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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE DIREITO

TEMA: TEORIA GERAL DOS DIREITOS


FUNDAMENTAIS: UMA REFLEXÃO SOBRE
DIREITOS SOCIAIS E A FUNÇÃO DOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS – CASO POSTO ADMINISTRATIVO
DE NACAVALA, DISTRITO DE MECONTA,
PROVÍNCIA DE NAMPULA (2016 – 2018).
ESTUDANTE: SUPERVISOR:
Ramos Liacha dr. EDMO DA SILVA
Justificativa
Os direitos fundamentais como um dos pilares para a formação da cidadania
em todo seu processo evolutivo tem sido causa de destaque no quotidiano
sendo as posições
jurídicas subjectivas das pessoas enquanto tais, individual ou colectivamente
consideradas, quer na Constituição formal quer na Constituição material.
A ilustração dos direitos fundamentais é a saída do homem da sua menoridade de que ele
próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de se servir do entendimento sem a
orientação de outrem. Tal menoridade é por culpa própria, se a sua causa não residir na
carência de entendimento, mas na falta de decisão e de coragem em se servir de si mesmo,
sem a guia de outrem.
O tema em análise foi escolhido devido à repercussão social e jurídicas envolvidas, pois no
cenário actual revela-se importante a justiciabilidade que o Judiciário tem dado a esses
direitos, quando invocado pelo indivíduo desprovido do amparo estatal, não obstante a
separação dos poderes.
Este estudo assume grande importância no contexto académico, pois trará
subsídios para o aperfeiçoamento de conhecimentos que se têm sobre a Teoria
Geral dos Direitos Fundamentais e a efectivação dos direitos sociais que são
direitos fundamentais por meio da intervenção do Poder Judiciário.
Problematização
A humanidade, no decorrer da história atravessou diversas fases,
cada qual com
suas particularidades, donde percebe-se que as evoluções políticas,
científicas, tecnológicas, sociais, económicas e jurídicas se
apresentam quase sempre lentas
e graduais.
Nisso, o que se verifica no Posto Administrativo de Nacavala, é de
que a população local carece de certas responsabilidades no que
concerne a direitos fundamentais verificando-se que há limitações
do estado no atendimento aos Direitos Fundamentais tais como: a
defesa, a não discriminação que tem como o embasamento do
princípio da igualdade, o direito à educação, à saúde, à providência
social, entre outros direitos. Partindo destes conhecimentos coloca-
se a seguinte pergunta de pesquisa:
• Qual é a função dos Direitos Fundamentais e que contributo trará
os Direitos Sociais.
Objectivos
Geral: Analisar a efectivação dos direitos sociais que são direitos
fundamentais por meio da intervenção do Poder Judiciário.
Objectivos Específicos
 Identificar os direitos fundamentais judicialmente;
 Demonstrar como o Judiciário deve prover os direitos
fundamentais à população;
 Propor estratégias para o alastramento do conhecimento dos
direitos fundamentais por parte judiciária
Hipóteses

Constitui como hipótese desta pesquisa as seguintes:


 Falta de campanha de demonstração e definição dos
direitos fundamentais dos judiciários origina o
desconhecimento das funções dos mesmos;
 A incompetência dos juristas pode influenciar o
desagastamento dos direitos fundamentais, suas funções
nos direitos sociais.
METODOLOGIAS DA PESQUISA
Tipo de Pesquisa

Esta pesquisa caracteriza-se, quanto aos fins, como sendo uma


pesquisa de natureza descritiva, pois, para Vergara (2000), “busca
expor características de determinada população ou de determinado
fenómeno”, estabelecendo correlações entre variáveis e definindo
sua natureza. Segundo Raupp e Beuren (2003), a pesquisa descritiva
“configura-se como um estudo intermediário entre a pesquisa
exploratória e a explicativa, ou seja, não é tão preliminar como a
primeira nem tão aprofundada como a segunda”.
Do Ponto de Vista de seus Objectivos

A pesquisa descritiva é a que foi apurada para a realização deste


trabalho, porque os factos são observados, registados, analisados,
classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira
neles.

