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TREINAMENTO BÁSICO EM SAÚDE E

SEGURANÇA.
CONCEITOS BÁSICOS DE SEGURANÇA

A segurança do trabalho propõe-se combater os acidentes de trabalho,


quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando os
trabalhadores a utilizarem medidas preventivas. Para além disso, as
condições de segurança, higiene e saúde no trabalho constituem o
fundamento material de qualquer programa de prevenção de riscos
profissionais e contribuem, na empresa, para o aumento da
competitividade com diminuição da sinistralidade.

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CONCEITOS BÁSICOS DE SEGURANÇA

Definição
A higiene e a segurança são duas atividades que estão intimamente
relacionadas com o objetivo de garantir condições de trabalho capazes de
manter um nível de saúde dos colaboradores e trabalhadores de uma
empresa.

A higiene do tarablho propõe-se combater, as doenças profissionais,


identificando os fatores que podem afetar o ambiente do trabalho e o
trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais
(condições inseguras de trabalho que podem afetar a saúde, segurança e
bem estar do trabalhador).
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ACIDENTES DO TRABALHO

Os acidentes, em geral, são os resultados de uma combinação de fatores,


entre os quais se destacam as falhas humanas e falhas materiais.

Vale a pena lembrar que os acidentes não escolhem hora nem lugar.
Podem acontecer em casa, no ambiente de trabalho e nas inúmeras
locomoções que fazemos de uma lado para o outro, para cumprir nossas
obrigações diárias.

Quanto aos acidentes do trabalho o que se pode dizer é que grande parte
deles ocorre porque os trabalhadores se encontram mal preparados para
enfrentar certos riscos.
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ACIDENTES DO TRABALHO

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da


empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a
morte, a perda ou redução de capacidade para o trabalho, permanente ou
temporária.

• Lesão corporal é qualquer dano produzido no corpo humano, seja ele


leve, como por exemplo, um corte no dedo, ou grave, como a perda de
um membro;

• Perturbação funcional é o prejuízo do funcionamento de qualquer órgão


ou sentido. Por exemplo, a perda da visão, provocada por uma pancada
na cabeça, caracteriza uma perturbação funcional. 5
ACIDENTES DO TRABALHO

Acidentes devido a condições perigosas

• Máquinas e ferramentas;
• Condições de organização;
• Condições de ambiente físico (iluminação, valor, frio, poeiras, ruído);
• Falta de cumprimento de ordens (não usar EPI);
• Ligado à natureza do trabalho;
• Nos métodos de trabalho (trabalhar a ritmo anormal, distrações,
brincadeiras)

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ACIDENTES DO TRABALHO

Redução dos riscos de acidentes

• Eliminação do risco: significa torna-lo definitivamente inexistente. Ex:


uma escada com piso escorregadio apresenta um sério risco de
acidente. Esse risco poderá ser eliminado com um piso antiderrapante;

• Neutralização do risco: o risco existe, mas está controlado. Esta opção é


utilizada na impossibilidade temporária ou definitiva da eliminação de
um risco. Ex: as partes móveis de uma maquina devem ser
neutralizadas com anteparos de proteção, uma vez que essas peças das
maquinas não podem ser simplesmente eliminadas.
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ACIDENTES DO TRABALHO

Redução dos riscos de acidentes

• Sinalização do risco: é a medida que deve ser tomada quando não for
possível eliminar ou isolar o risco. Ex: máquinas em manutenção
devem ser sinalizadas com placas de advertência; locais onde é
proibido fumar devem ser devidamente sinalizados.

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Doenças Profissionais

Doenças profissionais são aquelas adquiridas na sequencia do exercício do


trabalho em si.

Doenças do trabalho são aquelas decorrentes das condições especiais em


que o trabalho é realizado. Ambas são consideradas como acidentes do
trabalho, quando delas decorrer a incapacidade para o trabalho.

