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Patologias do

sistema
osteoarticular
Fta. Erica Martinez
ARTROSE / OSTEOARTRITE /
OSTEOARTROSE
DEFINIÇÃO.
• É uma perturbação crônica
das articulações caracterizada
pela degeneração da
cartilagem.

CAUSA.
• Ainda incerta, porém, o
excesso de uso e sobrecarga
articular tem forte influência.
ARTROSE / OSTEOARTRITE /
OSTEOARTROSE

INCIDÊNCIA.

• Doença articular mais freqüente.

• Sua incidencia é alta em ambos os sexos. Contudo, a doença


tende a desenvolver-se nos homens numa idade mais precoce.

• A idade mais comum é em média 70 anos.


• QUADRO CLÍNICO

• Ao chegar aos 40 anos de idade, muitas pessoas manifestam sinais de artrose nas
radiografias, especialmente nas articulações que sustentam o peso (como o quadril e
joelho), mas relativamente poucas apresentam sintomas.

• Em geral, os sintomas desenvolvem-se gradualmente.

• afetam inicialmente uma ou várias articulações (as dos dedos, a base dos polegares, o
pescoço, a zona lombar, o dedo grande do pé (hálux), o quadril e os joelhos).

• A dor é o primeiro sintoma, que aumenta em geral com a prática de exercício.

• Em alguns casos, a articulação pode estar rígida depois de dormir ou de qualquer outra
forma de inatividade; contudo, a rigidez costuma desaparecer 30 minutos depois de se
iniciar o movimento da articulação.
• A articulação pode perder a mobilidade e inclusive ficar completamente rígida numa
posição incorreta à medida que piora a lesão provocada pela artrose.

• O novo crescimento do osso e outros tecidos pode aumentar o tamanho das


articulações.

• A cartilagem áspera faz com que as articulações ranjam ou crepitem ao mover-se.

• Em algumas articulações (como o joelho) os ligamentos que rodeiam e sustentam a


articulação distendem-se de tal maneira que esta se torna instável. Tocar ou mover
a articulação pode ser muito doloroso.

• Em contraste, o quadril se torna rígido, perde o seu raio de ação e provoca dor ao
mover-se.

• A artrose afeta com freqüência a coluna vertebral. A dor de costas é o sintoma mais
freqüente.
• Resumo do quadro
clínico:

• Dor;
• Rigidez matinal;
• Creptação;
• Edema;
• Instabilidade, eventualmente.
• RADIOGRAFIA

• ↓ do espaço articular.
• Esclerose subcondral.
• Osteófitos marginais.
• TRATAMENTO

• Analgesicos.

• Atividade física de baixo impacto.

• Hipertermoterapia.

• Artroplastia.
ARTRITE SÉPTICA / PIOGÊNICA /
INFECCIOSA
DEFINIÇÃO.

• A artrite séptica decorre de uma reação inflamatória resultante de uma invasão direta
da articulação por microorganismos patogênicos, ou seja, é uma infecção articular.

• CAUSA:

• É provocada por algum microorganismo (estafilococo, pneumococo, estreptococo,


etc) que contamina a articulação por diversas vias:

• Hematogênica.

• Introdução local (infiltração).

• Por osteomielite.
• QUADRO CLÍNICO

• Surgimento insidioso de:

• Dor articular severa, edema, calor e rubor.

• Febre.

• Aspiração revela liquido purulento.

• É quase sempre uma monoartrite.


• RADIOGRAFIA

• ↓ espaço articular.

• Erosão subcondral.

• Zonas escleróticas irregulares


no osso subcondral.
• TRATAMENTO

• Antibióticoterapia.

• Repouso.

• Imobilização (eventualmente)
GOTA (ARTRITE GOTOSA)
• DEFINIÇÃO
• Gota é uma doença metabólica caracterizada pela elevação de
ácido úrico no sangue podendo provocar depósito de cristais
de monourato de sódio nas articulações e tecidos
periarticulares.

