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TEMAS RELEVANTES À

PSICOLOGIA DA ADOLESCÊNCIA

Professora: Maria Auxiliadora de Souza


Disciplina: Psicologia do Desenvolvimento II: Adolescência
3º Período Psicologia
14/07/2020
1 SEXUALIDADE E GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

• A gravidez na adolescência é considerada um problema de saúde pública mundial.


• A frequência de gravidez na adolescência é bastante elevada e continua crescendo,
transformando-se num problema médico e social preocupante.
• Os números de adolescentes que engravidam aumentaram progressivamente e em idades
cada vez mais precoces.
• A falta de conhecimento dos meios contraceptivos tem sido considerada uma das
principais causas da gravidez, principalmente na população mais carente, na qual existem
rapazes e moças com total desinformação referente ao funcionamento do corpo humano
e aos meios contraceptivos.
• É de grande importância uma educação referente a prática sexual no período da
adolescência, pois esta promove os valores e princípios que irão moldar as gerações
futuras para uma maneira de estar na vida mais confiante, positiva, segura, como
também, mais ativa e participante.
1 SEXUALIDADE E GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

• A gravidez na adolescência traz consigo vários fatores que vão


representar um comprometimento individual com problemas de
diversas ordens.
• Medo, insegurança, desespero, desorientação, solidão são reações
muito comuns, principalmente no momento da descoberta da
gravidez.
2 - FORMAÇÃO DE GRUPOS
2 - FORMAÇÃO DE GRUPOS
• “O adolescente é um ser que anda em bandos”
• Segundo Schutz, três necessidades interpessoais são observadas no grupo
(e, no caso dos adolescentes, levam à busca do pertencimento a um grupo):
• A) a necessidade de inclusão,
• B) a necessidade de controle e
• C) a necessidade de afeição.
• A inevitável formação dos grupos ocorre de forma desordenada e movida
pelos mais diferentes intentos, sendo que a falta de orientação adequada
dentro desses grupos pode ser prejudicial ao adequado desenvolvimento do
indivíduo.
2 - FORMAÇÃO DE GRUPOS

• Embora diferenças socioeconômicas e culturais influenciem


diretamente na prevalência dos problemas apresentados durante a
adolescência, nenhum grupo está imune a esses problemas: aumento
da drogadicção, alcoolismo, violência, problemas relacionados aos
excessos e desrespeito à saúde física, aos valores éticos e morais.
• Infere-se que os adolescentes estejam perdidos, sem rumo, e
ansiando, mesmo que inconscientemente, por exemplos e um
direcionamento seguro.
3 REDES SOCIAIS
3 REDES SOCIAIS

• Os jovens já nasceram nesta geração do facebook, whatsapp, twitter, snapchat,


skype, instragram, e não imaginam a sua vida sem estes meios de
comunicação.
• Estes meios de comunicação possuem aspectos positivos como a comunicação
fácil, a maior aceitação pelo grupo de pares ou a criação de uma maior rede de
contatos.
• No entanto, também acarreta consequências negativas se for usado de forma
descontrolada ou abusiva.
• Poderá levar ao isolamento social, sedentarismo, diminuição do rendimento
escolar, dificuldades em estabelecer relações e em casos mais graves, quando
está instalada a dependência da internet, poderá surgir sintomatologia ansiosa
e/ou depressiva.
3 REDES SOCIAIS

• Esta geração move-se pelo número de “likes” nas fotografias e


publicações, pelo número de amigos ou seguidores nas redes sociais
(amigos virtuais, porque não os conhecem na realidade), pela maior
partilha de informação pessoal na sua página e é aqui que devemos ter
alguma atenção.
• Outro aspecto a ter cuidado são os desafios que são lançados nas redes
sociais.
• Vivemos na Era da Tecnologia, a procura pelas redes sociais e formas
mais rápidas e modernas de comunicar com os amigos, é natural e não
deve ser encarado como um problema social desta geração. Devemos
ter em atenção é que em todo o excesso há mal.
4 BULLYING
4 BULLYING

• A palavra bullying, do inglês bully (valentão, brigão e tirano) é traduzida em


português como assédio escolar, que descreve o comportamento agressivo
entre estudantes.
• Embora sua nomeação tenha atravessado barreiras culturais, sendo usada
mundialmente por pesquisadores e instalada nos dicionários como nome
próprio sinalizando ações que vão além de agredir ou maltratar, ainda não
há um termo em português que abarque todo o seu significado.
• Em linhas gerais o bullying é definido como uma subcategoria de violência,
configurada em atos agressivos, repetitivos e com assimetria de poder entre
pares, alavancando consequências sérias à saúde de adolescentes, que além
de lidarem com suas intensas mudanças pessoais (emocionais e fisiológicas),
buscam serem aceitos pelas suas singularidades em meio à discriminação
entre pares.
4 BULLYING

