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TRANSPORTE

FERROVIÁRIO
E DUTOVIÁRIO
Disciplina: Gestão de logística Internacional
Prof.: Jurema S. A. Nery Ribeiro
Alunos: Fernanda Assis, Marcial Silva, Otávio Augusto, Pollyanna Mota
TRANSPORTE
FERROVIÁRIO
História do modal ferroviário
• O engenheiro inglês George Stephenson, em 1814, criou a tração a vapor
em estrada de ferro e construiu a primeira locomotiva que puxou 8 vagões
com 30 toneladas;
• A partir de 1840, houve uma expansão explosiva da construção ferroviária
na Inglaterra;
• Em 1854 foi inaugurada a primeira linha ferroviária do Brasil, ligando o
Porto de Mauá (Baía da Guanabara) a Petrópolis.
• A Inglaterra incentivou fornecendo equipamentos, técnicos e empréstimos,
o Brasil construiu diversas linhas que atendiam principalmente a
exportação de matérias primas e produtos agrícolas, como o café.
A malha ferroviária brasileira
• Em 1957, o governo estatizou as companhias ferroviárias. Hoje, as
empresas que vencem o leilão para concessão das ferrovias também
prestam o serviço de transporte de carga.

• Extensão da malha: 28.190 quilômetros de ferrovias.

• Somente 6% transportam passageiros.

• Carga transportada: 35.089.089 TU (média mensal);

• Locomotivas em circulação: 3.340. Vagões em circulação: 103.141.

(ANTT, 2014.)
Definições importantes
• Bitola: A largura determinada pela distância dos dois trilhos.
• Bitola Mista: Mais de um tipo de bitola na mesma via.
• A Bitola métrica é a mais utilizada no brasil.
Vantagens: Curvas de menor raio, menor largura de plataforma.
Desvantagens: Menor capacidade de tráfego, menor velocidade.
Definições importantes
Definições importantes
Mapa das
ferrovias
brasileiras

(Valec, 2017)
Privatização da malha ferroviária
Depois de 4 décadas de sucateamento o setor ferroviário passa por uma
privatização geral da operação da malha de ferrovias instalada no Brasil
Malhas Data do Leilão Concessionárias Início da Extensão
Regionais Operação (Km)
Oeste 05.03.96 Ferrovia Novoeste S.A. 01.07.96 1.621
Centro-Leste 14.06.96 Ferrovia Centro-Atlântica S.A. 01.09.96 7.080
Sudeste 20.09.96 MRS Logística S.A. 01.12.96 1.674
Tereza Cristina 26.11.96 Ferrovia Tereza Cristina S.A. 01.02.97 164
Sul 13.12.96 ALL-América Latina Logística do Brasil S.A 01.03.97 6.586
Nordeste 18.07.97 Companhia Ferroviária do Nordeste 01.01.98 4.538
Paulista 10.11.98 Ferrovias Bandeirantes S.A. 01.01.99 4.236
Total 25.599
http://www.antt.gov.br/cargas/Ferroviario.html
O Plano Nacional de Desestatização, relativamente à modalidade
ferroviária, tem como principais objetivos:

• Desonerar o Estado;
• Melhorar a alocação de recursos;
• Aumentar a eficiência operacional;
• Fomentar o desenvolvimento do mercado de transportes;
• Melhorar a qualidade dos serviços.
Além das malhas da RFFSA e das estradas de ferro da Companhia Vale
do Rio Doce, a ANTT é responsável pelas seguintes concessões:

Ferrovias Norte Brasil S.A. - FERRONORTE.


Estrada de Ferro Mineração Rio do Norte;
Estrada de Ferro Jarí;
Estrada de Ferro Trombeta;
Estrada de Ferro Votorantim;
Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. – FERROESTE.
São cargas típicas do modal ferroviário

• Minério de ferro; • Produtos siderúrgicos;

• Soja; • Ferro gusa


(ANTT, 2014.)

