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Conteúdos
Viticultura e enologia
Regiões vitivinícolas
Serviço de vinhos
Aconselhamento de vinhos
Apresentação dos vinhos à mesa
Temperaturas dos vinhos
Sequências de serviço
Serviço de vinhos brancos
Serviço de tintos
Serviço de espumantes
Serviço de vinhos de sobremesa
Serviço de generosos/fortificados
Serviço especiais
Carta de Vinhos
Normas de higiene e segurança
1
A Profissão de escanção
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DEFINIÇÃO DE ENOLOGIA
Enologia é a ciência que estuda tudo o que está relacionado com a
produção e conservação de vinho[1], desde o plantio, escolha do solo,
vindima, produção, envelhecimento, engarrafamento e venda.
Existem pouquíssimas faculdades de enologia, estando as principais
na França e Itália. Em Portugal a
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro ministra a única
Licenciatura em Enologia deste país. Na América do Sul, segundo
alguns, a melhor delas localiza-se em Mendoza, Argentina. No Brasil
existem quatro: a única que oferece bacharelado em enologia é a
Universidade Federal do Pampa - Campus de (Dom Pedrito) e as
outras quatro instituições oferecem curso de tecnólogo e técnico em
enologia, sendo uma em Bento Gonçalves (Rio Grande do Sul), outra
em Petrolina (Pernambuco) mais uma em (São Roque) São Paulo -
ambas oferecidas pelo
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFET) - e a quarta
oferecida pela Universidade Federal de Pelotas.
A enologia é uma ciência moderna que reúne o conhecimento
científico sobre as diversas áreas para se estudar as questões
relacionadas com o vinho. As disciplinas de base para a formação do
enólogo incluem a entomologia, fisiologia, matemática, estatística,
geologia, botânica, microbiologia, física, marketing, economia,
climatologia, química, entre outras. Além das disciplinas voltadas para
a prática da enologia como a vinificação, viticultura, marketing de
vinhos, operações unitárias relacionadas a elaboração do vinhos,
controle de qualidade e análise sensorial.
Não confundir com viticultura, que estuda somente o cultivo da uva
para o vinho e vinicultura, que concentra os aspectos culturais em
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torno do vinho.
DEFINIÇÃO DE VITICULTURA
Viticultura é a ciência que estuda a produção da uva, que poderá ser
destinada para o consumo in natura, para a produção de suco, para a
vinificação ou para a produção de uva passa. Quando é destinada à
preparação de vinhos, usa-se a designação vitivinicultura.
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A partir disso, fica fácil entender
a diferença entre o trabalho do
viticultor e do vinicultor. De
maneira didática:
– O viticultor é responsável pela
plantação, cultivo e colheita da
uva – o seu universo se restringe
a conhecer e preparar o solo para
as plantações da uva, estudar e O viticultor é responsável pela
pôr em práticas técnicas de plantação, cultivo e colheita da
irrigação, saber qual a melhor uva
forma de cultivo de cada
variedade e colher de maneira
menos agressiva possível as
– O vinicultor, por sua vez, exerce
frutas.
sua função no exato momento em
que se encerra o trabalho do
viticultor – a colheita das frutas. É
ele quem dá a destinação vinícola
para as uvas, ou seja, é ele o
responsável por transformar a uva
em vinho. O seu trabalho engloba
todas as etapas de elaboração do
vinho a partir do momento em
que as uvas são colhidas, do seu
O vinicultor e o responsável por transporte ao engarrafamento do
transformar a uva em vinho. produto final, e sua consequente
comercialização.
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É importante dizer que em muitos lugares onde se produz vinho,
esses dois tipos de trabalhos são feitos concomitantemente – muitas
vinícolas e bodegas exercem tanto a função viticultora quanto
vinicultora. Isso exige uma estrutura maior e qualificação específica
dos funcionários para que exerçam a função exata em cada processo.
Existem também lugares que apenas cultivam uvas, portanto,
viticultores, e outros que apenas elaboram vinhos, isto é,
vinicultores.