• Pesquisadores sistematizaram os tipos e as possíveis formas de


envolvimento dos adolescentes no bullying:
• em direto nas formas física (bater, chutar, empurrar, abusar
sexualmente, assediar, fazer gestos, estragar e roubar pertences)
• e verbal (apelidar, importunar, xingar);
• ou indireto, como atos de exclusão, isolamento da vítima ou dispersão
de rumores.
5 TRANSTORNOS ALIMENTARES
5 TRANSTORNOS ALIMENTARES

• Anorexia nervosa (AN), bulimia nervosa (BN) e transtorno da


compulsão alimentar periódica (TCAP) são síndromes
comportamentais descritas como transtornos alimentares (TA) e não
como doenças, pelo fato de sua etiopatogenia não estar bem
definida.
• Embora classificadas separadamente, a AN e a BN se relacionam por
apresentarem psicopatologia comum que se caracteriza por
preocupação excessiva com o peso corporal.
5 TRANSTORNOS ALIMENTARES
• Os indivíduos acometidos por esses transtornos tendem a fazer dietas restritivas ou
utilizar métodos compensatórios à ingestão alimentar (uso de laxan
• Os TA são síndromes complexas, cuja origem é multifatorial, sendo vários os aspectos
associados à sua gênese, como os psicológicos, biológicos e socioculturais.
• A obsessão pela magreza, estipulada como padrão de beleza, faz parte da gênese desses
transtornos e contribui para sua psicopatologia.
• A adolescência é a faixa etária mais vulnerável aos TA, pois é mais influenciada pelos
padrões estéticos corporais vigentes.
• Isto é um agravante para o problema, já que estes transtornos, além de poderem
repercutir negativamente sobre a autoestima e a satisfação corporal, podem desencadear
tanto a desnutrição quanto a obesidade.

tes, diuréticos e vômito autoinduzido).


5 TRANSTORNOS ALIMENTARES

• Embora classificadas separadamente, a anorexia nervosa e a bulimia nervosa se


relacionam por apresentarem psicopatologia comum, caracterizada pela preocupação
excessiva com o peso e a forma corporal (medo de engordar).

• Os indivíduos acometidos por esses transtornos tendem a fazer dietas extremamente


restritivas ou a utilizarem métodos inapropriados para alcançarem o corpo idealizado,
entre eles o uso de laxantes e/ou diuréticos e o vômito autoinduzido.

• Os transtornos alimentares são apontados, na maioria das vezes, como quadros clínicos
relacionados com a modernidade, em decorrência do paradoxo vivenciado nos dias de
hoje, ou seja, o fácil acesso e estímulos ao consumo de alimentos hipercalóricos,
"engordativos", concomitantemente a um padrão de beleza centrado na magreza
extrema, pressupondo uma restrita ingestão alimentar para alcançá-lo.
6 CRIMINALIDADE
6 CRIMINALIDADE
• A criminalidade é um dos problemas sociais mais graves que a população brasileira
enfrenta atualmente.
• A mídia diariamente relata fatos ocorridos com cidadãos que foram vítimas de roubos,
furtos, violência física.
• Diante desta realidade, é notário o aumento da participação de adolescentes, e até de
crianças, como protagonistas nesse cenário cada vez mais emergente do crime.
• Vários estudos sobre a participação juvenil na criminalidade busca exatamente entender a
origem desse problema, sinalizando para o desajustamento familiar como um principal
motivo para a geração de jovens delinquentes.
• Nesse sentido, Oliveira (2002:99) comenta que esses jovens recebem “ensinamentos
distorcidos e todos os tipos de orientações danosas à sua formação social, com exemplos
mostrados por indivíduos desajustados, amorais, delinquentes e de maus costumes,
gerando o desajuste psicológico do menor, e levando-o, na maioria das vezes, ao caminho
da delinquência.”
6 CRIMINALIDADE
• Acresce-se a isso, outro fator que parece ser determinante para sedimentar essa
situação, a miséria social, a precária condição econômica das famílias brasileiras,
realidade esta que pode facilitar a entrada de crianças e adolescentes no mundo do
crime, iniciando, muitas vezes, pelas drogas e chegando também ao crime violento.
• Percorrendo o caminho dos dispositivos legais, o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA) prevê em seu artigo 4º, Das Disposições Preliminares, que:
• “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura,
à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”.
• O ECA tem, em sua essência, o princípio de proteção das crianças e dos adolescentes.
Pela letra legal já está tudo organizado. Resta então, a nosso ver, a atitude conjunta dos
agentes já mencionados, isto é, os pais, os responsáveis, a sociedade e o Estado. É
obrigação de todos esses sujeitos protegerem os jovens dos males do mundo.
 
