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Formador: Dora Remígio

DIREITO À
IGUALDADE E À
NÃO-
DISCRIMINAÇÃ
O
Formador: Dora Remígio

IGUALDADE DE OPORTUNIDADES E CONCEITOS

A subalternização das mulheres em muitas esferas da sociedade


continua a impedir que a Igualdade consagrada na lei tenha os
necessários reflexos práticos.
 
Dados estatísticos recentes demonstraram a persistência de uma
fraca representação feminina na tomada de decisão, bem como
a intensificação de evidências de maus-tratos contra as
mulheres, a sua maior vulnerabilidade à pobreza e exclusão
social, a sua precariedade laboral e uma afetação não equitativa
das responsabilidades familiares e domésticas.
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IGUALDADE DE OPORTUNIDADES E CONCEITOS

Com efeito, se a participação de raparigas e de rapazes é


igualitária em todos os graus de ensino, exceto no ensino
superior, onde as raparigas constituem a maioria (65,9% dos
diplomados), e se as portuguesas apresentam uma das mais
elevadas taxas de atividade da União Europeia (68,1% para as
mulheres entre os 15 e os 64 anos), continua, em contrapartida,
a existir uma forte segregação horizontal e vertical do mercado
de trabalho, com repercussões na diferenciação salarial, que é
da ordem dos 20%.
 
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IGUALDADE DE OPORTUNIDADES E CONCEITOS

 Na família, a desigualdade de repartição das responsabilidades


familiares e domésticas traduz-se numa diferença de 3 horas
que as mulheres gastam a mais, em relação aos homens, em
trabalho doméstico e familiar.
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IGUALDADE DE OPORTUNIDADES E CONCEITOS

Outro indicador da desigualdade de poder na família é expresso


pelo número de ocorrências de violência doméstica registadas
nas diversas forças de segurança, das quais cerca de 85% são
de violência conjugal.
 
Também os estereótipos de género continuam a ser
determinantes na construção das desigualdades entre mulheres
e homens, afetando todas as esferas da vida social, política,
económica e cultural, condicionando os nossos valores,
linguagem, expectativas, comportamentos e opções.
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IGUALDADE DE OPORTUNIDADES E CONCEITOS

Urge, assim, desenvolver um esforço concertado de combate


aos estereótipos de género em todas as áreas e, em particular,
na educação e formação, na saúde, no mercado de trabalho, no
desporto e na cultura, na comunicação social, bem como em
todos os domínios da vida política e pública.
 
Por outro lado, as situações de discriminação múltipla exigem
uma particular atenção atendendo às situações de desigualdade
de oportunidades e discriminação que as mulheres enfrentam
cumulativamente em função da raça, território de origem,
religião, deficiência, idade ou orientação sexual.
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IGUALDADE DE OPORTUNIDADES E CONCEITOS

É fundamental promover uma cidadania ativa e paritária,


alicerçada numa cultura de responsabilidade social, que valorize
a participação cívica como fator de desenvolvimento tanto
pessoal como coletivo, e que potencie a inclusão e coesão
sociais, bem como o aumento do sentimento de pertença das
pessoas na sociedade, contribuindo, deste modo, para a
inversão de trajetórias de exclusão social.
 
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IGUALDADE DE OPORTUNIDADES E CONCEITOS

 Para atingir este objetivo podem-se identificar duas dimensões


que se têm constituído como obstáculos às práticas de
cidadania.
 
Por um lado, a persistência de estereótipos sociais,
nomeadamente relativos ao género, e a consequente
perpetuação dos mecanismos de transformação das diferenças
em desigualdade.
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IGUALDADE DE OPORTUNIDADES E CONCEITOS

Neste contexto, a dimensão da representação política paritária


deverá constitui-se como modelo para toda a sociedade
portuguesa, diminuindo potenciais situações de discriminação e
exclusão sociais e de género, bem como contribuir para uma
aproximação das instituições da república ao cidadão e à cidadã.
 
Por outro lado, a constatação de um enfraquecimento dos
valores, atitudes e práticas de cidadania que configuram a
vivência democrática, patentes em défices de cidadania que se
traduzem na existência de uma conceção de cidadania passiva,
potenciada, nomeadamente, por um conhecimento deficiente dos
direitos constitucionalmente consagrados.
 
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IGUALDADE DE OPORTUNIDADES E CONCEITOS

 
Assim, a Educação para a Cidadania dirige-se ao reforço de uma
cidadania participativa e ao pleno exercício dos direitos e
deveres cívicos, constituindo-se como um fator de integração
social e de promoção de uma cultura de responsabilidade social.
 
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MINORIAS

Uma etnia ou um grupo étnico é, em sentido lato, uma


comunidade humana definida por afinidades linguísticas e
culturais e semelhanças genéticas. Estas comunidades
geralmente reivindicam para si uma estrutura social, política e
um território.
 
O termo etnia é usado muitas vezes erroneamente como um
eufemismo para raça, ou como um sinónimo para grupo
minoritário.
 
Uma das piores formas de discriminação é a feita em função da
origem étnica, atingindo a dignidade e integridade do outro.
 
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MINORIAS

 
Num contexto de grande mobilidade transfronteiriça, a questão
do racismo e das modalidades de acolhimento e integração de
imigrantes maioritariamente oriundos dos países do sul e de ex-
países do Leste, assim como de populações nómadas (ciganos)
é um elemento central para a compreensão das múltiplas
problemáticas sociais.
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MINORIAS

Neste cenário revestem-se de particular importância as


disposições legais emitidas a favor dos trabalhadores imigrantes,
e o desenvolvimento de uma abordagem que favoreça e valorize
a multiculturalidade e interculturalidade, quer seja a nível da
educação, da saúde, da formação ou do emprego.
 
Entende-se por discriminação racial qualquer distinção, exclusão,
restrição ou preferência em função da raça, cor, ascendência,
origem nacional ou étnica, que tenha por objetivo ou produza
como resultado a anulação ou restrição do reconhecimento,
fruição ou exercício, em condições de igualdade, de direitos,
liberdades e garantias ou de direitos económicos, sociais e
culturais.
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MINORIAS

Consideram-se práticas discriminatórias as ações ou omissões


que, em razão da pertença de qualquer pessoa a determinada
raça, cor, nacionalidade ou origem étnica, violem o princípio da
igualdade, designadamente:
•A adoção de procedimento, medida ou critério, diretamente pela
entidade empregadora ou através de instruções dadas aos seus
trabalhadores ou a agência de emprego, que subordine a fatores
de natureza racial a oferta de emprego, a cessação de contrato
de trabalho ou a recusa de contratação;
•A produção ou difusão de anúncios de ofertas de emprego, ou
outras formas de publicidade ligada à pré-seleção ou ao
recrutamento, que contenham, direta ou indiretamente, qualquer
especificação ou preferência baseada em fatores de
discriminação racial;
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MINORIAS
• A recusa de fornecimento ou impedimento de fruição de bens
ou serviços, por parte de qualquer pessoa singular ou coletiva;
• O impedimento ou limitação ao acesso e exercício normal de
uma atividade económica por qualquer pessoa singular ou
coletiva;
• A recusa ou condicionamento de venda, arrendamento ou
subarrendamento de imóveis;
• A recusa de acesso a locais públicos ou abertos ao público,
• A recusa ou limitação de acesso aos cuidados de saúde
prestados em estabelecimentos de saúde públicos ou privados;
• A recusa ou limitação de acesso a estabelecimento de ensino
público ou privado;
• A constituição de turmas ou a adoção de outras medidas de
organização interna nos estabelecimentos de ensino público ou
privado, segundo critérios de discriminação
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MINORIAS

A adoção de prática ou medida por parte de qualquer órgão,


funcionário ou agente da administração direta ou indireta do
Estado, das Regiões Autónomas ou das autarquias locais, que
condicione ou limite a prática do exercício de qualquer direito;
A adoção por entidade empregadora de prática que no âmbito da
relação laboral discrimine um trabalhador ao seu serviço;
A adoção de ato em que, publicamente ou com intenção de
ampla divulgação, pessoa singular ou coletiva emita uma
declaração ou transmita uma informação em virtude da qual um
grupo de pessoas seja ameaçado, insultado ou aviltado por
motivos de discriminação racial.
 
É proibido despedir, aplicar sanções ou prejudicar por qualquer
outro meio o trabalhador por motivo do exercício de direito ou de
ação judicial contra prática discriminatória.
 
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POBREZA
O fenómeno da pobreza não é neutro, atingindo, particularmente,
as mulheres.
 
Esta realidade resulta, por um lado, destas terem uma menor
proteção social, consequência da sua participação mais irregular
na atividade económica, devido à maternidade, e, por outro,
porque tendo uma maior esperança de vida, os respetivos
recursos económicos tornam-se menores, vivendo, muitas vezes,
em situações de grande isolamento.
 
Estas situações de pobreza e exclusão são ainda mais
acentuadas nas mulheres que enfrentam discriminações
múltiplas em função da raça, território de origem, religião,
deficiência, idade ou orientação sexual.
 
