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conforto e eliminação
1
Índice:
1 Conteúdos……........................................................................2
2 Noções gerais sobre necessidades básicas humana……………...7
3 Necessidades humanas básicas ao longo do ciclo de vida do Indivíduo o no
contínuo da saúde/doença…...............……………...7
4
O contributo do/a Técnico/a Auxiliar de Saúde, na equipa multidisciplinar, para a
satisfação das necessidades humanas básicas do utente: higiene e conforto;
alimentação;
Hidratação; Eliminação; Preparação dos tabuleiros de refeição….11
5 A importância da higiene e do conforto para a saúde do
utente..................................................................................21
6 Questões relativas à privacidade, intimidade e sexualidade do utente: Aspetos a ter
em conta na interação…………………………………….23
7
A técnica do banho………………………………………………………..26
2
8 Banho na cama…………………………………………………………..…29
9 Banho na cadeira de banho assistido………………………………....32
10 Banho no chuveiro/banheira……...……………………………………...31
11 Banho na maca banheira………………………………………………….34
3
15 Produtos de higiene e conforto : características e sua
aplicação…………………………………………..........……………..41
16 Outros cuidados básicos de higiene e apresentação..……….42
17 Cabelo…………………………………………………………………...42
18 Unhas………………………………………………………………..….42
19
Barba………………………………………………………..………….43
20 Higiene oral…………………………………………………………...43
21 A colaboração em cuidados de higiene a utentes com sistemas de soros,
drenagens, tubagens e/ou outros dispositivos……..44
4
22 A Eliminação………………………………………………………………..46
23 Cuidados a ter no antes e após a eliminação……………………….46
24 Condições ambientais e de privacidade……………………………...46
25 A limpeza e higiene parcial dos genitais……………………………..50
26 Materiais e técnicas de apoio à eliminação…………………………53
27 Colocação e remoção do urinol e arrastadeira com a colaboração do utente e
auxiliando o enfermeiro…....................................53
28 Colocação e subst. de fraldas com a colaboração do utente e auxiliando o
enfermeiro………………………………………………...56
5
29 Transferência e posicionamento na cadeira sanitária: com a colaboração do
utente…....………………………………………..58
30
Esvaziamento dos sacos coletores de urina com válvula: cuidados de
manuseamento………...……………………….......59
31 Outros dispositivos de apoio à eliminação - noções básicas: algalias, sondas
vesicais, sondas rectais, sacos de urostomia, sacos de nefrostomia, sacos de
colostomia…..................60
32 Produtos de eliminação vesical e intestinal….………………65
33 Urina: características, alterações e sinais de alerta…….65
34 Fezes: características, alterações e sinais de alerta.……68
35 Tarefas que em relação a esta temática se encontram no âmbito de
intervenção do/a Técnico/a Auxiliar de Saúde….70
6
36 Tarefas que, sob orientação de um enfermeiro, tem de executar sob sua
supervisão direta……………………………………….…….70
37 Tarefas que, sob orientação e supervisão de um enfermeiro, pode executar
sozinho/a……….……………………………………………..73
38 Bibliografia e netgrafia……………………………..…………………74
7
Conteúdos:
8
Aspetos a ter em conta na interação:
Os principais fatores ambientais propiciadores de conforto/desconforto para o
utente.
Os principais fatores pessoais do utente propiciadores de conforto/desconforto.
A técnica do banho:
Banho na cama;
Banho no chuveiro/banheira;
Banho na cadeira de banho;
Assistido banho na maca banheira;
Técnicas de substituição de roupa de cama e macas ocupadas
Técnicas de vestir e despir o utente.
A eliminação;
Cuidados a ter no antes e após a eliminação;
Condições ambientais e de privacidade;
A limpeza e higiene parcial dos genitais;
10
Materiais e técnicas de apoio á eliminação:
Colocação e remoção do urinol
Com a colaboração do utente;
Auxiliando o enfermeiro;
Colocação e remoção da arrastadeira
Com a colaboração do utente;
Auxiliando o enfermeiro;
Colocação e substituição de fraldas
Com a colaboração do utente;
Auxiliando o enfermeiro;
Transferência e posicionamento da cadeira sanitária
Com a colaboração do utente;
Esvaziamento dos sacos coletores de urina com válvula
Cuidados de manuseamento
Outros dispositivos de apoio à eliminação- noções básicas:
Algalias, sondas vesicais, sondas rectais, sacos de urostomia, sacos de
nefrostomia, sacos de colostomia.
11
Produtos de eliminação vesical e intestinal
Urina: características, alterações e sinais de alerta.
Fezes: características, alterações e sinais de alerta.
