humanos até então conhecidos, afetando diretamente nos modelos econômicos
e sociais de sobrevivência humana. Esse fenômeno revolucionário teve início na
Inglaterra no século XVIII e rapidamente se espalhou por outros recantos do planeta,
promovendo o crescimento econômico e possibilitando uma maior geração de riqueza,
que por sua vez traria prosperidade e melhor qualidade de vida. No entanto, essa
revolução desencadeou dois processos que muito afetam o meio ambiente: o consumo dos
recursos naturais, que servem de matéria-prima para a fabricação dos mais diversos
produtos, e o lançamento de poluentes na natureza.
• Em decorrência do desenvolvimento acelerado do capital e a busca de garantir maior
lucratividade, a natureza passou a ser cada vez mais devastada. Visando amenizar os
efeitos do capitalismo sobre o meio ambiente, foram realizados vários debates referentes
à superação desses problemas com a busca de alternativas que pudessem diminuir os
efeitos da poluição e a devastação ambiental.
ACORDOS GLOBAIS

• 1972 CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO - Discussão do Desenvolvimento e


Ambiente, Conceito de Ecodesenvolvimento

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano foi realizada em 1972 em Estocolmo, na
Suécia, para discutir problemas ambientais no mundo. Idealizada pela Organização das Nações Unidas
(ONU), a Conferência alertou os países sobre as consequências da degradação do meio ambiente para o
planeta.
Representantes de 113 nações, de 250 organizações não governamentais e de organismos da ONU
compareceram ao evento. Os debates tiveram como resultado a Declaração sobre o Meio Ambiente
Humano, uma carta de princípios de comportamento e responsabilidades que deveriam nortear as decisões
sobre políticas ambientais. Um plano de ação também foi redigido e convocava os países, organismos das
Nações Unidas e organizações internacionais a cooperarem na busca de soluções para os problemas
ambientais.
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO
- 1983 A 1986

• A Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento foi criada pela ONU em 1983,
após uma avaliação dos 10 anos de vigência das ações propostas na Conferência de Estocolmo.
Nos primeiros três anos, o novo organismo promoveu discussões entre líderes de governo e
membros da sociedade civil, que resultaram no Relatório Nosso Futuro Comum (também
chamado Relatório Brundtland, em homenagem à presidente da comissão, Gro Harlem
Brundtland, então primeira ministra da Noruega).
• Lançado em 1987, o documento apontou a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável
e os padrões de produção e consumo da época. O relatório, que pela primeira vez definiu o
conceito de desenvolvimento sustentável, não sugeriu a estagnação do crescimento econômico,
mas sua conciliação com as questões ambientais e sociais. O documento enfatizou os perigos do
aquecimento global e da destruição da camada de ozônio e afirmou que a velocidade das
mudanças era maior do que a capacidade dos cientistas de avaliá-las e propor soluções.
RIO-92 - 1992

• Vinte anos depois da conferência de Estocolmo, foi a vez do Brasil sediar uma nova
reunião convocada pela Assembléia Geral das Nações Unidas. A Rio-92 ou Eco-92 reuniu
líderes mundiais e entidades ambientais no Rio de Janeiro para analisar a evolução das
políticas de proteção ambiental. No encontro, os objetivos principais foram:
NO ENCONTRO, OS OBJETIVOS PRINCIPAIS
FORAM:
• • avaliar a situação ambiental de acordo com o desenvolvimento;
• • estabelecer mecanismos de transferência de tecnologias não-poluentes aos países em desenvolvimento;
• • examinar estratégias para a incorporação de preocupações ambientais ao processo de desenvolvimento;
• • estabelecer um sistema de cooperação internacional para prever ameaças ambientais e prestar socorro
em casos de emergência;
• • reavaliar o sistema de organismos da ONU, criando, se necessário, novas instituições para implementar
as decisões da conferência.
• Participaram da Rio-92 172 países, representados por aproximadamente 10 mil participantes, incluindo
116 chefes de Estado. Integrantes de cerca de 1.400 organizações não governamentais também
receberam credenciais para acompanhar as reuniões.
1997 III CONFERENCIA DAS PARTES (QUIOTO,
JAPÃO)
• Onde foi proposto. O PROTOCOLO DE QUIOTO, acordo para diminuição dos gases
efeito estufa.
• O documento foi um dos mais importantes marcos para a preservação do meio ambiente
por definir compromissos mais rígidos para redução da emissão de gases de efeito estufa,
principal causador do aquecimento global.
• O Protocolo de Quioto propôs um calendário para países industrializados reduzirem as
emissões combinadas de gases de efeito estufa. Para que pudesse começar a valer, seria
necessária a ratificação de pelo menos 55 países, que juntos deveriam corresponder por
pelo menos 55% das emissões globais de gases do efeito estufa. O protocolo entrou em
vigor em fevereiro de 2005, mesmo sem adesão dos Estados Unidos, um dos principais
países emissores de gás estufa.
2002 - RIO + 10 (JOANESBURGO, ÁFRICA)
RIO + 10

