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AGENTES QUÍMICOS – PROF.

ALINE COSTA DOS SANTOS

PROCESSO DE CAPINA
QUÍMICA COM ROUNDUP
PROCESSO DE TRABALHO

O Processo a ser analisado é o de Capina Química


feita através da pulverização manual com o herbicida
ROUNDUP ORIGINAL.
PROCESSO DE TRABALHO

Capina química é o controle de plantas perenes e


anuais em margens de rodovias, aceiros de cercas,
áreas industriais, ferrovias, oleodutos e terminais,
áreas municipais dentre outras.

É feita com aplicação de herbicida através de


pulverização.
PROCESSO DE TRABALHO

É a maneira mais prática de se manter áreas livres de


plantas daninhas, especialmente em locais onde é
difícil de ser feita a capina manual ou mecânica.

RENDIMENTO (em área total):

Capina Capina
X
Manual Química

90m2/dia/homem 2.000m2/dia/homem
FUNÇÕES E TRABALHADORES EXPOSTOS
 2 Preparadores:
 Responsável pelo carregamento e descarregamento
do produto;
 Preparo da calda;
 Abastecimento dos pulverizadores;
 Instrução dos aplicadores;
 Limpeza dos equipamentos;
 Descarte das embalagens vazias.

 6 Aplicadores:
 Aplicação do produto de acordo com as instruções
específicas.
RISCOS E EXPOSIÇÃO DOS TRABALHADORES

 Ingestão;
 Inalação;
 Contato com a pele e mucosas;
 Derramamento ou vazamento;
AGENTE QUÍMICO

ROUNDUP ORIGINAL
Produzido pela Monsanto do Brasil Ltda.

 Classificação toxicológica III


– Medianamente Tóxico

 Classificação do potencial de
periculosidade ambiental –
Produto perigoso ao meio
ambiente - Classe III.
EFEITOS DO PRODUTO - FISPQ

 Efeitos adversos à saúde humana: Pode ser irritante


e apresenta potencial corrosivo para a pele e
mucosas. Os efeitos são mais graves em crianças.
 Efeitos Ambientais: Perigoso ao meio ambiente.
Altamente tóxico para microorganismos de solo
(IBAMA).
 Perigos físico-químicos: Corrosivo ao ferro comum
e galvanizado.
 Perigos específicos: A decomposição forma óxidos
de carbono.
SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS
GLIFOSATO
Princípio Ativo do Roundup - (Concentração: 360g/l – CAS nº
1071-83-6).

 O Glifosato é o produto que mais causa intoxicações no


Brasil.

Efeitos indesejáveis encontrados em estudos de


laboratório:
 Irritação da pele e dos olhos, náuseas e tonturas,
edema pulmonar, queda de pressão sanguínea,
alergias, dor abdominal, perda de líquido
gastrointestinal, vômito, desmaios, destruição de
glóbulos vermelhos no sangue e danos no sistema
renal.
SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS

GLIFOSATO

 Na sua decomposição surge o formaldeído, substância


potencialmente cancerígena;
SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS

GLIFOSATO

 A combinação com nitratos no solo ou em


combinação com a saliva, origina o N-nitroso
glifosato, cuja composição também é potencialmente
cancerígena e para a qual não há um nível de
exposição seguro;

 O efeito dessa substância no organismo humano,


segundo o Centro de Controle de Intoxicação da
Unicamp, é cumulativo e a intensidade da intoxicação
depende do tempo de contato com o produto.
SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS

POLIOXIETILENOAMINA (POEA)

Substância química surfatante usada para aumentar a


eficácia do herbicida e facilitar sua penetração nos
tecidos vegetais através da redução superficial do
líquido.
 O POEA é mais tóxico que o glifosato e a
combinação dos dois é mais tóxica ainda;
 Apresenta-se contaminado com 1-4 dioxano, um
agente causador de câncer em animais e
potencialmente causador de danos ao fígado e aos
rins de seres humanos;
FONTES GERADORAS
 Manuseio e preparo da calda

A calda é preparada com o herbicida dissolvido em


água numa concentração que varia de acordo com
as plantas infestantes.