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POBREZA
 
Também as famílias monoparentais são maioritariamente da
responsabilidade das mulheres e constituem, em alguns
contextos, um grupo particularmente vulnerável à pobreza e à
exclusão social.
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POBREZA

Por outro lado, a intensificação e consolidação dos fluxos


migratórios, caracterizada por uma crescente diversificação dos
países de proveniência, constitui um dos principais desafios de
natureza social com se confronta a sociedade portuguesa, o que
faz das políticas de acolhimento e integração das populações
migrantes um vetor de importância estratégica para a coesão
social e o desenvolvimento do país.
 
Consequentemente, o aumento do número de mulheres
migrantes em Portugal reforça a necessidade de assegurar que a
perspetiva de género e de não discriminação em função do sexo,
está presente em todas as políticas.
 
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POBREZA
Com a feminização da migração surgem situações específicas
visto que, apesar das mulheres terem um papel fundamental no
processo de integração social, defrontam-se, em termos de
integração profissional, com dificuldades que lhes são próprias,
às quais acrescem, por vezes, fatores de exploração e
discriminação por motivos sexuais, mesmo no âmbito das
respetivas comunidades, o que as coloca numa situação de
maior vulnerabilidade e risco.
 
A integração da perspetiva de género nas políticas de migração
visa que sejam avaliados os respetivos efeitos em mulheres e
homens, sem prejuízo de que as ações desenvolvidas possam
resultar em benefício mútuo para ambos.
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INCLUSÃO/EXCLUSÃO SOCIAL

A exclusão surge com a agudização das desigualdades sociais


que acompanham o crescimento económico.
 
O exercício pleno da cidadania significa que, como membros de
uma sociedade, somos dotados de direitos políticos e civis, mas
também temos garantias quanto à satisfação dos direitos
inerentes à dignidade e necessidades humanas.
 
Produzem-se situações de exclusão social porque a sociedade
não oferece a todos os seus membros a possibilidade de todos
esses direitos nem de cumprir alguns deveres que lhes estão
associados.
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INCLUSÃO/EXCLUSÃO SOCIAL

O resultado é o das pessoas desfavorecidas perderem o estatuto


de cidadania plena, quer dizer, se verem impedidos de participar
nos padrões de vida tidos por aceitáveis na sociedade em que
vivem.
 
Na definição de exclusão social está implícita a ideia do seu
oposto, designado por integração social ou inserção social. O
trabalho exerce um papel integrador na sociedade, daí que um
emprego, mesmo que precário e mal pago, é preferível ao
desemprego, mesmo que a este corresponda um subsídio de
desemprego razoável.
 
A fase extrema da exclusão social é caracterizada, não só pela
rutura com o mercado de trabalho, mas por ruturas familiares,
afetivas e de amizade.
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INCLUSÃO/EXCLUSÃO SOCIAL

A exclusão social abrange formas de privação não material,


ultrapassando a falta de recursos económicos (que caracteriza a
pobreza). A falta de recursos sociais, políticos, culturais e
psicológicos são considerados pelo conceito de exclusão social e
são importantes enquanto dimensões estratégicas de análise.
 
A exclusão configura-se como um fenómeno multidimensional,
na medida em que coexistem, dentro da exclusão, fenómenos
sociais diferenciados, tais como o desemprego, a marginalidade,
a discriminação, a pobreza, o estigma, etc.
 
As sociedades europeias debatem-se, presentemente, com
alguns tipos de problemas sociais que têm vindo a preocupar
cada vez mais os poderes públicos e os cidadãos em geral.
Nomeadamente os respeitantes à pobreza, às minorias culturais,
aos idosos, ao desemprego e aos sem-abrigo.
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INCLUSÃO/EXCLUSÃO SOCIAL

Ao colocar o problema da "exclusão social" em termos de falta


de acesso a sistemas sociais básicos, a definição proposta ajuda
a identificar os mecanismos de exclusão que a sociedade
comporta, dando indicação do sentido das mudanças sociais
necessárias para eliminar (ou reduzir substancialmente) o
problema.
 
Torna-se, assim, claro que o combate à exclusão social requer
atuações aos mais diversos níveis, desde o individual até ao
nacional (ou supranacional).
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POLÍTICAS NACIONAIS PARA A IGUALDADE DE


OPORTUNIDADES

No sector público
 
O Plano Nacional para a Igualdade de género
 
A igualdade entre mulheres e homens é uma questão transversal
que abrange todos os domínios de política.
 
Muito embora continue a ser necessário adotar e executar
medidas específicas para a alteração das situações de
desigualdade, torna-se indispensável, como condição para uma
boa governação, a integração da perspetiva de género nos
vários níveis e áreas da ação governativa.
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POLÍTICAS NACIONAIS PARA A IGUALDADE DE


OPORTUNIDADES

Para o desenvolvimento de um sistema de governação que


permita aumentar a eficiência na aplicação das políticas
promotoras da igualdade de género é necessário contemplar a
coordenação de instrumentos, o aprofundamento de parcerias e
a criação de incentivos, de forma a capacitar os atores
intervenientes, tanto ao nível da Administração Central como
Local.
 
Esta capacitação exige um investimento na sensibilização e na
formação de todos os intervenientes, nomeadamente
especialistas nesta área, para que seja garantida a
sustentabilidade da estratégia de mainstreaming de género.
 
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POLÍTICAS NACIONAIS PARA A IGUALDADE DE


OPORTUNIDADES

 
O conhecimento objetivo das relações de género, das
desigualdades e da situação comparada, em todos os domínios,
entre homens e mulheres, é fundamental para a prossecução,
acompanhamento e avaliação das políticas públicas que
combatam os desequilíbrios e promovam a igualdade de género
e a cidadania.
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POLÍTICAS NACIONAIS PARA A IGUALDADE DE


OPORTUNIDADES

É necessário dispor de dados desagregados por sexo em todas


as estatísticas relativas a indivíduos e de dados quantitativos e
qualitativos sobre as realidades que afetam, de modo diferente,
os homens e as mulheres, produzindo diagnósticos que possam
servir de base à tomada de decisão política e permitam o
acompanhamento e avaliação dos resultados.
 
A integração sustentada da perspetiva de género em cada
domínio de política prevê a existência de um conjunto de
medidas de âmbito nacional e local, não só, na legislação, como
também, nas grandes orientações de política nacional e na
avaliação do seu impacto sobre cidadãs e cidadãos,
compreendendo, para a sua prossecução, o envolvimento
integrado de todos os Poderes Públicos.
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POLÍTICAS NACIONAIS PARA A IGUALDADE DE OPORTUNIDADES

Na Administração Central, cada Ministério, enquanto responsável


pela execução deste Plano, deverá integrar a perspetiva de
género nos seus processos de decisão, mediante a
implementação de medidas transversais e específicas,
consubstanciadas num Plano Sectorial para a Igualdade de
Género.
 
Por outro lado, pela sua posição privilegiada de proximidade, e
pelo seu papel de facilitador e parceiro no estabelecimento de
articulações e sinergias com os vários organismos e entidades
que operam no seu território, nomeadamente no quadro das
Redes Sociais, a Administração Local constitui-se, também,
como um ator imprescindível para a construção da Igualdade de
Género.
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POLÍTICAS NACIONAIS PARA A IGUALDADE DE


OPORTUNIDADES

A consolidação da igualdade implica um forte investimento na


promoção do referido mainstreaming de género em domínios
Prioritários de Política.
 
Assim, a integração da perspetiva de género na Educação, na
Investigação e Formação, na Saúde, no Ambiente e o Território,
na Inclusão e Coesão Sociais, bem como a Autonomia
Económica e a Conciliação entre a vida profissional, familiar e
pessoal, no Desporto e na Cultura, contribuem substantivamente
para a construção de uma sociedade mais inclusiva, solidária e
paritária.
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POLÍTICAS NACIONAIS PARA A IGUALDADE DE


OPORTUNIDADES
No sector privado
 
A conciliação entre a atividade profissional e a vida familiar e
pessoal tem-se vindo a consolidar como um tema prioritário em
toda a União Europeia.
 
De facto, dado o reconhecimento da imprescindibilidade e mais-
valia das mulheres no mercado de trabalho, tornou-se uma
exigência conciliar as esferas privada e pública, para a
prossecução de uma cultura de efetiva igualdade de género, de
tratamento e de oportunidades.
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POLÍTICAS NACIONAIS PARA A IGUALDADE DE


OPORTUNIDADES

Tal é, também, fundamental para a promoção de um


desenvolvimento sustentável, que inclui o crescimento
económico e o aumento da natalidade, salvaguardando o
respeito pelas várias formas de organização familiar.
 
Na base desta nova postura estão direitos humanos
fundamentais consagrados na Constituição da República
Portuguesa e em convenções internacionais, como é o caso do
princípio da igualdade entre mulheres e homens, também
designada igualdade de género, que significa a igual visibilidade,
poder e participação de homens e de mulheres em todas as
esferas da vida pública e privada.
 
