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Linguagens, Códigos e suas

Tecnologias - Português
Ensino Médio, 2ª Série
Prosa: conto e romance.
LÍNGUA PORTUGUESA, 2° Ano do Ensino Médio
Gêneros textuais: romance e conto

Gêneros textuais: romance e conto

Narrativas de ficção
Romance: Conto:
Narrativa mais ou menos longa. Narrativa curta .
Várias histórias paralelas. Brevidade: as ações evoluem
a partir de um único motivo.
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/r

nitem=250026&sid=11516812514829667403042
Imagem: José de Alencar / Ubirajara, 1874 /
L&PM Editores /

esenha.asp?

746

Imagem: Branca de Neve / Jeroen Kransen / licence Creative


Commons Paternité – Partage des conditions initiales à l’identique 2.0
générique
LÍNGUA PORTUGUESA, 2° Ano do Ensino Médio
Gêneros textuais: romance e conto

Romance
Como, quando e por que surgiu o romance ?
Epopeia: Romance:

• narrativa escrita em versos; • a princípio escrito em verso /


transformado nas narrativas em prosa;

• destinada a um público aristocrata – vasta • surgiu devido à ascensão da burguesia;


formação cultural;
 
• no século XVII, a epopeia começou a • no século XVII - variante da epopeia;
perder lugar;
• língua muito mais simples e coloquial;
• língua mais culta.
• em Portugal : primeiro romance - século
XIX (Camões, do escritor Almeida Garrett);

• no Brasil: primeiro romance (1843 )


O filho do pescador, de Teixeira e Sousa.
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Gêneros textuais: romance e conto

 narrativa complexa e longa;

 formas ou tipos mais variados;

 personagens - várias (envolvem-se numa série complexa de ações);


Características

 cenário / espaço - variado;

 tempo (período de duração - longo);

 enredo ( vários fatos: ações contadas pouco a pouco, ao longo de várias


páginas );

 narrador ( foco narrativo: 1ª ou 3ª pessoa );

 podem ser românticos, de suspense, aventura, policial e muito mais


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Gêneros textuais: romance e conto

Romances: nem sempre são histórias de amor

Quanto ao tipo de abordagem:

• Romance urbano: retrata e critica os costumes da sociedade.


No Brasil - introdutor: Joaquim Manoel de Macedo

( 1844) - A Moreninha (caracterização do espaço urbano )

Outros representantes :

José de Alencar: Senhora, Lucíola;


Manuel Antônio de Almeida: Memórias de um Sargento de Milícias;
Érico Veríssimo: Clarissa, Olhai os Lírios dos Campos.
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Gêneros textuais: romance e conto

A Moreninha
( Joaquim Manoel de Macedo )

Quatro estudantes de Medicina reunidos em um quarto


num momento de ócio conversam sobre os sortilégios do amor.
Augusto se diz um homem fiel ao seu sentimento, afirmando que
não se apaixona tão facilmente por uma mulher. Convidado por
Felipe, juntamente com mais dois amigos, Fabrício e Leopoldo, a
passarem o fim de semana na casa da avó de Felipe, D. Ana,
Augusto é posto a prova. Por ele garantir aos seus colegas ser
incapaz de amar uma mulher por mais de três dias, os três
propõem um desafio: a partir daquele fim de semana, Augusto irá
se envolver sentimentalmente com uma das moças, apenas uma
por, no mínimo, quinze dias. Caso Augusto perca a aposta, terá de Imagem: Joaquim Manuel de
Macedo / A Moreninha, 1844 /
escrever um livro, um romance no qual contará a história do seu Editora Todolivro /
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primeiro amor duradouro. br/scripts/resenha/resenha.as
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[...] nitem=19025693&sid=115168
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Tipos
• Romance regionalista:
Aborda questões sociais de determinadas regiões
Por exemplo: o linguajar.

