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SOBRE O
TRABALHO
Prof. Matheus Barbosa da Rocha
O trabalho é objeto de múltipla e ambígua atribuição de sentidos e significados.
1- Ideia de sofrimento. Ex.: Origem da Palavra (Tortura); Mito de Sísifo; “Primeiro o
Trabalho, depois a diversão”.
2- Ideia de Prazer e Satisfação Pessoal.
Caldeus, hebreus, orientais e primeiros cristãos, entre outros, tinham ideias distintas sobre
o trabalho daquelas mais conhecidas da Antiguidade.
Mercadoria: Valor de Uso (Quando sua utilidade é acessível ao ser humano) e Valor de
Troca.
Protestantismo
1- Ideia de Vocação Cumprimento do dever como único caminho para satisfazer à Deus
Profissão passa a ser concebida como um dom divino.
2- Ideia de Prova Quanto mais se trabalha, mais se prova ser merecedor da graça divina
Riqueza é resultado do trabalho duro.
3- Responsabilidade individual para se ter ou não a graça divina.
Surge aí uma noção utilitarista do trabalho e a noção de centralidade do mesmo, associada
a uma ética do cumprimento do dever.
Marx
1- O Trabalho Produz a própria condição humana O processo de diferenciação do homem
do restante dos animais inicia quando aquele produz seus meios de subsistência.
2- O Trabalho representa um eixo da história da humanidade A história da humanidade é a
história das relações de produção.
3- O trabalhador passou a não deter os meios de produção, não ter controle sobre o produto
nem sobre o processo de trabalho, tendo suprimidos seu saber-fazer e suas possibilidades de
identificação com a tarefa e com o produto.
1- Alienante.
2- Explorador.
3- Humilhante.
4- Monótono.
5- Discriminante (Classifica os Homens de acordo com os trabalhos).
6- Embrutecedor (Conteúdo Pobre, Repetitivo e Mecânico das Tarefas).
7- Submisso (Aceitação Passiva).
Marx entendia que o trabalho deveria ser humanizador, não alienado, digno, que
garantisse ao ser humano a satisfação de suas necessidades, racional, e que se constituísse
na principal força na vida dos indivíduos.
Capitalismo Monopolista e/ou Oligopolista (1870) Forte recessão e gradual imposição
dos trustes e cartéis como instâncias reguladoras dos preços e mercados.
Século XIX
Taylor
1- Assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de
prosperidade ao empregado.
2- Pressuposto da “Vadiagem” no Trabalho.
3- Princípios da Administração Científica Adoção do método dos tempos e movimentos
para eliminar movimentos desnecessários e substituir os lentos e ineficientes por rápidos.
6- Treinamento Sistemático.
Fordismo
1- Fabricação, de armas, de máquinas de costura/agrícolas e de bicicletas.
2- Inovações Tecnológicas (Mecanização) e Econômicas (Produção em Massa).
3- Controlar a qualidade dos produtos e reduzir custos de reposição padronização na
confecção das partes ou peças.
4- Uso da cadeia de montagem sob a esteira rolante.
5- Utilização de moldes, garantindo que as peças fossem idênticas.
6- Controle permanente da exatidão das peças.
7- Uso de máquinas especializadas.
8- Movimento das peças e de seus subconjuntos na empresa pela esteira, eliminando o
deslocamento dos operários, o que significava fluxo contínuo de produção.
9- Esse modo de organizar o trabalho estabelece o controle de seu ritmo pela cadência da
máquina e não mais pela supervisão humana direta.
10- Produção de automóveis baratos para serem consumidos pela multidão.
11- O pagamento integral ao empregado dependia não só da sua produção como também de
seus hábitos de vida em geral.
12- Incremento da Produção em decorrência dos altos salários pagos aos trabalhadores e das
consequentes mudanças de estilo de vida.
13- Políticas de Remuneração conseguiram manter os empregados longe dos sindicatos.
14- A mecanização não se diferenciava do Taylorismo em um ponto básico: o esvaziamento do
conteúdo do trabalho.
15- Esvaziação dos postos de trabalho.
4- Rejeita que o pleno emprego seja uma situação de equilíbrio espontâneo, derivado
exclusivamente do equilíbrio entre oferta e demanda de emprego.
5- Compreende a dinâmica do mercado de trabalho inserido na economia nacional como um
todo.
6- Recomenda a fixação de um marco jurídico legal que, impondo limites a aspectos como a
extensão da jornada de trabalho, o salário, a instauração de salários indiretos, promove a
repartição dos ganhos de produtividade e a estruturação de assistência aos desempregados e
acidentados.
7- Ciclo Progressista o consumo gera demanda de produtos, que gera empregos, e estes,
por sua vez, mantêm ou aumentam os níveis de consumo.
8- Sua concepção não é, porém, contraditória ao taylorismo nem ao fordismo, como modelos
de organização do trabalho.
Estado de Bem-Estar Social, Estado-Providência, Compromisso Keynesiano ou Fordista.
As organizações começaram a optar por táticas para lidar com o trabalhador, consistindo
em redução dos controles e abertura à participação.
1- Descentralização Administrativa.
Toyotismo
1- Produção no momento preciso – Estoque Mínimo.
2- Autonomia da máquina para interromper os processos, quando com defeito.
3- Processo muito flexível e de baixo custo.
4- Despolitização e Polivalência do trabalhador.
5- Criatividade, autonomia, independência, iniciativa, reconhecimento, saúde e desafio.
6- Ampliação da exploração.
7- Esperam que o trabalhador realize determinadas ações de forma autônoma, porque se
identifica com os objetivos e os valores das empresas, e não mais pelo controle estrito da
supervisão.