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POLÍTICAS NACIONAIS PARA A IGUALDADE DE


OPORTUNIDADES

 
A missão, os princípios e os valores de uma empresa fornecem-
lhe o quadro conceptual que suporta as suas opções e decisões.
O sistema de valores transmite a trabalhadores e trabalhadoras o
que a empresa espera que façam em determinada situação,
sem, contudo, pôr em causa os princípios mais amplos da
sociedade em que se integram.
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POLÍTICAS NACIONAIS PARA A IGUALDADE DE


OPORTUNIDADES

Uma empresa que integra a igualdade entre mulheres e


homens ao nível dos seus princípios ou valores e que
pretende investir na construção de relações de género
igualitárias, deverá definir, ao nível da sua política de
recursos humanos, objetivos concretos quanto à
eliminação da segregação profissional, designadamente
promovendo a participação de mulheres em funções de
gestão e o favorecimento da integração dos homens em
sectores predominantemente femininos, entre outros.
 
 
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POLÍTICAS NACIONAIS PARA A IGUALDADE DE


OPORTUNIDADES

 
Deverá incluir ainda objetivos ao nível da não
discriminação que visem regular práticas e decisões em
áreas como o recrutamento e selecção ou a igualdade
salarial. Assumirá, deste modo, a transversalidade do
princípio da igualdade de género nas suas políticas e
planos de ação.
 
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POLÍTICAS DE NÃO DISCRIMINAÇÃO

Discriminação: direta e indireta, âmbito de aplicação


material, ónus da prova
Formador: Dora Remígio

POLÍTICAS DE NÃO DISCRIMINAÇÃO


As assimetrias entre homens e mulheres em matéria de trabalho
e de emprego subsistem, apesar de os princípios consagrados
na legislação laboral portuguesa assegurarem a umas e a outros
o direito a:
•Igual acesso ao trabalho, ao emprego, à formação profissional e
à progressão na carreira;
•Igualdade salarial para trabalho igual ou de valor igual;
•Eliminação dos diferentes tipos de segregação no mercado de
trabalho;
•Uma participação equilibrada dos homens e das mulheres na
vida profissional e na vida familiar, nomeadamente com a partilha
entre pais e mães dos direitos associados à paternidade e à
maternidade e à prestação de cuidados a filhos e filhas ou a
outras pessoas em situação de dependência.
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POLÍTICAS DE NÃO DISCRIMINAÇÃO


É hoje reconhecido que tal se deve à persistência de papéis
sociais tradicionalmente atribuídos a homens e a mulheres em
função do seu sexo, o que continua a gerar, também na atividade
profissional, opções desiguais, recursos desiguais, carreiras
desiguais:
•Homens e mulheres concentram-se em profissões diferentes,
sendo muitos grupos profissionais fortemente masculinizados ou
feminizados;

•São poucas as mulheres, mesmo nos sectores onde a sua


presença prevalece, que preenchem os lugares de topo das
hierarquias profissionais;
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POLÍTICAS DE NÃO DISCRIMINAÇÃO

•A população ativa feminina apresenta menores possibilidades


de acesso à formação profissional e aufere remuneração inferior
à dos homens;

•Apesar de a licença por maternidade/paternidade, de acordo


com a lei, poder ser partilhada pela mãe e pelo pai, os homens
utilizam este direito ainda pouco frequentemente;
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POLÍTICAS DE NÃO DISCRIMINAÇÃO


• No quadro familiar, continua a recair sobre as mulheres a
responsabilidade das tarefas domésticas e do cuidado às
crianças e a outras pessoas em situação de dependência, o
que se reflete numa maior dificuldade de progressão
profissional;

• As empresas tendem ainda a privilegiar como modelo ideal-


típico de profissional competente, «um indivíduo do sexo
masculino, sem responsabilidades familiares que façam perigar
a sua disponibilidade quase total para o exercício da sua
profissão»; por esse motivo, os homens, quando pretendem
colocar as responsabilidades familiares a par com as
profissionais, sentem-se estigmatizados e discriminados nos
seus locais de trabalho.
Formador: Dora Remígio

POLÍTICAS DE NÃO DISCRIMINAÇÃO


A Lei no 9/2001, de 21 de Maio, veio reforçar os mecanismos de
fiscalização e punição das práticas laborais discriminatórias em
função do sexo.
 
Pela Lei no 7/2009, de 12 de Fevereiro (Código do Trabalho),
considera‑se como contraordenação muito grave, a circunstância
da trabalhadora ou candidata a emprego ser prejudicada ou
privada de qualquer direito, em razão do sexo, ou a existência de
qualquer prática discriminatória, direta ou indireta, em função do
sexo.
 
Situações de assédio são consideradas, igualmente, como
contraordenações muito graves. Toda a exclusão ou restrição de
acesso ao emprego, atividade profissional e formação em função
do sexo, e considerada como uma contraordenação muito grave.
 
 
Formador: Dora Remígio

POLÍTICAS DE NÃO DISCRIMINAÇÃO

Medidas de ação positiva – o artigo 27o do Código do Trabalho,


determina que não são consideradas discriminatórias as medidas
legislativas de duração limitada que estabeleçam um beneficio a
certo grupo, que se encontra desfavorecido em virtude de um
elemento de discriminação, imposta pela necessidade de corrigir
uma situação de desigualdade que persista na vida social ou que
tenha o objetivo de assegurar o exercício, em condições de
igualdade, dos direitos previstos na lei.
 
O artigo 23o do Código do Trabalho estabelece a definição de
discriminação indireta, a qual existe quando uma disposição,
critério ou prática aparentemente neutra seja suscetível de
colocar pessoas numa posição de desvantagem em relação a
outras, em razão, por exemplo, do sexo, estado civil ou situação
familiar.
Formador: Dora Remígio

POLÍTICAS DE NÃO DISCRIMINAÇÃO


Em situações de qualquer prática discriminatória cabe a quem
alegar a discriminação fundamentá-la, incumbindo ao
empregador provar que as diferenças de condições de trabalho
não assentam em nenhum dos fatores de discriminação
previstos na lei (ónus da prova).
 
Impõe-se, assim, neste contexto, a indispensabilidade de agir
sobre os estereótipos, no sentido de uma mudança de
paradigma, em especial no que toca ao papel dos homens na
vida familiar como fator de desagregação do mercado de
trabalho e de promoção da igualdade de género.
 
A responsabilidade social das empresas vai atualmente muito
para além das responsabilidades económicas e ambientais no
seu exercício; hoje, a sua atuação é observada e avaliada numa
nova dimensão, a social.
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO INTERNACIONAL SOBRE IGUALDADE E


DISCRIMINAÇÃO
Nações Unidas
 
A Organização das Nações Unidas (ONU) é uma instituição
internacional atualmente formada por 192 Estados soberanos e
fundada após a 2ª Guerra Mundial para manter a paz e a
segurança no mundo, fomentar relações amistosas entre as
nações, promover o progresso social, melhores padrões de vida
e direitos humanos.
 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada
pela ONU em 10 de Dezembro de 1948 (A/RES/217). Esboçada
principalmente por John Peters Humphrey, do Canadá, mas
também com a ajuda de várias pessoas de todo o mundo -
Estados Unidos, França, China, Líbano entre outros, delineia os
direitos humanos básicos.
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO INTERNACIONAL SOBRE IGUALDADE E


DISCRIMINAÇÃO

A Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal


dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por
todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada
indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente
esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação,
por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela
adoção de medidas progressivas de carácter nacional e
internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua
observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos
próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios
sob sua jurisdição.
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO INTERNACIONAL SOBRE IGUALDADE E


DISCRIMINAÇÃO

Declaração Universal dos Direitos do Homem


 
Preâmbulo
•Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a
todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e
inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da
paz no mundo;
•Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos
do homem conduziram a atos de barbárie que revoltam a
consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em
que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do
terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração
do homem;
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO INTERNACIONAL SOBRE IGUALDADE E


DISCRIMINAÇÃO

• Considerando que é essencial a proteção dos direitos do


homem através de um regime de direito, para que o homem
não seja compelido, em supremo recurso, à revolta contra a
tirania e a opressão;
• Considerando que é essencial encorajar o desenvolvimento de
relações amistosas entre as nações;
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO INTERNACIONAL SOBRE IGUALDADE E


DISCRIMINAÇÃO
• Considerando que, na Carta, os povos das Nações Unidas
proclamam, de novo, a sua fé nos direitos fundamentais do
homem, na dignidade e no valor da pessoa humana, na
igualdade de direitos dos homens e das mulheres e se
declaram resolvidos a favorecer o progresso social e a
instaurar melhores condições de vida dentro de uma liberdade
mais ampla;
• Considerando que os Estados membros se comprometeram a
promover, em cooperação com a Organização das Nações
Unidas, o respeito universal e efetivo dos direitos do homem e
das liberdades fundamentais;
• Considerando que uma conceção comum destes direitos e
liberdades
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO INTERNACIONAL SOBRE IGUALDADE E


DISCRIMINAÇÃO
A Assembleia Geral
Proclama a presente Declaração Universal dos Direitos do
Homem como ideal comum a atingir por todos os povos e todas
as nações, a fim de que todos os Indivíduos e todos os órgãos
da sociedade.
 
Artigo 1.º
•Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e
em direitos.
•Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com
os outros em espírito de fraternidade.
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO INTERNACIONAL SOBRE IGUALDADE E


DISCRIMINAÇÃO
Artigo 2.º
•Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as
liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção
alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de
religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou
social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação.
•Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no
estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território
da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território
independente, sob tutela, autónomo ou sujeito a alguma
limitação de soberania.