Um funcionário pode apanhar uma gripe, por contagio com colegas de


trabalho. Essa doença, embora possa ter sido adquirida no ambiente do
trabalho, não é considerada doença profissional nem do trabalho, porque
não é ocasionada pelos meios de produção.
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Doenças Profissionais

Contudo, se o trabalhador contrair uma doença ou lesão por contaminação


acidental, no exercício de sua atividade, temos aí um caso equiparado a
um acidente do trabalho. Por exemplo, se operador de um banho de
decapagem se queima com ácido ao encher a tina do banho de ácido, isso é
considerado um acidente do trabalho.

Em outro caso, se um trabalhador perder a audição por ficar longo tempo


sem proteção auditiva adequada, submetido ao excesso de ruído, gerado
pelo trabalho executado junto a uma grande prensa, isso caracteriza
igualmente uma doença do trabalho.
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Doenças Profissionais

Um acidente do trabalho pode levar o trabalhador a se ausentar da


empresa apenas por algumas horas, o que é chamado de acidente sem
afastamento.

Outras vezes, um acidente pode deixar o trabalhador impedido de realizar


suas atividades por dias seguidos, ou meses, ou de forma definitiva. Se o
trabalhador acidentado não retornar ao trabalho imediatamente ou até no
dia seguinte, temos o chamado acidente com afastamento, que pode
resultar na incapacidade temporária, ou na incapacidade parcial e
permanente, ou, ainda, na incapacidade total e permanente para o
trabalho.
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Doenças Profissionais

• A incapacidade temporária é a perda da capacidade para o trabalho


por um período limitado de tempo, após o qual o trabalhador retorna
às suas atividades normais.

• A incapacidade parcial e permanente é a diminuição, por toda vida, da


capacidade física total para o trabalho. É o que acontece, por exemplo,
quando ocorre a perda de um dedo, ou de uma vista. A incapacidade
total e permanente é a invalidez incurável para o trabalho.

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Importância da Prevenção

A prevenção é certamente o melhor processo de reduzir ou eliminar as


possibilidades de ocorrerem problemas de segurança com o trabalhador.

A prevenção consiste na adoção de um conjunto de Medidas de proteção,


na previsão de que a segurança física do operador possa ser colocada em
risco durante a realização do seu trabalho.

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CONTROLES: Coletivos e Individual.

Equipamento de Proteção Coletiva - EPC

São equipamentos utilizados para proteção de segurança enquanto um grupo de


pessoas realizam determinada tarefa ou atividade. O Equipamento de Proteção
Coletiva, deve ser usado prioritariamente ao uso do Equipamento de Proteção
Individual.

Por exemplo: piso antiderrapante ou fitas antiderrapante no piso para garantir


que as pessoas transitam no local não escorreguem é mais adequado, visto que
protege um coletivo. E somente quando esta condição não for possível, deve ser
pensado o uso de bota de borracha ou outro calçado com solado antiderrapante
como Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) para proteção dos
trabalhadores, pois são de uso apenas individual.
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CONTROLES: Coletivos e Individual.

Equipamento de Proteção Coletiva - EPC

Os EPC’s são dispositivos utilizados no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger os


trabalhadores dos riscos inerentes aos processos, tais como a ventilação dos locais de trabalho, a
proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos, a sinalização de segurança, dentre outros.
Portanto, o EPI será obrigatório somente se o EPC não atenuar os riscos completamente ou se
oferecer proteção parcialmente.

Conforme dispõe a Norma regulamentadora NR 6, a empresa é obrigada a fornecer aos empregados,


gratuitamente EPI adequado ao risco nas seguintes circunstâncias.

 Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
 Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
 Para atender a situações de emergência.
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CONTROLES: Coletivos e Individual.

Equipamento de Proteção Individual - EPI

Os Equipamento de Proteção Individual – EPI é todo dispositivo ou produto, de uso


individual pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes de ameaçar
sua segurança e saúde.
O uso deste tipo de equipamento deverá ser feito quando não for possível tomar
medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a
atividade, ou seja, quando as medidas de proteção coletiva não forem viáveis,
eficientes e suficientes para a atenuação dos riscos e não oferecerem completa
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do
trabalho.

Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do


Trabalho – SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA nas
empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI
adequado ao risco existente em determinada atividade.
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CONTROLES: Coletivos e Individual.

Equipamento de Proteção Individual - EPI

Dentre as atribuições exigidas pela NR-6, cabe ao empregador as seguintes obrigações:

Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;


Exigir o uso;
Fornecer ao trabalhador somente o equipamento aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
Substituir imediatamente o EPI, quando danificado ou extraviado;
Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e
Comunicar o TEM qualquer irregularidade observada.

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CONTROLES: Coletivos e Individual.

Equipamento de Proteção Individual - EPI

O empregado também terá que observar as seguintes obrigações;

Utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina;


Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio ao uso; e
Cumprir as determinações do empregador sob o uso pessoal.

O EPI de fabricação nacional ou importado, só


poderá ser comercializado ou utilizado com a
indicação do Certificado de Aprovação – CA,
expedido pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho do
Ministério do Trabalho e Emprego.

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Sinalização de Segurança

Sinais de Perigo

Indicam situações de risco potencial de acordo com o pictograma inserido


no sinal. São utilizados em instalações, acessos, aparelhos, instruções e
procedimentos, etc. Têm forma circular, o contorno e pictograma preto e o
fundo amarelo.

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Sinalização de Segurança

Sinais de Obrigação

Indicam comportamentos obrigatórios de acordo com o pictograma


inserido no sinal. São utilizados em instalações, acessos, aparelhos,
instruções e procedimentos. Têm forma circular, fundo azul e pictograma
branco.

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Sinalização de Segurança

Sinais de Emergência

Indicam comportamentos obrigatórios de acordo com o pictograma


inserido no sinal. São utilizados em instalações, acessos, aparelhos,
instruções e procedimentos. Têm forma circular, fundo verde e
pictograma branco.

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Sinalização de Segurança

Sinais de Proibição

Indicam comportamentos proibidos de acordo com o pictograma inserido


no sinal. São utilizados em instalações, acessos, aparelhos, instruções e
procedimentos, etc. Têm forma circular, o contorno vermelho, e
pictograma a preto e o fundo branco.

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RISCO X PERIGO

O que é perigo de trabalho?

Existem várias definições para perigo de trabalho. A mais simples e objetiva é: perigo é
tudo aquilo que tem potencial de causar uma perda ou fatalidade.

Sendo assim, qualquer situação pode apresentar um perigo. Por exemplo, dirigir sem
carteira de motorista, um piso escorregadio, uma tempestade, uma área energizada,
um produto químico. O conceito é bastante subjetivo, por isso, é fácil confundi-lo.

E dentro de uma empresa, o que pode ser um perigo? Imagine uma empilhadeira,
equipamento utilizado para movimentar paletes e transportar cargas. Ela ligada e
sendo conduzida por um operador não habilitado é um perigo para empresa, pois,
pode causar um acidente.
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RISCO X PERIGO
O que é risco de trabalho?

A definição de risco de trabalho é a probabilidade de algo acontecer em determinado evento ou


local potencialmente perigoso, gerando consequências aos envolvidos. Ou seja, é quando a pessoa
é exposta ao perigo. O risco ainda pode ser aferido tanto qualitativamente, quanto
quantitativamente.

Retomando os exemplos citados, no caso de um piso escorregadio, o risco dessa condição é de


queda e ferimentos. Já se uma pessoa dirige sem carteira de motorista, o risco é atropelar alguém
ou bater em outro veículo. Ao sair em uma tempestade, o indivíduo corre o risco de ser atingido
por um raio.

Lembra da empilhadeira dentro da indústria? O risco dela ser dirigida por um funcionário
inexperiente ou sem habilitação é causar danos materiais, ao bater em uma pilastra, por exemplo.
Dessa forma, podemos afirmar que o risco só acontece após o indivíduo ser apresentado ao
perigo.
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RISCO X PERIGO
Tipos de risco
Existem duas categorias gerais de riscos: os riscos puros e os riscos especulativos.

