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PLANEJAMENTO E

QUALIDADE NA
CONSTRUÇÃO CIVIL

QUALIDADE DAS ESTRUTURAS


DE CONCRETO ARMADO
Principais problemas observados nas estruturas de concreto armado
CONCRETO Materiais estranhos (sal, argila, matéria Agregados Dosagem inadequada
orgânica expansivos
AMBIENTE Ácidos, atmosfera ácidas; Ciclos de umedecimento e temperatura Percolação
secagem
FUNDAÇÕES Recalques Empuxos laterais Expansão do solo erosão

FALHAS Fôrmas Cura Falhas de Bitola, Cobrimentos Sobrecargas


CONSTRUTIVAS (travamento inadequada vibração quantidade e inadequadas durante a
etc) disposição de construção
armadura

PROJETO Avaliação incorreta dos Omissão de Concepção diferente do


carregamentos juntas funcionamento real

DETALHAMENTO Erros Congestão de Mudança bruscas na direção Cobrimento Problema de


de armaduras ou seção das peças inadequada ancoragem
desen
ho

TECNOLOGIA Deficiência na drenagem Revestimento inadequado


DAS OBRAS
CARGAS Explosão de Abalos Colisão Colapso de edifício adjacente
INESPERADA gás, bombas sísmicos
QUALIDADE NO PROJETO DAS
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

 Não deve se limitar a um conjunto de pranchas e tabelas de


quantificação de materiais;
 As novas obras e os novos processos exigem especificações
mais completas:
 Diâmetro máximo do agregado;
 Tipo de cimento;
 Utilização de aditivos;
 Plano de concretagem;
 Processos de cura;
 Sequência de decimbramento.
CONFORME HELENE PARA GARANTIR A
DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO DE
FORMA COMPATÍVEL COM A VIDA ÚTIL PREVISTA
 Classificação da agressividade do meio (ao concreto e à
armadura);
 Estudo do concreto (traço, tipo de cimento) e projeto da
estrutura do concreto (cobrimentos, drenagem,
impermeabilização superficial)
QUALIDADE NA EXECUÇÃO DAS
ESTRUTURAS DE CONCRETO
 Considerando que o projeto estrutural tenha padrão técnico
adequado, a qualidade da execução da estrutura dependerá
apenas da adequação da mão-de-obra e dos equipamentos,
além da qualidade dos materiais.
CONCRETAGEM

 É o ato de produzir, transportar, lançar, adensar e fazer a


cura do concreto.
 As propriedades do concreto dependem dos materiais e de
suas proporções;

CONCRETAGEM

 A mistura deve ser homogênea.


 Pode ser realizada na obra ou em
Usinas;
TESTES

 SLUMP TEST: teste do abatimento


TESTES

 Resistência à
 Compressão
TRANSPORTE DO CONCRETO USINADO

 Por caminhão betoneira;


 Os caminhões betoneiras, conforme Effting podem ser:
 misturadores: velocidade de rotação 16 à 20 rpm;
 Agitadores: velocidade de rotação 6 à 16 rpm;
TRANSPORTE DO CONCRETO USINADO

  Bombeamento: transporte por meio de tubulação


 Cuidados na execução do concreto:
 Ø a gr e ga do ≤ Ø tu bo
 Slump = 8 a 10 cm com no mínimo 60% de argamassa.
 O concreto desloca-se dentro da tubulação de forma constante,
devendo haver uma película lubrificante entre a tubulação e a
massa, que é obtida com a introdução na tubulação de uma nata de
cimento antes do início da concretagem.
TRANSPORTE DO CONCRETO
PREPARADO EM OBRA
 A ABNT NBR 14931:2004 recomenda que o intervalo de
tempo entre o instante em que a água de amassamento entra
em contato com o cimento e o final da concretagem não
ultrapasse 2:30 h, salvo condições específicas ou influências
de condições climáticas ou de composições do concreto;
 Para temperatura elevada ou condições que contribuam para
acelerar a pega o tempo deve ser menor, exceto quando
utilizar aditivos retardadores de pega;
LANÇAMENTO DO CONCRETO