Artigo 3.º
•Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança
pessoal.
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO INTERNACIONAL SOBRE IGUALDADE E


DISCRIMINAÇÃO
Artigo 4.º
•Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a
escravatura e o trato dos escravos, sob todas as formas, são
proibidos.
 
Artigo 5.º
•Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos
cruéis, desumanos ou degradantes.
 
Artigo 6.º
•Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento em todos os
lugares da sua personalidade jurídica.
 
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO INTERNACIONAL SOBRE IGUALDADE E


DISCRIMINAÇÃO
Artigo 7.º
•Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a
igual proteção da lei.
•Todos têm direito a proteção igual contra qualquer discriminação
que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a
tal discriminação.
 
Em 1979, a Assembleia Geral aprovou a Convenção sobre a
eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher
(CEDAW), que é frequentemente descrita como a Lei
internacional dos direitos das mulheres.
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO INTERNACIONAL SOBRE IGUALDADE E


DISCRIMINAÇÃO
Nos seus 30 artigos, os Estados parte assumem o compromisso
de incluir nas suas respetivas legislações o princípio da
igualdade entre mulheres e homens; de eliminar todas as formas
de discriminação, legais ou outras, contra as mulheres; de
garantir seu total desenvolvimento em todas as áreas,
principalmente, política, civil, económica, social e cultural, de
modo a assegurar-lhes o exercício dos direitos humanos e das
liberdades fundamentais, tendo acordado ainda promover por
todos os meios e sem demora uma política para a realização da
igualdade de facto entre mulheres e homens como princípio de
Direitos Humanos.
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO INTERNACIONAL SOBRE IGUALDADE E


DISCRIMINAÇÃO
A 6 de Outubro de 1999 foi adotado o Protocolo Opcional à
Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação Contra a Mulher. O protocolo determina a atuação
e define as competências do Comité sobre a Eliminação da
Discriminação Contra a Mulher na receção e análise das
comunicações recebidas dos Estados Partes e aumenta a
eficácia deste instrumento permitindo a apresentação de queixas
por alegadas violações dos direitos estabelecidos na Convenção.
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO INTERNACIONAL SOBRE IGUALDADE E


DISCRIMINAÇÃO
No dia 2 de Julho de 2010 a Assembleia Geral da ONU votou por
unanimidade a criação de um novo organismo para acelerar o
progresso na satisfação das necessidades das mulheres e
meninas de todo o mundo: Entidade das Nações Unidas para a
Igualdade de Género e Empoderamento das Mulheres (UN
Entity for Gender Equality and the Empowerment of Women).
 
Pretende-se, com esta reforma, estimular a promoção da
igualdade de género e combater a discriminação contra as
mulheres, em articulação com outros organismos do sistema das
Nações Unidas.
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO INTERNACIONAL SOBRE IGUALDADE E


DISCRIMINAÇÃO
A Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Género e
Empoderamento das Mulher (“UN Women”) irá prestar apoio à
Comissão sobre o Estatuto da Mulher (CSW), na formulação de
políticas, aos Estados Membros no apoio técnico e financeiro e
estabelecerá parcerias com a sociedade civil.
 
Irá também acompanhar os progressos de todo o sistema da
ONU no que diz respeito aos compromissos relativos à igualdade
de género.
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) desenvolve o seu
trabalho no âmbito da redução da pobreza, de uma globalização
justa e na melhoria das oportunidades para que mulheres e
homens possam ter acesso a trabalho digno e produtivo em
condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade
humana.
 
Para incentivar a discussão sobre este tema, a OIT lançou uma
campanha mundial sobre a igualdade de género e o mundo do
trabalho.
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)
Objetivos da campanha:
•Aumentar o conhecimento geral e a compreensão das questões
sobre a igualdade de género no mundo do trabalho;
•Salientar a especificidade das ligações entre a igualdade de
género e a garantia de trabalho digno para todos os homens e
mulheres;
•Promover a ratificação e a aplicação das principais normas da
OIT sobre a igualdade de género; e defender a importância de
superar as barreiras existentes à igualdade de género como
benéfica para todos/as.
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)
Maternidade e paternidade no trabalho
 
Combinar eficazmente as funções produtivas e reprodutivas - A
proteção da maternidade das mulheres trabalhadoras faz parte,
desde a criação da OIT (1919), das maiores preocupações
fazendo parte das primeiras normas internacionais do trabalho
que foram adotadas sobre o emprego das mulheres.
 
A Convenção (n.º3) é pioneira no quadro das normas
internacionais para promover a igualdade de oportunidades no
trabalho. Sobre este tema estão disponíveis vários recursos
preparados para saber mais sobre como combinar eficazmente
as funções produtivas e reprodutivas.
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)
No caminho certo para a igualdade
 
O quarto tema da Campanha “Igualdade de Género no Coração
do Trabalho Digno” vem celebrar uma Convenção (Convenção
nº111) considerada vanguardista para o seu tempo mas que se
tornou no instrumento normativo mais abrangente ao garantir a
não discriminação dos trabalhadores/as no mundo do trabalho.
Meio século depois encontramo-nos num momento de reflexão.
 
Por isso, este é o momento certo para que sejam definitivamente
identificadas e eliminadas todas as barreiras que impedem que
os objetivos daquela Convenção sejam alcançados de forma
profícua.
 
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)
O crescendo de desigualdades entre homens e mulheres no
mundo do trabalho reforça a necessidade de diálogo sobre as
práticas visivelmente discriminatórias nas quais as mulheres
continuam a ser o principal alvo.
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)
Se, por um lado, são cada vez mais as mulheres que participam
na economia formal, por outro, são elas que conhecem mais
desigualdades de remuneração sem se considerar o seu papel
de provedores no seio do agregado familiar.
 
A perceção de que existem trabalhos para homens e trabalhos
para mulheres é o principal motivo que tem vindo a alimentar
estas assimetrias.
 
Esta panorâmica global leva-nos a crer que há ainda um longo
caminho a percorrer até que se consiga implementar, e aceitar,
de formal universal, os princípios de igualdade e de não
discriminação estabelecidos há 50 anos atrás.
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)
Direitos, Empregos e Segurança Social: novas visões para
homens e mulheres seniores
 
O aumento da esperança média de vida gerou uma alteração
profunda na sociedade com grande parte das avós e dos avôs a
permanecerem na vida ativa. Este fenómeno colocou o estatuto
de sénior na faixa dos 70 e dos 80 anos.
 
Porém, viver mais não é sinónimo de qualidade de vida uma vez
que a grande maioria da população mundial não tem direito a
qualquer tipo de pensão tendo que sobreviver num ambiente de
escassez.
 
As mulheres que constituem a maioria das pessoas idosas (55%)
ultrapassando em 70 milhões os homens em termos de pessoas
com 60 ou mais anos.
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)

Com efeito, foram as mulheres que conheceram um aumento


mais significativo da esperança média de vida passando de 48
para 67 anos nos últimos 50 anos contra um acréscimo de 45
para 63 anos nos homens. Uma vida longa é muitas vezes uma
vida em situação de pobreza.
 
Uma sociedade para as pessoas de todas as idades obriga-nos a
repensar a evolução tradicional da vida profissional. E deve
permitir, para quem o deseja, que possa continuar a trabalhar ou
a reformar-se com uma remuneração digna.
 
É necessário passar da competição para a solidariedade inter-
geracional de todas as pessoas que estão na vida ativa e
eliminar os obstáculos ao emprego com os quais se confrontam
homens e mulheres.
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)

Competências e Empreendedorismo: reduzir o fosso


tecnológico e as desigualdades de género
 
Com um aumento exponencial para 500 milhões de novos
empregos para a próxima década, os conhecimentos
tecnológicos serão um elemento-chave para o sucesso. Porém,
também aqui se verifica um gap social entre quem acede a
tecnologias de informação (TI) e quem não tem acesso a estes
meios. Neste caso as mulheres são em maior número.
 
Outro aspeto a reter diz respeito à percentagem de mulheres
com acesso às tecnologias de informação. Isto porque ainda que
as mulheres ocupem cerca de 60 % dos trabalhos das TI grande
parte das suas tarefas prende-se com a inserção de dados ou
outras tarefas rotineiras e que exigem baixas qualificação.
 
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)
Enquanto que apenas 10 a 20% trabalham como engenheiras,
analistas ou programadoras.
 
A resposta eficaz a esta problemática só poderá surgir através
de um aumento de competências e de incentivos à educação
feminina nestas áreas de instrução. Além de que este tipo de
educação deverá ser agregada a uma formação técnica por
forma a permitir uma maior facilidade de entrada no mercado de
trabalho aos homens e mulheres formandos.
 
Em suma, o empreendedorismo feminino é importante porque se
torna num modelo para outras mulheres e destrói barreiras
culturais que ainda se impõem e que as impedem de aceder aos
mesmos recursos, disponíveis aos seus pares masculinos.
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)
Trabalhadoras e trabalhadores migrantes: alcançar a
igualdade de direitos e de oportunidades
 
As mulheres migrantes integram-se, geralmente, em postos de
trabalho específicos e num número restrito de sectores, no
trabalho agrícola manual ou em fábricas.
 