Principais representantes brasileiros:

Bernardo Guimarães (O Ermitão de Muquém)


Graciliano Ramos, (Vidas secas)
Rachel de Queiroz, (O Quinze)
José Lins do Rego, (Menino de engenho, Bangüê, Usina)
Érico Veríssimo, (Clarissa, Caminhos cruzados – retrata os pampas gaúcho)
Jorge Amado (Terras do sem-fim, conta histórias de Salvador)
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Vidas Secas
( Graciliano Ramos )
Mudança
Em meio à paisagem hostil do sertão nordestino, quatro
pessoas e uma cachorrinha se arrastam numa peregrinação silenciosa . O
menino mais velho, exausto da caminhada sem fim, deita-se no chão,
incapaz de prosseguir, o que irrita Fabiano, seu pai, que lhe  dá
estocadas com a faca no intuito de fazê-lo levantar. Compadecido da
situação do pequeno, o pai toma-o nos braços e carrega-o, tornando a
viagem ainda mais modorrenta .
A cadela Baleia acompanha o grupo de humanos agora sem a
companhia do outro animal da família, um papagaio, que fora sacrificado
na véspera a fim de aplacar a fome que se abatia sobre aquelas pessoas.
Imagem: Graciliano
Na verdade, era um papagaio estranho, que pouco falava, talvez porque Ramos / Vidas Secas,
1938 / Editora
convivesse com gente que também falava pouco . Corregidor /
http://www.livrariacultura
Errando por caminhos incertos, Fabiano e família encontram .com.br/scripts/resenha/
resenha.asp?
uma fazenda completamente abandonada. Surge a intenção de se fixar nitem=22116864&sid=1
por ali. Baleia aparece com um preá entre os dentes, causando grande 1516812514829667403
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alegria aos seus donos. [...]
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Tipos
•Romance indianista: retrata os costumes indígenas.
Ocorrido principalmente no Romantismo
Algumas vezes, fazem uma idealização do índio que vira um herói.

Alguns representantes:

José de Alencar: O Guarani


Iracema - a mais bela lenda indígena em prosa

Mais modernamente, o indianismo é visível (1) nas obras:


Mário de Andrade: Macunaína
Raul Bopp: Cobra Norato
Cassiano Ricardo: Martin Cererê
(1) De maneira, para ilustrar a composição étnica brasileira.
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Iracema
( José de Alencar )

Durante uma caçada, Martim se perdeu dos


companheiros pitiguaras e pôs-se a caminhar sem rumo durante
três dias.
No interior das matas pertencentes à tribo dos
tabajaras, Iracema deparou-se com Martim. Surpresa e
amedrontada, a índia feriu o branco no rosto com uma flechada.
Ele não reagiu. Arrependida, a moça correu até Martim e
ofereceu-lhe hospitalidade, quebrando com ele a flecha da paz.
[...]

Imagem: José de Alencar /


Iracema, 1865 / Editora
Todolivro /
http://www.livrariacultura.com.br/
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nitem=19025690&sid=11516812
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Tipos

• Romance histórico: vida e costumes de certa época e lugar da história.

Mescla fatos realmente ocorridos e fatos fictícios.

No Brasil - Reinterpretação nacionalista.


Revalorização e idealização de nosso passado.

Representantes:

José de Alencar: As Minas de Prata, A guerra dos Mascates


Bernardo Guimarães: Lendas e Romances, Histórias e Tradições da Província de Minas
Gerais Franklin Távora: O Matuto, Lourenço.
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Gêneros textuais: romance e conto

As minas de prata
( José de Alencar )

As Minas de Prata mostra o Brasil na época, como colônia


de Portugal. Anos em que havia grande interesse europeu em
terras brasileiras para a exploração do pau-brasil, madeira que
existia com relativa abundância em largas faixas da costa brasileira.
Nesse período, o Brasil vivia sob constantes ameaças holandesas,
espanholas e da Companhia de Jesus. É nesse meio que estão as
minas de prata, que assim, dão origem à história de José de
Alencar, narrada em terceira pessoa.
A fortuna prometida pelas lendárias minas de prata de
Robério Dias teria o poder de decidir o destino da colônia. No
entanto, para defender o Brasil e o grande amor que sente por Inês Imagem: José de Alencar /
As Minas de Prata, 1865 /
ou Inesita, Estácio, filho de Robério Dias, teria que resgatar o Editora Ática /
roteiro das minas. Tal roteiro que fora deixado pelo pai de Robério http://www.livrariacultura.co
m.br/scripts/resenha/resenh
Dias, Moribeca, antes de morrer. a.asp?
nitem=561865&sid=115168
[...] 12514829667403042746
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Romance histórico
Atualmente
Fusão: narrativa policial, fatos políticos e abordagem histórica.