12
Necessidades humanas básicas ao longo do ciclo de vida
do individuo no contínuo saúde/doença
13
As necessidades fisiológicas são as mais importantes.
Exemplos tais como respirar e alimentar-se.
Cada nível superior representa algo menos importante à
existência humana do que as anteriores.
Maslow acreditava que só depois das necessidades
fisiológicas estarem satisfeitas, é que os indivíduos
procurariam a satisfação das necessidades menos cruciais da
vida.
14
Para Virgínia Henderson existem 14 necessidades fundamentais que são
comuns a todos os indivíduos:
Respirar normalmente ;
Comer e beber adequadamente ;
Eliminar os resíduos corporais;
Movimentar-se e manter uma postura correta;
Dormir e repousar;
Vestir-se e despir-se (selecionando roupas adequadas);
Manter a temperatura do corpo dentro dos limites normais, adaptando a roupa
e modificando o ambiente;
15
Comunicar com os seus semelhantes;
Prestar culto de acordo com a sua fé (agir de acordo com as suas crenças e valores)
Trabalhar de forma a ter uma sensação de realização;
Divertir-se ou participar em atividades recreativas;
Aprender, descobrir ou satisfazer a curiosidade que leve ao desenvolvimento norma
e à saúde.
16
Virgínia Henderson defende que indivíduo é um todo, com necessidades
fundamentais, e que quando uma necessidade não está satisfeita, o
indivíduo não está completo, inteiro, independente.
Para esta autora, uma necessidade é algo que se precisa.
Ela considera a saúde como o estado no qual o ser humano satisfaz todas as suas
necessidades, por si só e sem esforço; é independente.
17
Os cuidados de enfermagem são direcionados para a satisfação das necessidades
humanas afeitadas, e todas as intervenções efetuadas são feitas com o objetivo de
manter ou restaurar a independência do indivíduo na satisfação das suas
necessidades fundamentais, o mais rápido possível
18
Respirar normalmente
19
Beber e comer adequadamente
Ainda que seja possível viver até 10 semanas sem alimentos, é impossível viver
mais de alguns dias sem água. Esta assegura o bom funcionamento da maior parte
dos processos fisiológicos e tampem a manutenção da temperatura corporal.
A qualidade de vida dos idosos depende em grande parte daquilo que bebem e
comem.
20
Esta necessidade é influenciada por fatores culturais, económicos, emocionais e
sociais. Os mais frequentes são: dentição em mau estado, atrofia dos maxilares com
fraqueza muscular, ansiedade, depressão, confusão, anorexia e até a solidão.
Quando os idosos são deixados sós, sem ter ninguém que se ocupe deles, ficam
apáticos perante os alimentos, ou recusam a alimentação, como chamada de
atenção.
21
Eliminar os resíduos corporais
22
23
Movimentar-se e manter uma postura correta
Quando um doente não pode, por qualquer razão, satisfazer esta necessidade, a
nossa ajuda é muito importante.
24
Em função desta necessidade de mobilização, podemos classificar os doentes em
três tipos, que de alguma forma nos possibilitam prever a quantidade de cuidados de
que necessitam:
Independentes, se não necessitam de ajuda;
25
Alguns doentes estão tão inativos que a sua saúde se deteriora. A força muscular
reduz-se significativamente a partir dos 70 – 80 anos, e muitos idosos necessitam
ajuda e exigem tempo na mudança de posição, levante para a cadeira e auxílio na
marcha.
26
Dormir e repousar
27
Vestir-se e despir-se
Vestir e despir-se, exige muita coordenação, destreza, equilíbrio, uma boa amplitude
de movimentos e força muscular. Estas funções são afetadas por um grande número
de doenças e também pelo envelhecimento do sistema músculo-esquelético,
situações em que é necessário dar ajuda às pessoas afetadas.
28
Manter a temperatura do corpo dentro dos
limites normais
O ser humano tem de manter a temperatura corporal dentro dos limites normais,
para conservar o seu estado de saúde e bem-estar. A termorregulação permite
manter o equilíbrio entre a produção e a perda de calor.
29
Os idosos, de uma maneira geral, têm capacidades para manter a temperatura do
corpo dentro dos limites normais. No entanto o seu equilíbrio homeostático é muito
mais frágil e a sua capacidade de adaptação é muito menor, tolerando mais
dificilmente as temperaturas extremas.
30
Manter o corpo limpo, cuidado e proteger a pele
32
Evitar os perigos
O ser humano deve proteger- se contra qualquer agressão interna e externa, e manter
a sua integridade física e psicológica. Os estabelecimentos hospitalares são
favorecedores de certas agressões e perigos para os doentes, não só os de possível
provocação pelos equipamentos que possuem, como também pelo próprio pessoal e
pelos outros doentes.