• Açúcar;
• Carvão mineral;
• Grãos;
• Milho;
• Farelo de soja;
• Óleo diesel;
• Celulose;
Vantagens
•  Grande capacidade de carga;

• Adequado para grandes distâncias;

• Elevada eficiência energética;

• Baixo custo de transporte;

• Baixo custo de manutenção;

• Possui maior segurança em relação ao modal rodoviário visto que ocorrem


poucos acidentes, furtos e roubos;

• Pouco poluente.
Desvantagens
• Alto custo de implantação;

• Transporte lento devido às suas operações

de carga e descarga;

• Baixa flexibilidade com pequena

extensão da malha;

• Baixa integração entre os estados;

• Exige transbordo constante de carga.


Características Ferroviário
Custo Baixo
Cobertura de mercado Terminal a terminal
Comprimento médio do percurso em km Acima de 600 km
Capacidade do equipamento de transporte (tonelada) 2500 a 23000 ton.
Velocidade (tempo em trânsito) Lenta
Disponibilidade Baixa a moderada
Grau de competição (número de oferta de prestadores Poucos
de serviço)
Tráfego predominante (valor) Baixo a moderado
Tráfego predominante (preso por unidade transportada) Moderado a alto
Confiabilidade Média a alta
Nível de risco Médio
Desafios do modal
• No Brasil, linhas competitivas como as de primeiro mundo convivem
com outras nas quais os trens se arrastam a 10 km/h, e outros tantos
quilômetros de linhas abandonadas.
• Necessidade de equilibrar as matrizes ferroviária e rodoviária, para
isso foi criado o Plano Nacional de Logística e Transportes. Prevê R$
428 bilhões até 2035, aumentando a participação do setor ferroviário
de 25% para 35%.
• Necessidade de padronizar as bitolas brasileiras para garantir mais
participação nos países que fazem fronteira com o Brasil. Não há
nenhum grande projeto nesse sentido.
Conclusões no transporte Ferroviário
Ainda existe muita coisa para ser feita no modal ferroviário, o aumento de
representatividade só será possível a longo prazo

• Os indicadores apontam para um cenário de recuperação da atividade ferroviária.

• Possibilidade de incremento na participação da matriz de transporte a médio e longo prazos.

• Os níveis de eficiência devem ser aumentados para que o mercado se volte em grande escala
para este modal.

• Os principais corredores apresentam deficiências estruturais:


• Baixo número de terminais eficientes de transbordo;
• Excesso de passagens de nível nos centros urbanos;
• Elevado número de dormentes inservíveis;
• Baixa velocidade operacional.
QUIZ
1. Em qual ano foi inaugurado a primeira linha ferroviária do
Brasil, ligando o Porto de Mauá a Petrópolis?

a)1957
b)1854
c)1814
d)1874
2. Qual a extensão da malha ferroviária do Brasil?

a) 25.599 quilômetros
b)25.799 quilômetros
c)28.190 quilômetros
d)28.390 quilômetros
3. Em qual ano iniciou a operação da Companhia Ferroviária do
Nordeste?

a) Em 1996
b)Em 1997
c) Em 1998
d)Em 1999
4. Além das malhas da RFFSA e das estradas de ferro da Companhia Vale
do Rio Doce, a ANTT é responsável pelas seguintes concessões:

a) Ferrovias Norte Brasil S.A. - FERRONORTE.


b) Estrada de Ferro Mineração Rio Doce;
c) Estrada de Ferro Jarí;
d) Estrada de Ferro Trombeta;
e) Estrada de Ferro Votorantim;
f) Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. – FERROESTE.
5. Falso ou verdadeiro?

a) Existem ferrovias com competitividade internacional,


porém as vezes ligadas a outras de infra-estrutura inferior.
b)Cerca de ¼ dos atuais clientes utilizam a ferrovia a menos
de 4 anos e sua avaliação dos serviços é boa.
c) Os índices de produtividade são maiores que os padrões
internacionais.
d)Nem todas as concessionárias tiveram melhoras
significativas.
Transporte
dutoviário
História do modal dutoviário
• As tubulações já eram conhecidas como meio de transporte para produtos
líquidos desde a antiguidade;

• Em 1865 foi construído na Pensilvânia (EUA) o primeiro oleoduto com 2


polegadas de diâmetro com extensão de 8 km e ligava um campo de produção de
petróleo a uma estação de carregamento de vagões. Em 1930 teve início o
transporte de produtos refinados entre a refinaria de Bayway (Nova York) e
Pittsburgh.