Ex: Agosto, de Rubem Fonseca - ( acontecimentos políticos que levaram Getúlio


Vargas ao suicídio )
Olga, de Fernando Morais – (história da esposa de Luís Carlos Prestes entregue aos
alemães nazistas pelo governo de Getúlio Vargas).
Autor Desconhecido / German Federal
Imagem: Olga Benario-Prestes, 1928 /

Commons Attribution-Share Alike 3.0

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Capa
_d%27filme_Olga.jpg
Archives / Creative

Germany
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Tipos

• Romance psicológico: análise dos motivos íntimos das decisões e indecisões


humanas.

Na Literatura Brasileira - marco inicial:


Dom Casmurro, de Machado de Assis

Outros romances:

Perto do Coração Selvagem e Laços de Família, de Clarice Lispector;


São Bernardo, de Graciliano Ramos;
A Menina Morta, de Cornélio Pena;
Crônica da Casa Assassinada, Lúcio Cardoso;
Entre outros.
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Gêneros textuais: romance e conto

Dom Casmurro
( Machado de Assis )

Adolescente, Bentinho descobre-se apaixonado pela


menina da casa ao lado, a Capitu. Inteligente, com ideias
atrevidas, Capitu convence Bentinho a não concordar com o
projeto de sua mãe, Dona Glória, senhora viúva e rica, que queria
fazê-lo padre. Bentinho tanto encanta-se pela firmeza de Capitu
quanto fica fascinado por seus cabelos, pelos olhos de ressaca e
começa a conhecer as regras do amar.
A vida toma o rumo que desejam os apaixonados:
depois do seminário, do curso de Direito em São Paulo, casam-se.
A vida corre feliz até o dia em que brota o ciúme, de tudo e de
todos. A história de amor transforma-se numa história de
suspeita de traição.
Imagem: Machado de Assis / Dom
[...] Casmurro, 1899 / Editora L&PM
Editores /
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ts/resenha/resenha.asp?
nitem=58469&sid=115168125148296
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Gêneros textuais: romance e conto

Tipos

• Romance gótico:
(reação ao racionalismo iluminista e, ao mesmo tempo,
ao aristocratismo)
Aborda toda série de horrores, mistérios terrificantes, torturas
etc.
Ex: Lira dos Vinte Anos (2) de Álvares de Azevedo (1853)
(2) Essa obra não é prosa (romance) e sim poesia.
O mais representativo autor brasileiro da literatura
gótica.
Noite na Taverna (3) - coletânea de contos (1855),
Imagem: Álvares de Azevedo / Lira
publicados após sua morte dos Vinte Anos, 1853 / Editora L&PM
Editores /
(3) Em termos de subgênero, essa obra é organizada em contos http://www.livrariacultura.com.br/scri
pts/resenha/resenha.asp?
nitem=168679&sid=1151681251482
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Tipos

Quanto à época ou escola literária:

• Romance romântico:

Destaca ideais cavalheirescos.

A idealização da mulher.

O heroísmo ( dignidade e amor à pátria nas personagens masculinas).

Apresentam luta constante entre o bem e o mal.

Narram sempre histórias de amor com Final Feliz.


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Romance romântico

Abrange outras temáticas como:

 romance urbano,

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 romance indianista,

Imagem: José de Alencar / Lucíola, 1862 / Editora L&PM

nitem=268669&sid=11516812514829667403042746
 romance regionalista

Ex: Lucíola ( José de Alencar ) (4)


(4) Exemplo de romance urbano

Um dos mais polêmicos romances de José de

Editores /
Alencar, Lucíola conta a história de um jovem de
família tradicional que se apaixona por uma ex-
prostituta.
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Tipos

Quanto à época ou escola literária:

• Romance realista:

Temática influenciada pelo cientificismo da época.


Carregado de críticas sociais .

Traz à tona defeitos dos homens, como: o materialismo, a traição, defeitos de caráter
e personalidade explicados pelo determinismo.

