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Crédito tributário
I) CRÉDITO TRIBUTÁRIO. Art. 139 a 150, CTN.
1) Conceito. “Vínculo jurídico, de natureza obrigacional, por força do qual o Estado (sujeito ativo)
pode exigir do particular, o contribuinte ou o responsável (sujeito passivo), o pagamento do tributo
ou da penalidade pecuniária (objeto da relação obrigacional).” Hugo de Brito Machado
a) Dualista (CTN). A obrigação tributária nasce com a ocorrência do fato gerador, mas o CT em si
nasce somente com o lançamento. Art. 139 e art. 142, CTN.
1) Conceito legal (Art. 142, CTN). “Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o
crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a
ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante
do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.”
“Uma série de atos vinculados praticados pela Administração Fazendária com o objetivo de quantificar a
obrigação tributária ilíquida, transformando-a em um crédito líquido e certo, apto para pagamento por parte do
sujeito passivo.” Claudio Carneiro.
2) Natureza.
a) Constitutiva. Interpretação literal do art. 142, CTN. Natureza procedimental da relação tributária.
b) Declaratória. Interpretação sistemática do § 1º, art. 113 c/c art. 139, CTN e pelos conceitos de OT e CT.
Natureza obrigacional da relação tributária.
3) Modalidades.
a) De ofício ou direto. Art. 149, CTN. i) Originário ou direto (art. 149, I, CTN) e ii) derivado ou revisor (art. 149, II e IX, CTN).
d) Por arbitramento. Art. 148 c/c art. 149, CTN. *Ricardo Lobo Torres.
4) Princípios.
O caso deve ser trabalhado com base no conceito de lançamento e das espécies de lançamento. 1) trata-se de um exemplo
clássico de lançamento por homologação, como descrito no art. 150 do CTN. 2) O STJ editou as súmulas 436 e 446 consolidando
o entendimento de que o tributo declarado e não pago legitima o fisco a proceder atos de cobrança sem qualquer notificação do
contribuinte. Súmula 436 do STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito fiscal, constitui o crédito
tributário, dispensada qualquer providencia por parte do Fisco. Súmula 446 do STJ: Declarado e não pago o débito tributário pelo
contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa. Isto reacendeu a
discussão sobre o uso da expressão auto lançamento, que não é técnica mas parece ter alguma aplicação diante desta
interpretação do STJ.