33
No início e no fim da vida, o indivíduo é mais vulnerável e frágil. Ao longo de
toda a sua vida o indivíduo é agredido por elementos “stressantes”, provenientes
do seu ambiente e do que o rodeia, e também de si próprio (hereditariedade,
hábitos de vida, etc.). Para se defender e manter integridade biológica,
psicológica e social, dispõe de meios naturais (imunidade, força física,
inteligência, etc.), de mecanismos de defesa psicológica e de medidas
preventivas (boa alimentação, higiene, etc.).
34
Comunicar com os seus semelhantes
Para que o ser humano possa ser independente na satisfação da sua necessidade de
comunicação, os seus órgãos sensoriais devem estar íntegros, as emoções não o
devem impedir de comunicar e terá que ter uma vida social.
35
A diminuição das capacidades sensoriais causadas pelo envelhecimento, afeta a
necessidade de comunicar de cada indivíduo. Esta diminuição manifesta- se por uma
redução da capacidade de receber e tratar informação proveniente do meio ambiente.
Há idosos que gostam pouco de falar e isso deve ser respeitado. Devem ser tratados
pelo seu nome e nunca como se fossem crianças.
Comunicar é uma “arte” que não consiste somente numa troca de palavras, mas
num partilhar de emoções, de sentimentos e ideias. Comunicar exige de nós
capacidade de falar e principalmente a capacidade de escutar.
36
Agir de acordo com as suas crenças e
valores
Todo o ser humano deve possuir um quadro de referência pessoal para apoiar o seu
comportamento.
O ser humano tem necessidade de agir de acordo com as suas crenças e valores, e de
executar gestos e ações conformes com a sua noção pessoal do bem, do mal e da
justiça. É isto que constitui a sua dimensão espiritual, quer ele participe ou não nas
práticas formais da sua religião.
Para conservar a saúde física e mental, o ser humano deve manter-se em harmonia
com a natureza, consigo próprio e com os outros; as suas crenças e valores ajudam-
no a conservar este equilíbrio. O bem-estar espiritual, faz parte da definição de
saúde.
37
A crença é uma convicção , uma certeza que uma pessoa tem, face à sua visão da
verdade. As crenças são, em geral, de natureza religiosa, filosófica ou política.
38
Ocupar-se tendo em vista a autorrealização
39
Jogar ou participar em atividades recreativas
Distrair -se é uma necessidade de todo o ser humano, e o indivíduo que se diverte
com uma ocupação agradável, com o fim de se descontrair física e
psicologicamente, satisfaz esta necessidade.
40
Aprender, descobrir ou satisfazer a curiosidade
O ser humano que deseja manter ou recuperar a saúde, deve por vezes modificar os
seus comportamentos, ou aprender comportamentos novos. Para isso deve adquirir
conhecimentos e desenvolver capacidades.
Gerir os tempos livres dos doentes hospitalizados que possuem alguma autonomia
constitui uma tarefa bastante complexa. O mesmo se pode dizer em relação ao
idoso. Geralmente este passou toda a sua vida a trabalhar ou a educar a família sem
ter tempos livres e de repente dispõe de todo o tempo que sonhou ter.
41
O contributo do/a Técnico/a Auxiliar de Saúde, na
equipa multidisciplinar, para a satisfação das
necessidades humanas básicas do utente
42
Premissas éticas importantes na relação com o paciente:
43
Ética profissional: Regulamento tomado como consenso para se
seguir de acordo com os conceitos morais intrínsecos específicos de
cada profissão. Vide: Código de Ética Profissional
44
É dever de cada profissional admitir os limites de intervenção técnica e ética da sua
profissão, encaminhando o paciente a um especialista de acordo com as necessidades
clinicas específicas de cada situação, sempre explicando claramente ao paciente.
45
Cuidados de higiene e conforto a utentes que
necessitam de ajuda parcial ou total
46
A higiene pessoal, cuidado básico para a saúde e bem-estar do ser
humano, é uma atividade incorporada na rotina diária e difere entre
culturas e épocas. Entende-se por higiene pessoal a corporal e íntima,
a oral e a do couro cabeludo.
47
Total: consiste no banho total, completo, desde a higiene ao corpo até ao
cortar das unhas e cuidados com o cabelo.
O banho diário não se baseia tanto em requerimentos clínicos, mas sim em normas
culturais.
48
A frequência do banho depende das necessidades apresentadas pelas pessoas idosas.
Em algumas circunstâncias, pode ser dado apenas, por exemplo, duas vezes por
semana. É o caso dos idosos com peles demasiado secas, dos muito enfraquecidos
ou dos que, por problemas de saúde, se cansam facilmente.