Personagens: não constituem meros tipos sociais - são capazes de atitudes


inesperadas

A linguagem : correta e a narrativa lenta (pausas para minuciosas descrições)


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Memórias póstumas de Brás Cubas


( Machado de Assis )

 A história começa com a sua morte retornando para


seu nascimento, o narrador toma essa atitude por

Imagem: Joaquim Maria Machado de Assis (1839 – 1908) / Memórias


contar suas memórias após sua morte e por achar
mais apropriado. “Algum tempo hesitei se devia abrir
estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se

Póstumas de Brás Cubas, 1881 / Original uploader


poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a
minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo

was Lupo at en.wikipedia / Domínio Público


nascimento, duas considerações me levaram a adotar
diferente método: a primeira é que eu não sou
propriamente um autor defunto, mas um defunto
autor, para quem a campa foi o outro berço; a
segunda é que o escrito ficaria assim, mais galante e
mais novo.”
[...]
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Tipos

Quanto à época ou escola literária:

• Romance naturalista:
Em muitos casos não se separa das narrativas realistas.

Imagem: Aluísio Azevedo / O

Acampado / Domínio Público


Editora / Disponibilizado por:
Tem basicamente as mesmas características.

Cortiço, 1890 / Eucleia


Produzidos no mesmo período.

Diferença básica entre as duas tendências:

Romances realistas: trazem Romances naturalistas: tendem aos


personagens com características aspectos patológicos, dando margem
comuns à natureza humana a características animalescas

A análise social - feita a partir de personagens marginalizadas.


 
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Gêneros textuais: romance e conto

Tipos

Quanto à época ou escola literária:

• Romance modernista:

Caráter revolucionário - protesto a qualquer tipo de convenção social.

Várias tendências - às vezes até individuais.

Não se pode destacar muitas características em comum entre as obras.

Apresentam forte crítica social - novas abordagens - visões do mundo.

 
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Gêneros textuais: romance e conto

Conto

Histórico

/ Academia Brasileira de Letras / Domínio


Imagem: Joaquim Maria Machado de Assis
Nos primórdios: a primeira fase ( oral ) - impossível
precisar o seu início ( tempo em que não existia a escrita).

No século XIV - afirma-se como uma categoria estética


( depois de passar da oralidade para a escrita ).

Atribui-se ao escritor norte americano Edgar Allan Poe a

Público
determinação da forma desse tipo de texto.

No século XIX –O conto brasileiro atinge seu ponto mais alto com Machado de Assis.
Obras de análise psicológica e social: “O enfermeiro”, “A cartomante”,
“A igreja do Diabo”, “O alienista”, “Pai contra mãe”, “A causa secreta”, “O espelho” e
“Missa do galo”, entre outros.
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A Cartomante
( Machado de Assis )

Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que sonha
a nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa
sexta-feira de novembro de 1869, quando este ria dela, por ter ido na véspera,
consultar uma cartomante; a diferença é que o fazia por outras palavras.
— Ria, ria. Os homens são assim; não acreditam em nada. Pois saiba que fui, e
que ela adivinhou o motivo da consulta, antes mesmo que eu lhe dissesse o que era.
Apenas começou a botar as cartas, disse-me: "A senhora gosta de uma pessoa..."
Confessei que sim, e então ela continuou a botar as cartas, combinou-as, e no fim
declarou-me que eu tinha medo de que você me esquecesse, mas que não era
verdade...
— Errou! Interrompeu Camilo, rindo.
— Não diga isso, Camilo. Se você soubesse como eu tenho andado, por sua
causa. Você sabe; já lhe disse. Não ria de mim, não ria...
[...]
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Gêneros textuais: romance e conto

Machado de Assis

Deixa outros contos publicados:

 “Contos fluminenses”

 “Histórias da meia-noite”

 “Histórias sem data”

 “Várias histórias”

 “Páginas recolhidas”

“Relíquias da casa velha”


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Características:

Principal: brevidade / unicidade estrutural.

 reduzido número de personagens, em geral planas;


trama única;
 evolução das ações – a partir de um único motivo
( de forma linear – situação inicial: ocorre o motivo )
( não linear - motivo revelado no meio do conto);
 concentração do espaço e do tempo;
 verossimilhança ( lógica interna da obra );
também apresenta um conflito;
clímax (a partir daí, não há qualquer outra ação que complique mais as
situações).
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Partes