O que se nota com tudo isso é que ambos os profissionais são
essenciais para a fabricação de um bom vinho. Sem o trabalho do
viticultor não há uva para a produção de vinhos e sem o trabalho do
vinicultor a uva não pode ser transformada em vinho.
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A) QUANTO AOS TIPOS: Brancos / Tintos
TINTOS
Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC
Não envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC
Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC
Beujolais 'Primeur" ou "Nouveau" - 10 A 12 oC
BRANCOS
Secos, Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC
Secos, Jovens e Leves - 6 A 12 oC
Suaves e Doces - 4 A 6 oC
ROSÉS
Todos de modo geral - 6 - 12 oC
ESPUMANTES
Brut - 6 A 12 oC
Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC
FORTIFICADOS
Vinho do Porto - 10 A 18 oC
Jerez - 8 A 14 oC
Madeira - 12 A 14 oC
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OBS: Uma garrafa deixada durante 8 minutos na água com gelo
sofrerá uma redução de 5 oC na temperatura, que corresponde a 60
minutos de permanência na geladeira.
A ABERTURA DA GARRAFA
1- A REMOÇÃO DA CÁPSULA
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2 - A LIMPEZA DO GARGALO
Modelo em "T"
Em geral esse tipo tem o passo
da hélice muito curto e exige
grande esforço. É necessário
colocar a garrafa entre as coxas
apertando-a firmemente. Ideal
para os amigos da força e do
contorcionismo!
Modelo de alavanca única
Também chamado "modelo sommelier" ou
"amigo do garçom", que possui uma só
alavanca, através de uma peça que se
coloca na borda do gargalo e serve de apoio
para a alavanca que se faz com o próprio
cabo do saca-rolhas. Embora teoricamente
melhor, a maioria existente no mercado
também possui o passo da hélice muito
curto. Resultado: não se faz esforço, mas a
rolha ou não sai ou sai quebrada.
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Modelo de alavanca dupla
Possui dois braços laterais que
sobem ao se introduzir a hélice na
rolha; e depois são abaixados,
alavancando a saída da rolha.
Apesar de exigir menor esforço
padece dos mesmos
inconvenientes do tipo anterior
pois geralmente são feitos com
espirais tipo parafuso.
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Há, também, saca-rolhas que injetam, por uma agulha, um
gás inerte que expulsa a rolha, mas que pode estourar a
garrafa se injetado em excesso.
Os melhores saca-rolhas
Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o
mecanismo de "contra-rosca". Nesse mecanismo, gira-se o
cabo para hélice penetrar na rolha e, quando ela chega ao
final, continuando-se a girar, a rolha sobe pela haste e sai. Os
saca-rolhas "contra-rosca" existem em vários modelos,
preços, designs e nacionalidades diferentes, mas os que
fazem mais sucesso entre os enófilos são os da marca
franco-americana "Screwpull - Le Creuset". São de uma
eficiência fantástica e apresentam-se em vários modelos, o
"pocket-model", de bolso, mais simples e que custa cerca de
15 dólares (na Europa e nos EUA), o "table-model", que vem
com um suporte para ser colocado à mesa, e o "lever-
model", modelo profissional de sistema de alavanca, que
custa cerca de 100 dólares. Esse último, apesar de meio
exagerado, é um show à parte e foi desenvolvido por um
engenheiro da NASA, Herb Allen, que vendeu o design para
os franceses. Segundo experts, no entanto, é uma versão
moderna de um modelo que já existia no século dezenove.
Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos preços
mencionados, os corta-cápsulas e os saca-rolhas da marca
"Screwpull - Le Creuset" são os melhores existentes na
atualidade. 16
SACA-ROLHAS SCREWPULL - LE CREUSET
- lever-model
- table-model
- pocket-model
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A AERAÇÃO OU "RESPIRAÇÃO" DO VINHO
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A DECANTAÇÃO DO VINHO
A decantação de um vinho consiste em uma operação simples,
porém cuidadosa, para remover o sedimento ou borra ou depósito do
fundo da garrafa, em geral existentes no vinhos muito envelhecidos.
