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Dando continuidade a nossa série do GRO, esta semana traremos uma ideia de proposta das etapas que
irão compor o GRO, GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS.
A modernização das NRs pressupõe três diretrizes básicas que são: Harmonizar, simplificar e desburocratizar. A
capacidade de percepção de cada profissional permitirá que a gestão de riscos ocupacionais seja inclusiva, ou seja, possa
abordar todas as demais NRs no desenvolvimento de um só projeto com desdobramentos e atenção a todas as situações ou
condições que representam ameaças na atividade ocupacional do estabelecimento, sejam elas dos grupos físicos, químicos,
biológicos, ergonômicos ou de acidentes. Todas elas acolhidas numa só diretriz como uma espécie de guarda chuva.
•O documento estruturante deve conter a descrição das seis (06) fases ou etapas de seu
•Vinculação: Como uma espécie de guarda chuva é parte integrante do conjunto mais amplo das
Reconhecimento: Aceitar. Perceber, enxergar, reconhecer que temos sim uma ameaça ou problema que deve ser
avaliado/monitorado/controlado;
a) a sua identificação;
b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;
c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho;
d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;
e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição;
f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho –
instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho existente na empresa;
g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica (agentes etiológicos
Lista B Dec. 3048:99, Base do TLV ACGIH, Outros…;
h) a descrição das medidas de controle já existentes.;
Antecipação: Ação, processo, ou procedimento de ver antes, de controlar as entradas que possa impactar na gestão de
riscos já controlados. Nenhum novo “RISCO/AMEAÇA” será admitido antes de ser devidamente examinado e aprovado
pela equipe gestora, inclusive com a participação da CIPA onde houver. É desaconselhável qualquer modificação que,
segundo o critério de qualificação escolhido no sistema da matriz AIHA, adicione riscos/ameaças ao ambiente sem o
devido Tratamento;
•Identificação: Localizar a fonte geradora, a sua presença e os aspectos e impactos nas atividades/operações;
•Avaliação: Mensurar, Medir (qualitativa ou quantitativa – AIHA). Dimensionar a exposição do trabalhador, subsidiar
modelos e controles; Montar o inventário de riscos (QFBEA); Lista de Perigos e Riscos, Classificação, Categoria do
risco…
•Diagnóstico: Classificar segundo a grandeza, caracterizar o risco, priorizar medidas de controle segundo os
resultados obtidos nas etapas anteriores. Estabelecer modelos de controles, exames de viabilidade técnica e econômica da
ação para consecução do objetivo proposto – Plano de Ação;
•Controle de Riscos Ambientais: Limitar, minimizar, reduzir, atenuar, segregar, eliminar. Estabelecer domínio ou
vigilância. Neutralizar. Elaborar o Plano e Cronograma de Ação (metas relevantes, específicas e mensuráveis).
Implementar ação e avaliar a eficácia das medidas de controle e divulgação de dados. A gestão estratégica de desempenho
deve seguir o método do PDCA para a melhoria contínua.
1.Elaborar o GRO a partir das fases ou etapas supra enumeradas;
2.Inventário de Riscos;
3.Planejamento Estratégico com metas relevantes, específicas e mensuráveis;
4.Classificação e Categorização dos Riscos com a priorização de medidas de controle;
5.Estabelecer medidas para tratamento de riscos ocupacionais (Procedimentos, Protocolos, Diretrizes, Rotinas, capacitações,
etc…);
6.Matriz de Capacitação, programas de treinamentos conforme NRs;
7.Fluxograma de monitoramento de riscos com respectivos ciclos ou períodos de verificação;
8.Estabelecer e garantir a aplicação de critérios para garantir a eficácia do EPI (conforme determina legislação trabalhista e
previdenciária);
9.Estabelecer ciclos de avaliações sequenciais de resultados da melhoria contínua (PDCA);
10.Monitoramento dos indicadores clínicos epidemiológicos relativos a SST;
11.Reunião Gerencial do Planejamento Estratégico com análise dos indicadores de desempenho e ações preventivas ou
corretivas, quando aplicável;
12.Análise Global do GRO, pelo menos uma vez por ano.
O GRO poderá estar contemplado em planos, programas e
sistemas de gestão desde que atenda as exigências previstas nas
NRs e dispositivos legais de SST. Derivado do PGR, o GRO
deve ser sustentado por uma boa avaliação de riscos. A
aplicação de uma matriz para classificar e categorizar o risco,
considerando a combinação da SEVERIDADE das possíveis
lesões ou agravos à saúde com a PROBABILIDADE ou
chance da ocorrência, sustentará pelo mesmo critério, a
priorização das medidas de controle