Os riscos especulativos são aqueles decorrente das tomadas de decisões que podem resultar tanto em
ganhos como em perdas. É o caso, por exemplo, de um investimento. Nesse tipo de risco existe uma
dificuldade em calcular com precisão o resultado de uma decisão ou evento. Os riscos especulativos
podem ser:

• Administrativos: envolvem uma tomada de decisão. Eles se dividem em riscos de mercado, riscos


financeiros e riscos de produção;
• Políticos: têm relação com a estabilidade política do mercado em que se atua. Inclui, por exemplo,
mudanças na legislação;
• De inovação: engloba as questões ligadas à evolução tecnológica, que podem tanto promover
ganhos para a empresa como tornar seus produtos e métodos obsoletos.

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RISCO X PERIGO

Já os riscos puros são aqueles em que não existe nenhuma possibilidade de lucro para a
empresa, ou seja, suas consequências serão sempre negativas. É o caso, por exemplo, dos
acidentes. Os riscos puros são divididos de acordo com seu tipo de ameaça e podem ser:

• Riscos à propriedade: essa categoria inclui danos a equipamentos, incêndios, roubos e outros


eventos que podem ter consequências sobre o patrimônio da empresa;
• Riscos às pessoas: engloba as doenças e acidentes de trabalho que ameaçam a integridade
física ou a vida dos trabalhadores;
• Riscos de responsabilidade: inclui os eventos que podem levar ao pagamento de indenizações
a terceiros, como os riscos ambientais, os acidentes provocados por problemas na qualidade
ou na segurança dos produtos oferecidos, dentre outros.

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RISCO X PERIGO
Por que é importante entender a diferença entre risco e perigo?

Simples! Como o risco pode ser previsto, minimizado e até eliminado dentro da empresa, saber o
seu conceito faz toda diferença para a atividade de um técnico de segurança. Sabendo identificar
uma situação de perigo, ele consegue avaliar quais riscos podem ser causados e tomar medidas
para evitá-los.

Além disso, ele consegue classificar com precisão nos relatórios qual o acontecimento ocorrido,
que podem ser um:

incidente: evento não planejado que não resultou em lesão, doença ou dano, mas tinha o
potencial de fazê-lo. Pode ser denominado de "quase acidente".

acidente: o que é casual, fortuito, imprevisto;

Registrando esses dados, o técnico em segurança do trabalho pode estabelecer medidas proativas


e melhorar a rotina laboral dos empregados.

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ANALISE DE RISCO
A análise de risco é uma das etapas do processo de gerenciamento de riscos das empresas que consiste
na avaliação da probabilidade de um perigo ocorrer e no cálculo de seu possível impacto e prejuízo para a
corporação.

Essa etapa ocorre após a identificação dos potenciais perigos a que a corporação está sujeita. A análise dos
riscos tem como objetivo não apenas estimar possíveis perdas operacionais, mas, principalmente, evitar que
elas aconteçam.

 Ela tem como objetivo evitar acidentes que possam colocar em risco a integridade física ou a vida dos
trabalhadores ou de terceiros, além do próprio patrimônio. Outro exemplo é a análise de risco ambiental, que
trabalha para evitar a ocorrência de eventos por responsabilidade da companhia que prejudiquem o meio
ambiente.

A análise de riscos, porém, não é feita apenas para o caso de acidentes. Em uma análise de risco de crédito,
por exemplo, avalia-se a possibilidade de quem está pegando um empréstimo não conseguir pagá-lo. A análise
de riscos financeiros, de uma forma mais ampla, faz as estimativas de possíveis prejuízos, por exemplo, no
caso de um investimento.
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ANALISE DE RISCO
Para que serve a análise de riscos?

A avaliação da chance de ocorrência de um evento e de suas possíveis consequências é


essencial para estabelecer uma estratégia de prevenção que priorize os riscos mais prováveis
ou potencialmente mais graves.