Esse sedimento é constituído por várias substâncias que se formam
durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vão se
depositanto no fundo da garrafa, como por exemplo os taninos que
sofrem polimerização.
Na realidade, não há nenhum problema médico em bebermos um
vinho com sedimento, mas ao manusearmos a garrafa ele irá misturar-
se no vinho, tornando-o turvo e provocando, quando bebido, a
sensação desagradável de uma fina areia na boca. Portanto, a
decantação é aconselhável por razões estéticas na sua degustação do
vinho: melhor visualização e melhor sensação gustativa.
A decantação é realizada, após a abertura da garrafa, de três
formas:
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1 - Manual, na garrafa
Deita-se a garrafa com cuidado, para que o sedimento não se misture
ao vinho e, com o auxílio de uma fonte de luz (vela ou lâmpada), com
a mão firme e lentamente, vai-se tombando a garrafa e vertendo o
vinho na taça, procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do
ressalto do "ombro" da garrafa. Quando se notar que ele começa a
subir o ressalto, pára-se, espera-se ele escorrer de volta ao fundo e
recomeça-se a operação. Desse modo ele não virá até o gargalo e,
portanto, não se misturará ao vinho que está saindo.
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2 - Manual, no decantador
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3 - Com auxílio de aparelho especial
Existem aparelhos para fazer a inclinação lenta da garrafa mediante a
ação de um sistema de engrenagens. Ao girar-se uma pequena
manivela, aciona-se o sitema, que provocará a lenta inclinação da
garrafa, de modo muito mais preciso do que o método manual.
Apesar de charmosos, esses aparelhos são difíceis de ser
encontrados e muito caros.
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Filtragem, uma alternativa à decantação
Em caso de inabilidade ou falta de paciência para realizar a
decantação, bem como na ausência de um decantador ou do
aparelho mencionado, a solução menos charmosa, porém mais
prática e rápida, é passar o vinho por um filtro de papel (do tipo
Melitta) ou por um tecido fino adaptado em um funil. Na falta
desses utensílios, a solução é "coar" o vinho, através de um pano
limpo colocado na boca de uma jarra.
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CONSERVANDO O VINHO JÁ ABERTO
No caso de você abrir uma garrafa de vinho e não consumí-la toda, o
que fazer para conservar o vinho?
Uma vez aberta a garrafa o vinho estará em contato constante com o
oxigênio e seguramente irá oxidar-se em pouco tempo. Para protelar
um pouco o problema, tampe a garrafa com a própria rolha, coloque-a
na porta da geladeira e procure bebê-la em dois a três dias.
Uma outra solução é utilizar a "bomba de vácuo" ou "vacu-vin", em
francês, ou "wine-saver", em inglês.
A bomba de vácuo
Trata-se uma pequena bomba que possui um
êmbolo (semelhante ao de uma seringa de
injeção) que se adapta à uma rolha especial de
borracha, colocada na garrafa. Com movimentos
de vai e vem do êmbolo, vai-se retirando o ar da
garrafa, pois o aparelho possui uma válvula que
permite a saída do ar por sucção, mas impede a
sua entrada. Assim, depois de várias bombeadas, o
êmbolo passa a movimentar-se com dificuldade,
indicando que o ar da garrafa está saindo e
quando tornar-se impossível movê-lo, o vácuo
estará efetuado na garrafa. Desse modo, o vinho
poderá ser conservado na porta da geladeira ou
em local bem fresco, por muito tempo. No
entanto, por esse sistema não se consegue um
vácuo absoluto, sendo mais conveniente consumir
o vinho em torno de um mês. 25
Apresentação dos vinhos consoante a idade
CRT 13.16. 26
Elemento 1: Introdução ao
Vinho
O que é o Vinho?
