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Elaborado por:

Evangelina Dias
Meiose
 A meiose ocorre apenas em células diplóides
especializadas e apenas em ocasiões determinadas
do ciclo de vida de um organismo.

 Através deste fenómeno nuclear, uma única célula


diplóide dá origem a quatro células haplóides,
designadas gâmetas ou esporos.

 Um gâmeta é uma célula que se une a outra


semelhante para formar um zigoto diplóide. Pelo
contrário, um esporo pode formar um organismo
haplóide sem se fundir com outra célula.
Etapas da Meiose
 A meiose consiste em duas divisões
nucleares sucessivas, designadas I e II.
Cada uma destas divisões apresenta na
sua essência as mesmas etapas que a
mitose:
- meiose I (profase I, metafase I, anafase
I, telofase I);
- meiose II (profase II, metafase II,
anafase II, telofase II);
Meiose I

Profase I;

Metafase I;

Anafase I;

Telofase I.
Profase I

 Os cromossomas, já
duplicados iniciam
a sua condensação;
Profase I
 Cada cromossoma emparelha
com o seu homólogo - 
a este fenómeno
denominamos sinapse - sendo
que cada par 
de homólogos é chamado
bivalente cromossómico ou
tétrada cromatídica;
cromatídica
Profase I

 Entre os cromatídeos de
cromossomas homólogos
podem
ocorrer trocas de
fragmentos.
É a permutação ou
crossing-over.
Profase I

 Inicia-se a separação dos


cromatídeos, com possível 
visualização dos pontos de
ocorrência da
permutação:
os pontos de quiasma.
Profase I
 Os centríolos duplicados na
interfase, migram
para pólos opostos e surge o fuso
acromático.
 Desorganização do(s) nucléolo(s)
e da membrana nuclear.
 Os cromossomas homólogos
ligam-se às fibras
do fuso acromático pelo
centrómero.
Metafase I
 Os cromossomas homólogos,
ainda emparelhados,
ocupam a região equatorial
da célula, presos às fibras do
fuso acromático.
 Nesta fase os cromossomas
atingem a sua condensação
máxima, maior que a
alcançada na mitose.
Anafase I
 Os cromossomas homólogos
separam-se e dirigem-se aos
pólos opostos da célula –
ascensão polar de
cromossomas homólogos.
 Como ainda não ocorre a
duplicação dos
centrómeros, os
cromatídeos irmãos seguem
juntos para o mesmo pólo.
Telofase I
 Os cromossomas descondensam-se
nos pólos, ainda que parcialmente,
enquanto a membrana nuclear se
refaz em torno de cada conjunto
cromossómico.
 Reorganização do(s) nucléolo(s).
 Desorganiza-se o fuso acromático.
 Os centríolos duplicam.
 O citoplasma divide-se e são
originadas duas células haplóides.
Meiose II

Profase II;
Metafase II;
Anafase II;
Telofase II.
Profase II
 Os cromossomas condensam-se;
 Desorganização do(s) nucléolo(s);
 Os centríolos duplicados ocupam
pólos opostos na célula;
 Surge o fuso acromático;
 A membrana nuclear desorganiza-
se e os cromossomas espalham-se
pelo citoplasma, prendendo-se às
fibras do fuso acromático pelo
centrómero.
Metafase II
 Os cromossomas
colocam-se na região
equatorial e atingem o
grau máximo de
condensação – formação
da placa equatorial;
 os cromatídeos irmãos
ainda estão unidos pelo
centrómero.
Anafase II
 Os centrómeros duplicam-se;
 Os cromatídeos irmãos
separam-se e passam a
constituir cromossomas
distintos – cromossomas-
filhos;
 Ascensão para pólos opostos
da célula dos cromossomas-
filhos;
 Inicia-se a descondensação
cromossómica.
Telofase II
 Cada conjunto é envolvido por
uma nova membrana nuclear;
 Desfazem-se as fibras do fuso;
 Reconstituem-se os nucléolos;
 Na região equatorial da célula,
surge o sulco de divisão do
citoplasma;
 Ocorre a divisão do citoplasma ou
citocinese;
 As células são formadas e contêm
metade do número de
cromossomas que a célula inicial.
Consequências da Meiose
 Durante a meiose o material nuclear foi duplicado uma
vez e dividido duas vezes, pelo que cada célula filha
apresenta metade do número de cromossomas da célula
diplóide inicial. 
 No entanto, mais importante que a redução do número
de cromossomas é a consequência genética do processo:
- na metafase I a orientação ao acaso dos bivalentes
causa uma mistura de material materno e paterno pelos
dois núcleos filhos;
- devido ao crossing-over, cada cromossoma contém
genes de origem materna e paterna.
Consequências da Meiose
 Se a célula inicial apresentar dois pares de
cromossomas existirão 4 combinações possíveis, se tiver
três pares serão 8 e se forem 4 pares de cromossomas,
16 combinações possíveis.
 A fórmula geral será 2n, o que na espécie humana
corresponde a 223 combinações possíveis, ou seja,
8388608 possibilidades (e existem muitos organismos
com número superior de pares de cromossomas!!).
 Acresce ainda o crossing-over para baralhar as coisas e
pode-se considerar impossível que uma célula resultante
de meiose seja igual à célula que lhe deu origem.
Consequências da Meiose
 A meiose difere da mitose em três aspectos fundamentais:
- consiste em duas divisões sucessivas, originando 4
núcleos;
- cada um dos 4 núcleos é haplóide, contendo metade do
número de cromossomas da celula-mãe diplóide;
- os núcleos haplóides produzidos contêm combinações
génicas inteiramente novas. 
 Por este motivo, as consequências genéticas e evolutivas
da meiose são profundas. Devido à meiose e à fecundação
os organismos diplóides existem numa variedade de
formas, mesmo os da mesma espécie.
Mitose Meiose

- Resultam duas células - Resultam quatro células


geneticamente iguais geneticamente diferentes

- Não há redução do número de


- Há redução do número de cromossomas
cromossomas

- Não há permuta génica entre - Normalmente ocorre permuta génica


cromossomas homólogos entre os cromossomas homólogos

- Ocorre em células somáticas - Ocorre em células germinativas

- A duplicação do DNA antecede - A duplicação do DNA antecede duas


apenas uma divisão celular divisões celulares

- Uma célula produzida por mitose, - Uma célula produzida por meiose não
em geral, pode sofrer nova mitose pode sofrer meiose

- É importante na reprodução
assexuada de organismos - É um processo demorado (podendo, em
unicelulares e na regeneração das certos casos, levar anos para se
células somáticas dos completar)
multicelulares

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