* Introdução (ou apresentação) – situação inicial;

* Complicação (ou desenvolvimento) – desenvolve o conflito;

* Clímax – momento mais tenso da narrativa ( tudo pode acontecer);

* Desfecho (ou conclusão) – final da história ( solução para o conflito )


Pode ser de vários modos: triste, alegre, surpreendente, engraçado, e até mesmo...
trágico!!!
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Analisando o Conto: “A bela e a fera”


( Jeanne-Marie de Beaumont )

Um rico mercador tinha três filhos e três filhas. Gostava de todos eles,
naturalmente, porém sua menina dos olhos era a caçula, uma jovem bondosa, meiga e tão
bonita que todos a chamavam de Bela. Suas outras filhas, que não eram tão lindas nem na
aparência nem no caráter, morriam de inveja. Mesmo sendo arrogantes e feiosas, as irmãs
de Bela encontraram muitos moços que queriam se casar com elas. Mas achavam defeitos
em todos e declaravam que só aceitariam por marido um duque ou um conde. Bela também
tinha muitos pretendentes e os recusava, dizendo: “Fico honrada com seu pedido, mas não
posso aceitá-lo. Sou jovem demais para me casar e, além disso, não posso deixar meu pai”.
Um dia o navio do mercador desapareceu no mar, e ele perdeu tudo o que
possuía, com exceção de uma casa no campo. Então reuniu os filhos e lhes disse que teriam
que se mudar para o interior e cultivar a terra para viver. As irmãs de Bela choraram e
bateram o pé, pois não queriam abrir mão de seu luxuoso estilo de vida. A caçula aceitou de
bom grado a nova situação e acabou fazendo todo o trabalho, enquanto as outras duas só
ficavam sentadas, reclamando da vida. Um ano depois o bom velho soube que seu navio
aportara são e salvo, com a carga intacta. Foi buscar a mercadoria, mas, antes de partir,
perguntou às filhas o que gostariam que lhes desse quando voltasse. As duas mais velhas
pediram joias, vestidos e
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bugigangas caras. Pensando que a venda da carga não daria para comprar tantas coisas,
Bela ficou em silêncio. “E você ? Não quer nada?”, o pai lhe perguntou. “Traga-me uma
rosa”, ela respondeu, docemente.  
Ainda estava longe de casa quando uma tempestade de neve desabou. Tudo
ficou escuro, o vento uivava, os flocos de neve rodopiavam, e o pobre homem perdeu-se.
“Vou morrer gelado...”, pensou. Nesse momento, porém, deparou-se com o portão de um
imenso palácio. Mais animado, instigou seu cavalo a transpor o portão e foi ter ao
estábulo, onde encontrou tudo limpo e arrumado, porém não viu nenhum outro animal e
tampouco um cavalariço. Apeou-se, deu de comer à montaria e entrou no palácio. Durante
esse tempo não avistou ali uma alma viva. Mas no salão havia uma mesa posta com frango
assado e vinho. Como estava faminto, comeu até se fartar. Depois subiu, encontrou uma
cama pronta para recebê-lo e, exausto, adormeceu. No dia seguinte, acordou, vestiu uma
roupa que estava na cadeira para substituir seu traje enlameado, e desceu para o salão,
onde o desjejum o esperava. “Aqui deve morar uma fada bondosa que teve pena de mim”,
pensou. Lá fora a neve tinha derretido e o jardim estava repleto de flores. O mercador se
lembrou do pedido de Bela e saiu para colher uma rosa. Nesse momento ouviu um urro
terrível, que o fez estremecer dos pés à cabeça. Uma criatura horrenda, meio humana,
meio animal, postava-se bem atrás dele.
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“Ah!”, o monstro rugiu. “Então eu o recebo em meu palácio, dou-lhe de comer do bom e do
melhor, proporciono-lhe todo o conforto, e você em troca rouba minhas rosas, que eu
adoro? Pois vai morrer por isso!”
O coitado do velho caiu de joelhos, implorando: “Misericórdia, senhor! Perdoe-
me, perdoe-me! Peguei só uma rosa para minha filha! Ela me pediu tanto...”.
“Não me chame de ‘senhor’! Meu nome é Fera”, o dono do palácio berrou, mas
em seguida mudou de tom: “Então você tem uma filha... Pois vou deixá-lo partir, se ela
concordar em vir morrer em seu lugar. Se não, você deve voltar no prazo de três meses”.
O mercador não tinha a mínima intenção de sacrificar nenhuma de suas filhas,
porém aceitou o acordo. “Pelo menos poderei abraçá-las antes de morrer”, pensou.
Fera o liberou e ainda lhe deu um baú cheio de moedas de ouro. O pobre homem
chegou em casa com o coração pesado, reuniu as filhas e lhes contou o que havia ocorrido.
“É culpa de Bela”, exclamou a mais velha. “Se ela não tivesse pedido uma rosa, isso não
teria acontecido!”, disse a segunda.
Vou corrigir meu erro e pedir a Fera que nos perdoe!”, Bela falou.
Seu pai tentou impedi-la, mas foi inútil. Assim, todos se despediram dela, em meio
a uma grande choradeira. Até as duas irmãs conseguiram derramar umas lagrimazinhas,
com a ajuda de uma cebola.
A parte acima constitui a situação inicial (nessa situação, ocorre o motivo: o roubo da rosa )
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No dia seguinte Bela e o pai seguiram para o palácio da monstruosa criatura e, lá


