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A História do

Cristianismo
Primitivo
Contextualização
• A denominação ‘cristianismo primitivo’
compreende o período que vai da morte
de Jesus em 33 d.C até a chamada
“conversão de Constantino” (306-337),
ocorrida ao que parece no ano de 337 d.C.

CANTAREIRA – Revista Eletrônica de História. Volume 2 – Número 2 – Ano 3 –


Ago. 2004
Este período pode ser dividido em três fases:

• a) a primeira fase está situada entre época da


vida de Jesus até o ano 100, data em que a
maioria dos contemporâneos de Jesus já havia
falecido; (CANTAREIRA. Vol 2 – Nº 2 – Ago. 2004)
• b) a segunda fase vai do ano 100 ao ano de 250,
no momento em que o Cristianismo se propagava
fora da Palestina, principalmente nas províncias
romanas mais antigas (Síria, Ásia Menor, Egito e,
é claro, pela Itália, especialmente em Roma),
sem, no entanto, constituir uma religião
universal; (CANTAREIRA. Vol 2 – Nº 2 – Ago. 2004)
• c) o terceiro momento abrange a época em
que o Cristianismo foi mais intensamente
perseguido pelo Estado romano (entre 250 e
311) até sua aceitação como religião do
Estado imperial romano a partir de 391.
(CANTAREIRA. Vol 2 – Nº 2 – Ago. 2004)
Primeira Fase
• Disputas Doutrinais:
- Diferentes Interpretações das Escrituras
Sagradas.
- Costumes Judaicos e Costumes Pagãos.
- Culturas locais e o Cristianismo.
Livro Paulo e Estevão
Os irmãos, carinhosos e confiantes, contavam com a
sua sinceridade e dedicação, compelindo-o a lutar
intensamente.
Sentindo-se incapaz de atender a todas as necessi­
dades ao mesmo tempo, o abnegado discípulo do
Evan­gelho, valendo-se, um dia, do silêncio da noite,
quando a igreja se encontrava deserta, rogou a
Jesus, com lágri­mas nos olhos, não lhe faltasse com
os socorros necessá­rios ao cumprimento integral da
tarefa.
Livro Paulo e Estevão
Terminada a oração, sentiu-se envolvido em
branda claridade. Teve a impressão nítida de
que recebia a visita do Senhor. Genuflexo,
experimentando indizível comoção, ouviu uma
advertência serena e carinhosa:
— Não temas — dizia a voz —, prossegue
ensinando a verdade e não te cales, porque
estou contigo.
Livro Paulo e Estevão
— Não te atormentes com as necessidades do
ser­viço. É natural que não possas assistir
pessoalmente a todos, ao mesmo tempo. Mas
é possível a todos satis­fazeres,
simultaneamente, pelos poderes do espírito.
Procurou atinar com o sentido justo da frase,
mas teve dificuldade íntima de o conseguir.
Entretanto, a voz prosseguia com brandura:
Livro Paulo e Estevão
- Poderás resolver o problema escrevendo a todos os
irmãos em meu nome; os de boa-vontade saberão
compreender, porque o valor da tarefa não está na pre­
sença pessoal do missionário, mas no conteúdo
espiritual do seu verbo, da sua exemplificação e da sua
vida.
Doravante, Estevão permanecerá mais conchegado a ti,
trans­mitindo-te meus pensamentos, e o trabalho de
evangeli­zação poderá ampliar-se em benefício dos
sofrimentos e das necessidades do mundo. (Capítulo 7 – As
Epístolas)
O Concílio de Jerusalém
• 1 ENTÃO alguns que tinham descido da
Judéia ensinavam assim os irmãos: Se não
vos circuncidardes conforme o uso de
Moisés, não podeis salvar-vos. (Atos dos Apóstolos,
Cap. 1)
O Concílio de Jerusalém
• Discurso de Pedro: Cremos que Deus nos purifica o
coração pela fé e não pelas ordenanças do mundo. Se
hoje rendemos graças pelo triunfo glorioso do Evangelho,
que instituiu a nossa liberdade, como impor aos novos
discípulos um jugo que, intimamente, não podemos
suportar? Suponho, então, que a circuncisão não deva
constituir ato obrigatório para quantos se con­vertam ao
amor de Jesus-Cristo, e creio que só nos sal­varemos pelo
favor divino do Mestre, estendido genero­samente a nós
e a eles também.
• Livro Paulo e Estevão – Cap. 5 – Lutas pelo Evangelho
Catacumbas
• Nessa época, instruída por alguns cristãos
mais humildes, Ana cientificou a senhora das
reuniões nas catacumbas.
• Somente ali podiam reunir-se os adeptos do
Cristianismo nascente, porquanto, desde os
seus primeiros eventos na sociedade romana,
foram as suas idéias consideradas subversivas
e perversoras.
Catacumbas
• Alguns companheiros mais esclarecidos na fé
advogavam publicamente as suas teses, em
epístolas ao sabor da época; mas, muito antes dos
crimes tenebrosos de Domício Nero, a atmosfera
dos cristãos primitivos era já de aflição, angústia e
trabalhos penosos. Desse modo, as reuniões das
catacumbas efetuavam-se periodicamente, nada
obstante o seu caráter absolutamente secreto.
• Livro: Há Dois Mil Anos - Emmanuel
Segunda Fase
• Posteriormente a 131, todos os cristãos se viram
compelidos a buscar novamente o refúgio das
catacumbas, para as suas preces .
• Perseguição tenaz e implacável era movida pela
autoridade imperial a todos os núcleos de idéias ou
de personalidades israelitas. Os adeptos de Jesus
apenas se reconheciam, entre si, na cidade, por um
vago sinal da cruz, que os identificava
fraternalmente onde quer que se encontrassem.
• Livro: 50 Anos Depois - Emmanuel
Terceira Fase
• Roma atravessava, no ano 217, sob pesada atmosfera de
crimes e inquietações, os últimos dias do imperador Marco
Aurélio Antonino Bassiano, cognominado de Caracala (2).