Destacamos ainda estarem concentradas em trabalhos
tradicionalmente estereotipados como femininos. Destes,
referem-se a título de exemplo, as enfermeiras, empregadas
domésticas ou nos lugares de mais baixo estatuto na
restauração, hotelaria ou na indústria do entretenimento.
 
Por outro lado, estas trabalhadoras são mais suscetíveis a serem
alvo de exploração e abusos dado desempenharem trabalhos em
áreas de fraca regulação e proteção social.
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)
A violência de género é reforçada pela situação de
vulnerabilidade destas trabalhadoras. O principal motivo advém
do facto de serem jovens, pobres e isoladas das suas famílias
que grande parte das vezes se encontra no país de origem.
 
O aumento das taxas de desemprego nos últimos anos levou a
que muitos dos tradicionais países de origem implementassem
medidas restritivas à entrada de imigrantes no seu território.
Porém, tais medidas conduziram a um aumento considerável da
imigração ilegal, na sua maioria mulheres.
 
Os países de acolhimento devem integrar estas preocupações
nas suas políticas de imigração.
 
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)
Empregos verdes. Melhorar o ambiente como ferramenta
para a igualdade de género
 
Cerca de 75 por cento das pessoas mais pobres, a nível mundial,
dependem quase exclusivamente dos recursos naturais para a
sua subsistência. A agricultura é fortemente afetada pelas
alterações climatéricas, mas também outros sectores, dos quais
se destaca o turismo.
 
A agenda do trabalho digno, da OIT prevê para melhorar a
situação de muitas pessoas, a promoção de empresas nas áreas
do ambiente e de gestão dos recursos através da reciclagem e
reutilização.
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)
Diálogo social no trabalho. Dar voz e poder aos homens e às
mulheres
 
É inquestionável o aumento da participação feminina no mercado
de trabalho, mas essa participação nem sempre se tem traduzido
no acesso das mulheres nas instâncias de diálogo social.
 
O diálogo social significa participação, diálogo e consensos
construídos a partir dos princípios da liberdade de associação,
discussão livre e tomada de decisão democrática nos assuntos
relativos ao mundo do trabalho.
 
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)
 
No mês de Fevereiro a OIT, escolheu para a campanha
«igualdade de género no coração do trabalho digno» um dos
temas que constitui a originalidade desta agência do sistema das
Nações Unidas, o diálogo social.
 
Através do diálogo social, homens e mulheres podem fazer ouvir
as suas necessidades, aspirações e lutar por um trabalho digno
e produtivo, em condições de liberdade, igualdade e de
segurança.
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)
Trabalho e família. Partilhar é a melhor forma de cuidar
 
A maternidade e a divisão sexual do trabalho continuam a ser
largamente responsáveis pelas desigualdades entre homens e
mulheres e entre muitas mulheres.
 
As responsabilidades familiares e domésticas continuam a estar
maioritariamente a cargo das mulheres levando muitas, para
conciliarem o trabalho com a família, a aceitarem empregos mal
remunerados, instáveis, precários ou a tempo parcial.
 
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)
 
Ainda que seja crescente a consciencialização sobre esta
matéria, segundo a OIT ainda há muito a fazer para melhorar as
condições de trabalho dos homens e das mulheres com
responsabilidades familiares.
 
A ratificação e aplicação da Convenção (n.º 156) pode contribuir
para, a adoção por parte dos países membros, de políticas mais
favoráveis à igualdade de oportunidades e de tratamento de
homens e mulheres.
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)
A OIT preconiza:
•Redução progressiva da duração da jornada de trabalho e do
número de horas de trabalho suplementar;

•Flexibilidade na organização do tempo de trabalho, dos períodos


de descanso e das licenças;

•Tomada em consideração do local de trabalho do/a cônjuge e


das possibilidades de educação para as crianças em caso de
transferência de posto de trabalho;
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)

• Regulamentação e controle das condições de trabalho de quem


trabalha a tempo parcial, tem um contrato de trabalho
temporário e a domicílio;

• Tomada em consideração das responsabilidades familiares


como motivo válido para a recusa de uma oferta de emprego
(quando estiver associada à supressão ou suspensão das
prestações de desemprego).
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)
Trabalho seguro e digno para homens e mulheres
 
A segregação profissional expõe a riscos o sexo sobre
representado em determinadas profissões, as longas horas de
trabalho, o não respeito pelas regras da ergonomia colocam em
risco homens e mulheres em todo o mundo.
 
Ao longo dos anos a Segurança e Saúde no Trabalho valoriza
crescentemente a dimensão de género nas condições de
trabalho e atualmente constata-se que as leis protetoras das
mulheres enquanto esposas e mães contribuíram para as excluir
e potenciar a discriminação no trabalho.
 
Formador: Dora Remígio

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


(OIT)
 
Atualmente as políticas devem procurar eliminar os riscos e
promover o bem-estar para todo o pessoal, mais do que excluir
um ou outro grupo de determinadas funções mais perigosas.
Formador: Dora Remígio

UNIÃO EUROPEIA (UE)


A igualdade entre homens e mulheres constitui um dos princípios
fundamentais do direito comunitário. Os objetivos da União
Europeia (UE) em matéria de igualdade entre as mulheres e os
homens consistem em assegurar a igualdade de oportunidades e
tratamento entre os dois sexos, por um lado, e em lutar contra
toda a discriminação fundada no sexo, por outro.
 
Neste domínio, a UE optou por uma dupla abordagem,
associando ações específicas e «gender mainstreaming». Este
tema apresenta igualmente uma forte dimensão internacional em
matéria de luta contra a pobreza, de acesso à educação e aos
serviços de saúde, de participação na economia e no processo
decisório e de direitos das mulheres enquanto direitos humanos.
Formador: Dora Remígio

UNIÃO EUROPEIA (UE)


Diversas declarações e recomendações internacionais,
nomeadamente do Conselho da Europa e da União Europeia,
têm colocado a violência de género como um atentado contra os
direitos humanos, apelando à necessidade dos governos
desenvolverem estratégias eficazes para a combater.
 
No seguimento do Conselho da Europa de 2006, em Varsóvia,
foi lançada uma campanha para combater a Violência contra as
Mulheres, cujo princípio orientador é a convicção que estas
situações são o resultado de assimetrias de poder e uma
violação clara de direitos humanos, constituindo-se como um
enorme obstáculo para ultrapassar as desigualdades existentes
entre mulheres e homens.
Formador: Dora Remígio

UNIÃO EUROPEIA (UE)


Ao nível da União Europeia é importante salientar o recente
Roteiro para a Igualdade entre Homens e Mulheres, em que se
apela à urgência dos Estados Membros de eliminar todas as
formas de violência contra as mulheres, uma vez que se constitui
como uma violação de vários direitos fundamentais.
 
Um dos objetivos centrais desta área é adotar políticas e
medidas que respondam às necessidades de proteção e de
assistência das vítimas de violência de género, de a eliminar
estereótipos de género e promover uma cultura de cidadania.
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO NACIONAL

Constituição da republica Portuguesa - CRP


 
A Igualdade entre Mulheres e Homens é um princípio da
Constituição da República Portuguesa e uma das tarefas
fundamentais do Estado Português, que deve, não só garantir o
direito à Igualdade, mas, também, assumir a sua promoção.
 
Esta é, assim, uma responsabilidade inequívoca de todos os
poderes públicos, em particular da Administração Central e Local
e, consequentemente, de todas as pessoas que asseguram o
serviço público.
 
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO NACIONAL

 A Constituição da República Portuguesa estipula (CRP, art.o 59o


– Direitos dos trabalhadores), que todos os trabalhadores têm
direito a organização do trabalho em condições socialmente
dignificantes, de forma a facultar a realização pessoal e a
permitir a conciliação da atividade profissional com a vida
familiar; estabelece igualmente (CRP, art.o 67o – Família) que
incumbe ao Estado, para proteção da família, promover, através
da concertação das várias políticas sectoriais, a conciliação da
atividade profissional com a vida familiar.
 
A Constituição consigna o direito de todos os cidadãos de “tomar
parte na vida política e na direção dos assuntos públicos do pais”
(artigo 48o, n.o 1) e de aceder “em condições de igualdade e
liberdade, aos cargos públicos” (artigo 50o, no 1).
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO NACIONAL

Por outro lado, desde a revisão de 1997, o artigo 109o


estabelece que a participação direta e ativa dos homens e das
mulheres na vida política e condição e instrumento fundamental
de consolidação do sistema democrático, e que a lei deve
promover a igualdade no exercício dos direitos cívicos e políticos
e a não discriminação em função do sexo no acesso aos cargos
políticos.
 
Este artigo inclui uma perspetiva nova, por referir claramente a
participação de “homens e mulheres”, reconhecendo a dualidade
da humanidade, quando anteriormente falava apenas de
cidadãos, e por atribuir a lei a responsabilidade de promover esta
participação, abrindo caminho a adoção de ações positivas.
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO NACIONAL

Código do Trabalho
 
O artigo 24o do Código do Trabalho (Lei no 7/2009, de 12 de
Fevereiro), garante o direito a igualdade de oportunidades e de
tratamento no acesso ao emprego, a formação e promoção ou
carreira profissionais e as condições de trabalho.
 
A Lei no 9/2001, de 21 de Maio, veio reforçar os mecanismos de
fiscalização e punição das práticas laborais discriminatórias em
função do sexo.
 