• Obs: A concentração normal de ácido úrico no sangue é 7,0


mg/100ml.
• TIPOS DE GOTA (CAUSA)

• Gota primária - causa desconhecida e tem algum componente genético


(hereditário).

• Gota secundária - desenvolve em consequência de outra doença ou


alguns medicamentos.
• Doenças – doenças hemolíticas (anemia falciforme, talassemia, etc),
doenças mieloproliferativas (leucemia), psoríase, insuficiência renal,
obesidade, hipertensão arterial, hipotireoidismo, etc.

• Medicamentos - diuréticos, aspirina em dose baixa, warfarina, assim


como tratamentos naturais como a utilizacao do Oleo de Copaiba. O
ingestão de bebida alcoólica é também uma causa comum de
hiperuricemia, podendo causar a gota.
• INCIDÊNCIA.

• Sua maior incidência ocorre entre os 30-50 anos de idade,


com predomínio do sexo masculino (95%).

• No sexo feminino ocorre geralmente após a menopausa.


Fisiopatologia
HIPERPRODUÇÃO DE AU (10- • HIPOEXCREÇÃO DE AU (80-
20% dos casos) 90% dos casos)

ACÚMULO DE AU

SATURAÇÃO E CRISTALIZAÇÃO

NFLAMAÇÃO
• Quadro Clinico

• Geralmente manifesta-se como uma artrite iniciada durante a


madrugada, caracterizada por uma inflamação articular
evidenciado com:

• Calor, rubor, edema (inchaço) e extrema dor.

• Mais frequentemente acomete uma única articulação,


principalmente primeira metatarsofalangeana (hálux), dorso
do pé e tornozelo, mas com a evolução da doença qualquer
articulação pode ser acometida.
• A "crise" de gota geralmente tem duração de 5 a 7 dias com
resolução espontânea, entrando num período intercrítico
(assintomático), até a próxima crise (período 3 meses a 2 anos).

• Nos pacientes sem tratamento esse período intercrítico tende a


se tornar progressivamente menor e as crises mais duradouras;
podendo haver acometimento de mais de uma articulação,
podendo se tornar crônica.

• Com a evolução da doença, formam-se congromerados de cristais


de ácido úrico depositados em alguns tecidos, principalmente na
borda da orelha (pavilhão auricular), ponta do nariz e nas
superfície das articulações, principalmente dos cotovelos, dos
joelhos, das mãos e dos pés; são os chamados tofos.
• RADIOGRAFIAS

• Verificam-se múltiplas erosões ósseas como se fossem as


valvas de uma concha (imagem em "concha").

• Os tofos podem ser vistos como uma opacificação ao raio X e,


às vezes, tornam-se calcificados.

• Com o evoluir da doença surgem lesões líticas ósseas


disseminadas, perda do espaço articular osteófitos e numa
fase terminal anquilose e osteopenia
• TRATAMENTO

• Orientar a dieta,

• Tratar as doenças associadas,

• Tratar as crises e normalizar os níveis de ácido úrico no sangue.

• Quanto a dieta, deve-se diminuir a ingesta de alimentos ricos em proteínas, tais como carnes
vermelhas, frutos do mar, miúdos, embutidos, além da abstinência alcoólica.

• Orientar a redução do peso.

• Na crise, indica-se o uso de analgésicos, colchicina e compressa de gelo local.

• A redução dos níveis de ácido úrico é feita com fármacos específicos tais como alopurinol e
benzobromarona.
ARTRITE REUMAÓIDE
• DEFINIÇÃO:

• Doença inflamatória sistêmica na


qual as alterações são mais
acentuadas no tecido sinovial
(membrana e bainha sinovial).

• É caracterizada por uma poliartrite


simétrica crônica

• CAUSA:
• É uma doença autoimune de causa
desconhecida. Existe
predisposição genética para a
doença.
• EVOLUÇÃO PATOLÓGICA:

• As alterações seguem 3 fases:

• 1º) Inflamatória – Ocorre inflamação com espessamento da


membrana sinovial das articulações e tendões.