• (2) O governo de Caracala, conquanto fôsse um tanto


benigno para os cristãos situados em posição favorável na
vida pública, permitiu a perseguição metódica aos
escravos e plebeus dedicados ao Evangelho, então
considerados inimigos da ordem política e social. — (Nota
do Autor espiritual.)
• Livro: Ave Cristo - Emmanuel
O ano 250, corria sob nuvens pesadas...
Desde a subida de Décio ao poder, a metrópole
romana e as províncias atravessavam enormes
inquietações. O novo Imperador odiava os
postulados do Cristianismo e, por isso,
desencadeara terrível e sistemática perseguição
contra os prosélitos do novo ideal religioso. Editos
sanguinolentos, ordens rigorosas e missões
punitivas foram expedidas em variadas direções.
Livro: Ave Cristo - Emmanuel
307 D.C
• A luta se estabelece e Constantino vence Maxêncio
às portas de Roma, penetrando a cidade, vitorioso,
para ser recebido em triunfo. Junto dele, o
Cristianismo ascende à tarefa do Estado, com o edito
de Milão*. (A Caminho da Luz – Emmanuel)

*313 D.C: declarava que o Império Romano seria


neutro em relação ao credo religioso, acabando
oficialmente com toda perseguição sancionada
oficialmente, especialmente do cristianismo.
Transição do Cristianismo para o Catolicismo

• Com a influência do vencedor da ponte


Mílvius, efetua-se o Concílio ecumênico de
Nicéia para combater o cisma de Ário, padre
de Alexandria, que negara a divindade do
Cristo. Os primeiros dogmas católicos saem,
com força de lei, desse parlamento
eclesiástico de 325. (A Caminho da Luz – Emmanuel)
Transição do Cristianismo para o Catolicismo

• Mas, por volta do ano 381, surge a figura de


Teodósio, que declara o Cristianismo religião
oficial do Estado, decretando,
simultaneamente, a extinção dos derradeiros
traços do politeísmo romano. (A Caminho da Luz –
Emmanuel)
Transição do Cristianismo para o Catolicismo

• O Cristianismo, porém, já não aparecia com aquela mesma


humildade de outros tempos. Suas cruzes e cálices deixavam
entrever a cooperação do ouro e das pedrarias, mal
lembrando a madeira tosca, da época gloriosa das virtudes
apostólicas.
• Seus concílios, como os de Nicéia, Constantinopla, Éfeso e
Calcedônia, não eram assembléias que imitassem as reuniões
plácidas e humildes da Galiléia. A união com o Estado era
motivo para grandes espetáculos de riqueza e vaidade
orgulhosa, em contraposição com os ensinos dAquele que não
possuía uma pedra para repousar a cabeça dolorida. (A Caminho
da Luz – Emmanuel)
Absorção das ideias pagãs
• As autoridades eclesiásticas compreendem que é
preciso fanatizar o povo, impondo-lhe suas idéias
e suas concepções, e, longe de educarem a alma
das massas na sublime lição do Nazareno,
entram em acordo com a sua preferência pelas
solenidades exteriores, pelo culto fácil do mundo
externo, tão do gosto dos antigos romanos pouco
inclinados às indagações transcendentes. (A Caminho
da Luz – Emmanuel)
• É assim que aparecem novos dogmas, novas
modalidades doutrinárias, o culto dos ídolos
nas igrejas, as espetaculosas festas do culto
externo, copiados quase todos os costumes da
Roma anticristã. (A Caminho da Luz – Emmanuel)
Idade Média
• Inicio: 476 D.C queda de Roma
• Fim: 1453 D.C queda de Constantinopla
Grandes Vultos da Idade Média
Reforma
• Debalde a Dieta de Worms, em 1521, condenara Lutero
como herege, levando-o a refugiar-se em Wartburgo,
porque as suas idéias libertárias acenderam uma nova
luz, propagando-se com a rapidez de um incêndio. (...)

• O direito do exame livre, porém, dividiu a Reforma em


vários departamentos religiosos, de acordo com a
orientação pessoal de seus pregadores, ou das
conveniências políticas do meio em que viviam. (A
Caminho da Luz – Emmanuel)
• Sim, porque depois da treva surgirá uma nova
aurora. Luzes consoladoras envolverão todo o
orbe regenerado no batismo do sofrimento. (...)
• Trabalhemos por Jesus, ainda que a nossa oficina
esteja localizada no deserto das consciências.
Todos somos dos chamados ao grande labor e o
nosso mais sublime dever é responder aos
apelos do Escolhido. (A Caminho da Luz – Emmanuel)

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