SENHOR” Pr. André Amado Salmos 111:10 – o temor do Senhor é o princípio da sabedoria.
Quer dizer que é impossível alguém ser sábio se não descobrir
claramente os reflexos do poder e da grandeza Divina pelo espelho da criação e isto lhe produzir temor e até mesmo tremor. Até os povos antigos e as civilizações culturalmente mais atrasadas vêm claramente estes reflexos e temem a Deus. E isto é o que justifica o facto de nunca ter se encontrado povo sem cerimónias religiosas, sem rituais, sem sacrifícios, sem religião ou sem Deus, ainda mesmo que essa noção de Deus não seja Biblicamente correcta. O conhecimento de Deus é um sentimento universal e só a loucura e a tolice podem levar alguém a negar Deus e não teme-lo. O temor ao senhor é o sentimento de profundo respeito e grande reverência que nos leva a fugirmos do pecado e tudo quanto Ele aborrece. Quanto maior for nossa compreensão sobre a Grandeza de Deus maior será nosso temor, pelo contrário, a ignorância com relação a Deus é a cauda da falta de temor. Quem crê sem firmes experiências possui uma fé abstrata, sem convicções e sem temor. Isto explica o facto de muita gente se intitular de cristão, mas entretanto viver uma vida na contramão da Palavra Divina, dando mau testemunho e brincando com a Fé que diz professar. Outrossim, justifica o facto dos ímpios viverem uma vida depravada e corrupta, oposta aos princípios de Deus. Também é a causa de muitos neófitos na fé, motivados pela ganância, fama e poder se autopromoverem a títulos como de Pastor, Bispo, Apóstolo e Profeta e de forma herética deturparem a Bíblia de acordo com seus macabros interesses etc. A falta de Temor a Deus é de uma forma geral a razão de todo o pecado. O primeiro grau para o temor é quando temos uma verdadeira experiência com Deus e somos evadidos por medo e pavor pelo seu poder, glória e pela sua grandeza. Por isso Isaías ao se deparar com a Glória do Senhor clamou: Ai de mim, vou morrer... (Is. 6) Quando nos apercebemos que há um ser tremendo no universo a quem devemos nos prostrar e esconder o rosto, pelo seu poder e grandeza e diante da nossa insignificância, então não há como não temer e submeter-se a sua vontade. A presença divina fulmina o pecado. Daí Deus ter dito a Moisés que não acompanharia o povo de Israel na caminhada pelo deserto, pois a sua presença os consumiria. Quando Paulo se dirigia a Damasco viu uma luz mais brilhante que a do sol que o levou a cair com medo e temor. O mesmo temor e medo teve Isaías quando teve a visão no templo. Quando assim sucede a primeira coisa que ouvimos de Deus é Não temas! Deus não quer que tenhamos medo, mas sim temor. O pecador se esconde com pânico devido a consciência pesada pela culpa dos pecados cometidos diante de um ser que o pode arrasar por isso quando Adão pecou fugiu de Deus mas antes do pecado falava livremente com Deus. Entretanto o justo ao ouvir não temas perde o medo mas permanece o temor, diante do amor e perdão. Existem duas formas de contemplarmos a glória divina: a primeira é a espiritual (2 Cor. 4:6) temos como exemplo Paulo que foi transladado até ao terceiro Céu. A segunda forma é ao contemplarmos a criação (Sl. 19:2) Na igreja primitiva o temor e as maravilhas andavam juntos. Quanto mais maravilhas o Senhor operava maior era o temor (Actos 2: 42-43). Esta é também uma forma espiritual de contemplar a glória divina. Por outro lado, ao penetrarmos na ciência dos mistérios escondidos na criação, podemos claramente contemplar naturalmente a glória de Deus. (Rm. 1:20) 1- A quem devemos temer? Somente a Deus e não ao homem (Jer. 17: 5-7)
2- Porque temer a Deus?
Devido sua santidade (Ap. 15:4) Por sua grandeza (Dt. 10:17) Por suas maravilhas (Jó 42:1-6) 3- Qual a importância do temor a Deus? Leva a pessoa a desviar-se do mal (Jó 28:28) Deus se compadece dele (Sl. 103:13) Vale mais que riquezas (Pv. 15:16)