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Autora: Carolina Martins Machado

Orientador: Prof. Ma. Camila Young Vieira

DIAGNÓSTICO E POSSÍVEIS CAUSAS DO


TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: um
estudo bibliográfico
Justificativa

 O presente estudo visou unir os diversos olhares


existentes nos artigos publicados sobre o Transtorno do
Espectro Autista em dois indexadores. Pois, devido a
mudança de nomenclatura foi evidenciada novas
descobertas feitas na área.

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Motivações
 Após ter contato com uma criança autista, surgiu o
interesse de estudar esse assunto. Com isso, foi
escolhido uma instituição que trabalhasse com essa
população para a realização do Estágio Básico I. Por
meio dessa experiência, cresceu ainda mais o interesse
e fascínio por este Transtorno.

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OBJETIVOS

 Geral:
Investigar o Transtorno do Espectro Autista na atualidade a
partir de um estudo bibliográfico com enfoque na história
e nos sintomas.
 Específico:
- Identificar e descrever as possíveis causas e os
sintomas;
- Construir o percurso histórico, desde o surgimento até a
atualidade, do Transtorno do Espectro Autista;
- Problematizar sobre o processo de diagnóstico.

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REVISÃO DE LITERATURA
 História do Autismo:
- 1913 Bleuler pertencia à esquizofrenia, em
adultos.
- 1943 Kanner observou 11 crianças.
- 1944 Asperger observou 4 crianças.
- 1980 primeira vez no DSM III.
- 1999 Síndrome de Asperger Lorna Wing
- 2013 DSM V Transtorno do Espectro Autista.

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 Sobre o diagnóstico e sintomas:
- 1999 Wing maior incidência no sexo masculino.
- Diagnóstico é feito pela combinação de atraso no
desenvolvimento cognitivo ou de linguagem, deficiência
na qualidade das interações sociais recíprocas e
padrões de comportamento estereotipados
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 1992).

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MÉTODO

 Delineamento: pesquisa bibliográfica de revisão


narrativa.
 Coleta de dados: realizada em dois indexadores, Scielo
e Bireme, utilizando o descritor Transtorno do Espectro
Autista.
 Análise: realizada por meio de uma categorização do
material selecionado para esse trabalho. Foram
elaboradas duas categorias: a) diagnóstico e sintomas;
b) possíveis causas.

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RESULTADOS

 Diagnóstico e sintomas:
- Gomes et al (2014) afirmaram que o TEA engloba
alterações severas e precoces na socialização,
comunicação e cognição.
- Em relação ao diagnóstico Teixeira et al (2010) afirmam
que ele ocorre pela observação clínica dos aspectos
comportamentais, de comunicação e de interação social
e que a aplicação de instrumentos padronizados auxilia
na identificação de portadores do transtorno.

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 Possíveis causas:
- O que se sabe atualmente é que não se pode culpar apenas
o ambiente (LEIRAS; BATISTELLI,2014).
- Endres et al (2010) dizem que a herdabilidade genética do
autismo é estimada em mais de 80%.
- Untoiglich (2013) disse que o TEA possui uma “suposta
origem neurobiológica”. E que se trata de uma combinação
de múltiplos fatores, o que dificulta o diagnóstico.
- Pensam que há uma anomalia anatômica ou fisiológica do
Sistema Nervoso Central, problemas constitucionais inatos
e interação entre genes (GOMES et al., 2015).

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- O Fenótipo Ampliado do Autismo consiste na expressão
leve de características do Espectro em pais e irmãos dos
portadores do autismo e é visto como uma possível causa
para o transtorno (ENDRES et al., 2015).
- Para Untoiglich (2013) deve-se levantar diferentes
hipóteses e pesquisar em diversas linhas de investigação,
ao compreender o Espectro.
- Em relação a psicologia, Leiras e Batistelli (2014) dizem
que é através do encontro entre paciente e analista que a
comunicação nasce. E que o papel do analista é antecipar o
lugar de sujeito, para que aos poucos a criança vá se
apropriando deste (LEIRAS; BATISTELLI, 2014).

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CONCLUSÃO
- Não se pode falar em Autismo, mas em Autismos; pois há
uma gama de variações dentro do mesmo.
- Há níveis variados em relação ao grau de
comprometimento dos indivíduos portadores do transtorno.
- O diagnóstico é realizado pela observação dos aspectos
clínicos, comportamentais, de comunicação e interação
social.
- É necessário que se olhe para o sujeito e não se preocupe
em apenas enquadrá-los nos critérios diagnóstico.
- Para futuras pesquisas, sugere-se que se realizem mais
estudos sobre o tema em outras abordagens da Psicologia,
pois a única encontrada foi a abordagem psicanalítica, o
que deixou este estudo limitado.
REFERÊNCIAS

 ENDRES, Renata Giuliani et al. O Fenótipo Ampliado do Autismo em genitores de crianças com
Transtorno do Espectro Autista - TEA. Psicologia: Teoria e Pesquisa, [s.l.], v. 31, n. 3, p.285-
292, set. 2015. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/0102-37722015032268285292.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ptp/v31n3/1806-3446-ptp-31-03-00285.pdf>. Acesso
em: 09 agosto de 2016.
 LEIRAS, Ema Ponce de León; BATISTELLI, Fátima Maria Vieira. Reflexões psicanalíticas sobre
um caso com transtorno do espectro autista (TEA). Estilos da Clinica, [s.l.], v. 19, n. 2, p.277-
293, 19 ago. 2014. Universidade de Sao Paulo Sistema Integrado de Bibliotecas - SIBiUSP.
http://dx.doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v19i2p277-293. Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282014000200004>.
Acesso em: 08 agosto de 2016.
 Organização Mundial da Saúde. CID-10 Classificação Estatística Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados à Saúde. 10a rev. São Paulo: Universidade de São Paulo; 1997.
vol.2.
 UNTOIGLICH, Gisela. As oportunidades clínicas com sinais de autismo e seus pais. Estilos da
Clínica, São Paulo, v. 18, n. 3, p.543-558, set. 2013. Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282013000300008>.
Acesso em: 08 agosto de 2016.

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