A pesquisa descritiva neste estudo permitiu o autor se aproximar


do fenómeno e explorar melhor como é feita a efectivação dos
direitos fundamentais Posto Administrativo de Nacavala,
portanto fez-se todo acompanhamento do processo.
Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos

Quanto aos procedimentos técnicos a pesquisa está enquadrada


no método estudo de caso auxiliada pela pesquisa
bibliográfica, estudo de caso visto que envolve o estudo de um
ou vários objectos de maneira que se permita o seu amplo e
detalhado conhecimento, pode abranger análise de exames de
registo, entrevista estrutura e não estruturada ou qualquer
outra técnica de pesquisa e bibliográfica porque utiliza material
já publicado, constituído basicamente em livros, artigos e
informações disponibilizadas na internet. (Silva, 2011)
Método de Abordagem
O presente trabalho tem como método de abordagem o indutivo,
onde parte de dados particulares aos gerais sobre o tema e com
base nos conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas sobre
Teoria Geral dos Direitos Fundamentais: Uma reflexão sobre
Direitos Sociais e a Função dos Direitos Fundamentais, vai
procurar enquadra-los para a presente pesquisa, ligando esses
conhecimentos para uma análise particular no que concerne ao
Posto Administrativo de Nacavala.
Procedimentos Metodológicos

Para a materialização dos objectivos pré – estabelecidos, o pesquisador


utilizou os seguintes métodos e técnicas de pesquisa: pesquisa bibliográfica,
observação directa, entrevista, inquérito e estatístico/matemático.

Partiu no entanto, da pesquisa bibliográfica, no qual o pesquisador foi buscar


informações de suporte teórico importantes para o desenvolvimento de
pesquisa, fez as consultas de obras literárias, diversos manuais, artigos
científicos disponíveis nas bibliotecas, que abordam conteúdos ligados ao
tema em estudo. Com base neste levantamento bibliográfico, foi possível
elaborar uma ficha de citações, de leitura sobre teoria geral dos direitos
Fundamentais, como forma de conhecimento sobre reflexões sobre Direitos
Sociais e a Função dos Direitos Fundamentais.
Universo e Amostra
A selecção da amostra foi feita de forma aleatória, com objectivo de analisar a
Teoria Geral dos Direitos Fundamentais: Uma reflexão sobre Direitos Sociais
e a Função dos Direitos Fundamentais.

No entanto, num universo médio de 224.980 da população do Posto


Administrativo de Nacavala, foram inqueridos 50 residentes do mesmo posto.

Os dados obtidos através dos inquéritos e entrevistas, mereceram um


tratamento matemático e estatístico que possibilitaram a construção de tabelas
e gráficos que intercalam a pesquisa, com objectivo de quantificar os dados
obtidos e posterior análise e interpretação.
Técnica de Colecta de Dados
O trabalho de campo consistiu na observação dos aspectos que
concorrem para o desconhecimento das funções dos direitos
fundamentais, incluindo o contacto directo com a população local
por via inquérito e entrevistas.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O presente capítulo apresenta os resultados colhidos no terreno


durante a pesquisa, e para tal, o pesquisador achou ser mais
cómodo apresentar em tabelas e gráficos comparando o
desempenho dos funcionários entrevistados, técnicos do distrito,
beneficiários, líderes e população em geral.

Na realização desta pesquisa, os resultados foram obtidos


mediante a amostragem estratificada de um total de 50
informantes que representam a população de Nacavala.
Distribuição da amostra por faixa etária e sexo

Variáveis Descrição Frequência Percentagem


Masculino 31 62%
Sexo Feminino 19 38%
Total   50 100
˃30 Anos 6 12%
Idade 31Anos 8 16%
32Anos 14 28%
 
˂ 35Anos 22 44%
 
Total   50 100
A tabela acima mostra o perfil da população envolvida no nosso
estudo de campo discriminado em género e idade. 60% dos
inquiridos são do sexo masculino e 38% representa o sexo
oposto. Ainda sobre a mesma tabela importa referir que de toda
população inquirida a faixa etária que mais responderam as
nossas questões foi superior ou igual a maiores de 35 anos
correspondentes a uma percentagem de 44% dos mesmos. O que
revela que foi um estudo que envolveu populações com maior
responsabilidade e precisão uma vez que estes respondiam as
questões com tanta clareza e fiabilidade dos factos levantados.
Análise das Questões Levantadas

Depois duma visão geral das notas acima descritas, segue-se a


análise das questões apresentadas no questionário feito pelo
pesquisador.
1. Tem conhecimento do que são direitos fundamentais
judicialmente?

Com esta questão, o autor pretendia colher informações dos


entrevistados se têm conhecimentos sobre os direitos
fundamentais juridicamente. As respostas são bem visíveis no
gráfico abaixo:
Cont.