7 ESCOLHA PROFISSIONAL.
 
7 ESCOLHA PROFISSIONAL.

• Cada vez mais cedo, os adolescentes deparam-se com a escolha de uma profissão. No entanto,
nem sempre estão maduros para tal.
• Em meio a este período de intensas mudanças, dúvidas e inseguranças, muitos adolescentes têm
a responsabilidade de escolher uma profissão.
• A escolha da profissão é uma atitude que demanda maturidade devido ao investimento
emocional e financeiro da família e do indivíduo para o seu projeto de vida (Melo-Silva, Oliveira,
& Coelho, 2002).
• O termo maturidade refere-se, na teoria desenvolvimentista desenvolvida por Donald Super
(1963), à "prontidão" do indivíduo para tomar decisões de carreira.
• A partir de uma perspectiva social, a maturidade vocacional pode ser definida como a
comparação entre as tarefas evolutivas que o indivíduo se defronta e aquelas esperadas com
base na idade cronológica do mesmo.
 
7 ESCOLHA PROFISSIONAL.

• Contudo, o termo maturidade foi desenvolvido em uma época em que


o mercado de trabalho era mais estável, havendo menos transições na
carreira que demandassem novas decisões vocacionais ao longo da
vida. Assim, a expressão maturidade estava associada à adolescência,
época que os jovens tomavam a primeira decisão, e às vezes, única
decisão, importante relacionada à carreira (Super et al., 1996).
• Para isso, é importante que o jovem, ao se deparar com o momento
da escolha de uma profissão, leve em consideração o mercado de
trabalho, seus interesses e valores individuais. Uma escolha autônoma
e responsável implica, assim, na conscientização dos fatores internos e
externos que influenciam no processo decisório
 
7 ESCOLHA PROFISSIONAL.

• Avaliar a maturidade para a escolha profissional durante o Ensino


Médio pode possibilitar às escolas desenvolver estratégias para apoiar
as escolhas dos adolescentes, baseadas nos critérios de maior
necessidade dos adolescentes e também orientar os alunos quando é
necessário buscar a realização de um Processo de Orientação
Profissional.
REFERÊNCIAS
• 1 SEXUALIDADE E GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
• SILVA, Marli de Fátima . Sexualidade e gravidez na adolescência. Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Medicina. Núcleo de Educação em Saúde Coletiva . Campos
Gerais, 2011
• 2 - FORMAÇÃO DE GRUPOS
• Ana Valesca Lothhammer Machado Karen S. Lopes Wild Silvia Silva Rocha Curso de Pós-Graduação em Dinâmica dos Grupos desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Dinâmica
dos Grupos – SBDG em parceria com as Faculdades Monteiro Lobato – FATO
• 3 REDES SOCIAIS 
• Natacha Almeida Psicóloga Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais, IP-RAM
• Unidade Operacional de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências
• https://iasaude.pt/index.php/informacao-documentacao/recortes-de-imprensa/919-a-influencia-das-redes-sociais-e-aplicacoes-na-vida-dos-jovens
• 4 BULLYING 
• Bullying na adolescência: visão panorâmica no Brasil 
• Pamela Lamarca Pigozi e Ana Lúcia Machado. . saúde colet. 20 (11) Nov 2015 • https://doi.org/10.1590/1413-812320152011.05292014 
• 5 TRANSTORNOS ALIMENTARES 
• Comportamentos sugestivos de transtornos alimentares na adolescência: aspectos conceituais
• Ferreira JES, Veiga GV. Comportamentos sugestivos de transtornos alimentares na adolescência: aspectos conceituais. Adolesc Saude. 2010;7(3):33-37

• 6 CRIMINALIDADE 
• O mundo da criminalidade e os jovens
• Magna Simone Albuquerque de Lima Mestre em Linguagem e Ensino pela UFCG. Graduada em Letras pela UFCG, habilitação em Língua Vernácula. Professora de Inglês em
escola especializada em línguas. Graduanda no curso de Bacharelado em Direito pela UEPB. Tutora do curso de Mídias na Educação pelo MEC.
• 7 ESCOLHA PROFISSIONAL.
• Adolescentes do Ensino Médio
•  Camila CericattoI; Cássia Ferrazza AlvesII; Naiana Dapieve PatiasIII IEspecialista em Diagnóstico e Avaliação Psicológica (IMED). Prefeitura Municipal de Selbach. Brasil. E-mail: 
camilacericatto@hotmail.com
IIMestre em Psicologia. Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG. Brasil. E-mail: cassiaferrazza@gmail.com
IIIDoutora em Psicologia. Faculdade Meridional IMED. Brasil. E-mail: naipatias@hotmail.com 
OBRIGADA!

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