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habitavam os poetas
Exaltação Reforma
formal Objetividade social
Alienação Descritivismo
Social
O nome parnasianismo surgiu na
França e deriva do termo "Parnaso",
que na mitologia grega era o monte
do deus Apolo e das musas da
poesia.
Um dos princípios norteadores dos
parnasianos era a “arte pela arte”, ou
seja, a concepção de que a arte deve
estar descompromissada da realidade,
procurando atingir sobretudo a
perfeição formal, sem se preocupar com
questões sociais, políticas, econômicas
ou religiosas.
Os poetas parnasianos brasileiros
representativos são: Alberto de Oliveira,
Raimundo Correia e Olavo Bilac – que
formam a famosa “tríade ou trindade
parnasiana”.
1) OBJETIVISMO E IMPESSOALIDADE
Olavo Bilac foi um dos mais louvados poetas de seu tempo, e ainda
hoje tem prestígio. Foi um artífice da palavra, sabendo conjugar o
rigor formal parnasiano com grande expressividade, obtendo efeitos
imagéticos e ritmos interessantes, depositando no último terceto de
seus sonetos a síntese de suas idéias, a chamada “chave de ouro”..
Seus temas mais frequentes são:
Amor sensual: vazado num erotismo que oscila entre o
explícito e o requintando; mas essa sensualidade não vulgariza
o amor, que sempre aparece como sentimento nobre e
transcendente.
O nacionalismo: em que o autor revela seu conservadorismo;
episódios da história do Brasil e suas personagens são
frequentes nessas poesias.
A mitologia greco-latina: assiduamente abordada pelo poeta.
A metalinguagem: eleição da própria poesia como tema
poético, está entre as preferências de Bilac.
O índio: aparece em sua obra como um eco romântico tardio.
Um certo decadentismo da vida e das coisas é também uma
das tônicas de sua poesia.
Nasceu em Palmital de Saquarema, Rio de Janeiro, em
1857.
Em seu primeiro livro, Canções Românticas, a influência
do Romantismo é nítida, mas, apesar disso, nota-se que
ele prioriza o rigor formal e já apresenta certa
contenção emocional, a partir de Meridionais, abraça o
ideário parnasiano ao qual se manteria fiel, e algumas
nuanças simbolistas em suas obras finais. Isso não
impediu que ele fosse tido pela crítica como o mais
radical dos nossos parnasianos.
Morreu em Niterói, em 1937.
Nasceu no Maranhão (baía de Mongúcia), em 1860.
Seu livro de estréia, Primeiros Sonhos, traz poemas sentimentais,
ainda sob influência romântica. A partir do segundo, Sinfonias,
Raimundo Correia rendeu-se aos ideais da estética parnasiana,
tornando-se um de seus melhores representantes em língua portuguesa,
não apenas pelo apurado requinte formal, mas também pela
profundidade com que desenvolveu seus temas.
Soube driblar a impessoalidade proposta pelo
Parnasianismo e atingir o universalismo,
desenvolvendo temas sociais e, sobretudo,
filosóficos : a busca de uma verdade essencial e
imorredoura, os conflitos da condição humana,
etc. Seus poemas têm uma suavidade e uma
melancolia acalentadas pela influência de
Schopenhauer, pensador alemão que acreditava
que a arte é a sublimação da dor, e o
sofrimento é inerente à condição humana.
Morreu em Paris, em 1911, de problemas renais.