Depressão

29/04/2015
Sara Afonso Azevedo
Unidade de Saúde Familiar Almeida Garrett
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Definição

A depressão é uma doença

mental que se caracteriza por

tristeza mais marcada ou

prolongada, perda de interesse

por atividades habitualmente

sentidas como agradáveis e perda

de energia ou cansaço fácil.

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Afecta 20% da população portuguesa;

Principal causa de incapacidades;

Segunda causa de perda de anos de vida saudáveis;

Custos pessoais e sociais da doença são muito elevados.

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Uma em cada quatro pessoas em todo o mundo sofre, sofreu ou vai sofrer de
depressão;

Um em cada cinco utentes dos cuidados de saúde primários portugueses

encontra-se deprimido no momento da consulta;

Mais comum nas mulheres do que nos homens;

Reconhecida no Plano Nacional de Saúde como um problema primordial de

saúde pública.
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Pode afectar pessoas de todas as idades, desde a infância

à terceira idade;

Se não for tratada, pode conduzir ao suicídio, uma

consequência frequente da depressão;

Associada à perda de 850 mil vidas por ano, mais de

1200 mortes em Portugal.
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Episódica
Diminuição da
capacidade em
Recorrente assegurar as suas
responsabilidades do
dia-a-dia.
Crónica
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Duração de alguns meses a alguns anos

Em cerca de 20% dos casos torna-se uma doença

crónica sem remissão

Falta de tratamento adequado

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Factores de risco

 Episódios de depressão no passado;

 História familiar de depressão;
 Género feminino – a depressão é mais frequente nas
mulheres, ao longo de toda a vida, mas em especial
durante a adolescência, no primeiro ano após o
parto, menopausa e pós-menopausa;
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Factores de risco

 Perda significativa, habitualmente a perda de

alguém próximo;
 Doenças crónicas;
 Coabitação com um familiar portador de doença
grave e crónica (por exemplo, pessoas que
cuidam de doentes com Alzheimer);
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Factores de risco

 Tendência para ansiedade e pânico;

 Profissões geradoras de stress ou em
circunstâncias de vida que causem stress;
 Dependência de substâncias químicas (drogas) e
álcool;
 Pessoas idosas.
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Modificação do
apetite

Perturbações do
Isolamento sono

Sintomas

Perda de
energia Fadiga

Cansaço
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Sentimentos de
inutilidade

Manifestação
Falta de
de sintomas
confiança
físicos

Sintomas
Falta de auto-
Irritabilidade
estima

Sentimentos Sentimento de
de culpa incapacidade
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Preocupação
com o sentido
da vida e com a
morte

Falta ou
Alterações do
alterações da
desejo sexual
concentração

Sintomas

Tristeza Desinteresse

Apatia
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Causas

Diferem muito de pessoa para pessoa!

Há factores que influenciam o aparecimento e a
permanência de episódios depressivos
Exemplos:
 Condições de vida adversas;
 Divórcio;
 Perda de um ente querido;
 Desemprego;
 Incapacidade em lidar com determinadas situações ou em
ultrapassar obstáculos.
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Causas

O factor ou os factores que desencadearam a crise

depressiva devem ser identificados, pois para o doente
poderá ser vantajoso aprender a evitar ou a lidar com
esse factor durante o tratamento.
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Causas
Algumas doenças podem provocar ou facilitar a
ocorrência de episódios depressivos ou a evolução para
depressão crónica
Exemplos:
 Doenças infecciosas;  Medicamentos
 Doença de Parkinson;  Corticóides
 Cancro;  Anti-hipertensivos
 Outras doenças mentais;  Imunossupressores
 Doenças hormonais;  Citostáticos
 Dependência de substâncias  Terapêutica hormonal de
como o álcool. substituição
 Neurolépticos clássicos
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Diagnóstico
Avaliação clínica do doente, designadamente pela
identificação, enumeração e curso dos sintomas bem
como pela presença de doenças de que padeça e de
medicação que possa estar a tomar.

Não existem meios complementares de diagnóstico

específicos para a depressão

Diagnóstico é clínico!
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O que devo fazer?

 Peça ajuda aos seus familiares e amigos. Deixe que

o ajudem!
 Tente explicar os seus sentimentos e as causas que,
para si, foram as responsáveis pela situação, como
vê a sua vida pessoal, familiar, laboral, social.
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O que devo fazer?

 Deve saber que os sentimentos negativos são

sintomas da própria doença.
 Evite o isolamento. Saia de casa mesmo que
inicialmente não lhe apeteça, passeie, faça
exercício. Pratique atividades que o façam sentir
melhor.
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O que devo fazer?

 Tome consciência dos aspectos positivos da sua

vida.
 Estabeleça metas realistas e prioridades – faça o
que puder, quando puder. Reassuma as
responsabilidades pouco-a-pouco.
 Evite tomar decisões importantes na sua vida
enquanto não se sentir melhor.
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O que devo fazer?

 Não consuma álcool em excesso ou outras drogas;

 Durma segundo horários regulares;
 Não espere uma melhora imediata. Para sentir-se
melhor precisa de tempo. Se apesar de tudo não
melhorar, informe o seu médico de família.
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Conselhos para os familiares

 A depressão é uma doença que pode ser grave e

altera temporariamente a vida pessoal e familiar;
 Frequentemente os doentes não recebem a
compreensão familiar e social que necessitam;
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Conselhos para os familiares

 Passe tempo com o seu familiar;

 Se a pessoa deprimida quiser falar sobre a sua
depressão, deixe-a manifestar-se.
 Acompanhe-a a passear ou a fazer exercício físico;
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Conselhos para os familiares

 A irritabilidade pode ser um sintoma da depressão.

Evite discutir com ele/ela;
 Siga com a sua própria vida. Desfrute do seu
tempo de lazer. Estará em melhores condições de
ajuda se estiver física e psicologicamente
equilibrado;
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Conselhos para os familiares

 Não tenha medo de perguntar se existem ideias de

suicídio; Em caso afirmativo consulte o médico e
nunca deixe o seu familiar sozinho.
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Quando consultar o seu médico de família?

 Se tem sentimento de tristeza intensos e/ou

duradouros;
 Se tem sentimentos repetidos que não vale a pena
viver.
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Tratamento

Intervenções psicoterapêuticas

e/ou

Medicamentos
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Tratamento

Intervenções psicoterapêuticas

Situações ligeiras e reativas às adversidades

da vida

Associação com medicamentos nas

situações moderadas e graves
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Tratamento

Medicamentos - Antidepressivos

Depressões moderadas e graves e nas depressões

crónicas, podendo ser úteis nas depressões
ligeiras;

Cada vez mais eficazes no controlo e tratamento

da depressão;
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Tratamento
Medicamentos - Antidepressivos

Estes medicamentos não têm efeito imediato:

pode demorar algumas semanas, 4 a 6, até
começar a sentir-se melhor;

O tratamento dura no mínimo seis meses.

Nunca pare o tratamento sem indicação médica!

 Bibliografia
Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
– Guia Prático da Saúde. Novembro 2009. ISBN: 978-
972-96039-4-5
http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/
enciclopedia+da+saude/saude+mental/depressao.htm
􏰂 http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/action/2/
topic/24/type/1/
Obrigada!