49
Questões relativas à privacidade, intimidade e
sexualidade do utente
50
A vida privada do doente não pode ser objeto de intromissão, salvo em caso de
necessidade para efeitos de diagnóstico ou tratamento e tendo o doente expressado o
seu consentimento.
No que respeita às crianças a vida privada pode ter de ser investigada, por vezes sem
a concordância dos pais se tal for necessário para a terapêutica ou bem- estar da
criança.
Nas enfermarias o banho dos doentes deve ser realizado tendo em conta o pudor do
doente. Devem ser utilizados cortinas ou biombos com esse fim.
51
O respeito pela intimidade do doente deve ser preservado durante os
cuidados de higiene, as consultas, as visitas médicas, o ensino, os
tratamentos pré e pós operatórios, radiografias, o transporte em maca e
em todos os momentos do seu internamento.
52
Os principais fatores ambientais e pessoais propiciadores de
conforto/desconforto para o utente
53
Informar o utente como aceder ao telefone, outros meios tecnológicos e
horários do funcionamento das várias atividades e serviços;
54
Criar condições para a existência de meios (espelhos, quadros, relógios,
informações emorientação
carateres grandes e cores apelativas) que permitam a
para a realidade;
55
Etapas dos cuidados de higiene a idosos dependentes
56
Banho na cama
57
o
De seguida: lavar a cara, as orelhas e a cabeça. A lavagem desta deve ser feita
com regularidade, devendo, contudo, respeitar a vontade do idoso, sempre que
possível.
Lavar os braços e o tronco e seguir para as pernas e os pés, secando o corpo
medida que lava e tapando-o.
58
Começar os cuidados de higiene sempre das partes mais limpas para as
partes mais sujas, (da cabeça para os pés)
Observar o corpo e detetar todas as feridas que possam ter
59
Vestir a pessoa e penteá-la.
Banho no chuveiro/banheira:
60
Não esquecer a lavagem da boca, usando uma escova de dentes
ou compressas embebidas em elixir ou pedir ao idoso para bochechar.
61
Banho na cadeira de banho
assistido
Para que a ajuda técnica seja eficaz terá que permitir uma atividade mais
independente ou com menor dispêndio de esforço, de outro modo,
provavelmente não será utilizada.
A avaliação da necessidade de ajuda técnica deve ser feita por uma Equipa de
reabilitação especializada, e a sua subsequente prescrição deverá ser feita pelo
médico Especialista, com experiência nesta área.
Para uma adequada avaliação e prescrição de ajuda técnica, deverá contatar o seu
Centro de Saúde, que o encaminhará para os Serviços de Reabilitação mais
próximos do seu local de residência.
62
Aspetos importantes a tomar em consideração, sempre
que é feita uma prescrição:
Conforto
Segurança
Estabilidade
Facilidade de utilização
Tipo de banheiro – para banho de imersão ou duche
Tamanho
Peso
63
Em relação ao meio ambiente:
64
Cadeira de banho com assento longo
Características:
65
Banho na maca banheira
66
67
Técnicas de substituição de roupas de cama e macas
ocupadas
Aprontar uma cadeira aos pés da cama com as costas voltadas para quem executa
Lavar as mãos
68
Trocar as roupas de cama segundo a técnica abaixo
descrita:
69
Executar de igual modo para o cobertor;
70
Entalar a metade da cabeceira e fazer o canto, depois a metade dos pés e respetivo
canto e por fim a parte lateral.
Posicionar o resguardo a meio da cama e enrolar a metade oposta para dentro
até junto do indivíduo, enrolando-o desse lado.
Virar o indivíduo, ajustando a almofada
Posicionar-se do lado oposto
71
Entalar o resguardo desse lado.
Posicionar ou assistir o indivíduo a posicionar-se no meio da cama
aprontar o lençol que cobre o indivíduo, desfazendo as dobras laterais Posicionar-se
de novo no lado oposto onde iniciou a cama.
72
Remover o lençol sujo, cobrindo simultaneamente o indivíduo com o limpo.
Executar o canto desse lado.
73
Posicionar ou assistir o indivíduo a posicionar-se.
Assegurar a recolha do material.
Lavar as mãos.
74
Técnicas de vestir e despir o utente
Resíduos de produtos químicos usados na lavagem das roupas podem ser causa de
irritações na pele. O uso de tecidos sintéticos e inflamáveis e de colchetes, correntes
e alfinetes deve ser abolido, evitando, com isso, possíveis acidentes e traumatismos.
75
É importante que, para o paciente impossibilitado de manifestar a sua
sensibilidade à temperatura externa, o profissional esteja atento para a colocação
ou retirada de agasalhos.