 Aplicação
MEDIDAS DE CONTROLE
ARMAZENAMENTO

 Evitar a contaminação ambiental;


 O local deve ser ventilado, coberto e ter piso
impermeável;
 Sinalizar com placa de advertência;

 Trancar o local, evitando o acesso de pessoas não


autorizadas, principalmente crianças;
MEDIDAS DE CONTROLE

ARMAZENAMENTO

 Guardar os produtos em embalagens bem fechadas,


em locais seguros, fora do alcance de crianças e
animais domésticos e afastados de alimentos ou
ração animal;
 COLOCAR FOTO
 Deve haver sempre embalagens adequadas de
reserva para envolver embalagens rompidas ou
para o recolhimento de produtos vazados;
MEDIDAS DE CONTROLE
ARMAZENAMENTO

 Armazenar e manusear apenas em recipientes


plásticos, fibra de vidro, alumínio ou aço
inoxidável e não em recipientes de ferro
galvanizado, ferro ou aço comum;

 Não reutilizar as
embalagens vazias;
 Seguir as instruções constantes da NBR 9843 da
ABNT.
MEDIDAS DE CONTROLE

TRANSPORTE

 O carregamento e descarregamento do produto deve


ser feito com a utilização de luvas;

 O transporte está sujeito aos procedimentos


estabelecidos na legislação, que inclui o
acompanhamento da ficha de emergência do
produto, bem como determina que os agrotóxicos
não podem ser transportados junto de pessoas,
animais, rações, medicamentos ou outros materiais.
MEDIDAS DE CONTROLE

MANUSEIO

 Ler atentamente e seguir as instruções e


recomendações indicadas no rótulo dos produtos;

 Não trabalhar sozinho quando manusear produtos


tóxicos;

 Preparar o produto em local fresco e ventilado,


nunca ficando à frente do vento;
MEDIDAS DE CONTROLE

MANUSEIO

 Evitar inalação, respingo e contato com os


produtos;

 Não beber, comer ou fumar durante o manuseio e a


aplicação dos tratamentos;

 Preparar somente a quantidade de calda necessária


à aplicação a ser consumida numa mesma jornada
de trabalho;
MEDIDAS DE CONTROLE

APLICAÇÃO

 Utilizar os EPI’s recomendados e, em caso de


contaminação substituí-los imediatamente;

 Verificar o estado de conservação e higienização


antes de utilizá-los;
MEDIDAS DE CONTROLE - EPI’s
 Proteção para as mãos: Luvas de borracha

 Proteção facial (olhos): Viseira


MEDIDAS DE CONTROLE - EPI’s
 Proteção da pele e do corpo: Macacão de algodão
impermeável

 Touca Árabe
MEDIDAS DE CONTROLE - EPI’s
 Botas de PVC

 Proteção respiratória: Máscara


MEDIDAS DE CONTROLE

APLICAÇÃO

 Não permitir a presença de crianças e pessoas


estranhas ao local de trabalho;
 Aplicar sempre as doses recomendadas;
 Evitar pulverizar em dias de vento forte ou
chuvosos;
 Não aplicar produtos próximos à fonte de água,
riachos, lagos, etc;
 Não desentupir bicos, orifícios, válvulas ou
tubulações com a boca.
MEDIDAS DE CONTROLE

PÓS - APLICAÇÃO

 Não entrar na área onde o produto foi aplicado


antes da completa secagem da calda (mínimo de 24
horas);

 Caso a entrada no local contaminado antes da


secagem seja necessária, deve-se utilizar os EPI’s
recomendados para uso durante a aplicação;

 Trocar e lavar as roupas de proteção separadamente


de outras roupas não contaminadas.
PROIBIÇÃO DA ANVISA
A capina química em áreas urbanas não é permitida
pela ANVISA devido ao risco de intoxicação da
população, além da contaminação da fauna e a flora
local.

Principais argumentos:
 Dificuldade de isolamento das áreas contaminadas
por prazo mínimo de 24 horas;
 Demora no escoamento/absorção do produto no solo
devido às superfícies pavimentadas e compactadas.
MEDIDAS DE CONTROLE
DESCARTE

 Após esvaziamento, as embalagens devem passar


pela Tríplice Lavagem e ser devolvidas ao
fabricante em um prazo de até 1 ano da data da
compra;
MEDIDAS DE CONTROLE
DESCARTE

 Caso o produto não tenha sido totalmente utilizado


nesse prazo, e ainda esteja dentro do prazo de
validade, a devolução da embalagem poderá ocorrer
em até 6 meses após o término do seu prazo de
validade;

 O usuário deve guardar o comprovante de devolução


para efeito de fiscalização, pelo prazo mínimo de
um ano após a devolução da embalagem vazia.
MEDIDAS DE CONTROLE

EM TODAS AS ETAPAS

 Todos os colaboradores envolvidos no processo


deverão ser treinados sobre como proceder em
casos de acidentes (medidas cabíveis e telefones
de emergência).
AVALIAÇÃO DE EFICÁCIA

Para garantir a eficácia das medidas de controle


deverão implementados:

 Treinamentos;
 Exames periódicos;
 Registro de quase acidentes;
 Tratamento de não-conformidades;
 Inspeção dos EPI’s (ckeck-list);
 Auditorias no processo.
OBRIGADO!!!

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