chegando, encontraram tudo preparado para recebê-los. No salão a mesa estava posta para duas
pessoas. “Acho que esse papão quer que eu engorde bastante para então me devorar”, a jovem
pensou.
Quando acabaram de comer, Fera apareceu. “Você veio porque quis?”, perguntou à
Bela. “Sim”, ela respondeu. “Então ficará no palácio, porém seu pai deve ir embora”, Fera
declarou. O mercador lhe suplicou que o deixasse ficar, mas de nada adiantou. Depois que ele
partiu, o monstro ordenou a Bela que subisse para ir ver seus aposentos.
No andar de cima ela deparou com uma porta onde leu, numa placa de ouro: “Quarto
de Bela”. Abriu a porta e constatou que tinha ali tudo o que pudesse desejar, inclusive um cravo.
“Meu anfitrião não teria tanto trabalho se quisesse me devorar”, pensou, mais aliviada.
Na noite seguinte Fera jantou com Bela e disse-lhe que podia pedir-lhe qualquer coisa.
“Seu desejo é uma ordem, e estou aqui para servi-la”, declarou, perguntando em seguida: “Você
me acha muito feio?”.
Acho...”, ela respondeu, com toda a sinceridade. “Mas também acho que é muito bondoso.”
“Decerto porque sou bobo...”, Fera comentou.
“Não diga isso! Quem tem bom coração, como você, não pode ser bobo...”
“Já que pensa assim, você se casaria comigo?”
“Não”, a jovem falou.
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Depois disso todas as noites, durante o jantar, Fera repetia a mesma pergunta e Bela lhe
dava a mesma resposta. No entanto, apesar das circunstâncias, ambos conviviam em paz
e até eram felizes.
Um dia, contemplando um espelho mágico, Bela soube que seus irmãos haviam
ingressado no exército, que suas irmãs tinham se casado e que seu pai estava sozinho.
Assim, pediu a Fera que a deixasse visitá-lo.
“Voltarei daqui a uma semana”, prometeu.
“Não deixe de voltar, pois do contrário morrerei de tristeza”, Fera avisou.
Bela partiu e encontrou o pai na cama, acabrunhado e fraco. “Não há motivo
para tanta tristeza”, disse-lhe. “Fera é um anjo para mim. Veja só meu vestido... Não é
lindo? Foi ele quem me deu... entre muitas outras coisas.” Com isso, o pai começou a ficar
mais animado.
No entanto, quando as duas irmãs, que haviam se casado com moços pobres,
viram as roupas e as joias caras da caçula, quase morreram de inveja. Decidiram então
fazer alguma coisa para Fera se enfurecer com Bela e finalmente devorá-la. “Fique com a
gente só mais uma semana”, pediram-lhe, fingindo que adoravam sua companhia.