76
Para pacientes com lesões extensas de pele, independentemente da causa,
oriente adaptações de roupas e camisolas: as mangas podem ser desmembradas do
corpo da roupa e adaptadas ao corpo do paciente através dos dispositivos acima
citados.
77
Materiais e equipamentos de higiene e conforto
78
Colaborar na massagem das principais zonas de pressão ( ombros, costas,
trocanteres e calcanhares ) com creme hidratante
Ajudar a vestir/despir o doente em caso disso
79
Algumas dicas a ter em conta na casa de
banho/banheiro de um idoso:
80
Ilumine as paredes se estas forem coloridas;
81
Coloque barras de apoio para ajudar um idoso a movimentar-se e reforce as
saboneteiras e o corrimão das toalhas para que eles possam atuar como suporte;
Disponha os acessórios para o banho num local de fácil acesso. Essa é uma
maneira de garantir uma certa independência e autonomia ao banho de uma pessoa
idosa.
82
Produtos de higiene e conforto: características e sua
aplicação
83
Tal como os restantes materiais fibrosos de aplicação médica, os produtos de
higiene e saúde devem ser: antialérgicos, resistentes a microrganismos, permeáveis
ao ar, não tóxicos, capazes de serem esterilizados e impermeáveis a líquidos. Para
além disso, estes produtos devem proporcionar conforto e não limitar os
movimentos de quem os utiliza
84
Outros cuidados básicos de higiene e apresentação
Cabelo
Colocar o paciente de barriga para cima de forma que a cabeça fique livre. Para
isto, pode -se retirar o travesseiro e colocar alguns lençóis enrolados em baixo dos
ombros;
Forrar a cama para que não fique molhada e colocar uma bacia debaixo da
cabeça do idoso;
Colocar tampões de algodão no ouvido do paciente;
Molhar o cabelo, aplicar o xampu e enxaguar com bastante água;
Enxugar o cabelo com uma toalha, e, se for possível, usar um secador;
85
Unhas
Manter a higiene pessoal em dia é um caminho essencial para evitar estímulos
externos e garantir a saúde de todo o organismo. Como manter as mãos e unhas
limpas?
Como higienizar: o ideal é manter as unhas sempre curtas e lixá-las a cada três
dias. Pessoas que cultivam unhas compridas devem lavar as mãos com maior
frequência e sempre antes de preparar alimentos.
86
O que não fazer: enfiar palitos e outros materiais que agridam as unhas e as
descolem do leito. Caso exista a necessidade desse tipo de intervenção, consulte um
especialista.
Frequência da limpeza: diária.
Barba
Assim como os cabelos, a barba também acumula impurezas ao longo do dia e, por
isso, precisa ser higienizada diariamente.
A necessidade torna-se ainda maior para homens com bigode, pois este entra em
contato direto com alimentos e bebidas.
A solução? Lavar o rosto duas vezes ao dia ou após as refeições com um sabonete
neutro, que é menos propenso a causar irritações.
87
Higiene oral
A higiene da boca deve ser feita após cada refeição, e sempre que for necessário.
Se o paciente for capaz, ele mesmo poderá fazer sua higiene bucal, mas caso
contrário, siga as instruções passo a passo:
Caso o paciente possua prótese dentária, esta deve ser lavada com escova e
pasta de dente;
89
A colaboração em cuidados de higiene a utentes com
sistemas de soros, drenagens, tubagens e/ou outros
dispositivos
90
Deve ser providenciada uma cama/ leito apropriado e confortável. Assim,
torna-se fundamental a cama e o colchão, podendo ser uma cama vulgar ou
articulada (como na imagem), onde se pode elevar a cabeça e/ ou os pés.
91
Quanto ao colchão também pode ser normal ou então especial para idosos com
problemas músculo- esqueléticos ou de mobilidade, para prevenção de úlceras de
pressão (colchões de alto risco ou de pressões alternas – imagem).
92
Cuidados a ter no antes e após a eliminação
A Eliminação
93
Antes de se estabelecer qualquer plano de cuidados:
94
Para manter um funcionamento efetivo, o organismo humano deve
livrar-se de substâncias indesejadas (dejetos):
95
96
A maioria dos resíduos nitrogenados do metabolismo celular é excretada na urina.
O sistema urinário desempenha um papel importante na manutenção do equilíbrio
hidroeletrolítico. O controlo da micção representa para as pessoas um ato
independente, que é aprendido na infância, e a perda desta independência, significa
uma ameaça ao bem estar social e emocional, pondo em risco os sentimentos de
autoestima.