Analisando o gráfico acima é notável que a maior percentagem da


população entrevistada nunca ouviram falar dos direitos fundamentais
correspondentes a 72% e outros 28% ouviram falar mas também nada
sabem defini-los.
Na visão do autor entende que falar dos direitos fundamentais junto à
população devia ter uma norma que nasce para ser aplicada, visto que são
criadas para regular as relações sociais, e isto significa enquadrar um caso
concreto em uma norma jurídica adequada, amparando juridicamente os
interesses humanos. Dentre vários aspectos jurídicos para sua
aplicabilidade como vigência, validade e a eficácia, mas, sociologicamente
pode-se afirmar que tais normas são eficazes na medida em que são
efectivamente observadas e cumpridas.
2. Os judiciários dão palestras junto à população dando
informação sobre os direitos judiciais fundamentais?

Nesta questão de entrevista, o autor pretendia saber se os


judiciários têm feito palestras junto à comunidade com o
objectivo de dar a conhecer alguns direitos fundamentais. As
respostas são dadas no gráfico abaixo:
24%

SIM
NAO
76%
Com os resultados obtidos no gráfico acima leva-nos a entender que os judiciários não fazem palestras
junto à comunidade com o propósito de dar a conhecer quais as suas funções perante a lei e o seu
comprometimento para com a população, informações estas equivalentes a 76% dos entrevistados que
responderam que nunca houve alguma palestra dirigida pelos judiciários tanto do distrito assim como
da província.

O autor analisa que a falta de palestras junto à comunidade por parte do judiciário é, sem dúvida, uma
norma programática que tem relevância a partir do momento em que atribui fins ao Estado, dando as
directrizes de onde e como deve ser feito e, por isso, tem relevância e função de princípios gerais de
toda a ordem jurídica. Os judiciários lhes importam na tentativa de superar a democracia formal em
prol de um regime de democracia substancial, na qual visam à justiça social e ao bem comum.

Ainda analisa que eles são considerados de eficácia limitada, mas visam proteger certos interesses,
como qualquer norma jurídica, e geram situações subjectivas positivas ou de vantagem. Dessa forma,
gera vínculo ao legislador, ao juiz e ao administrador, que tem o dever jurídico de conformar-se a elas
no desenvolvimento de suas competências, exercendo o seu poder dentro dos limites que as normas
indicam.
3. Um dos direitos fundamentais é o direito a educação. Será
que neste posto administrativo, este direito faz-se sentir pelo
judiciário?
Nesta pergunta, pretendíamos saber se a população de Nacavala
tem direito a educação como rege os direitos fundamentais como
também normas do Estado Moçambicano. As respostas estão
expostas no gráfico abaixo:
Fazendo uma análise profunda sobre a questão da entrevista
constatamos que as respostas são quase repartidas ao meio com a
percentagem quase igual embora apresenta uma diferença, 58% da
população afirma existir o direito à educação e 42% dizem não existir
o direito. Os que dizem não existir direito dão as seguintes razões:

 Matrícula em escola pública não é abrangente;


 Há falta de vaga nas escolas públicas nalgumas classes como a 8ª
classe;
 O poder público não assegura a criança e a adolescente ao acesso a
escola pública e gratuita próxima a sua residência; etc.
Cont.
Diante destes comentários, o autor analisa as respostas em dois pontos distintos, nomeadamente:

1º: No que diz respeito a e educação para todos: decidiu-se pela improcedência diante da
demonstração de que o Poder Público não está inerte quanto ao direito à educação, pois editou leis
e mantém diversos programas governamentais afectos ao sector educacional. O salutar nesse
julgamento é a percepção de que não se afastou a apreciação do Poder Judiciário em matéria
relativa aos direitos sociais. É pertinente, ainda, trazer à ilustração, julgado do Estado
Moçambicano que demonstra a atitude proactiva do Poder Judiciário frente às demandas afectas à
educação, que, nesse Estado, dizem respeito, principalmente, às ausências de vagas na rede pública
de ensino.

2º: Alicerçando as ideias dos que carecem direito a educação afirmando que a obrigatoriedade das
crianças e adolescentes estarem devidamente matriculados na rede de ensino, que decorre de
mandamento constitucional, mas também de legislação infraconstitucional, não encontra escusa na
deficiência fáctica de provimento de vagas na rede pública. E ainda perante este princípio, todas
crianças que estivessem longe da escola, o governo deveria dar mão em alojamento até a conclusão
de pelo menos o nível secundário geral do segundo ciclo.
4. A saúde é direito de todos e dever do Estado, uma prerrogativa
constitucional inalienável e indisponível, decorrente do direito à
vida. Qual é o nível de aceitação e de conhecimento por parte da
população deste direito indispensável?