É ela que vai dizer quais medidas precisam ser tomadas para evitar o problema, além de ajudar
no estabelecimento de planos emergenciais. Também poderá ser usada, por exemplo, para avaliar
a necessidade de contratação de um seguro para cobrir possíveis perdas.

Para que essa classificação dos riscos prioritários possa ser feita, a análise de risco deve utilizar
critérios de classificação e tipificação dos eventos.

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ANALISE DE RISCO
Classificação dos riscos

A análise de risco faz a classificação dos riscos de uma empresa levando em conta as necessidades da
organização e seus modelos de estratégia. As duas principais classificações envolvem a chance de o risco
ocorrer e a gravidade do seu impacto.

Probabilidade do risco

Essa análise considera a chance de um evento prejudicial ocorrer. Ela pode classificar os riscos em:
• Extremamente remoto: A chance de determinado evento acontecer é mais teórica do que prática.
• Remoto: São ocorrências não esperadas, mas possíveis.
• Improvável: Classificação que inclui ocorrências que, apesar de sua baixa probabilidade, não podem
ser ignoradas.
• Provável: Espera-se que ocorra pelo menos uma vez ao longo da operação.
• Frequente: Acredita-se que irá acontecer várias vezes durante a operação.

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ANALISE DE RISCO
Gravidade dos riscos

Um risco pode ser classificado de acordo com a gravidade de suas consequências. A severidade dos
efeitos de determinado evento pode ser dividida em:

• Catastrófica: É a classificação mais alta na escala. No caso de acidentes com trabalhadores, inclui a
morte ou a incapacidade total. Engloba também os danos irreparáveis ao meio ambiente, os
prejuízos financeiros elevados, a perda total de equipamentos ou instalações, dentre outros.

• Crítica: São eventos que geram lesões e incapacidades graves em trabalhadores, perda parcial de
equipamento, danos sérios às instalações ao meio ambiente e grandes perdas financeiras.

• Marginal: Pode gerar uma incapacidade parcial leve no trabalhador acidentado, danos leves nos
equipamentos ou instalações da empresa. No caso dos danos ao meio ambiente, esses são de fácil
recuperação, e as perdas financeiras provocadas pelo evento são pequenas.

• Desprezível: Incluem eventos que não são prejudiciais ao meio ambiente, mas que podem ocasionar
danos leves aos equipamentos ou pequenas lesões em um trabalhador, com retorno imediato ao
trabalho após atenção médica.

Quanto maior for a probabilidade de um evento ocorrer e a gravidade de suas consequências, mais
prioritário será o investimento na prevenção desse risco.

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PT – PERMISSÃO DE TRABALHO

b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de Trabalho -


PT;

• A PT é uma permissão, por escrito, que autoriza o início do trabalho, tendo sido avaliados os riscos
envolvidos na atividade, com a devida proposição de medidas de segurança aplicáveis;
• A PT deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da permissão, disponibilizada no local de
execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade;

• A Permissão de Trabalho deve conter:


a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos
trabalhos;
b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;
c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações;
• A PT deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de trabalho, podendo ser revalidada
pelo responsável pela aprovação nas situações que não ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na
equipe de trabalho.
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ATO X CONDIÇÃO INSEGURA
Ato inseguro
São situações em que o empregado se coloca em risco, estando ciente ou não das consequências. São atos
inseguros: não utilização de Equipamentos de Proteção Individual, falta de capacitação para a manipulação
de máquinas e veículos, realização de brincadeiras perigosas e improviso de equipamentos.

A portaria nº 84/09 do Ministério do Trabalho revoga o ato inseguro dentro da legislação, evitando que os
trabalhadores sejam responsabilizados por acidentes dentro do local de trabalho. A ideia é que uma pessoa
jamais se acidentaria propositalmente. Assim, as empresas são responsabilizadas pelo ato inseguro, cabendo a
elas a tarefa de criar métodos para informar e conscientizar seu funcionário para proceder de forma correta
durante a execução de seu trabalho.