97
Fatores que influenciam a excreção urinária:
98
Eliminação Intestinal:
99
A lista a seguir apresenta os principais inimigos do bom funcionamento intestinal:
100
101
A limpeza e higiene parcial dos genitais
102
Os cuidados perineais são providenciados com a finalidade de prevenir a infeção,
promover a saúde e conforto. Devido a existência de vários orifícios no períneo, esta
é uma área vulnerável a entrada de microrganismos patogénicos.
103
Colocar o Idoso em decúbito dorsal (barriga para cima), se possível com pernas
fletidas, lavar a região de eliminação urinária e posteriormente, colocar o idoso de
decúbito lateral (de lado) para proceder a higiene da região de eliminação intestinal.
No Homem:
104
Começar a lavar com movimentos circulares pela ponta do pénis, puxando o
prepúcio para baixo e lavando a glande, posteriormente o pénis e o escroto (não
esquecer de voltar a colocar o prepúcio na sua posição normal.
Na Mulher:
105
Mudar a água da bacia após a higiene dos genitais.
Colocar o idoso de lado e proceder à lavagem das costas e nádegas,
secando de seguida.
Colocar a roupa lavada e a fralda, fazendo a cama de um lado.
Virar o idoso para o lado seguinte e terminar de fazer cama e de colocar a fralda.
106
Materiais e técnicas de apoio à
eliminação
107
Tipos de urinóis e arrastadeiras
108
Colocação da arrastadeira
Se o doente for colaborante devemos pedir que flita os joelhos e faça força de
modo a levantar o corpo;
Se o doente não for colaborante, deve colocar-se em decúbito lateral para
aplicação da arrastadeira e após a colocação posicionar a pessoa em decúbito
dorsal (barriga para cima);
109
A arrastadeira deverá ficar corretamente colocada de modo a que o conteúdo
excretado fique no interior da arrastadeira;
110
Colocação do Urinol
O urinol é um utensílio exclusivo para homens permitindo que
estes quando acamados possam urinar. É colocando introduzindo o
pénis no urinol.
Cuidados na Desinfeção
A lavagem dos utensílios é fundamental no controlo da infeção.
111
Colocação e substituição de fraldas com a colaboração do
utente e auxiliando o enfermeiro
Na maioria das vezes, um adulto que usa uma fralda pode precisar de ajuda na
sua mudança. Pode haver casos em que a pessoa pode ficar acamada. Assim, torna-
se ainda mais evidente que um cuidador precisará de saber como o fazer.
Em primeiro lugar, e antes de começar a mudar a fralda deve reunir o material:
Saco de lixo
Fralda nova
Material de higiene
112
Para começar o utente deve ser colocado no leito. Primeiramente
descola-se a fita adesiva da fralda e dobra-se para dentro de forma a
que quando for posicionado em lateral essa aba fique por baixo.
Posiciona-se delicadamente para esse lado. Descola a outra fita
adesiva do lado oposto e após esse procedimento pode retirar a fralda
suja por trás.
Antes de colocar uma fralda limpa, deve limpar bem a zona com
água e sabão. Deve proceder à higiene dos genitais segundo a técnica
correta (já explicado noutro tópico). Depois secar muito bem. Pode
colocar um creme hidratante e protetor. Coloca a nova fralda e inverte
todo o processo anterior quando retirou a mesma.
113
Transferência e posicionamento na cadeira sanitária: Com a
colaboração do utente
114
Esvaziamento dos sacos coletores de urina com
válvula: Cuidados de Manuseamento
115
Outros dispositivos de apoio à eliminação - noções
básicas: algalias, sondas vesicais, sondas rectais, sacos de
urostomia, sacos de nefrostomia, sacos de colostomia
A algaliação é uma das técnicas que os enfermeiros executam mais amiúde. Foi
para debelar e ultrapassar algumas situações mais difíceis e delicadas que a
enfermagem foi desenvolvendo e adotando técnicas e saberes acessórios que
permitem obter o sucesso em algaliações complicadas e gerir com eficácia muitas
das complicações associadas a esta prática.
Embora os princípios básicos sejam os mesmos existem diferenças acerca dos
métodos usados na algaliação mediante se trate de um paciente do sexo masculino
ou feminino. O procedimento realizado em doentes do sexo feminino geralmente
não oferece contrariedades face ao trajeco e reto da uretra. Os doentes do sexo
masculino, uma vez que nestes a uretra tem uma longitude maior, oferecendo
angulações e zonas em que diversos processos patológicos ou fisiológicos podem
provocar apertos uretrais dificultando assim a passagem de uma sonda vesical.