Nesta questão, o autor pretendia colher a sensibilidades


dos entrevistados se o direito a saúde é visível no meio da
população. O gráfico abaixo explica, em detalhes esta
situação.
26% 42%
32% BOM
RAZOAVEL
FRACO
Fazendo uma análise profunda sobre esta questão é notável que a população aceita
que este direito fundamental chegou em Nacavala e está sendo consumada
correspondente a 42% da população que deram esta resposta. E na mesma questão, a
resposta é partilhada por uma parte de população também entrevistada numa
percentagem de 32% que dizem que o nível de aceitação deste direito fundamental é
fraco justificando-se que há certas populações que têm medo de irem ao hospital
quando estão doente com o medo de serem cobrados ilicitamente por parte de certos
funcionários que, por este ou outro motivo podem fazer perante aos pacientes. Ainda
justificam que não há incentivo por parte dos funcionários que não advogam fazendo
palestras de sensibilização, falando das vantagens de ir ao hospital, etc. E no que
concerne ainda nesta questão, 26% dos entrevistados dizem que este princípio
fundamental não se faz sentir em Nacavala dando as seguintes razões:
 Não há fornecimento gratuito de medicamentos necessários à manutenção da saúde
como por exemplo: medicamentos de malária, de tratamento de HIV/SIDA,
multivitaminas, medicamentos para o tratamento de bilharziose, entre outros;
 Devia-se fazer a distribuição gratuita de purificador de água como certeza a toda
população do posto;
 Os hospitais não são abrangentes, isto é, não chega até na “boca” da população,
podendo, sempre que precisar percorrer grandes distancias a procura deste direito
fundamental.
5. No posto Nacavala se Regista a Existência do
Direito a Alimentação?
No tocante a esta questão, o autor pretendia colher informações se
o posto de Nacavala existe direito a alimentação, reconhecendo
que este é um direito fundamental que existe na legislação
Moçambicana. Em relação a esta questão é avaliável no gráfico
abaixo descrito.
16%

SIM
NAO

84%
4.2.Relacionamento dos dados com
objectivos específicos.
Em relação ao primeiro objectivo específico, dá ênfase a identificação
dos direitos fundamentais judicialmente. O objectivo foi respondido na
pergunta que pretende saber se a população do Posto Administrativo
de Nacavala tem conhecimento do que são direitos fundamentais
judicialmente? A maior parte da população entrevistada, mais que a
metade foi unânime em afirmar que nunca ouviram falar dos direitos
fundamentais judicialmente e nem sabem defini-los. Logo, dá a
entender que há fraca disseminação da informação relacionada com os
direitos fundamentos por parte judiciário junto da população
Importa referir que os direitos fundamentais junto à população devia
ter uma norma que nasce para ser aplicada, visto que são criadas para
regular as relações sociais, e isto significa enquadrar um caso concreto
em uma norma jurídica adequada, amparando juridicamente os
interesses humanos.
Cont.
Quanto ao segundo objectivo específico, o autor tinha como esfera
central demonstrar como o Judiciário deve prover os direitos
fundamentais à população. Este objectivo é respondido na questão
que procurava saber se os judiciários afectos em Nacavala têm feito
palestras junto à população dando informação sobre os direitos
judiciais fundamentais. As respostas foram claras perante os nossos
entrevistados dizendo que nunca tiveram palestras que tratam
desse assunto. Daí que o judiciário deve demonstrar a dimensão
política da jurisdição constitucional, que não pode se eximir do
encargo de tornar efectivo os direitos sociais, sob pena do Poder
Público comprometer, de modo inaceitável, a integridade da
própria ordem constitucional, por violação positiva ou negativa da
Constituição. Nisso, o carácter programático de tal norma não pode
se converter em promessa constitucional. Se assim fosse, o Poder
Público estaria fraudando as expectativas depositadas nele pela
colectividade, simbolizando gesto de infidelidade governamental.
Cont.