• 2º) Destruição – A inflamação persiste, causando destruição de


articulações e tendões. A cartilagem articular é erosada assim como o
osso subcondral. Os tendões também podem amolecer e se romper.

• 3º) Deformidade – Ocorrem deformidades nas articulações,


evidenciadas ao olho, devido a destruição do osso subcondral e
rupturas tendinosas ocorridas na
• QUADRO CLÍNICO:

• Manifesta-se inicialmente através do surgimento insidioso de mal


estar, febre eventual, cansaço, perda de peso, dor e enrijecimento
muscular, seguido de dor e edema nas articulações periféricas
(predominantemente articulações proximais das mãos e pés).

• Gradualmente mais articulações são comprometidas.

• Pode haver sintomas menos graves e períodos de exacerbação ou


até enquietação.

• Em alguns casos o inicio pode ser explosivo (geralmente idoso).


Normalmente com bom prognóstico.
• MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS:

• 1º) Nódulos reumatóide – Lesão granulomatosa subcutânea


especialmente sobre proeminências ósseas.

• 2º) Linfedemas – Pode afetar os linfonodos que drenam as


articulações inflamadas.

• 3º)Vasculite – Manifesta-se através de Fenômeno de Raynaud.

• 4º) Fraqueza muscular – causadas por miosites ou neurites


reumáticas.
• 5º) Alterações sensitivas – Causadas por neurites ou
compressões dos nervos pela sinovia espessada.

• 6º) Doenças viscerais – Pulmão (pleurite), coração (cardite e


pericardite), rins (insuficiência renal), tracto gastrointestinal
(ulceras), olhos (conjuntivite) e cérebro (muito rara).

• 7º) Lesões tendinosas – tendinites, tenossinovite e rupturas


tendinosas.
• PRINCIPAIS DEFORMIDADES
ARTICULARES:
• 1º Dedo em ventania – Desvio
ulnar dos dedos devido à
subluxações das articulações
metacarpo-falangianas.

• 2º Dedo em botoneira –
Flexão da interfalangeana
proximal e extensão da distal.

• 3º Dedo em pescoço de cisne


– Extensão da interfalangeana
proximal e flexão da distal.
• CRITÉRIOS BÁSICOS PARA O DIAGNÓSTICO:

• 1º Poliartrite simétrica crônica.


• 2º Acometimento das articulações proximais das mãos e pés.
• 3º Duração de pelo menos 6 semanas.

• ASPECTOS LABORATORIAS:

• FR (+) em 80% dos casos.


• Anemia com diminuição do ferro sérico.
• Aumento do VHS.
• Líquido sinovial – turvo e aquoso.
• ASPECTOS
RADIOLÓGICOS:

• Diminuição do espaço
articular.

• Erosão do osso subcondral.

• Subluxações .
• TRATAMENTO:

• Corticoesteróides.
• Imobilização na fase de destruição.
• Artrodese.
• Artroplastia.
Espondilite anquilosante
• DEFINIÇÃO:

• Caracteriza-se por anquilose,


inicial, das articulações sacro-
ilíacas, artrite inflamatória das
articulações da coluna, e
ossificações dos ligamentos
espinhais.

• Por vezes acomete as


articulações periféricas, e
produz irite e aortite.
• CAUSA:

• Desconhecida, porem existe uma predisposição genética.

• INCIDÊNCIA:

• Afeta 0,6% da população com maior predominância em


homens (5:1) jovens (30 a 40 anos) brancos.
• QUADRO CLÍNICO

• Início – Tipos graves

• Dor lombar: É clássico em uma pessoa jovem se queixa de início gradual de


uma dor lombar, que piora a noite e de rigidez ao se levantar pela manhã. A
dor se irradia freqüentemente para as nádegas e face posterior das coxas.