116
O tamanho neste caso é importante!. Nas mulheres o tamanho trivial é o 14Fr e
para os homens é o 16Fr. No entanto o tamanho pode variar consoante existam
estenoses uretrais ou coágulos a serem drenados. Muitas vezes existe o falso
conceito de que uma sonda fina passa com mais facilidade por uma região com
aperto do que uma mais calibrosa. Por outro lado, se queremos usar uma sonda de
baixo calibre devemos optar por uma sonda semi-rígida a não ser que tenhamos a
garantia de uma uretra livre de obstruções.
Lembre-se também que o potencial de desenvolver espasmos vesicais ou
intolerância à sonda é maior com sondas mais calibrosas.
117
Sondas vesicais e retais:
119
Sacos de urostomia; nefrostomia e de
colostomia
121
Embora as colostomias sejam procedimentos cirúrgicos relativamente simples,
apresentam várias complicações, desde simples irritações cutâneas até problemas
potencialmente letais:
irritação cutânea - evitada pelo uso de bolsas e pomadas protetoras, que
evitam o contato entre o contato fecal e a pele;
estenose por abertura insuficiente da parede abdominal;
angulação do cólon exteriorizado por passagem sinuosa pelos diferentes planos d
parede abdominal;
estenose temporária decorrente do edema da boca cólica;
processo inflamatório que ocorre na serosa da alça exteriorizada; infeção - da
pele e/ou subcutâneo, causando celulite pericolostômica;
122
Cólico: abertura muito estreita na parede abdominal, causando constrição
do coto
123
Produtos de eliminação vesical e intestinal
Você já deve ter percebido que a quantidade de vezes que você faz xixi está
intimamente ligada aos seus hábitos. Por exemplo, num fim de semana, enquanto
você bebe alguns copinhos de cerveja, é normal que precise ir muitas urinar. O
mesmo não ocorre num dia qualquer da semana, no qual você toma a mesma
quantidade de líquidos que tem o costume de tomar.
Mas é verdade que a urina pode dizer muito mais sobre a sua saúde do que você
imagina!
É necessário diferenciar as mudanças de odor, cor e frequência da urina que são
consideradas normais, daquelas alterações que podem ser sinais de doenças.
Alterações de concentração da urina, odor mais ou menos forte e número de
micções (ato de urinar) podem ser apenas reflexo da ingestão hídrica, sem
representar anormalidades.
124
Alteração na cor da urina:
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Urina sanguinolenta
É importante destacar que sangue na urina nunca é normal e merece sempre
atenção e investigação.
Sangue visível (macroscópico) na urina geralmente está relacionado à presença
de lesão em alguma porção do trato urinário, ou seja, na uretra, bexiga, ureteres ou
rins. Um exemplo muito comum disto é a presença de cálculo renal que, na sua
movimentação pelo trato urinário, pode prejudicar qualquer uma dessas porções,
levando ao sangramento.
Outras situações menos comuns, como tumores renais ou de bexiga, também se
podem manifestar com sangue na urina.
Outras doenças que se podem manifestar com sangue na urina (nesse caso, na
maioria das vezes, não visíveis a olho nu) são as glomerulonefrites ou nefrites,
como são mais conhecidas, que são doenças renais que geralmente cursam com
outros sintomas além das alterações da urina.
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Aumento da frequência das micções
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Fezes: características, alterações e sinais de alerta
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Ficar um bom tempo sem ir à casa de banho causa uma série de problemas
desagradáveis, como dor abdominal, sensação de inchaço, irritabilidade,
indisposição e alterações no apetite e no humor. Quem tem intestino preso ou
prisão de ventre sabe bem como é. A obstipação intestinal – nome médico para o
problema – acontece quando a pessoa evacua menos de duas vezes por semana ou
quando o esforço para evacuar é demasiado grande e pouco produtivo.
As causas mais comuns costumam ser uma dieta pobre em fibras, pequena ingestão
de líquidos, sedentarismo e consumo excessivo de proteína animal e de alimentos
industrializados.Muitas pessoas não conseguem usar a sanita em locais públicos –
muitas vezes porque se sentem desconfortáveis e constrangidas para fazer isso fora
do ambiente acolhedor do lar. Os médicos avisam que é um péssimo hábito.
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Em primeiro lugar, quanto mais tempo os resíduos alimentares permanecem no
intestino, mais secos e duros ficam - o que os torna mais difíceis de expelir.
Segundo: com o tempo, o intestino acaba por acostumar-se e diminuindo a
frequência de «visitas» ao WC. Portanto, aquela história de «não consigo ir à casa
de banho fora de casa» pode acabar por criar um problema bem complicado.
Outros fatores emocionais, como stresse, depressão e ansiedade também são
capazes de interferir nos hábitos intestinais.