o vinho é feito a partir da fermentação do sumo de uvas
recém-vindimadas
álcool
açúcares no
sumo da uva + leveduras
dióxido
de
carbono
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Tipos de Vinho
Vinhos Tranquilos
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Tipos de Vinho
Vinhos Espumantes
•Champagne
•Cava
•Prosecco
•Outros Espumantes
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Tipos de Vinho
Vinhos Fortificados
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Estilos de Vinho
Vinhos Tintos
•uvas tintas
•cor provém da pele
•taninos provêm da pele
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Estilos de Vinho
Vinhos Brancos
•uvas brancas
•ocasionalmente uvas tintas
•apenas suco
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Estilos de Vinho
Vinhos Rosé
•uvas tintas
•menos contato com as peles
•mais ligeiros
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Atividade
Pele
• taninos
Uva 1 (sem pele) • cor
• provar a polpa
• provar a pele
Polpa
• açúcares
• ácidos
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Como é Feito o Vinho
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Como é Feito um espumante
CARBONATAÇÃO
- Injeção de gás
- método muito barato para espumantes
económicos
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Como é Feito um espumante
METODO TRADICIONAL
VINHO BASE TRANQUILO » branco ou tinto
ARROLHAMENTO
ENVELHECIMENTO EXTRA
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Autolise das leveduras
(dá o gosto de brioche aos espumantes)
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Remuage
(levar sedimentos para junto do gargalo)
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Dégorgement
(expulsar os sedimentos da garrafa)
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Dosagem
(vai dar o grau de doçura ao espumante)
«Mais Doce»
MEIO-SECO
SECO
BRUTO
EXTRA BRUTO
BRUTO NATURAL
«Mais Seco»
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Arrolhamento
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Envelhecimento Extra
CRT 13.16. 43
Temperatura de Serviço
6 Cº a 8 Cº
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Decantar o vinho: uma técnica a aprender
Há uma cerimónia simples e eficaz
que se realiza antes de se servir
um verdadeiro e irresistível néctar
dos deuses – chama-se decantar o
vinho. Com um acessório muito
próprio, é feito por três
importantes motivos, um dos
quais, potenciar a sua degustação!
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Decantar vinho tinto jovem
O processo de decantação varia conforme o vinho em questão, ou
seja, depende se se trata de um vinho velho ou jovem. No caso, dos
néctares mais jovens, a decantação permite suavizar os taninos
presentes no vinho e que normalmente são ásperos, secos e
adstringentes. Geralmente, estes vinhos apresentam elevados
níveis de acidez porque ainda não tiveram tempo de amadurecer, o
que significa que necessitam de “respirar” durante uma ou duas
horas. Verta o conteúdo da garrafa para o decantador num gesto
único e contínuo. A etiqueta diz que se deve colocar a garrafa vazia
ao lado do decantador para que os convivas possam identificar o
vinho que irão ou que estão a provar.
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Coloque uma vela acesa ou um pequeno foco junto do gargalho,
utilizando esta fonte de luz para se certificar que não deita borras
no decantador. Verta tudo de uma só vez, parando apenas quando
aparecerem os primeiros resíduos no gargalo. Coloque o
decantador e a garrafa original juntos na mesa.
Outras dicas
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FORMAS DE SERVIR
Escolher, apresentar e servir os vinhos não requer um talento
especial, desde que se respeitem algumas normas fundamentais.
Quantos vinhos?
Para uma refeição simples, um vinho é suficiente. Podem também
ser servidos um branco e um tinto.
Para uma refeição mais requintada devem servir-se três vinhos:
vinho branco com as entradas e peixe, vinho tinto com o prato de
carne e um vinho do Porto vintage, de preferência, com os queijos.
Durante um banquete, ou uma refeição muito especial, cada prato
deve ser acompanhado por um vinho diferente.
Quantas garrafas?
Os escanções recomendam as seguintes quantidades:
- Uma garrafa para duas ou três pessoas, se for servido apenas um
vinho durante a refeição.
- Se forem servidos dois vinhos, uma garrafa para três ou quatro
pessoas.
- Se forem servidos três vinhos, uma garrafa para quatro ou cinco
pessoas.