• No Brasil, a primeira linha entrou em operação em 1942, na Bahia.


Vantagens
• Segurança, diminuindo os riscos de acidentes ambientais;
• Podem dispensar armazenamento;
• Simplificam carga e descarga;
• Diminuem custos de transportes;
• Menor possibilidade de perdas e roubos;
• Redução do desmatamento;
• Melhoria da qualidade do ar nas grandes cidades;
• Facilidade de implantação, alta confiabilidade, baixa consome de energia,
baixos custos operacionais.
Desvantagens
• Necessidade de grande investimento em capital;
• capacidade limitada de transporte (apenas gases, líquidos ou misturas
semifluidas) ;
• Inflexibilidade quanto à rota de distribuição;
• Não é adequado ao transporte de mercadorias
que estejam sujeitas a mudanças de padrão de
carregamento.
Comparação com outros modais
Definições importantes
• O transporte Dutoviário pode ser dividido em:

– Oleodutos, cujos produtos transportados são,


em sua maioria: petróleo, óleo combustível, gasolina,
diesel, álcool, GLP, querosene e nafta, e outros.

– Gasodutos, cujo produto transportado é o gás natural.

– Minerodutos, cujos produtos transportados são: Sal-gema, Minério de


ferro e Concentrado Fosfático.
Definições importantes
Nas operações de transporte ou de transferência de produtos por dutovias pode
ser realizado por um sistema forçado - o qual utiliza um elemento de força para
movimentar produto dentro do duto, ou por um sistema por gravidade – que
utiliza apenas a força da gravidade para movimentar o produto dentro do duto.
Definições importantes

Os dutos podem ser ou usar:

• Sistema de transporte ou transferência de produtos;


• Rígidos ou flexíveis;
• Subterrâneos, aparentes ou aéreos;
• Temperatura normal ou aquecida;
• Aço, concreto armado, PVC e
PEAD (Polietileno de alta densidade).
Modal dutoviário no Brasil
Apesar de representativo, está concentrado em poucas empresas e tem pequena
participação relativa na matriz logística de transporte;

16ª posição no ranking mundial, o país tem apenas 22 mil km de dutovias em


operação. Fica atrás da União Europeia (800 mil), México (40 mil), Argentina (38
mil) e Austrália (32 mil). A maioria dos mais de 400 dutos existentes no Brasil são
utilizados para transporte de petróleo e derivados.

Pesquisadores da USP estimam que a construção de um quilômetro de dutos é


oito vezes mais cara que a mesma distância em rodovias. No entanto, analistas
garantem que o modal ainda é o mais apropriado a longas distâncias, uma vez que
os gastos se diluem à medida que aumenta o percurso.
Principais dutos brasileiros
• Oleoduto entre Paulínia e Brasília, com cerca de 955 km de extensão e diâmetros
de 20” e 12”, que foi inaugurado em 1996 para o transporte de produtos claros
(movimentando no ano de 2000 cerca de 3.667.000 toneladas);
• Mineroduto entre Mariana (MG) e Ponta do Ubu (ES) com 396 km de extensão,
operado pela empresa SAMARCO (apresentou em 2000 uma vazão nominal de
cerca de 15 milhões de toneladas de minério de ferro);
• Gasoduto Bolívia/ Brasil (Gasbol), entre Canoas, no Rio Grande do Sul, no Brasil e
Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, o maior da América Latina, com 3150 km.
Caso Samarco
O mineroduto da Samarco é privado, não tendo o governo brasileiro direito
ou responsabilidade de gerenciamento com relação à sua operação, exceto
no que tange à verificação do cumprimento das normas e exigências legais.

É o maior do mundo para condução de


minério de ferro. São 396 quilômetros
de tubulação, que passam por uma pista
com 35 metros de largura e atravessa 25
municípios, interligando as unidades de
Germano, em Minas Gerais, a de Ponta
Ubu, no Espírito Santo. Leva 63 horas
para se concluir os 396 quilômetros,
a uma velocidade média de 1,8 m/s.

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