Cor é tudo
Além da frequência de visitas ao WC, a cor, o formato e a textura das fezes também
são importantes indicativos da saúde do intestino – e de todo o corpo.
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As fezes normais devem ter coloração acastanhada e textura moldada e macia.
Apesar de haver uma grande variação de tons conforme a dieta de cada pessoa,
alterações muito grandes nesse padrão podem sinalizar problemas.
Pequenas bolinhas isoladas podem indicar falta de fibras na alimentação. A
presença de sangue, muco e pus pode ser sinal de um intestino inflamado.
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A cor também pode ser indicativa de que algo não está a funcionar bem. «Na
maioria das vezes, a coloração está relacionada com o tipo de alimento, mas às
vezes pode ser consequência de sangramento gástrico ou intestinal, doenças do
fígado», aponta Bruno Zilberstein, da Faculdade de Medicina da USP. «A perda de
gordura nas fezes indica quadros de falta de absorção intestinal e infecções.»
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A cor das fezes pode variar pontualmente, de acordo com a dieta. É o caso da
ingestão de beterraba, que torna as fezes mais avermelhadas ou com um tom
castanho mais escuro, por exemplo. Atenção, porém, para colorações que devem ser
sinais de alerta. Se as fezes estiverem «pálidas», por exemplo, pode ser sinal de que
a vesícula não está a funcionar adequadamente, ou de que há presença de cálculos
biliares. Se a cor for castanho-avermelhada, pode ser consequência de sangramento
no trato digestivo inferior, um sintoma associado a cancro de intestino. Já fezes
negras podem indicar sangramento no estômago ou no intestino delgado,
provavelmente causado por uma úlcera.
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executar sob sua supervisão direta
Tarefas que em relação a esta temática se encontram no
âmbito de intervenção do/a Técnico/a Auxiliar de Saúde
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Auxiliar na prestação de cuidados aos utentes, de acordo com orientações do
enfermeiro:
Ajudar o utente nas necessidades de eliminação e nos cuidados de higiene e
conforto de acordo, com as orientações do enfermeiro;
Auxiliar o enfermeiro na prestação de cuidados de eliminação, nos cuidados
de higiene e conforto ao utente e na realização de tratamentos a feridas e úlceras;
Auxiliar o enfermeiro na prestação de cuidados ao utente que vai fazer, ou
fez, uma intervenção cirúrgica;
Auxiliar nas tarefas de alimentação e hidratação do utente, nomeadamente na
preparação de refeições ligeiras ou suplementos alimentares e no acompanhamento
durante as refeições;
Executar tarefas que exijam uma intervenção imediata e simultânea ao alerta
do técnico auxiliar de saúde;
Auxiliar na transferência, posicionamento e transporte do utente, que
necessita de ajuda total ou parcial, de acordo com orientações do técnico auxiliar de
saúde.
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Assegurar a limpeza, higienização e transporte de
roupas, espaços, materiais e equipamentos, sob a
orientação de profissional de saúde:
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Efetuar a lavagem e desinfeção de material hoteleiro, material clínico e
material de apoio clínico em local próprio, de acordo com normas e/ou
procedimentos definidos;
Assegurar o armazenamento e conservação adequada de material hoteleiro,
material de apoio clínico e clínico de acordo com normas e/ou procedimentos
definidos;
Efetuar a lavagem (manual e mecânica) e desinfeção química, em local
apropriado, de equipamentos do serviço, de acordo com normas e/ou
procedimentos definidos;
Recolher, lavar e acondicionar os materiais e equipamentos utilizados na
lavagem e desinfeção, de acordo com normas e/ou procedimentos definidos, para
posterior recolha de serviço interna ou externa;
Assegurar a recolha, triagem, transporte e acondicionamento de resíduos
hospitalares, garantindo o manuseamento e transporte adequado dos mesmos de
acordo com procedimentos definidos.
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Auxiliar O técnico auxiliar de saúde na recolha de amostras biológicas
e transporte para o serviço adequado, de acordo com normas e/ou
procedimentos definidos
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Tarefas que, sob orientação e supervisão de um
profissional de saúde,
pode executar sozinho/a
O técnico auxiliar de saúde, para além das tarefas anteriormente descritas, possui um
conjunto de outras que realiza sem a supervisão de um profissional de saúde:
Assegurar atividades de apoio ao funcionamento das diferentes unidades e serviços
de saúde:
Efetuar a manutenção preventiva e reposição de material e equipamentos;
Efetuar o transporte de informação entre as diferentes unidades e serviços de
prestação de cuidados de saúde;
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Bibliografia e netgrafia
www.forma-te.pt
www.wikipedia.com
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