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É necessário abandonar a pretensão de compreender o
ensino e aprendizagem como se fossem entidades separadas
e sem conexão entre si, como se fosse possível e razoável
explicar a aprendizagem dos alunos à margem da ação
educacional e de ensino de seus professores e,
inversamente, como se fosse possível entender e valorizar a
ação educacional e do ensino dos professores à margem de
sua incidência sobre a aprendizagem dos alunos.
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A exigência de considerar o ensino, a aprendizagem e a
avaliação como ingredientes de um mesmo processo
encontra sua justificativa na própria natureza da educação
escolar porque:
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3. A natureza social da educação escolar e, mais
especificamente, sua função socializadora e de promoção
do desenvolvimento pessoal estão na base da dupla
vertente social e pedagógica da avaliação e dão conta de
sua importância para avaliar tanto se se cumpre o projeto
social e cultural que preside e orienta a educação escolar
quanto se a ação educacional e do ensino garante
efetivamente o acesso dos alunos aos saberes culturais
selecionados para fazer parte do currículo escolar;
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4. A avaliação das aprendizagens dos alunos é um
ingrediente fundamental da educação escolar e do
processo escolar de ensino-aprendizagem; os esforços
para melhorar a educação exigem necessariamente a
revisão e a melhoria das práticas de avaliação; um ensino
adaptador, isto é, um ensino que respeite a diversidade de
capacidades, interesses e motivações dos alunos, exige
uma avaliação “inclusiva”, isto é, práticas de avaliação que
também levem em conta a diversidade.
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Elementos da avaliação:
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3. Objetividade da avaliação
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A avaliação formativa ou reguladora tem como finalidade
relacionar as informações relativas à evolução do processo
de aprendizagem dos alunos com as características da ação
didática, à medida que se desdobram e avançam as
atividades de ensino-aprendizagem. Portanto, o juízo de
valor resultante versa sobre o próprio desenvolvimento do
processo educacional e deve ser útil, em princípio, tanto para
ajudar o professor a tomar decisões que lhe permitam
melhorar a sua atividade docente como para ajudar os
alunos a melhorar sua atividade de aprendizagem.
A avaliação formativa ou reguladora tem como finalidade
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Nos ensinos primário e secundário, a atenção à diversidade
não é uma escolha, mas uma exigência iniludível, decorrente
de suas próprias finalidades e, para a implementação de
uma ação educacional que respeite o princípio de atenção à
diversidade, a avaliação é imprescindível. A ênfase deve ser
atribuída logicamente à função reguladora da avaliação. E
não apenas, no caso da avaliação formativa, mas também
da inicial e da sumativa.
Embora seja verdade que, em linhas gerais, essas são as
formulações refletidas pelas normas caboverdianas vigentes
sobre a avaliação da aprendizagem nos ensinos primário e
secundário, a realidade das práticas avaliadoras nas escolas
e nas salas de aula é infinitamente mais complexa e
matizada como consequência, em boa medida, da dupla
função, pedagógica e social, que acaba a avaliação sumativa
desempenhando inevitavelmente. Pois, o fenómeno social é
mais rico do que a lei, a vida mais rica do que os esquemas
e a realidade objetiva mais rica do que qualquer teoria.
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Três ordens de fatores, dentre várias outras, que impedem
uma avaliação promotora de aprendizagem significativa nas
nossas salas de aula:
1. Uma estruturação curricular, principalmente no ensino
secundário, que, não se articulando às condições das
escolas, dificulta a transdisciplinaridade ou até mesmo
interdisciplinaridade.
2. Fraco domínio ou conhecimento teórico das abordagens
do processo de ensino-aprendizagem e, consequentemente,
das teorias e práticas de avaliação com que o próprio
professor trabalha.
3. As ações de muitos professores na sala de aula baseiam-
se em crenças fortemente sedimentadas, que alimentam
“hábitos de resistência” a uma mudança mais profunda no
seu fazer, quais sejam:
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“Ensinar é falar”;
“Professor fala e aluno ouve”;
“Aprender é reproduzir”;
“Errar é o contrário de acertar”;
“Bom aluno é aluno obediente”;
“Só se ensina seguindo-se a fórmula: Início – Meio – Fim”;
“Avaliação é instrumento de manutenção do poder”;
“Indisciplina é sempre falta de respeito”;
“Preciso arrumar o conteúdo para que o aluno aprenda”;
“Construir conhecimento dá muito trabalho”;
“Isso tudo é muito bonito, mas, na prática, a teoria é outra”
“E a bagunça, quem controla?”;
“E como fica o currículo?”
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Uma real avaliação deve conter em si, três princípios
essenciais:
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OBRIGADO PELA ATENÇÃO
Referencias bibliográficas
César Coll, Álvaro Marchesi, Jesús Palacios & colaboradores. Desenvolvimento psicológico
e educação: Psicologia da educação escolar; Capítulo 22, pp. 370-385. V. 2, 2 a edição;
Artmed, 2004.
Furtado, Júlio (s/d). As desaprendizagens do professor; O desafio de promover
aprendizagem significativa. www.juliofurtado.br
Haidt, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral (2002). 19