- Se for servido espumante como aperitivo, calcule-se uma garrafa
por cada quatro pessoas.
Como preparar os vinhos?
É da responsabilidade do dono da casa a escolha e preparação dos
vinhos que acompanham a refeição.
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Vinhos brancos secos não necessitam de uma preparação especial.
Duas horas antes de servir, meta a garrafa no frigorífico, na parte
de baixo, ou sirva num balde de gelo.
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Esta operação origina uma leve oxidação do vinho, melhorando as
suas características de paladar e bouquet. Se o depósito for muito
abundante, o vinho pode ser decantado, isto é, vertido muito
lentamente num "decanter" (frasco para ir à mesa).
Decantar um vinho velho - Trata-se duma operação muito delicada e
de certo modo polémica. Por um lado tem a vantagem de eliminar o
depósito e ajudar o bouquet a desenvolver-se, pela oxidação; por
outro lado, tem a desvantagem da remoção da garrafa original da
mesa (a menos que a operação seja feita na presença dos
convidados). Se não for feita de forma conveniente, a oxidação pode
ser excessiva e significar a "ruína" dum vinho velho.
Temperaturas - Os vinhos devem ser servidos à temperatura em que
atingem o seu melhor. Atenção, pois devem atingir essa temperatura
lentamente. Se um vinho tinto estiver excessivamente fresco aqueça
o copo nas palmas das mãos. Nunca o faça colocando a garrafa junto
dum irradiador ou fogão de sala, ou mergulhando a garrafa numa
panela de agua quente! De qualquer forma é sempre preferível
servir um vinho tinto a uma temperatura ligeiramente mais fria do
que a uma temperatura mais quente que o normal. Numa sala a
uma temperatura media um vinho "recupera" rapidamente 2 a 4
graus de temperatura.
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TEMPERATURAS ACONSELHADAS PARA O VINHO
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Vinhos tintos de garrafeira 16/18 graus C
Tem-se recomendado servir estes vinhos à temperatura
ambiente. Se, no entanto, este ambiente for no verão, ou numa
sala muito aquecida, esta recomendação não pode ser tomada à
letra.
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VINHOS GENEROSOS
Definição
O vinho do Porto é um vinho generoso produzido exclusivamente
na região demarcada do Douro, envelhecido no entreposto de Gaia
e exportado da cidade do Porto, que lhe dá o nome. É obtido a
partir de uvas tintas ou brancas, cuja fermentação é interrompida
com a adição de aguardente vínica, sendo depois transportado para
armazéns de Gaia, onde fica a envelhecer.
O vinho do Porto pode ter uma graduação alcoólica entre os 18º e
os 22º. Este vinho deve as suas inconfundíveis características
(sabor, aroma e corpo) às peculiares condições agro-climatéricas da
região demarcada do Douro.
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Envelhecimento
O vinho do Porto é envelhecido pelos seguintes processos:
- casco
- garrafa
- casco e garrafa.
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O vinho do Porto branco com o envelhecimento adquire os
seguintes tons de cor:
Branco pálido - vinho novo, com menos ácidos e menos corpo que
o tinto. É mais macio de paladar
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VINHO DO PORTO VINTAGE
Regulamentação
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Pequena história
Consta que foi por volta de 1770 que surgiram as primeiras garrafas
cilíndricas.
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Fabrico/Fermentação
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VINHO DO PORTO COM DATA DE COLHEITA
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LÁGRIMA DE CRISTO
Existe ainda este tipo de vinho do Porto que quanto a nós é extra
doce: o Lágrima ou Lágrima de Cristo. Este vinho é obtido da seguinte
forma: nos lagares as uvas vão-se acumulando um pouco e o seu
próprio peso começa a esmagar os cachos do fundo.
O primeiro sumo é retirado separadamente para evitar que comece a
fermentação antes que estejam todas as uvas no lagar. A este sumo
dá-se o nome de «Lágrima».