• Dores referidas às faces posteriores das coxas, até os joelhos, algumas vezes
relacionada periostite isquiática ou ossificação nas origens dos tendões
poplíteos (chamado de entesopatia).

• Dor torácica: Se irradia a partir da coluna torácica, ou das articulações


costovertebrais ou manubrioesternal.
• Dor cervical: Algumas vezes nos pacientes mais idosos.

• Acometimento das grandes articulações periféricas (raro


inicialmente): Pode ser o primeiro sinal da espondilite
anquilosante, principalmente nas crianças, quando os joelhos
tumefeitos e dolorosos podem simular artrite tuberculosa ou
febre reumática.
• Fase intermediaria
• Coluna: Rigidez e dor progressiva
que se propaga a coluna cervical.

• Movimentos (flexão, extensão,


flexão- lateral, rotação) limitados
com achatamento lombar e
espasmos dos músculos
paravertebrais.

• Desenvolve- se cifose toracolombar,


com a cabeça projetada para a
frente.

• A rotação da coluna cervical é


limitada.
• Acometimento da coluna torácica, das articulações costovertebrais
e manubrioesternal que levam a redução da expansão torácica, do
volume residual funcional e finalmente da capacidade vital.

• Articulações periféricas: A artrite é menos simétrica do que na AR e


não há nódulos subcutâneos. Freqüentemente há rigidez de ombros
e o acometimento do quadril pode levar a grande incapacidade.

• Manifestações cardíacas: Insuficiência aórtica em 2 a 5% dos casos.

• Manifestações pulmonares: Fibrose crônica do lobo superior em


poucos casos, causando dispnéia, tosse expectoração.
• RADIOGRAFIA

• Sacroileíte bilateral com esclerose e contornos irregulares da


articulação;

• ↓ do espaço articular;

• Retificação lombar;

• Corpos vertebrais quadrados;

• Sindesmófitos;

• Anquilose vertebral “Coluna em bambu”.


OSTEOPOROSE
• DEFINIÇÃO
• É uma doença matabólica do tecido ósseo, caracterizada pela perda
gradual de massa óssea, fazendo com que os ossos se tornem mais
susceptíveis às fraturas.
OSTEOPOROSE

• CAUSA

• É incerta, mas muitos fatores podem contribuir.

• FATORES DE RISCO PARA OSTEOPOROSE

• História familiar;
• “Raça branca”;
• Menopausa precoce;
• Alcoolismo;
• Tabagismo;
• Sedentarismo; má nutrição (ingestão de cálcio)
• Não exposição ao sol.
• TIPOS DE OSTEOPOROSE:
• 1. Primária ou idiopática Osteoporose Pós-menopausa (tipo I)

• Osteoporose Senil (Tipo II)

• 2. Secundária – Secundária a outros fatores como:

• Hipertiroidismo;
• Diabetes;
• Uso de corticóides;
• Tumores ósseos.
PÓS-MENOPAUSA SENIL

+ mulher 6/1 + mulher 2/1

↑ da atividade osteoclástica ↓ atividade osteoblástica

Evolução rápida Evolução lenta

Cortical óssea mantida ↓ do osso cortical

Cortical óssea mantida ↓ do osso trabecular


• QUADRO CLÍNICO

• A osteoporose é normalmente assintomática. Sua manifestação se dá atraves das


fraturas patológicas.

• PREVENÇÃO

• Fazer exercícios físicos regularmente: os exercícios resistidos são os mais


recomendados;

• Dieta com alimentos ricos em cálcio (como leite e derivados), verduras (como
brócolis e repolho), camarão, salmão e ostras.

• Reposição hormonal de estrógeno em mulheres durante e após o climatério


consegue evitar a osteoporose.

• Sua prevenção eficaz só é possivel quando feita durante a fase de predominancia


de formação óssea, ou seja, até aproximadamente 40 anos.
• EXAME COMPLEMENTAR
• O Exame recomendado é a Densitometria óssea. A
radiografia não é capaz de mostrar a osteoporose.

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