• A Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, também chamada de


Rio+10, aconteceu em Joanesburgo, na África do Sul, em 2002. O objetivo era avaliar os
avanços e identificar os obstáculos que impediram os países de promoverem grandes
avanços em relação aos compromissos assumidos na Rio-92.
• Na Conferência foram escritos dois documentos: o Plano de Implementação, que tem
como base os resultados conseguidos desde a Rio-92 e busca acelerar o cumprimento dos
demais objetivos, e a Declaração Política, que reafirma o compromisso dos países com o
desenvolvimento sustentável.
CONFERÊNCIA DE BALI - 2007

• A Conferência de Bali, na Indonésia, em 2007, teve o objetivo de traçar metas ainda mais
ambiciosas do que as estabelecidas pelo Protocolo de Quioto quanto às emissões de gases
do efeito estufa.
CONFERÊNCIA DE COPENHAGUE - 2009

• Tal como nos eventos anteriores, foi a vez da capital da Dinamarca sediar uma
conferência mundial em busca de soluções para o aquecimento global e firmar de vez um
acordo a ser seguido pelos países mais ricos em prol dos mais pobres. Porém, ao contrário
das expectativas, não se obteve o sucesso que se esperava e o Acordo de Copenhague,
um documento de apenas 12 parágrafos, não possui a representatividade ou até mesmo
legalidade necessária. 
CONFERÊNCIA DO CLIMA DA ONU DE DURBAN –
2011
• Evento realizado em Durban, na África do Sul, reuniu representantes de 190 nações para
decidir pela renovação – ou não – no mais importante acordo feito até então para
contenção dos gases de efeito estufa: o Protocolo de Quioto. Ao final, foi lançado as
bases de um futuro acordo de controle da poluição que deverá ser aprovado até 2015 e
entrar em vigor apenas a partir de 2020 – o que foi alvo de críticas de ambientalistas pelo
mundo todo.
CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO+20) –
2012
• Vinte anos após a Rio 92, mais de 45 mil participantes, entre chefes de governo e
sociedade civil, voltaram a se reunir na cidade do Rio de Janeiro, entre 13 e 22 de junho
de 2012. O documento final da conferência, intitulado “O Futuro Que Queremos”
(conteúdo em inglês), apontou a pobreza como o maior desafio a ser combatido. 
• O texto também defende o fortalecimento do Programa da ONU para o Meio Ambiente
(Pnuma) e a criação de um órgão político para apoiar e coordenar ações internacionais
para o desenvolvimento sustentável.
• Além disso, os 188 países presentes na Rio+20 se comprometeram a investir US$ 513
bilhões em projetos, parcerias, programas e ações nos próximos dez anos nas áreas de
transporte, economia verde, energia, proteção ambiental, desertificação e mudanças
climáticas, entre outros.
O IMPACTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MEIO
AMBIENTE
• Muita gente não sabe, mas das atividades humanas sobre a terra, a construção civil é uma
das que mais causam impacto no meio ambiente. 

No Brasil, por exemplo, aproximadamente 35% de todos os materiais extraídos da


natureza anualmente (madeira, metais, areia, pedras, etc.) são usados pela construção
civil. 
• Além dos recursos naturais utilizados, mais de 50% de toda a energia produzida no Brasil
é usada para abastecer nossas casas e condomínios. Uma parte considerável de energia
poderia ser facilmente economizada se essas construções aproveitassem melhor a luz
solar natural ou então usassem lâmpadas e chuveiros econômicos, por exemplo. 

Para diminuir esse impacto ambiental, nas últimas décadas do século 20 os profissionais
de engenharia civil começaram a desenvolver o conceito de construção sustentável. 
O CONCEITO DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL DENTRO DA
ENGENHARIA CIVIL 

• A Construção Sustentável é um conceito moderno da Engenharia Civil que pode ser


aplicado ao projeto de qualquer tipo de estrutura, indo desde pequenas casas populares
até a construção de grandes prédios, como fábricas ou hospitais. 