Quanto à doçura do vinho do Porto classifica-se do seguinte modo:
Doce (de 5º a 7º Baumé de densidade)
Meio Doce (de 3º a 5º Baumé de densidade)
Meio seco (de 1,5º a 3º Baumé de densidade)
Seco (de 0º a 1,5º Baumé de densidade)
Forma de Beber:
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Região de Carcavelos / Vinho de Carcavelos
Este vinho é produzido numa região também muito antiga e com
muitas tradições vinhateiras.
Diz-se que na época do Marquês de Pombal e da sua quinta em
Oeiras, no ano de 1752, o vinho de Carcavelos era enviado para a
corte de Pequím.
Esta região situa-se na costa do Estoril (ex-Costa do Sol), próximo da
Foz do Tejo.
Foi demarcada pela lei de 18 de Setembro de 1908.
A região hoje ocupada pela vinha é muito pequena, razão pela qual o
vinho de Carcavelos dificilmente se encontra no mercado.
O vinho de Carcavelos é um licoroso de graduação alcoólica de 18º a
20º aproximadamente.
É obtido a partir das castas «Galego Dourado», «Boais», «Arinto»,
«Torneiro ou «Espadeiro» e «Trincadeira».
Está indicado como aperitivo ou vinho de sobremesa, conforme o
seu grau de doçura.
No entanto produz-se mais vinho doce.
Devido às suas características (suavidade e aveludado paladar) o seu
envelhecimento é rápido e exige um estágio mínimo de dois anos em
casco, antes de ser engarrafado.
Actualmente existe no mercado um vinho da região, produzido na
Quinta dos Pesos da Casa Manuel Boullosa.
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Região de Setúbal / Vinho Moscatel de Setúbal
- O Moscatel de Setúbal é designado por alguns dos seus
promotores como «um monumento de arte agrícola e uma glória
nacional». É um vinho dourado, com perfume suave e um sabor
delicado.
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As cepas (castas) usadas para o Moscatel são as seguintes: moscatel
de Setúbal, derivada da «vitis apiana», ou moscatel de Alexandria,
moscatel de Jesus, moscatel de Málaga, moscatel Romano, moscatel
roxo ou violeta da Madeira, moscatel roxo da madeira, moscatel
roxo de Constança e moscatel do Douro, o menos conhecido e
divulgado, também chamado «moscatel de Frontignan».
Este vinho tem um teor alcoólico de 18 graus, com um «bouquet»
de sabor a fruta agradável quando é jovem.
Julgo que o mais nobre na classe do vinho moscatel de Setúbal e dos
moscatéis é o famoso «Torna-Viagem». A casa J. M. da Fonseca
comercializa também o Moscatel (Setúbal), o 20 anos e o Moscatel
Roxo.
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Nas freguesias vitícolas situadas na parte meridional da ilha cultivam-
se as melhores castas Europeias para a produção do vinho generoso.
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Fabrico/Produção
Envelhecimento
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Tipos de vinho da Madeira e características
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A ENOGASTROMIA
Há séculos o vinho é o acompanhante ideal para as refeições.
Na Europa, as famílias produziam seu vinho caseiro a partir de
pequenos vinhedos em suas terras, tendo sempre sua garrafa
à mesa.
Com a evolução da vinicultura, uma grande diversidade de
vinhos se tornou disponível, a partir de diversas variedades de
uva cultivadas, de métodos diferenciados de elaboração e da
importação de vinhos de outras regiões.
O conceito de Enogastronomia envolve a escolha
pormenorizada de vinhos, a partir de suas características
gustativas, para acompanhar pratos elaborados das culinárias
tradicional, regional e criativa, ressaltando suas características
e criando um conjunto sensorial de grande prazer.
As sugestões aqui apresentadas não constituem regras
absolutas, mas apenas uma diretriz para suas experiências
pessoais de combinação de vinhos e pratos.
A preferência pessoal e a criatividade certamente o levarão a
novas descobertas nessa apaixonante e rica área de pesquisa e
prazer.
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ANTES DAS REFEIÇÕES
APERITIVO
Espumante Brut
(Champagne, Sekt, Cava, Vin Mousseux, Prosecco,
Blanquete de Limoux, etc.)