Essa parte, constitui o conflito – seguido do clímax ( abaixo )


LÍNGUA PORTUGUESA, 2° Ano do Ensino Médio
Gêneros textuais: romance e conto

Bela concordou, porém na décima noite sonhou que estava no jardim do palácio e
que Fera agonizava a seus pés. Acordou, tremendo, e só então percebeu o quanto gostava
daquela criatura horrorosa. Assim, mal clareou o dia, partiu para o palácio. Entrou, ansiosa,
e não encontrou ninguém. Correu para o jardim e, exatamente como no sonho, viu Fera
estendido na grama. Atirou-se sobre ele, abraçou-o, suplicou-lhe que abrisse os olhos e lhe
banhou o rosto com suas lágrimas.
“Você chegou tarde demais”, o monstro murmurou, fitando-a tristemente. “Estou
morrendo...”
Não, por favor, não morra!”, ela implorou. “Quero me casar com você!”
Nem bem acabou de falar, o palácio se iluminou inteiro, uma música alegre se
espalhou pelo ar e Fera deu lugar a um lindo príncipe.
“Fera, onde você está?”, Bela perguntou, aflita.
“Aqui, respondeu o príncipe. “Uma bruxa malvada me transformou em Fera. O
encantamento só se romperia quando uma moça me amasse por minha bondade, não por
minha aparência ou riqueza”, explicou. “Agora a encontrei e nunca mais vou perdê-la.”
Bela e Fera casaram-se e foram felizes para sempre. Quanto às irmãs invejosas, a
bruxa que encantara o príncipe as transformou em estátuas e as colocou no portão do
palácio, para que contemplassem a felicidade de Bela sem poder fazer nada para estragá-la.
( O último parágrafo constitui o desfecho)
LÍNGUA PORTUGUESA, 2° Ano do Ensino Médio
Gêneros textuais: romance e conto

Elementos organizadores da narrativa:

 narrador;

 personagem;

 ações;

 tempo;
Podem não estar claramente definidos

 espaço.
LÍNGUA PORTUGUESA, 2° Ano do Ensino Médio
Gêneros textuais: romance e conto

Modalidades do conto:

 contos de terror e mistério;

 contos de fadas;

 contos maravilhosos;

 contos de aventura;

 contos policiais, etc.


LÍNGUA PORTUGUESA, 2° Ano do Ensino Médio
Gêneros textuais: romance e conto

Atividade
Leia o conto e responda as questões de 1 a 4.

O vencedor: uma visão alternativa


 
Nos sete primeiros assaltos, Raul foi duramente castigado. Não era de
espantar: estava inteiramente fora de forma. Meses de indolência e até de devassidão
tinham produzido seus efeitos. O combativo boxeador de outrora, o homem que, para
muitos, fora estrela do pugilismo mundial, estava reduzido a um verdadeiro trapo. O
público não tinha a menor complacência com ele: sucediam-se as vaias e os palavrões.
De repente, algo aconteceu. Caído na lona, depois de ter recebido um cruzado
devastador, Raul ergueu a cabeça e viu, sentada na primeira fila, sua sobrinha Dóris, filha
do falecido Alberto. A menina fitava-o com os olhos cheios de lágrimas. Um olhar que
trespassou Raul como uma punhalada. Algo rompeu-se dentro dele. Sentiu renascer em
si a energia que fizera dele a fera do ringue. De um salto, pôs-se de pé e partiu como um
touro furioso para cima do adversário. A princípio, o público não se deu conta do que
estava acontecendo. Mas quando
LÍNGUA PORTUGUESA, 2° Ano do Ensino Médio
Gêneros textuais: romance e conto

os fãs perceberam que uma verdadeira ressurreição se tinha operado passaram a


incentivá-lo. Depois de uma saraivada de golpes certeiros e violentíssimos, o
adversário foi ao chão. O juiz procedeu à contagem regulamentar e proclamou Raul o
vencedor.
Todos aplaudiram. Todos deliravam de alegria. Menos este que conta a
história. Este que conta a história era o adversário. Este que conta a história era o que
estava caído. Este que conta a história era o derrotado. Ai, Deus.
( Moacyr Scliar)

1.Antes de iniciar a leitura de “O vencedor: uma visão alternativa”, é provável que


você tenha levantado hipóteses sobre a temática da narrativa em função do título do
conto. Em um primeiro momento, o que lhe pareceu que constituiria uma “visão
alternativa” de um vencedor?
2.O primeiro parágrafo do conto condensa muitas informações que situam o leitor
sobre a narrativa. Identifique e registre os itens a seguir.
a) Espaço.
b) Os acontecimentos relativos à vida do protagonista anteriores ao momento da
narrativa.
 