 As formas devem ser estanques de modo a impedir a perda


da pasta do cimento;
 Quando necessário a aplicação de desmoldante, aplicar antes
da colocação da armadura;
 As formas devem ser molhadas;
LANÇAMENTO DO CONCRETO

 O mais próximo possível de sua posição final, nivelando o


máximo possível as camadas de concreto, para que a vibração
não mova o concreto lateralmente, provocando sua
segregação;

 As camadas devem ser lançadas enquanto as subjacentes


ainda estiverem no estado plástico, para evitar juntas frias e
linhas aparentes após a retirada das formas.
LANÇAMENTO DO CONCRETO

 Em paredes e pilares, alturas elevadas de queda livre do


concreto podem resultar em segregação escassez de
argamassa;

 Segundo a ABNT NBR 14931 (2004), as formas devem ser


preenchidas em camadas de altura compatível com o tipo de
adensamento utilizado, ou seja, em camadas de altura inferior
à altura da agulha do vibrador.
LANÇAMENTO DO CONCRETO

 Nos pilares, a altura de queda livre do concreto não pode ser


superior a 2m, pois pode ocorrer a segregação dos componentes.

 A altura de lançamento não deve exceder a 2m ou até um pé


direito (2,5 até 2,8m)
 Para peças estreitas e altas, o concreto deverá ser lançado por
meio de janelas abertas nas fôrmas sendo recomendado seu
emprego em alturas superiores a 3m.
LANÇAMENTO DO CONCRETO

 Nas lajes, se o transporte do concreto for realizado com


jericas, é necessário o emprego de passarelas ou caminhos
apoiados sobre o assoalho da fôrma, para proteger a
armadura e facilitar o transporte
ADENSAMENTO DO CONCRETO

 Atividade que tem como função retirar os vazios do


concreto, diminuindo a porosidade e, consequentemente,
aumentando a resistência do elemento estrutural.
 Tem também a função de acomodar o concreto na fôrma,
para tornar as superfícies aparentes com textura lisa, plana
e estética.
 A energia e o tempo de adensamento dependem da
trabalhabilidade do concreto, devendo crescer o sentido do
emprego de concretos de consistências plásticas para secas
ADENSAMENTO DO CONCRETO

O desempenho de um vibrador de imersão depende:


 Amplitude: deslocamento lateral em relação à posição de
repouso, definindo a intensidade de cada golpe;
 Maior amplitude: concreto de pouca plasticidade com
agregados de dimensões consideráveis;
 Frequência: número de vibrações por minuto
 Vibradores de alta frequência (12000 vibrações/min) :
concretos bem argamassados
ADENSAMENTO DO CONCRETO (TIPOS)

 Vibração por imersão: é inserido no concreto um


mangote, composto por mangueira e ponteira pulsante
(também chamada de agulha).
ADENSAMENTO DO CONCRETO (TIPOS)

 Régua vibratória: é um equipamento que desliza sobre o


concreto adensando, nivelando e dando acabamento a
superfície, tudo ao mesmo tempo. Utilizado geralmente na
confecção de lajes e pisos de pátios e armazéns, ou em
qualquer outro lugar que seja necessário superfícies planas.
ADENSAMENTO DO CONCRETO (TIPOS)

 Plataforma (ou placa) vibratória: com função semelhante à


régua vibratória, é indicada para o adensamento e
nivelamento de pisos e lajes.
ADENSAMENTO DO CONCRETO

 Durante e imediatamente após o lançamento, o concreto deve


ser vibrado ou apiloado contínua e energicamente com
equipamento adequado à sua consistência.
 O adensamento deve ser cuidadoso para que o concreto
preencha todos os recantos das fôrmas.
 Durante o adensamento devem ser tomados os cuidados
necessários para que não se formem ninhos ou haja a
segregação dos materiais.
 Deve-se evitar a vibração da armadura para que não se
formem vazios ao seu redor, com prejuízos da aderência.
ADENSAMENTO DO CONCRETO

 No adensamento manual, a altura das camadas de concreto


não deve ultrapassar 20 cm.
 Em todos os casos, a altura da camada de concreto a ser
adensada deve ser menor que 50 cm, de modo a facilitar a
saída de bolhas de ar.
 O plano de lançamento deve estabelecer a altura das
camadas de lançamento do concreto e o processo mais
adequado de adensamento.
 No caso de alta densidade de armaduras, cuidados especiais
devem ser tomados para que o concreto seja distribuído em
todo o volume da peça e o adensamento se processe de
forma homogênea.
ADENSAMENTO DO CONCRETO