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ATO X CONDIÇÃO INSEGURA
Condição insegura

É caracterizado quando o ambiente de trabalho apresenta perigo ao funcionário. São muitas as


possibilidades, tais como: construção de andaimes com material inadequado, falta de
manutenção de máquinas, presença de fios desencapados, dispositivos de segurança com defeito,
ventilação inapropriada, extintor de incêndio vencido, vidros quebrados, piso molhado, falta de
placas de sinalização de segurança, iluminação inadequada, escadas sem antiderrapante, ruído
alto, passagens perigosas, risco de explosão, excesso de peso nas prateleiras, entre muitas outras
situações possíveis.

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ATO X CONDIÇÃO INSEGURA
Como evitar atos e condições inseguras?

Na prática, se um funcionário se machucou na empresa, é considerado que isso aconteceu porque seu gestor
não atuou de forma adequada. Não é exagero atribuir a ele a responsabilidade pelo acidente,
independentemente de qual for a proporção do ocorrido: cabe justamente ao gestor e à empresa cuidar da
manutenção do ambiente de trabalho, bem como zelar pela segurança dos colaboradores.

Cabe ao gestor de cada área identificar as possíveis falhas de sua equipe e os riscos que o ambiente oferece,
fazendo o que for necessário para eliminar qualquer condição insegura que exista no local. A manutenção é
essencial para que o ambiente possa proporcionar condições seguras ao empregado, evitando o risco de
acidentes e mantendo a qualidade do trabalho.

Porém, estima-se que as condições inseguras sejam responsáveis por 20% dos acidentes, enquanto os atos
inseguros possuem 80% de responsabilidade. Logo, os trabalhadores são responsáveis pela grande maioria dos
acidentes — seja de maneira consciente ou não. A melhor forma de lidar com esse alto índice consiste em
oferecer treinamento constante para que todos aprendam a importância dos EPIs, como lidar com os
equipamentos e valorizar a própria segurança.

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NOÇÕES BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS.

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QUEIMADURAS
São lesões produzidas na pele, pela ação de agentes; físicos, químicos ou
biológicos. As queimaduras de 1° e 2° grau, causam muita dor sendo que as
queimaduras de 2°grau há presença de bolhas.

O QUE FAZER?
 Na queimadura por agentes químicos, lavar a área queimada com bastante água
FRIA, retirando a roupa se ainda contém substância química.
 Se houver fogo, abafar com cobertor ou rolar a vítima no chão.
 Verificar se a respiração e os sinais vitais estão normais.
 Não arrancar tecido que estiver aderido a queimadura, apenas resfrie com água
limpa ou soro fisiológico.
 Não aplicar pomadas, cremes, gelo sobre a queimadura.
 Encaminhar a vítima para assistência médica.

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CHOQUE ELÉTRICO
Choque elétrico ocorre quando uma corrente elétrica passa através do corpo, pois
se comporta como um condutor elétrico.

O QUE FAZER?
 Antes de tocar a vítima, o socorrista deve desligar a corrente elétrica, caso não
seja possível, separar a vítima do contato utilizando qualquer material que seja
mau condutor de eletricidade como: um pedaço de madeira, cinto de couro,
borracha grossa, luvas.
 Se a vítima apresentar parada respiratória e parada cardíaca, aplique a técnica
de reanimação cardio-pulmonar.
 Após avaliar o nível de consciência e pulsação, verificar se há queimaduras
causadas na vítima.
 Encaminhar a vítima para assistência médica.

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INTOXICAÇÕES/ ENVENENAMENTO
Ocorre quando o indivíduo entra em contato, aspira ou ingere de forma acidental
ou não, substâncias tóxicas de natureza diversa.

VIAS DE PENETRAÇÃO

 VIAS DIGESTIVAS : ingestão de qualquer tipo de substâncias tóxica, química


ou natural.
 VIAS RESPIRATÓRIAS: aspiração de vapores ou gases emanados de
substâncias tóxicas.
 PELE: contato direto com plantas ou substâncias tóxicas.