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO NACIONAL

 
Pela Lei no 7/2009, de 12 de Fevereiro (Código do Trabalho),
considera‑se como contraordenação muito grave, a circunstância
da trabalhadora ou candidata a emprego ser prejudicada ou
privada de qualquer direito, em razão do sexo, ou a existência de
qualquer prática discriminatória, direta ou indireta, em função do
sexo.
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO NACIONAL

Situações de assédio são consideradas, igualmente, como


contraordenações muito graves. Toda a exclusão ou restrição de
acesso ao emprego, atividade profissional e formação em função
do sexo, e considerada como uma contraordenação muito grave.
 
Medidas de ação positiva – o artigo 27o do Código do Trabalho,
determina que não são consideradas discriminatórias as medidas
legislativas de duração limitada que estabeleçam um beneficio a
certo grupo, que se encontra desfavorecido em virtude de um
elemento de discriminação, imposta pela necessidade de corrigir
uma situação de desigualdade que persista na vida social ou que
tenha o objetivo de assegurar o exercício, em condições de
igualdade, dos direitos previstos na lei.
 
Formador: Dora Remígio

NORMATIVO NACIONAL

O artigo 23o do Código do Trabalho, estabelece a definição de


discriminação indireta, a qual existe quando uma disposição,
critério ou prática aparentemente neutra seja suscetível de
colocar pessoas numa posição de desvantagem em relação a
outras, em razão, por exemplo, do sexo, estado civil ou situação
familiar.
 
Em situações de qualquer prática discriminatória cabe a quem
alegar a discriminação fundamentá-la, incumbindo ao
empregador provar que as diferenças de condições de trabalho
não assentam em nenhum dos fatores de discriminação
previstos na lei (ónus da prova).
 

 
Formador: Dora Remígio

IGUALDADE NO TRABALHO E NO EMPREGO


O Direito Civil Português consagra um regime de plena igualdade
entre os homens e as mulheres.
 
Se esta igualdade já há muito tinha sido conseguida para as
mulheres solteiras, só a Constituição de 1976 veio determinar
que o tratamento, no interior da família, e o mesmo para o
marido e para a mulher, como para o pai e para a mãe.
 
O Decreto‑Lei n.o 496/77, de 25 de Novembro, que entrou em
vigor em 1 de Abril de 1978, introduziu no Código Civil Português
profundas modificações com o objetivo, entre outros, de
reconhecer a mulher casada a plena igualdade legal com o
marido, como aplicação do princípio mais geral de não
discriminação em função do sexo.
 
Formador: Dora Remígio

IGUALDADE NO TRABALHO E NO EMPREGO


 
A Resolução do Conselho de Ministros n.o 50/2004, de 13 de
Abril, aprovou o Plano “100 compromissos para uma política da
família” (2004‑2006).
Formador: Dora Remígio

IGUALDADE NO TRABALHO E NO EMPREGO


. Segundo o preâmbulo do Plano, estes compromissos visam
atender as diferentes realidades familiares, sendo por isso
consideradas a conjugalidade e a parentalidade, a infância, a
juventude e a velhice, o trabalho e o lazer, a educação e a
cultura e a economia e o desenvolvimento social.
 
Para além de compromissos, foram estabelecidas orientações e
consagrados objetivos, tendo em vista o desenvolvimento de
ações e de programas, implicando a sua prossecução uma
articulação e complementaridade acrescidas com outros planos e
programas nacionais, designadamente:
Formador: Dora Remígio

IGUALDADE NO TRABALHO E NO EMPREGO

•O Plano Nacional de Ação para a Inclusão,

•O Plano Nacional de Emprego,

•O Plano Nacional para a Igualdade e o Plano Nacional de


Combate a Violência Domestica
Formador: Dora Remígio

IGUALDADE NO TRABALHO E NO EMPREGO


Como objetivos do Plano são referidos o reconhecimento e a
valorização da família como unidade social base, o reforço do
carácter global e integrado das políticas sectoriais com incidência
familiar, o fomento e a promoção da presença da família na
sociedade, a promoção da solidariedade intergeracional e da
partilha de responsabilidades, a promoção de condições de
desenvolvimento do ciclo de vida familiar, bem como o
favorecimento da estabilidade da família, a promoção da
conciliação entre as responsabilidades familiares e profissionais
e o apoio a famílias com necessidades específicas.
Formador: Dora Remígio

IGUALDADE NO TRABALHO E NO EMPREGO

Pelo Decreto‑Lei n.o 155/2006, de 7 de Agosto, foi criada a


Comissão para a Promoção de Politicas de Família e o Conselho
Consultivo das Famílias, visando assegurar a intervenção dos
vários ministérios e dos vários representantes de entidades não-
governamentais no processo de avaliação, conceção e aplicação
das medidas políticas com impacto nas famílias.
Formador: Dora Remígio

ACESSIBILIDADES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


Com a ratificação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas
com Deficiência, em Julho de 2009, o Estado Português
comprometeu -se a promover, proteger e garantir condições de
vida dignas às pessoas com deficiências e incapacidades em
âmbitos muito concretos, que se traduzem sobretudo em direitos
económicos, sociais e culturais.
 
Não obstante os avanços estratégicos e legais alcançados,
nomeadamente com a implementação daquele que constituiu o
primeiro plano de políticas integradas e práticas sustentadas
para a área da deficiência, o I Plano de Ação para a Integração
das Pessoas com Deficiências.
Formador: Dora Remígio

ACESSIBILIDADES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Segundo este plano, mantém -se prioritário planear, de forma


articulada e prospetiva, medidas que possam acelerar um
desígnio coletivo que combata a discriminação e proporcione
melhores condições de vida às pessoas com deficiências e
incapacidades e às suas famílias, nos vários domínios da sua
vida social.
 
Neste contexto, o Governo considera essencial para a promoção
dos direitos e garantias de condições de vida dignas às pessoas
com deficiência a adoção da presente Estratégia Nacional para
Deficiência, com vista à sua prevenção, habilitação, reabilitação
e participação.
 
Formador: Dora Remígio

ACESSIBILIDADES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Estratégia Nacional para a Deficiência


 
A Estratégia Nacional para a Deficiência (ENDEF) focaliza -se
em cinco grandes áreas de ação, configuradas em eixos
estratégicos:

•Eixo n.º 1, «Deficiência e multidiscriminação»;


•Eixo n.º 2, «Justiça e exercício de direitos»;
•Eixo n.º 3, «Autonomia e qualidade de vida»;
•Eixo n.º 4, «Acessibilidades e design para todos»;
•Eixo n.º 5, «Modernização administrativa e sistemas de
informação
Formador: Dora Remígio

ACESSIBILIDADES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


Eixo n.º 1, «Deficiência e multidiscriminação»
 
O eixo «Deficiência e multidiscriminação» compreende medidas que se
destinam a combater as múltiplas desigualdades ou discriminações.
 
Para além da discriminação de que são alvo as pessoas com deficiência,
existem, dentro deste agrupamento heterogéneo de pessoas,
determinados grupo alvo, como é o caso, entre outros, das mulheres, das
crianças, dos imigrantes e dos desempregados, que deverão ser objeto
de medidas adicionais de discriminação positiva dado que acumulam
desvantagens sociais.
 
Para além desta perspetiva integrada, também se inclui todo o tipo de
medidas que visam combater a discriminação ou minorar o impacto dos
preconceitos em razão da deficiência ou incapacidade.
 
Formador: Dora Remígio

ACESSIBILIDADES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Eixo n.º 1, «Deficiência e multidiscriminação»


  
Este segundo objetivo é constituído, essencialmente, por
medidas de sensibilização e pela formação de vários agentes
que, no exercício da sua atividade profissional, terão de ser
capacitados de modo a garantir que as pessoas com deficiências
e incapacidades não serão discriminadas, por desinformação ou
desconhecimento.
 
Considera -se assim prioritária a sensibilização e a formação dos
profissionais que se dedicam ao atendimento público.
 
Formador: Dora Remígio

ACESSIBILIDADES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


O Eixo 2: Justiça e Exercício de Direitos, incide na produção de
novos diplomas legislativos em diversas áreas de promoção dos
direitos das pessoas com deficiências ou incapacidade, com o
objetivo de disseminar os princípios da Convenção.
Formador: Dora Remígio

ACESSIBILIDADES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


Eixo n.º 3, «Autonomia e qualidade de vida»
 
Ao nível do eixo «Autonomia e qualidade de vida» as medidas
introduzidas espelham a necessidade de continuar o
investimento nos processos de habilitação e de consolidação das
respostas de apoio social às pessoas com deficiências e
incapacidades e às suas famílias com o objetivo de promover a
conciliação da vida pessoal, familiar e profissional e o aumento
dos níveis de participação social.
 
 
Formador: Dora Remígio

ACESSIBILIDADES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


Eixo n.º 3, «Autonomia e qualidade de vida»
 
 
Nestes termos são identificadas medidas de prevenção e
atuação junto das famílias e ainda medidas de habilitação
integrada e regular de alunos com necessidades educativas
especiais (NEE), através do investimento em recursos humanos
e logísticos que reforcem toda a estratégia de intervenção nesta
área, nomeadamente a reforma do ensino especial ocorrida na
anterior legislatura.
 