 Quando forem utilizados vibradores de imersão, a espessura


da camada deve ser aproximadamente igual a 3/4 do
comprimento da agulha e a distância entre os pontos de
aplicação do vibrador deve ser de 6 a 10 vezes o diâmetro da
agulha.
 Ao vibrar uma camada de concreto, o vibrador deve penetrar
cerca de 10 cm na camada anterior.
 Tanto a falta como o excesso de vibração são prejudiciais ao
concreto.
 Aplicar o vibrador na posição vertical;
 Vibrar o maior número possível de pontos ao longo do
elemento estrutural;
ADENSAMENTO DO CONCRETO

 Retirar o vibrador lentamente, mantendo-o sempre ligado, a


fim de que a cavidade formada pela agulha se feche
novamente;
 Não permitir que o vibrador entre em contato com a parede
da fôrma, para evitar a formação de bolhas de ar na
superfície da peça
 Promover um adensamento uniforme e adequado de toda a
massa de concreto, observando cantos e arestas, de maneira
que não se formem vazios;
 Mudar o vibrador de posição quando a superfície apresentar-
se brilhante.
CURA DO CONCRETO

 Intervalo de tempo que corresponde às reações iniciais de


hidratação do cimento e endurecimento do concreto;
 Enquanto não atingir endurecimento satisfatório, o concreto
deve ser curado e protegido contra agentes prejudiciais para:
 evitar a perda de água pela superfície exposta;
 assegurar uma superfície com resistência adequada;
 assegurar a formação de uma capa superficial durável.
CURA DO CONCRETO (TIPOS)

Molhagem
direta Aspersão

Lâmina
de água
CURA DO CONCRETO (TIPOS)

Recobrimento de manta

Película química
CURA DO CONCRETO (TIPOS)

 • Recobrimento com material para manter a


estrutura sempre úmida, podendo ser areia, sacos de
aniagem (de sisal), papel impermeável ou mantas;

 Cura ativa: interferência na velocidade de hidratação


do cimento através do processo de cura (gelo).
CURA DO CONCRETO

 Quanto mais água em excesso, maior a porosidade do


concreto e maior a facilidade e velocidade de liberação de
água livre, inclusive a água prevista para a reação química,
assim quanto maior a relação água/cimento, maiores os
cuidados necessários para a cura.
CURA DO CONCRETO

 Os períodos da tabela anterior deve ser multiplicada por um


coeficiente de correção Kn= n 1 .n 2 .n 3 conforme as condições
do ambiente do local da obra (temperatura, vento e umidade
relativa do ar) e a relação área exposta/volume da peça
concentrada.
CURA DO CONCRETO
O TEMPO MÍNIMO DE DESFORMA E DECIMBRAMENTO
DEPENDE DA RESISTÊNCIA DO CONCRETO QUE É
FUNÇÃO:
 Dimensões da peça concretada;
 Tipo de cimento; relação água/cimento;
 Emprego de aditivos;
 Isolação térmica das fôrmas;
 Condições de umidade e temperatura do ambiente.
CIMBRAMENTO

 Estrutura de suporte provisória composta por um conjunto de


elementos que apoiam as fôrmas horizontais (vigas e lajes),
sustentando as cargas atuantes e transmitindo-as ao piso ou
pavimento inferior
CAUSAS DO DECIMBRAMENTO PRECOCE SÃO
IRREVERSÍVEIS:

 Aumento da deformação lenta;


 Aumento das flechas;
 Ocorrência de fissuras nas próprias peças de concreto
armado.
PRINCIPAIS REQUISITOS DE UM SISTEMA
DE FÔRMA PARA CONCRETO ARMADO
 Rigidez;
 Durabilidade/ número de ciclos de reaproveitamento;
 Peso das peças/ergonomia;
 Facilidade de montagem e desmontagem;
 Tolerâncias dimensionais das peças
 Regularidade geométrica dos moldes.

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