O terceiro e último objectivo é de propor estratégia para o


alastramento de conhecimento dos direitos fundamentais por parte
judiciária, objectivo este que é encontrado e respondido em quase
todas questões colocadas pelo autor. E ainda poderá alicerçar
dizendo que os direitos sociais são direitos fundamentais do homem,
considerando-se direitos positivos, pois reclamam prestações
positivas do Estado. São, ainda, direitos relacionados à igualdade,
que garantem aos indivíduos condições materiais necessárias a sua
sobrevivência digna. Dirigem-se à finalidade de disponibilizar meios
materiais e condições fácticas que possibilitem a efectiva fruição das
liberdades fundamentais. Em função disso, são indispensáveis para
impor limites e obrigações ao Poder Público, protegendo o indivíduo
contra a ingerência do Estado. Além disso, integram o núcleo
normativo do Estado Democrático de Direito, que é comprometido
com a justiça social. Mediante o exposto acima, cabe o judiciário
alastrar estas informações para além fronteiras, fazendo palestras,
consultas a população e convivendo com ela mesma.
Conclusão e Validação das Hipóteses Levantadas
A primeira hipótese levantada falta de campanha de demonstração e definição
dos direitos fundamentais dos judiciários origina o desconhecimento das funções
dos mesmos; Esta hipótese foi validada na medida em que é notória a falta de
campanha ou palestra junto à comunidade com o objectivo de dar a conhecer
direitos fundamentais. Ainda os judiciários ali afectos não palestram dando
informação que toda e qualquer pessoa – especialmente àquelas que nada têm
e que de tudo necessitam – uma prerrogativa básica essencial à viabilização dos
demais direitos e liberdades fundamentais, consistente no reconhecimento de
que toda pessoa tem direito a ter direitos, o que põe em evidência a
significativa importância jurídico-institucional e político-social da defensória
pública.
A segunda hipótese a incompetência dos juristas pode influenciar o
desagastamento dos direitos fundamentais, suas funções nos direitos sociais,
esta hipótese também é validada uma vez que se não fazem palestra para
divulgar os seus serviços, então mostram incompetência dos mesmos pelos seus
serviços. Ainda nesse cenário, o descumprimento traduz grave omissão que
frustra, injustamente, o direito dos necessitados à plena orientação jurídica e à
integral assistência judiciária e que culmina, em razão desse inconstitucional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclusões
O Poder Judiciário tem desempenhado um papel activo na vida institucional
decidindo sobre questões de largo alcance político, implementação de políticas
públicas ou escolhas morais em temas controvertidos na sociedade, sob o
escopo da protecção aos direitos fundamentais. Isso demonstra um avanço da
justiça constitucional sobre o espaço da política maioritária, que é aquela feita
no âmbito do Legislativo e do Executivo, tendo por fundamento o voto popular.
Essa postura proactiva do intérprete constitucional, expandindo o sentido e
alcance da
Constituição e ampliando a participação do judiciário na concretização dos
valores e fins constitucionais, com maior interferência no espaço de actuação
dos outros dois Poderes, com o foi visto ao longo desse trabalho monográfico,
representa o activismo judicial. Este, busca extrair ao máximo o potencial do
texto constitucional, sem se imiscuir no processo de criação da norma.
Recomendações
Depois de vários estudos feito pelo autor com o tema: Teoria
Geral dos Direitos Fundamentais: Uma reflexão sobre Direitos
Sociais e a Função dos Direitos Fundamentais – Caso Posto
Administrativo de Nacavala e lido autores que versam sobre o
mesmo tema, recomenda que:
1. Os Direitos fundamentais sejam considerados como norma:
conteúdo material e formal – o autor baseia-se de que
maioritariamente, a doutrina tem defendido o ponto segundo o
qual os direitos fundamentais possuem como característica
marcante o seu conteúdo ético-normativo consubstanciado no
princípio da dignidade da pessoa humana, principalmente. De
realçar que segundo esse pensamento, o princípio da dignidade
da pessoa humana, positivado em Constituição Moçambicano dá
lastro aos direitos fundamentais.
Cont.
2. Os direitos fundamentais sejam considerados e analisados
como regras e como princípios – este pronunciamento, o autor
entende que a construção de uma Teoria dos Direitos
Fundamentais enquanto paradigma interpretativo do próprio
ordenamento jurídico e como sublinhado anteriormente perpassa
pela conceituação histórico-positiva dos direitos fundamentais bem
como a definição de seu conteúdo formal e material. Fazem-se
necessário a diferenciação entre normas de direitos fundamentais
como regras e como princípios. De forma que as normas de direitos
fundamentais costumam ser qualificadas como princípios.
FIM

Obrigado Pela Atenção


Dispensada!

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