 
Formador: Dora Remígio

ACESSIBILIDADES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


 
No campo da formação profissional, emprego e qualificação ao
longo da vida, são criadas novas medidas que reforçam estas
áreas estruturantes para a integração social das pessoas com
deficiência.
 
De referir, ainda, as medidas que programam a curto prazo um
aumento bastante significativo da capacidade instalada no país
de equipamentos sociais para a deficiência, com destaque para
as residências autónomas.
 
Formador: Dora Remígio

ACESSIBILIDADES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


Eixo n.º 4, «Acessibilidades e design para todos»
 
O eixo «Acessibilidades e design para todos» adota um conjunto
diversificado de medidas que refletem a ideia de que o
planeamento da acessibilidade e a aplicação do «design
universal», para todos ou inclusivo, devem ser transversais a
várias matérias e ambientes, merecendo neste quadro
estratégico um interesse renovado.
 
A construção de um «Portugal para todos» deverá constituir -se
como um objetivo estratégico para todos os agentes públicos e
privados. No fundo, deverá representar um desígnio para todos
os cidadãos. Assim, este eixo propõe -se dar continuidade à
remoção de obstáculos e de barreiras em vários equipamentos e
infra -estruturas de acesso público.
 
Formador: Dora Remígio

ACESSIBILIDADES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


 
Perspetiva-se também a criação de dispositivos que facilitam a
mobilidade e a orientação das pessoas com deficiências e
incapacidades.
 
No plano das acessibilidades tecnológicas propõe–se que a
uniformização das plataformas de informação e que a
investigação estejam mais direcionadas para as pessoas com
necessidades especiais.
Formador: Dora Remígio

ACESSIBILIDADES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


Eixo n.º 5, «Modernização administrativa e sistemas de
informação»
 
O eixo «Modernização administrativa e sistemas de informação»
convoca medidas que se destinam a promover uma relação de
qualidade entre os serviços da Administração Pública e as
pessoas com deficiências e incapacidades, assumindo -se, por
esta via, que toda a sociedade tem a sua quota -parte de
responsabilidade na promoção dos direitos das pessoas com
deficiência.
 
Formador: Dora Remígio

GESTÃO DA DIVERSIDADE
No âmbito social e educacional, a diversidade cultural diz
respeito a uma coexistência de várias etnias e culturas dentro de
uma mesma comunidade, sociedade ou país.

As sociedades multiculturais ocidentais foram constituídas


especialmente a partir do fim da Idade Média com o tráfico da
escravatura, mas também com os fluxos de comércio que
levavam à deslocação de bens e pessoas.
 
Mais tarde, a procura de riqueza provocou os fenómenos de
colonização, o que levou a que muitas pessoas procurassem,
sobretudo no chamado Novo Mundo do continente americano,
novas oportunidades de trabalho.
 
Formador: Dora Remígio

GESTÃO DA DIVERSIDADE
 A industrialização criou a necessidade e a oportunidade da
migração de muitos povos da África e da Ásia que procuravam
trabalho e melhores condições de vida tanto no Novo Mundo
como na Europa.
Formador: Dora Remígio

GESTÃO DA DIVERSIDADE
A concentração urbana de diferentes etnias nem sempre é
pacífica, levando, a maior parte das vezes, a diferentes
intensidades de intolerância, racismo, violência e exclusão.

Nos países do Terceiro Mundo, as sociedades multiculturais são


resultado, sobretudo, da formação "artificial" de novos países
que correspondem ao território das antigas colónias europeias e
que praticamente foram obrigados a uma convivência forçada de
etnias e culturas muito diferentes, e tradicionalmente
independentes, originando uma grande instabilidade política,
económica e social. Também nestas sociedades se assiste a
níveis elevados de intolerância, racismo, violência e exclusão.

O tema da diversidade cultural é pertinente não só no âmbito das


políticas sociais, mas também nas filosofias de educação.
Formador: Dora Remígio

GESTÃO DA DIVERSIDADE
Uma educação multicultural, multirracial ou multiétnica tem vindo
a ser defendida, sobretudo nas sociedades ocidentais, para
implementar uma evolução positiva da convivência entre as
diferentes culturas, não de assimilação ou subjugação por parte
das culturas minoritárias da cultura numérica e economicamente
dominante, mas de respeito mútuo pela diferença e defesa da
diversidade.
 
Nesse sentido, quando se fala de educação multicultural
pretende-se abranger não só a educação no seio das minorias
étnicas como também a educação de todas as crianças ou
indivíduos, quer estejam inseridos em sociedades multiculturais
ou uni-culturais.
 
Formador: Dora Remígio

GESTÃO DA DIVERSIDADE
 
Esta educação no respeito pela diversidade cultural pretende
tornar legítima a pluralidade social e étnica, eliminando os
preconceitos e os ideais racistas.
 
Formador: Dora Remígio

SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO IGUALITÁRIA


Com o advento da Sociedade da Informação e da caracterização
da sociedade atual como uma sociedade em rede, o ambiente
em que vivemos pode ser visto como um entrelaçado de fluxos
de informação a que indivíduos e organizações tem que se
readaptar.
 
Outro dos aspetos que caracteriza a Sociedade da Informação é
o recurso intensivo às Tecnologias de Informação,
nomeadamente ao computador e às comunicações.
 
Desta forma, a troca de informação é em grande parte realizada
pela mediação de dispositivos que permitem considerar que um
número crescente de interações entre indivíduos e organizações
se produz em formato digital e mediada por computador ou
dispositivos baseados em computador.
Formador: Dora Remígio

SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO IGUALITÁRIA


Parece pois existir a tentação de tomar as Tecnologias da
Informação e, mais recentemente da Comunicação, como ótimas
oportunidades para moldar novos hábitos e influenciar
comportamentos profissionais e mesmo sociais.
 
As políticas associadas à Sociedade da Informação,
nomeadamente as iniciativas na União Europeia, propõem
planos que incentivam o recurso às Tecnologias da Informação e
da Comunicação em todas as áreas de atividade.
 
A Comissão Europeia pretende reforçar a coesão social,
económica e territorial através da criação de uma sociedade da
informação europeia inclusiva. Prevê dar apoio ao crescimento e
ao emprego de modo coerente com o desenvolvimento
sustentável e dar prioridade ao melhoramento dos serviços
públicos e da qualidade de vida.
Formador: Dora Remígio

SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO IGUALITÁRIA


Para atingir o objetivo de uma sociedade da informação
inclusiva, que ofereça serviços públicos de grande qualidade e
melhore a qualidade de vida, a Comissão prevê, nomeadamente:

•Difundir as orientações políticas sobre a info-acessibilidade e a


cobertura territorial em elevado débito para facilitar a utilização
de sistemas TIC a um maior número de pessoas;

•Propor uma iniciativa europeia sobre a info-inclusão que abranja


a igualdade de oportunidades, as competências em TIC e as
clivagens regionais;
Formador: Dora Remígio

SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO IGUALITÁRIA

•Adotar um plano de ação para a administração pública online e


orientações estratégicas para encorajar os serviços públicos a
utilizarem as TIC. Lançará projetos de demonstração, a uma
escala operacional, para testar soluções tecnológicas, jurídicas e
organizativas no domínio dos serviços públicos online;

•Pôr em marcha, numa primeira fase, três iniciativas


emblemáticas que envolvem a utilização das TIC para melhorar
a qualidade de vida: cuidados para as pessoas numa sociedade
que envelhece, transportes mais seguros e menos poluentes,
nomeadamente com “veículos inteligentes”, e bibliotecas digitais
para incentivar a diversidade cultural.
 
 
Formador: Dora Remígio

SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO IGUALITÁRIA


Para atingir o objetivo de uma sociedade da informação
inclusiva, que ofereça serviços públicos de grande qualidade e
melhore a qualidade de vida, a Comissão prevê, nomeadamente:

•Difundir as orientações políticas sobre a info-acessibilidade e a


cobertura territorial em elevado débito para facilitar a utilização
de sistemas TIC a um maior número de pessoas;

•Propor uma iniciativa europeia sobre a info-inclusão que abranja


a igualdade de oportunidades, as competências em TIC e as
clivagens regionais;

 
Formador: Dora Remígio

SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO IGUALITÁRIA

•Adotar um plano de ação para a administração pública online e


orientações estratégicas para encorajar os serviços públicos a
utilizarem as TIC. Lançará projetos de demonstração, a uma
escala operacional, para testar soluções tecnológicas, jurídicas e
organizativas no domínio dos serviços públicos online;

•Pôr em marcha, numa primeira fase, três iniciativas


emblemáticas que envolvem a utilização das TIC para melhorar
a qualidade de vida: cuidados para as pessoas numa sociedade
que envelhece, transportes mais seguros e menos poluentes,
nomeadamente com “veículos inteligentes”, e bibliotecas digitais
para incentivar a diversidade cultural.
 
 
Formador: Dora Remígio
SOCIEDADE INCLUSIVA
Uma sociedade inclusiva é uma sociedade para todos,
independente de sexo, idade, religião, origem étnica, raça,
orientação sexual ou deficiência; uma sociedade não apenas
aberta e acessível a todos os grupos, mas que estimula a
participação; uma sociedade que acolhe e aprecia a diversidade
da experiência humana; uma sociedade cuja meta principal é
oferecer oportunidades iguais para todos realizarem seu
potencial humano.
 