LÍNGUA PORTUGUESA, 2° Ano do Ensino Médio
Gêneros textuais: romance e conto

c) O perfil psicológico do protagonista.


d) O conflito que conduz a ação narrativa.
3. A figura do boxeador quase nocauteado ( segundo parágrafo), observando sua
sobrinha órfã em lágrimas, é um recurso bastante utilizado principalmente em filmes.
Que efeito esse lugar-
-comum tem para o desenvolvimento da narrativa?
4. Ao chegar ao final do conto de Moacyr Scliar, é provável que o leitor se sinta surpreso
com o desfecho, mesmo sabendo que deveria esperar uma “visão alternativa” sobre o
vencedor. Qual elemento da narrativa é responsável por causar essa surpresa?

Atividades suplementares:
• Elaborar um júri simulado em defesa da Produção Textual ( sobre os gêneros: Romance
e Conto)
Obs: O mesmo deverá acontecer em cada sala ( separadamente )
Culminar com a produção de um conto ( individualmente )
• Propor um debate ( envolvendo as turmas da referida série – 2º ano )
Obs: Com inscrições prévias dos participantes
• Fazer uma exposição das melhores produções (na biblioteca )
LÍNGUA PORTUGUESA, 2° Ano do Ensino Médio
Gêneros textuais: romance e conto

Romance e Conto
Referências bibliográficas:

FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto de; MARUXO Jr., José Hamilton.
Linguagem e Interação. Vol.1. São Paulo: Editora Ática, 2011
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto de; MARUXO Jr., José Hamilton.
Linguagem e Interação. Vol.2. São Paulo: Editora Ática, 2011
TAKAZAKI, Heloísa Harue. Língua Portuguesa. Vol. Único. São Paulo: Editora IBEP, 2005
CAMPOS, Elizabeth; CARDOSO, Paula Marques; ANDRADE, Silvia Letícia de. Viva
Português – Vol 1. São Paulo: Editora Ática, 2005
BARRETO, Ricardo Gonçalves. Português – Ser Protagonista. Vol. 1. São Paulo: Edições
SM – 1ª edição, 2010
BARRETO, Ricardo Gonçalves. Português – Ser Protagonista. Vol. 2. São Paulo: Edições
SM – 1ª edição, 2010
Link:
http://search.mywebsearch.com/mywebsearch/AJimage.jhtml?searchfor=romance+
de+machado+de+Assis
– Acesso em 13/06/2012 ( slide 23)
LÍNGUA PORTUGUESA, 2° Ano do Ensino Médio
Gêneros textuais: romance e conto

Links
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http://www.planetanews.com/produto/L/72040/ubirajara-jose-de-alencar.html - Acesso em 13/06/2
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http://cidadesaopaulo.olx.com.br/livro-a-moreninha-joaquim-manuel-de-macedo-iid-144847052?invi
te=google-br_
- Acesso em 13/06/2012 ( slide 6)
•http://search.mywebsearch.com/mywebsearch/AJimage.jhtml?
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Desconhecido / German Federal Archives / iv_Bild_183-P0220-303,_Olga_Benario-Prestes.jpg
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L&PM Editores / esenha.asp?
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/re nitem=268669&sid=11516812514829667403042746
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20 Joaquim Maria Machado de Assis (1839 – http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Memorias_ 14/09/2012
1908) / Memórias Póstumas de Brás Cubas, Posthumas_de_Braz_Cubas.jpg
1881 / Original uploader
was Lupo at en.wikipedia / Domínio Público
21 Aluísio Azevedo / O Cortiço, 1890 / Eucleia http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cortico.jpg 14/09/2012
Editora / Disponibilizado por: Acampado /
Domínio Público
23 Joaquim Maria Machado de Assis / http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Machado- 14/09/2012
Academia Brasileira de Letras / Domínio 450.jpg
Público

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