Na construção sustentável, os engenheiros civis e arquitetos procuram usar tecnologias


ecológicas nas obra para preservar o meio ambiente e poupar os recursos naturais. 
O CONCEITO DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL É
BASEADO EM 5 IDEIAS BÁSICAS:
• 1 – Projetos Inteligentes
• Projetos de engenharia civil e arquitetura inteligentes aproveitam melhor as
características do terreno e também da natureza, tais como iluminação solar natural para
poupar o uso de lâmpadas quando a construção ficar pronta.
• 2 – Redução da Poluição 

Uma obra de engenharia civil sempre gera muita poluição. Esta poluição pode ser reduzida
drasticamente através do melhor aproveitamento dos materiais (redução de desperdício) e
também através do uso de ferramentas e estruturas inteligentes (andaimes de metal
reutilizáveis ao invés dos tradicionais andaimes de madeira comuns na construção civil). 

Outra maneira interessante de reduzir a poluição é separar as sobras da construção pedaços


de concreto, tijolos quebrados, tocos de madeira, pedaços de ferro, etc.). O que puder ser
reaproveitado em outras obras é armazenado, o que puder ser reciclado é enviado para a
reciclagem.
• 3 – Materiais Ecológicos 

O uso de materiais ecológicos é outro princípio fundamental da construção sustentável.


Plástico reciclado, madeira de reflorestamento, concreto reciclado (concreto aproveitado a
partir da demolição de outros edifícios) são várias as opções de materiais que podem ser
usados pela Engenharia Civil para aumentar a sustentabilidade de uma construção. 
• 4 – Eficiência Energética
• Além de construir obras de maneira ecológica, a construção sustentável também busca
casas e prédios que possam ser mantidos de modo econômico. Uma das formas de tornar
um edifício mais econômico e sustentável é através da eficiência energética. Isso pode ser
alcançado com o uso de lâmpadas e eletrodomésticos econômicos, energia solar para
aquecer a água e melhor aproveitamento do calor e do frio (que evita a necessidade do
uso de ar condicionado).
• 5 – Aproveitamento da Água
A água, um dos bens mais preciosos da humanidade, também pode ser aproveitada segundo
os conceitos da construção sustentável. A água das chuvas, por exemplo, pode ser
facilmente estocada em cisternas e caixas d’água para ser usada em tarefas como regar
plantas, lavar o chão ou então nos vasos sanitários. O desperdício também pode ser evitado
através do uso de encanamentos de maior resistência e de modelos de torneiras mais
eficientes.
O QUE SÃO EDIFÍCIOS VERDES?

• Edifícios verdes são prédios que seguem determinados parâmetros e que têm uma
preocupação toda especial com o meio ambiente em que estão inseridos e com a correta
utilização dos recursos naturais necessários ao seu funcionamento e a correta destinação
dos resíduos gerados por essa utilização. Assim, a preocupação com a eficiência e com a
qualidade é sempre voltada para o mínimo impacto ambiental possível.
• O que começou como “uma onda militante” por parte dos ecologistas de “primeira hora”
acabou chegando à mesa dos grandes empresários que perceberam que podiam adotar as
práticas indicadas para os edifícios verdes e ainda sim obter lucro com aquela “coisa
nova”. A economia gerada com a redução do consumo de água e de energia elétrica
compensava de longe os gastos necessários para a conversão dos prédios já existentes ou
da construção de novos prédios exclusivamente projetados para serem assim.
• Para que os prédios sejam considerados verdes, eles devem seguir preceitos e
determinações rígidas quanto a construção, qualidade do ar; uso da energia; uso da água;
segurança de trabalho e higiene do ambiente ocupacional; uso de materiais
ecologicamente corretos; observação da ergonomia em móveis e utensílios; tratamento
correto dos resíduos sólidos e controle da emissão de poluentes.
QUANTO À QUALIDADE DO AR

• Os edifícios verdes devem manter o ar interno sempre com boa qualidade; efetuando
análises no ar circulante e do interior dos dutos de ar condicionado; eliminando ou
reduzindo a circulação de gases poluentes ou agentes contaminantes biológicos. Devem
também ter preocupação com áreas para fumantes, uso de detergentes que tenham odores
fortes e o conforto térmico.
NA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

• Os prédios verdes devem buscar fortes alternativas de energia ou fontes emergenciais que
garantam a iluminação em caso de acidentes; controle de consumo e busca da eficiência
total.
A QUESTÃO DA ÁGUA TAMBÉM É CRUCIAL NOS
PRÉDIOS VERDES.
• O desperdício deve ser combatido a todo custo, bem como a garantia da mais alta
qualidade da consumida no prédio deve ser observada a cada instante. Um controle rígido
sobre torneiras e válvulas de descarga deve ser exercido.
DECORAÇÃO