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INTOXICAÇÕES/ ENVENENAMENTO
SINAIS E SINTOMAS

 Hálito com odor estranho


 Modificação na coloração dos lábios e interior da boca, dependendo do tipo de
substância
 Dor, sensação de queimação na boca, garganta ou estômago
 Sonolência, confusão mental, torpor ou outras alterações da consciência
 Estado de coma alterado com período de alucinações e delírios
 Lesões cutâneas, queimadura intensa com limites bem definidos ou bolhas
 Depressão da função respiratória
 Oligúria ou anúria ( diminuição ou retenção do fluxo urinário)
 Convulsões
 Distúrbios hemorrágicos
 Queda da temperatura, permanecendo abaixo do normal.
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INTOXICAÇÕES/ ENVENENAMENTO
O QUE FAZER?

 INTOXICAÇÃO POR CONTATO (PELE): lavar abundantemente o local afetado


com água corrente. No caso dos olhos serem afetados, lavar com água corrente
durante 15 minutos e encaminhar ao oftalmologista.

 INTOXICAÇÃO POR INALAÇÃO: remover a vítima para o ar fresco e manter a


função respiratória.

 INTOXICAÇÃO POR INGESTÃO: provocar vômito por estimulação da úvula ou


faringe com o cabo de uma colher ou lenço.
NÃO INDUZIR O VÔMITO SE A VÍTIMA;
• Estiver inconsciente
• Tiver convulsões
• Tiver ingerido substância corrosiva que possa causar queimaduras de mucosas
• Tiver ingerido um derivado de petróleo(querosene, tiner, fluído de isqueiro, etc).
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FERIMENTOS
Ferimento é toda lesão da pele (corte, perfuração, dilaceração) produzida por
traumatismo em qualquer tipo de acidente.

O QUE FAZER?
 Lavar o local do ferimento com água e sabão (importante pra prevenir infecção).
 Cobrir o local da lesão com gaze ou com pano limpo, fazendo leve pressão
sobre o local, mas sem prender a circulação.

IMPORTANTE

NÃO LAVAR O LOCAL DO FERIMENTO SE HOUVER


SUSPEITA DE FRATURA.

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RESSUSCITAÇÃO CARDIO-PULMONAR.

A Ressuscitação cardiopulmonar, é o conjunto de manobras que são realizadas


a garantir a oxigenação dos órgão quando a circulação do sangue de uma
pessoa para (parada cardiorrespiratória).

Os procedimentos básicos da respiração são:


 Desobstrução das vias aéreas;
 Afrouxe as roupas da vitima, em volta do pescoço, peito e cintura;
 Verifique se há algum objeto obstruindo a boca ou garganta da vítima;
 Inicie a respiração de socorro, tão logo a vítima tenha sido colocada na
posição correta.

Como o vídeo a seguir.


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NOÇÕES DE ORGANIZAÇÃO, LIMPEZA E HIGIENE
NO TRABALHO.
A política dos 5 R's

- Reduzir
- Repensar
- Reaproveitar
- Reciclar
- Recusar consumir produtos que gerem impactos socioambientais significativo

As vantagens dessas práticas estão na redução do (a):

• Extração de recursos naturais;

• Redução dos resíduos nos aterros e o aumento da sua vida útil;

• Redução dos gastos do poder público com o tratamento do lixo;

• Redução do uso de energia nas indústrias e intensificação da economia local


(sucateiros, catadores, etc.).

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Equipamentos de combate.
Extintores

• Os extintores devem ser colocados em locais de fácil acesso e visibilidade sem


qualquer obstrução;
•A altura máxima, é de 1.60m de altura;
•A altura mínima é que ele esteja fora do chão, num tripé ou suporte.
45
Equipamentos de combate.

Alarmes de incêndio

Os alarmes são importantes para orientar todos os funcionários a tomar as


medidas necessárias pois podem estar em situação de risco.

46
Agradecemos a atenção!

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