Vermute seco
Martini, etc
Fortificado seco
Jerez (Espanha), Porto branco seco (Portugal)
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NAS SOBREMESAS
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COMO DIGESTIVO
Destilados de uva
Cognac, Armagnac e Marc (franceses), Bagaceira
(portuguesa), Grapa ou Graspa(italiana), etc.
ÀS REFEIÇÕES
PEIXES E FRUTOS DO MAR
Grelhados ou em molho leve ou crus (sushi)
Espumante brut ou demi-sec
Vinho branco seco frutado jovem ou levemente maduro
Evitar os vinhos brancos com presença de madeira
(fermentados ou maturados em barrica), exceto no caso de
peixes defumados.
Em molhos fortes
Branco maduro de boa estrutura,
Rosé seco de qualidade
Tinto jovem de leve ou médio corpo
Bacalhau
Tinto jovem ou de médio corpo
Branco maduro, de bom corpo
Anchova, atum, salmão e sardinha
Tinto jovem ou de médio corpo
Branco maduro
Rosé de boa estrutura 70
CARNES BRANCAS
Peru
Tinto leve ou de médio corpo
Branco seco de boa estrutura
Foie Gras
Branco doce de alto nível(Sauternes, Tokay, etc.)
Fortificado doce (Porto Vintage, LBV, Colheita, etc.)
Espumante de qualidade (Champagne Milesimé, Espumante
Tradicional, etc.)
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CARNES VERMELHAS
Grelhadas ou em molho leve
Espumante brut
Tinto jovem leve ou de médio corpo
Em molho forte
Tinto maduro de médio corpo a robusto
Caças de pêlo
Tinto maduro robusto
MASSAS
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QUEIJOS
Fresco de massa mole
(Frescal, Ricota, Requeijão)
Branco ou tinto jovem e leve
Fresco de massa filada
(Mozzarela)
Branco ou tinto jovem e leve
Maturado de massa mole
(Brie, Camambert e Coulommiers)
Branco maduro
Tinto jovem a maduro encorpado
Maturado de massa filada
(Provolone)
Branco maduro
Tinto jovem ou pouco envelhecido
Maturado de massa cozida
(Emmental, Gouda, Reino, Prato, Saint-Paulin, Tilsit,
Port-Salut)
Tinto maduro de bom corpo
Maturado de massa semidura
(Roquefort, Gorgonzola, Stilton, Danablue)
Tinto maduro robusto
Branco doce superior
Fortificado doce
(Parmesão, Pecorino)
Tinto maduro robusto
Fortificado
Observação
Espumantes de qualidade, em especial os
Champagnes, combinam com todos os tipos de queijo
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CARTA DE VINHOS
A carta de vinhos é um dos cartões de visita de um restaurante, sendo
uma peça fundamental na abertura de uma casa.
O vinho, além de ser um atrativo para muitos clientes, é um dos
produtos vendidos onde se consegue obter maior margem de lucro, daí
a importância de saber "vender" esta bebida.
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Informações dos vinhos
Sobre cada vinho que consta na sua carta, você deve indicar o nome
completo, a sua DOC ou varietal e a safra, se for o caso.
Além destas informações "obrigatórias", você pode colocar algumas
opcionais como o nome da vinícola, a graduação alcoólica, a casta, o
produtor, etc.
Opte por colocar informação da disponibilidade do vinho, pode usar
por exemplo uma etiqueta, para que o cliente não escolha um vinho
que depois não está disponível.
E, claro, não esqueça de colocar o preço do vinho. Você pode colocar
o preço da garrafa e, se for caso disso, o preço do copo e o seu
tamanho.
Não esquecer
Você deve manter
sempre a sua carta
atualizada e esta deverá
ser analisada e revista
pelo menos de 4 em 4
meses.
Verifique se manterá os
mesmos vinhos na carta
e se as descrições dos
mesmos deverão ser
alteradas. 76
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CONCLUSÃO
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