O conceito "inclusão" deverá ter uma aplicação mais vasta
porque qualquer criança em qualquer altura da sua vida escolar
e/ou extraescolar pode ter dificuldades educativas e/ou sociais
(as que dizem respeito à sua etnia, classe social, etc.) e será
com os seus pares que ultrapassará essa fase, prosseguindo o
seu desenvolvimento.
 
Desta forma as mudanças que ocorrem no sistema educativo
irão beneficiar todas as crianças.
Formador: Dora Remígio

SOCIEDADE INCLUSIVA
Por outro lado, o desenvolvimento humano constrói-se em
relação com o meio e com os outros. O indivíduo influencia mas
também é influenciado. É nesta perspetiva que todos podem
contribuir, para melhorar a nossa Sociedade.
 
Pretende-se assim, atingir uma "Sociedade participada" por
todos, porque cada um tem algo de útil para o desenvolvimento
da Humanidade, potenciando a participação dos mais diferentes
grupos e/ou indivíduos.
 
Formador: Dora Remígio

SOCIEDADE INCLUSIVA
 
As várias diferenças conjugam-se para o mesmo fim: a
"construção" de uma Sociedade Inclusiva sem preconceitos onde
todos têm direito à sua individualidade.
 
O processo de construção da personalidade passa pelo
reconhecimento das capacidades e dificuldades de cada um,
respeitando as diferenças, baseando a Educação em atitudes e
valores que tornarão a criança mais consciente e solidária.
Formador: Dora Remígio

SOCIEDADE INCLUSIVA

Cada criança, durante o processo de desenvolvimento, está a


contribuir para o desenvolvimento dos outros. O ser humano
desenvolve-se em interação social, especialmente através da
cooperação entre pares.
 
A inclusão pode começar no Sistema Educativo mas não faz
sentido se não transpuser os muros da Escola.
 
A Educação inclusiva requer uma reestruturação a nível da
Sociedade, onde todos os parceiros deverão trabalhar em equipa
(Escola, Família, Comunidade, Estado, coordenação entre os
diferentes Ministérios: Educação, Segurança Social, Emprego,
Saúde, Finanças) refletindo e avaliando-se continuamente,
respondendo às necessidades de todas as crianças / jovens /
adultos.
 
Formador: Dora Remígio

SOCIEDADE INCLUSIVA

 
Será como uma continuação educacional igual à praticada no
sistema educativo, uma verdadeira Cultura que respeita o
princípio "...o direito à Educação de todos os indivíduos..."
(Declaração Universal dos Direitos do Homem), entendendo
Educação como a formação ao longo da vida.
 
Formador: Dora Remígio

VALORIZAÇÃO DE COMPETÊNCIAS: A SITUAÇÃO


NACIONAL DA LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS (ONDE
 
DIRIGIR E APRESENTAR RELATOS, QUEIXAS, ETC.)
As aprendizagens em torno dos valores e das práticas de
cidadania não têm sido estruturadas a partir do aprender
fazendo, participando e atuando, de forma a promover atitudes e
comportamentos sociais de autonomia e de responsabilidade.
 
Neste contexto, importa considerar a existência de novos valores
e de novas relações sociais e intersubjetivas que é necessário
compreender e integrar para que cidadãos e cidadãs se revejam
ativamente na sociedade.
 
É, ainda, de salientar a importância das culturas organizacionais
que têm lugar nos diversos espaços sociais e da educação ao
longo da vida, como formas de apropriação de valores e de
competências de cidadania.
 
Formador: Dora Remígio
VALORIZAÇÃO DE COMPETÊNCIAS: A SITUAÇÃO
NACIONAL DA LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS (ONDE
 
DIRIGIR E APRESENTAR RELATOS, QUEIXAS, ETC.)
 
Relativamente às gerações mais jovens, estudos apontam para a
existência de uma baixa motivação para a ação coletiva, seja ela
organizada ou suportada por mecanismos de automobilizarão, o
que indicia uma atitude passiva perante o Estado e apatia
perante o devir coletivo.
 
No processo de inversão desta tendência destaca-se o
movimento associativo enquanto catalisador da construção de
uma consciência cívica.
 
Existe também um desconhecimento, tanto das formas de
participação na sociedade portuguesa a nível constitucional,
como ao nível dos movimentos e associações cívicas e o
trabalho que estes desenvolvem.
 
Formador: Dora Remígio
VALORIZAÇÃO DE COMPETÊNCIAS: A SITUAÇÃO
NACIONAL DA LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS (ONDE
 
DIRIGIR E APRESENTAR RELATOS, QUEIXAS, ETC.)
 
 
Esta iliteracia cívica manifesta-se numa incapacidade para
compreender questões que ultrapassem a esfera do privado,
assistindo-se a uma tendência para a reivindicação de direitos
particulares e individuais em detrimento de reivindicações de
carácter geral e comunitário.
 
Formador: Dora Remígio
VALORIZAÇÃO DE COMPETÊNCIAS: A SITUAÇÃO
NACIONAL DA LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS (ONDE
   DIRIGIR E APRESENTAR RELATOS, QUEIXAS, ETC.)
É muito comum, as pessoas que sofrem de qualquer tipo de
discriminação, não estarem conscientes dos seus direitos e da
legislação sobre esta matéria. São sujeitas, amiúdes vezes, a
atos retaliatórios ou discriminatórios e não sabem sequer que
podem apresentar queixa junto de instituições criadas para tal.
 
Para se criar uma sociedade inclusiva é necessário informar-se.
Sem informação não há inclusão.
 
Formador: Dora Remígio
VALORIZAÇÃO DE COMPETÊNCIAS: A SITUAÇÃO
NACIONAL DA LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS (ONDE
   DIRIGIR E APRESENTAR RELATOS, QUEIXAS, ETC.)
 
Todos sabemos que muitas das queixas que são apresentadas
são “deixadas na gaveta”, arquivadas. Contudo, há sempre
algumas que conseguem resistir estoicamente, e que fazem com
que os cidadãos tomem conhecimento das práticas
discriminatórias que ainda existem no nosso país.
 
De uma forma abrangente passo a informar a que órgãos se
podem dirigir caso necessitem de apresentar uma queixa relativa
a discriminação.
Formador: Dora Remígio

VALORIZAÇÃO DE COMPETÊNCIAS: A SITUAÇÃO


NACIONAL DA LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS (ONDE
  
DIRIGIR E APRESENTAR RELATOS, QUEIXAS, ETC.)
Deficiência
 
INR (Instituto Nacional para a Reabilitação) ou diretamente nas
entidades competentes para a instrução de processos –
Provedoria de Justiça, Instituto de Seguros de Portugal e
Inspeções-gerais de Saúde, Educação, Justiça e Administração
Interna, Autoridade para as Condições no Trabalho (ACT, ex
Inspeção-geral do Trabalho), Comissão para a Igualdade no
Trabalho e no Emprego – CITE, Tribunais do Trabalho,
sindicatos e Associação de Defesa dos Consumidores (DECO).
Assim como nas ONG/Associações de deficientes que
encaminharão as queixas para a entidade competente.
Formador: Dora Remígio
VALORIZAÇÃO DE COMPETÊNCIAS: A SITUAÇÃO
NACIONAL DA LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS (ONDE
DIRIGIR E APRESENTAR RELATOS, QUEIXAS, ETC.)

Raça/Minoria étnica
 
ACIDI (Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo
Intercultural), Comissão para a Igualdade e Contra a
Discriminação Racial (CICDR), Associação de Apoio à Vítima
(APAV/UAVIDRE), Provedor de Justiça e Inspeções-gerais, ACT,
CITE, Tribunais do Trabalho, sindicatos, Associação de Defesa
dos Consumidores (DECO) e ONG ligadas à matéria,
nomeadamente, nas Associações de Imigrantes.
 
Orientação sexual
 
Associações de defesa dos direitos LGBT e todas as outras
entidades, excetuando o INR, o ACIDI, a CICDR e a CLR.
Formador: Dora Remígio
VALORIZAÇÃO DE COMPETÊNCIAS: A SITUAÇÃO
NACIONAL DA LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS (ONDE
DIRIGIR E APRESENTAR RELATOS, QUEIXAS, ETC.)

Religião
 
Comissão para a Liberdade Religiosa (CLR), Amnistia
Internacional Portugal (AI) e todas as outras instituições
excetuando o ACIDI, a CICDR e o INR.
 
Idade
Todas as outras instituições excetuando o ACIDI, a CICDR, o
INR, AI e a CLR.
 
Formador: Dora Remígio
VALORIZAÇÃO DE COMPETÊNCIAS: A SITUAÇÃO
NACIONAL DA LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS (ONDE
DIRIGIR E APRESENTAR RELATOS, QUEIXAS, ETC.)

 
Género
 
Comissão para a Igualdade de Género (CIG), Associações de
defesa dos direitos LGBT e todas as outras instituições
excetuando o ACIDI, a CICDR, o INR, AI e a CLR.
 
Quando a discriminação está associada a um crime, a queixa
poderá ser apresentada ao Ministério Público ou a qualquer
autoridade policial (PSP, GNR).
 

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