• Aspectos da decoração interior devem ser levados com consideração como o uso de
plantes e de materiais isolantes de ruídos. Além do uso de materiais certificados e
eficientes. A preocupação com o uso de mobiliário ergonomicamente adequado e com a
saúde dos trabalhadores que utilizarão os espaços; notadamente em relação a elementos
que possam provocar alergias, assim como a redução ou eliminação da emissão de
radiação ambiental.
PROGRAMAS DE COLETA SELETIVA DE LIXO

• os edifícios verdes devem ter programas de coleta seletiva de lixo e um gerenciamento de


resíduos impecável. Com a manutenção de programas que visem educar e orientar os
habitantes para essas boas práticas.
DEFINIÇÃO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL

• A construção civil é um importante segmento da indústria tida com um importante


indicativo do crescimento econômico e social. Normalmente é um dos primeiros
segmentos a sofrerem impactos diretos da economia, podendo ter crescimentos
expressivos ou mesmo passar por recessão de acordo com a saúde financeira do país em
questão.
• Contudo, também constitui uma atividade geradora de impactos ambientais e seus
resíduos têm representado um grande problema para ser administrado. Além do intenso
consumo de recursos naturais, os grandes empreendimentos colaboram com a alteração
da paisagem e, como todas as demais atividades da sociedade, geram resíduos.
• Neste sentido, o setor de Resíduos Sólidos da Construção Civil se depara com o grande
desafio de conciliar sua atividade produtiva e lucrativa com o desenvolvimento
sustentável consciente. Os RCC devem ter um gerenciamento adequado para evitar que
sejam abandonados e se acumulem em margens de rios, terrenos baldios ou outros locais
inapropriados.
• De forma geral, os Resíduos Sólidos da Construção Civil são vistos como resíduos de
baixa periculosidade, sendo o impacto causado pelo grande volume gerado. Contudo, a
disposição irregular desses resíduos pode gerar problemas de ordem estética, ambiental e
de saúde pública pois nesses resíduos também há presença de material orgânico, produtos
químicos, tóxicos e de embalagens diversas que podem acumular água e favorecer a
proliferação de insetos e de outros vetores de doenças e podem representar um grave
problema em muitas cidades brasileiras. De outro lado, constitui um problema que se
apresenta as municipalidades, sobrecarregando os sistemas de limpeza pública.
DEFINIÇÃO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL

• Em de 5 de julho de 2002, o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA do Brasil


publicou a Resolução de número 307, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a
gestão dos resíduos da construção civil no Brasil, disciplinando as ações necessárias de forma a
minimizar os impactos ambientais e define Resíduos Sólidos da Construção Civil da seguinte
forma:
• RESOLUÇÃO CONAMA nº 307 Art. 2° Inciso I: Resíduos Sólidos da Construção
Civil: são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de
construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos,
blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e
compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos,
tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha.”
OUTRA DEFINIÇÃO IMPORTANTE É A DE AGREGADO
RECICLADO CONFORME A MESA RESOLUÇÃO:

• RESOLUÇÃO CONAMA nº 307 Art. 2° Inciso IV – Agregado reciclado: é o material granular


proveniente do beneficiamento de resíduos de construção que apresentem características
técnicas para a aplicação em obras de edificação, de infra-estrutura, em aterros sanitários ou
outras obras de engenharia;

• Um fato interessante é que a Resolução CONAMA 307, alterada pela Resolução 348/2004,
determinou que o gerador deve ser o responsável pelo gerenciamento desses resíduos. Essa
determinação representou um importante marco legal, determinando responsabilidades e
estipulando a segregação dos resíduos em diferentes classes e encaminhamento para reciclagem
e disposição final adequada. As áreas destinadas para essas finalidades deverão passar pelo
processo de licenciamento ambiental e serão fiscalizadas pelos órgãos ambientais competentes.
• Em 02 de agosto de 2010 foi sancionada a Lei 12.305/2010 também conhecida como
Política Nacional de Resíduos Sólidos brasileira que regula o manejo ambientalmente
corretos para todos os resíduos, implementa metas de redução, reutilização, reciclagem no
intuito de reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos para destinação final e define os
Resíduos da Construção Civil da seguinte maneira:
• Lei 12.305/2010 Art. 13° Inciso h – Resíduos da construção civil: os gerados nas
construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os
resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis;

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