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TRABALHANDO COM AMOR

EC.9:10
3ª PARTE

REFLEXÕES SOBRE A VIDA ESPIRITUAL


DOS PROFESSORES
DA
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
TERCEIRA REFLEXÃO:

O EXERCÍCIO DO AMOR CRISTÃO


NA
VIDA DO PROFESSOR
E o amor é o agente regulador de nossas
atividades!
Jesus nos deixou um exemplo maravilhoso de
amor ao lavar os pés dos discípulos, os quais
dentre eles havia os que iam traí-lo, negá-lo, não
acreditar na sua ressurreição, entre outras coisas.
Mas a frase de Jesus ecoa até os nossos dias em
busca de discípulos que queiram aprender com o
Mestre a arte de amar e ensinar a amar:
“Compreendeis o que vos fiz? ... Dei-vos um
exemplo para que como Eu vos fiz, também vós
o façais.” Jo.13:12,15
E falar de amor cristão em qualquer área da
vida, até mesmo na área do ensino, nos faz
recorrer aos sentidos do termo amor.
A palavra amor em nosso vocabulário pode
ser entendida como um sentimento abstrato;
uma demonstração de carinho e afeto entre
duas ou mais pessoas. Mas sempre será
enriquecedor se nos lembrarmos que
aprendemos o verdadeiro sentido do amor
cristão com o próprio Cristo.
E Jesus nos trouxe a consciência de algumas
diferenças naquilo que era chamado de amor em
Seus dias.
Nos dias de Jesus era comum o uso de pelo
menos quatro palavras para se desenvolver uma
definição do termo amor:
1ª Palavra:
EROS!

Trata do que é físico; sexual. Eros é um


amor que toma; arrebatador (paixão). Esse tipo
de amor pode até incluir algum sentimento
verdadeiro, mas é, basicamente, atração física,
desejo sexual e expectativa de satisfação
pessoal. O eros apresenta-se como amor pelo
outro mas é amor por si próprio
2ª Palavra:
STORGE!
É o amor mais relacionado à família – Rm
12.10 “Amai-vos cordialmente uns aos outros
com amor fraternal, preferindo-vos em honra
uns aos outros”. O desaparecimento desse amor
é mencionado em Rm 1.31 “... insensatos,
pérfidos, sem afeição natural e sem
misericórdia”, e 2 Tm 3.3 “...sem afeto natural,
irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes,
cruéis, sem amor para com os bons”. 
3ª Palavra:
PHILOS!
Philos é um amor que troca. Relaciona-se com a
alma, mais do que com o corpo. Lida com a
personalidade humana – o intelecto, as emoções e
a vontade. Envolve compartilhamento mútuo. Em
português, a palavra mais próxima é amizade. A
forma nominal é usada apenas uma vez no Novo
Testamento (Tg 4.4), mas o verbo “amar”, no
sentido de “gostar”, e o adjetivo “amável” são
usados muitas vezes.
Este é o grau de afeição que Pedro disse ter
por Jesus quando este lhe perguntou, “Simão,
filho de João, tu me amas?”. O pescador
respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”.
No original grego, o sentido é: “Sim, Senhor, tu
sabes que gosto de ti, que sou teu amigo” (Jo 21.
15,16). 
4ª Palavra:
ÁGAPE!

Esse tipo de amor não é alimentado pelo mérito


ou valor da pessoa amada, mas por
Deus. Ágape ama até mesmo quando a pessoa
amada não é amável, não tem muito valor, não
corresponde. Esse amor não é egoísta, não busca a
própria felicidade, mas a do outro, a qualquer
preço.
A ilustração clássica desse tipo de amor encontra-se na
história do bom samaritano (Lucas 10:29–37), que é
contada para ilustrar o amor (ágape) ao próximo (v.
27). Quando o samaritano olhou para o homem ferido
e sangrando, não houve atração física (eros). O homem
que havia sido açoitado não era um ente ou conhecido
querido; os judeus e os samaritanos se odiavam (não
tinham amor storge). O homem deixado à beira da
estrada não era um amigo; ele não tinha nada para
oferecer; não havia possibilidade de ação recíproca
(philos). Qual seria a única motivação possível para o
viajante ajudá-lo? Ele era um semelhante; um ser
humano; e o bom samaritano disse, em outras palavras:
“Por isso eu vou ajudá-lo”. Isto é amor ágape.
Tendo o exemplo de Jesus Cristo como base
para o desenvolvimento de nosso ministério de
educadores, precisamos estar cientes da luta
que é a manutenção do amor no ensino.
Vivemos hoje em uma dura realidade que foi
revelada a nós pela Palavra de Deus:
“E por se multiplicar a iniqüidade, o amor de
muitos se esfriará”.
Mt.24:12
O exercício do amor cristão na vida do
professor é uma necessidade urgente, uma vez
que estamos mergulhados em um século de
iniqüidades.
E o amor cristão pode ser entendido e visto
também em ações conjuntas. Como estamos
inseridos em um século que ensina, vive e
defende princípios contrários ao amor cristão
precisamos harmonizar nossas ações no
desenvolvimento de um ensino eficaz.
Nossas ações podem durar realmente toda
uma vida de aprendizagem, como acontece na
educação dos filhos.
E educar uma criança, por exemplo, é
trabalhar num projeto de vida, e, os pais são os
responsáveis diante de Deus. Vemos que
biblicamente isso é possível tendo a Palavra de
Deus como fundamento e Cristo como
modelo!
Há na Bíblia três instituições reconhecidas
com autoridade outorgadas por Deus: a
família, a igreja e o governo civil. Porém, só
aos dois primeiros cabe prover educação (Ef
6:4; Mt 28:18-20), uma vez que o governo
civil jamais poderia atuar em nome da família,
representando seus valores e objetivos
próprios. O Estado traduz o pensamento da
coletividade, partindo do princípio que a
maioria está certa.
E em relação à Escola Bíblica Dominical todos nós
precisamos entender que ela também só vai ter uma
maior eficiência na realidade de vida dos alunos
cristãos quando estiver, também, em plena comunhão
com as famílias cristãs.
A visão é de famílias unidas em Cristo Jesus, contando
com a participação da Igreja, trabalhando na formação
de uma geração consciente de seus valores e
responsabilidades, capacitada para exercer seu
ministério na sociedade e cumprir o propósito de Deus.
Trata-se de uma aliança estratégica para garantir a
expansão do Reino mesmo no meio de uma geração
perversa e corrupta. Isso é manifestação de amor
cristão!
REFLEXÃO
E
DEBATE

Qual tem sido realmente o sentido de amor


que tem me conduzido a ensinar?
Até que ponto eu realmente estou disposto
(a) a viver o amor ágape?
CONCLUSÃO

O que podemos concluir até esse momento é que a


realidade envolvendo a prática dos líderes e
professores nas Escolas Bíblicas Dominicais, bem
como nas outras áreas da vida cristã exige o
desenvolvimento do amor cristão.
Trabalhando com o amor cristão, nós podemos
experimentar a manifestação do Poder de Deus a
cada lição e a cada relacionamento que o Senhor
nos conceder.
Que todos nós sejamos achados fiéis ao
Senhor; vivendo o amor cristão no nível que o
Senhor Jesus nos determinou:

“Amai-vos uns aos outros!”.

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