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Falácias Falácias
cometidas cometidas
involuntariamente intencionalmente
Paralogismo Sofisma
Falácias formais Falácias informais
Resultam de
Decorrem apenas aspetos que vão
da forma lógica do para lá da forma
argumento. lógica do
argumento.
ARGUMENTOS NÃO
DEDUTIVOS
INDUTIVOS OUTROS
Alguns estudantes copiam nos testes. Até hoje, todos os cavalos nasceram quadrúpedes.
Logo, todos os estudantes copiam nos testes. Logo, o próximo cavalo a nascer será quadrúpede.
Modos válidos
Exemplo Formalização
Se viajar, então aprendo novas coisas.
Silogismo Se aprendo novas coisas, então torno- P→ Q
hipotético me melhor pessoa. Q→R
Logo, se viajar, então torno-me melhor P→R
pessoa.
Silogismo condicional
Modos válidos
Eu penso. P
Logo, não é verdade que eu não penso. P
Silogismo condicional
Modos válidos
Exemplo Formalização
Falácia da
afirmação do Se és meu amigo, então dizes-me sempre a verdade. P→ Q
consequente Dizes-me sempre a verdade. Q
Logo, és meu amigo. P
Exemplo Formalização
Falácia da
negação do Se és meu amigo, então dizes-me sempre a verdade. P→ Q
antecedente Não és meu amigo. P
Logo, não me dizes sempre a verdade. Q
Uma vez que este tipo de falácias não depende da forma lógica do
argumento, pode haver argumentos com a mesma forma que
sejam fortes ou fracos, bons ou maus, válidos ou inválidos.
FALÁCIAS
INFORMAIS
Falácia da falsa relação causal (post
Falácia da generalização precipitada hoc, ergo propter hoc)
Falácia que consiste em assumir como verdadeiro aquilo que se pretende provar.
EXEMPLOS:
Andar a pé é um desporto saudável. Logo, andar a pé é um desporto que faz bem à saúde.
O ser humano é inteligente, porque é um ser que possui inteligência.
Falácia do falso dilema
(Embora seja válido em termos dedutivos, este argumento exprime a falácia do falso
dilema.)
Falácia da falsa relação causal
(Post hoc, ergo propter hoc)
A expressão “post hoc, ergo propter hoc” significa “depois disto, logo
por causa disto”. Esta falácia comete-se sempre que se toma como
causa de algo aquilo que é apenas um antecedente ou uma qualquer
circunstância acidental. Trata-se, por isso, de concluir que há uma
relação de causa e efeito entre dois acontecimentos que se verificam
em simultâneo ou em que um se verifica após o outro.
EXEMPLOS:
Sempre que eu entro com o pé direito no campo, a minha equipa ganha o
jogo.
Logo, a causa das nossas vitórias é o facto de eu entrar com o pé direito
no campo.
EXEMPLOS:
A tua tese de que tudo é composto de átomos está errada, porque cheiras mal da boca
sempre que a proferes.
Sartre estava errado a respeito do ser humano, porque não ia regularmente à missa.
Falácia ad populum
Forma lógica:
EXEMPLOS:
A maioria das pessoas considera que a leitura é uma perda de tempo. Logo a leitura é uma
perda de tempo.
A maioria dos contribuintes considera legítimo fugir ao fisco.
Logo, é legítimo fugir ao fisco.
Falácia do apelo à ignorância Forma lógica:
EXEMPLOS:
Não existem fenómenos telepáticos, porque até agora ninguém provou que eles
existem.
A alma é imortal. Isto porque ninguém provou que a alma morre com o corpo.
Falácia do espantalho ou do boneco de palha
É a falácia cometida sempre que alguém, em vez de refutar o verdadeiro argumento do
seu opositor/interlocutor, ataca ou refuta uma versão simplificada, mais fraca e
deturpada desse argumento, a fim de ser mais fácil de rebater a tese oposta.
EXEMPLO:
António defende que não devemos comer carne de animais cujo processo de industrialização
os tenha sujeitado a condições de vida e morte cruéis.
Manuel refuta António dizendo: “António quer que apenas comamos alface!”.
[Em momento algum António defende que não devemos comer todo e qualquer tipo de
carne, sugerindo que sejamos vegetarianos (“comer alface”), mas apenas aquele tipo de
carne sujeito às condições descritas. O argumento é assim deturpado e simplificado.]
Falácia da derrapagem, “bola de neve” ou “declive escorregadio”
É a falácia cometida sempre que alguém, para refutar uma Forma lógica:
tese ou para defender a sua, apresenta, pelo menos, uma
premissa falsa ou duvidosa e uma série de consequências Se P, então Q.
progressivamente inaceitáveis. Se Q, então R.
Se R, então S.
Logo, se P, então S.
EXEMPLO