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do Direito Internacional
A Fundamentação Positivista e Jusnaturalista
Para a doutrina positivista a fundamentação do Direito internacional ou é de natureza voluntarista ou
normativista
Esta doutrina pode ser dividida em 3 correntes:
1) fundamenta o Direito Internacional na vontade particular dos Estados;
2) fundamenta o Direito Internacional na vontade comum dos Estados (vereinbarung);
3) fundamenta o Direito Internacional com a sua natureza normativista (grundnorm).
Vontade Particular
Estados
Voluntarista
Vontade Comum
Positivista
Estados
Fundamentação DI Normativista
Jusnaturalista
DOUTRINA VOLUNTARISTA
Direito Internacional é um direito estatal externo. Significa isto que a VONTADE dos Estados não pode ser
conformada e enformada por nenhuma vontade superior, posto que acima daquela vontade nenhuma outra
existe. Daí que o Direito Internacional não seja mais do que uma projeção exterior do Direito Interno dos
Estados.
As convenções internacionais aceites pelos Estados só podem adquirir força obrigatória interna após a sua
recepção no e pelo ordenamento jurídico interno de cada Estado e, uma vez recebido, passa a fazer parte
integrante desse ordenamento.
CRÍTICA
PERIGO DA FUNDAMENTAÇÃO VOLUNTARISTA
Falta de clareza
Ao centrar-se na VONTADE, pode incentivar a desobediência dos Estados, pois um Estado teve uma vontade
num momento e pode ter outra vontade diferente num outro momento.
Positivista
Fundamentação
Normativista
DI
A FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVISTA
Principal Teórico: Hans Kelsen
Para este autor, a validade de uma norma não depende da vontade, mas sim de uma outra norma,
hierarquicamente superior.
A ordem jurídica é concebida como uma pirâmide, no topo de qual se encontra a norma fundamental – a
Grundnorm. Esta grundnorm é uma norma de carácter hipotético, ou seja, fundamenta e valida todo o sistema
jurídico.
Na ordem internacional acontece o mesmo. As normas internacionais só são normas jurídicas se se integrarem
no sistema.
Esse norma fundamental no Direito Internacional seria, num primeiro momento, a pacta sunt servanda,
passando num momento posterior ao costume, ou seja, consuetudo est servanda.
Kelsen é um positivista normativista com primazia do direito internacional, mas isto só após 1932.
Fundamentação
DI
Jusnaturalista
A FUNDAMENTAÇÃO JUSNATURALISTA
Surge depois da crise do positivismo
Retorno aos direitos naturais (podem ser a razão, a sociabilidade, pacta sunt servanda, etc.)
Fundamenta o Direito Internacional em normas e princípios que resultam da natureza racional e social do
homem, inerentes à sociedade política e se sobrepõem à vontade humana.