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LEITURA E INTERPRETAÇÃO

DE DESENHO TÉCNICO
AULA - 02

Engenheiro Edgar Dias Vieira


Nosso objetivo aqui é desenvolver fundamentos técnicos e
científicos relativos às simbologias, aos croquis, aos esquemas
e aos diagramas eletroeletrônicos, bem como capacidades
sociais, organizativas e metodológicas, de acordo com a
atuação do técnico no mundo do trabalho.
PLANTA BAIXA
Muito ouvimos falar sobre as plantas baixas, mas afinal o que
realmente é uma planta baixa?
Para compreendermos o conceito, podemos definir como planta
baixa a representação gráfica de uma construção (casa,
prédios, escritórios, industrias, etc.) em uma projeção, usando
diversos elementos regulamentados por normas técnicas. Além
disso a planta baixa apresenta um corte superior da
representação ortográfica em uma altura de 1,5 metros para
poder observar todos os elementos essenciais da edificação
em análise (salas, dormitórios, banheiros, portas, janelas e
corredores), como se estivéssemos olhando de cima,
obviamente sem a cobertura (laje ou telhado).
ELEMENTOS DE UMA PLANTA BAIXA

A Partir de agora, vamos estudar e compreender melhor todos os


elementos presentes em uma planta baixa, para então termos a
capacidade de analisar, compreender e aplicar todos os componentes
de uma representação técnica.
ESCALAS

A relação entre as medidas do desenho e as dimensões reais do


objeto é conhecida por escala. A escolha de uma determinada escala
deve considerar o tamanho do objeto a representar, as dimensões do
papel e a legibilidade do desenho, podemos encontrar:

• Escalas Numéricas;
• Escalas Gráficas.
ESCALAS NUMÉRICAS

Por exemplo, podemos aplicar uma escala de 1:5 (lê-se escala 1


por/pra 5), cada 1 m do desenho representa 5 m do objeto real, ou
seja, para se desenhar nesta escala, divide-se por 5 a verdadeira
grandeza das medidas.

Algumas escalas comuns:


ESCALAS GRÁFICAS

A escala gráfica é constituída por um talão que apresenta a


subdivisão da unidade principal e por um corpo. Essa técnica é
aplicada para propor melhor precisão na representação dos desenhos.

Observe alguns exemplos::


LINHAS DE COTAS

A técnica aplicada para indicar as medidas do nosso desenho técnico


é denominado cotagem. Esse sistema possui os seguintes elementos:
• Cotas – números que correspondem às dimensões.
• Linhas de cota – traços contínuos paralelos ao desenho que
contêm as cotas.
• Linhas de chamada – traços contínuos perpendiculares às linhas
de cotas.
• Pontos ou traços – marcam o início e o fim da dimensão a ser
cotada.
LINHAS DE COTAS
LINHAS DE COTAS

Ainda há as cotas de nível, que devem ser sempre representadas em


metro:
RÓTULO OU CARIMBO

O rótulo é quem fornece informações sobre o desenho,


possibilitando a indicação do projeto.
Toda prancha deve possuir um rótulo que uniformiza as informações.
Recomenda-se que sua localização seja no canto inferior direito do
papel, facilitando sua visualização quando o papel estiver dobrado.
RÓTULO OU CARIMBO

Conforme a NBR 6492:1994, que trata da representação de projetos de


arquitetura, devem constar no rótulo, no mínimo, as seguintes
informações:
Identificação da empresa e do profissional responsável pelo
projeto.
Identificação do cliente, nome do projeto ou do empreendimento.
Título do desenho.
Indicação sequencial do projeto.
Escalas.
Data.
Autoria do desenho e do projeto.
Indicação de revisão.
RÓTULO OU CARIMBO
SÍMBOLOS GRÁFICOS

O desenho arquitetônico utiliza convenções gráficas para representar um


projeto. A seguir observaremos uma série de representações, que
possuem o objetivo de adaptar da forma mais confiável e simples,
elementos comuns em uma planta baixa:

• Paredes – duas linhas paralelas, largas


e contínuas (cotas em cm).
SÍMBOLOS GRÁFICOS

• Muros e meias-paredes – duas linhas


paralelas, estreitas e contínuas.

• Desnível – uma linha estreita e contínua


situada em um vão.
SÍMBOLOS GRÁFICOS

• Porta de abrir.
SÍMBOLOS GRÁFICOS

• Porta de correr (com marco


embutido).

• Porta de sanfonada.
SÍMBOLOS GRÁFICOS

• Janelas – quatro linhas paralelas, estreitas e


contínuas, sendo as duas do meio mais próximas

• Janela alta – duas linhas paralelas, estreitas e tracejadas,


situadas entre duas linhas contínuas.
SÍMBOLOS GRÁFICOS

• Beirais do telhado – linha traço e dois pontos


estreita

• Norte verdadeiro (cotas em mm) – dimensões


independentes da escala utilizada. O norte verdadeiro serve
para identificar como a insolação incide nas fachadas. Ele
deve ser orientado para o topo da folha.
SÍMBOLOS GRÁFICOS

• Indicação de cômodo – Cada cômodo é


representado na planta arquitetônico
SÍMBOLOS GRÁFICOS

• Indicação de área do cômodo – Cada cômodo


possui também a representação da sua área
construída.
SÍMBOLOS GRÁFICOS

• Indicação de medidas dos componentes– Cada


janela e porta, possui uma especificação de suas
medidas, para a correta compreensão.

Medidas das janelas

Medidas das portas


SÍMBOLOS GRÁFICOS

• Linhas de corte – Apresenta os cortes no seu


desenho.
SÍMBOLOS GRÁFICOS

• Linhas de corte – Apresenta os cortes no seu


desenho.
SÍMBOLOS GRÁFICOS

• Linhas de corte – Apresenta os cortes no seu


desenho.
SÍMBOLOS GRÁFICOS

• Hachuras e preenchimento de pisos – Aplicados


para a indicação do enchimento dos pisos e dos
terrenos.

enchimento de piso

terreno

Corte de concreto
SÍMBOLOS GRÁFICOS

• Mobiliário – Usado para indicar a representação


dos móveis que ocuparão aquele espaço
REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6492:


Representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro, 1994.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9077: Saídas de


emergência em edifícios. Rio de Janeiro, 1993.

CARVALHO, Aline Werneck B. de; MARTINS, Elizabete R. de Campos. Coberturas


de edifícios. Viçosa: Editora UFV – Imprensa Universitária, 1995.

GOMES, Adriano Pinto ; Desenho arquitetônico. – Ouro Preto: IFMG, 2012


OBRIGADO
OBRIGADO

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