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DIARREIA AGUDA

Acadêmicos: Augusto Ramires


Paulo Vitor
Prof.: Drª Larissa Nogueira
Imperatriz – MA
2019
DEFINIÇÕES
DIARREIA: Ocorrência de 3 ou mais evacuações amolecidas ou líquidas nas ultimas 24
horas.

DIARREIA AGUDA AQUOSA: Duração de até 14 dias, pode causar desidratação e é causada,
na maioria dos casos por vírus e bactérias. Desnutrição pode ocorrer.

DIARREIA AGUDA COM SANGUE (DISENTERIA): Sangue nas fezes, caracterizando lesão na
mucosa intestinal. Pode está associado a infecções sistêmicas e outras complicações,
incluindo desidratação.

DIARREIA PERSISTENTE: Diarreia aguda que se estende por 14 dias ou mais, pode provocar
desnutrição e desidratação. Pacientes que evoluem para quadro de diarreia persistente
constituem um grupo de risco para complicações e elevada letalidade.
Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento, 2017
CAUSAS
BACTÉRIAS:
E. coli enteropatogênica
clássica, E. coli PARASITOS:
VÍRUS:
enterotoxigênica, E. coli Entamoeba hystolitica, Giardia
Rotávirus, Coronavírus,
enterohemorrágica, E. coli lamblia, Cryptosporidium,
adenovírus, Calicivìrus ( em
enteinvasiva, E. coli Isosopora
especial o norovírus ) e
enteagregativa. Aeromonas, FUNGOS:
astrovírus
Pleisomonas, Salmonella, Candida albicans
Shigella, Campylobacter jejuni,
Vribio cholerae, Yersinia

Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento, 2017


CAUSAS

Diarreia causada por: Klebsiella,


Pseudomonas, Aereobacter, C.
difficile, Cryptosporidium,
Isosopora, VIH, e outros agentes

Criança imunocomprometida Antibioticoterapia prolongada

Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento, 2017


CAUSAS

Deficiência de Apendicite aguda Intoxicação por


Alergia ao leite de metais pesados
vaca Lactase

Invaginação intestinal
em lactentes

Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento, 2017


PRINCÍPIOS DA AVALIAÇÃO CLINÍCA
Componentes da anamnese de acordo com a OMS:
1. Duração da diarreia
2. Número de evacuações
3. Presença de sangue nas fezes
4. Número de episódios de vômito
5. Presença de febre ou outra manifestação clinica
6. Práticas alimentares prévias ou vigentes
7. Outros casos de diarreia em casa ou na escola
8. Oferta e consumo de líquidos
9. Uso de medicamentos e histórico de vacinação
10. Diurese e peso recente

Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento, 2017


PRINCÍPIOS DA AVALIAÇÃO CLINÍCA
Pacientes com maior risco de complicações:
1. Idade inferior a 2 meses
2. Doença de base grave, como DM
3. Insuficiência renal ou hepática
4. Vômitos persistentes
5. Perdas diarreicas volumosas e frequentes ( > de 8 episódios )
6. Percepção de sinais de desidratação pelos pais

Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento, 2017


PRINCÍPIOS DA AVALIAÇÃO CLINÍCA
Exame Físico:
1. Estado de hidratação
2. Estado Nutricional
3. Estado de Alerta ( ativo, irritável, letárgico )
4. Capacidade beber água e diurese
5. Percentual de perda de peso é o melhor indicador de desidratação
• Até 5% desidratação leve
• Entre 5% e 10% desidratação moderada
• Perda de mais de 10% desidratação grave

Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento, 2017


Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento, 2017
PRINCÍPIOS DA AVALIAÇÃO CLINÍCA
Outros sinais:
1. Fontanela baixa
2. Saliva espessa
3. Padrão respiratório alterado
4. Ritmo Cardíaco acelerado
5. Extremidades frias

Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento, 2017


TRATAMENTO

Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento, 2017


TRATAMENTO

Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento, 2017


TRATAMENTO

Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento, 2017


CUIDADOS COM A ALIMENTAÇÃO NA DOENÇA
DIARREICA

Manter alimentação habitual

• Manter aleitamento materno


• Não trocar por fórmula sem lactose
 Vantagens em pacientes hospitalizados ou com diarreia persistente
 Persiste? – Intolerância às proteínas do leite de vaca
• Não diluir mais a fórmula láctea

Avaliação da evolução clínica:


• Redução das perdas diarreicas
• Recuperação nutricional
• Retomada do ganho de peso
SORO DE REIDRATAÇÃO ORAL (SRO)
Cotransportador Na/glicose

Existem problemas na composição final das soluções


preparadas no domicílio

Objetivos:
 Reposição de perdas para prevenir a desidratação no paciente com diarreia (Plano A)
 Reversão da desidratação, ou fase de reparação, para o paciente com desidratação por diarreia (Plano B)
Reversão da
Prevenção da
desidratação:
desidratação:
Utilizar a solução
Soros com menor
de 75-90 mmol de
concentração de Na
Na/L
TRATAMENTO
• Antibióticos: não usar de rotina
 Disenteria com sintomas sistêmicos:
 Shigella: Ciprofloxacino 3 dias ou Azitromicina 5 dias

 Diarréia dos viajantes:


 E.coli enteroinvasiva: Azitromicina por 3 dias
 V. chorelae: SMZ/TMP por 3 dias

 Diarréia pós-ATB grave:


 C. difficille: metronidazol por 10 dias
TRATAMENTO - ADJUVANTE

Analgésicos e anti-térmicos

Anti-eméticos: Ondansetrona

Não usar anti-espasmódicos ou antifiséticos

Rececadotrila: boa eficácia e segurança


TRATAMENTO - ADJUVANTE

Probióticos:
 Lactobacillus GG, Saccharomyces boulardii
e Lacotobacillus reuteri DSM 17938

Zinco: 1x ao dia por 10 – 14 dias:


<6 meses: 10 mg
>6 meses: 20 mg
Desnutridos e regiões com deficiência de zinco

Vitamina A:
Populações com
risco de deficiência desta vitamina.
QUESTÕES
(UNICAMP, 2016) Lactente, 5 meses, chega ao hospital com história de 6 episódios de fezes
líquidas há 1 dia, 3 episódios de vômito, febre não medida e irritabilidade. Está em aleitamento
artificial. Exame físico: fontanela deprimida, choro sem lágrimas e turgor elástico; perfusão
periférica normal. O diagnóstico e a conduta são:
A) Diarreia aguda com desidratação; iniciar terapia de reidratação oral.
B) Diarreia aguda com desidratação; iniciar hidratação endovenosa.
C) Diarreia aguda sem desidratação; iniciar terapia de reidratação oral e antiemético.
D) Diarreia aguda sem desidratação; trocar leite de vaca por leite de soja.
QUESTÕES
(UFRJ, 2016) Lactente, 6 meses, pesando 7 kg, está com diarreia líquida há dois dias, sem muco,
pus ou sangue, com vômitos e febre (38°C em média) há um dia. Após avaliação pelo pediatra é
classificado como plano B e iniciada hidratação com:
A) 280 ml de SRO durante 4 horas e aleitamento materno quando hidratada.
B) 700 ml de SRO durante 4 horas e aleitamento materno quando hidratada.
C) 280 ml de SRO durante 4 horas e aleitamento materno logo que possível.
D) 700 ml de SRO durante 4 horas e aleitamento materno logo que possível.

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