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Sacramentos

• Pelos quais “começa toda


verdadeira justiça,

• aumenta a já foi começada

• e repara-se a perdida”.
Sacramentos
• A Igreja, sacramento universal de salvação (LG
1), encontra nos diversos sacramentos os
meios mais adequados para exprimir sua
natureza e cumprir sua missão santificadora.
Sacramentos
• “A liturgia dos sacramentos e sacramentais faz com
que a graça divina, que deriva do Mistério pascal da
Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, onde vão
buscar a sua eficácia todos os sacramentos e
sacramentais, santifique todos os passos da vida
dos fiéis que os recebem com a devida disposição. A
ela se deve também que não deixe de poder ser
orientado para a santificação dos homens e para o
louvor de Deus o bom uso das coisas materiais” (SC
61).
Sacramentos: conceito.
• Cân. 840* Os sacramentos do Novo Testamento,
instituído pelo Cristo Senhor e confiados à Igreja,
como ações de Cristo e da Igreja, constituem sinais
e meios pelos quais se exprime e se robustece a fé,
se presta culto a Deus e se realiza a santificação dos
homens; por isso, muito concorrem para criar,
fortalecer e manifestar a comunhão eclesial; em
vista disso, os ministros sagrados e os outros fiéis,
em sua celebração, devem usar de suma veneração
e devida diligência.
Sacramentos: conceito.
• Os sacramentos do Novo Testamento:
diferentes pela origem,
pela causalidade e
pelos efeitos dos
sinais da antiga Aliança:
Sacramentos: conceito.
• instituído pelo Cristo Senhor: origem na
vontade fundacional de Cristo, o que
comporta elementos de “direto divino’,
irreformável.
Sacramentos: conceito.
• instituído pelo Cristo Senhor: não entra aqui
em questão a relação do “Jesus histórico” com
cada sacramento (evitar ingenuidade
histórica).
Sacramentos
• e confiados à Igreja: que não os criou, mas os
administra, com autoridade, em favor dos
fiéis.
• Daí a reserva em relação à legislação
sacramentária:
Sacramentos
• Cân. 841* Já que os sacramentos são os mesmos
para toda a Igreja e pertencem ao depósito
divino, compete unicamente à suprema
autoridade da Igreja aprovar ou definir os
requisitos para sua validade, e cabe a ela ou a
outra autoridade competente, de acordo com o
cân. 838, §§ 3 e 4, determinar o que se refere à
sua celebração, administração e recepção lícita, e
à ordem a ser observada em sua celebração.
Sacramentos
• “... compete unicamente à suprema
autoridade da Igreja aprovar ou definir os
requisitos para sua validade”
Sacramentos
• “... cabe a ela (suprema autoridade) ou a outra
autoridade competente, de acordo com o cân.
838, §§ 3 e 4, determinar o que se refere à sua
celebração, administração e recepção lícita, e
à ordem a ser observada em sua celebração.
Sacramentos. elementos constitutivos
• “Todos estes sacramentos constam de três
elementos: das coisas, que constituem a
matéria, das palavras, que são a forma, e da
pessoa do ministro, que confere o sacramento
com a intenção de fazer aquilo que a Igreja
faz. Se faltar um destes elementos, não é
efetuado o sacramento” (Conc. Florença, Bula
Exsultate Deo, DH 1312)
Sacramentos. elementos constitutivos
• Em última análise trata-se da necessidade de
garantir que tanto a Palavra transmitida seja
verdadeira Palavra de Deus (cânon bíblico),
como os sacramentos celebrados sejam
autenticamente sacramentos de Cristo.
• Para isso recorre-se, usualmente o esquema
hilemórfico.
Sacramentos. Noções gerais: matéria e forma.

• Teoria do hilemorfismo = matéria e forma.


• Esquema filosófico, que mostra-se prático na
definição dos elementos fundamentais do
sacramentos, mas que contém
limites próprios da
reflexão/linguagem humana
frente aos mistérios de Deus.
Sacramentos. Noções gerais: matéria e forma.

• A prima-materia: elemento indeterminado.


• A forma substancial: elemento determinante
que dá identidade a cada ser.
• Sua aplicação à doutrina sacramental é,
porém, apenas análoga.
Sacramentos. Noções gerais: matéria e forma.

• Cristo instituiu os sacramentos como sinais


(sensíveis).
• O sinal, por sua própria natureza, comporta
ambiguidade, aumentada quando não se trata
de um sinal natural (como fumaça / fogo).
• Essa ambiguidade é ainda mais grave quando
se pretende significar algo transcendente.
Sacramentos. Noções gerais: matéria e forma.

• A palavra humana pretende dissipar essa


ambiguidade, quando corresponde à intenção
de quem a pronuncia.
Sacramentos. Noções gerais: matéria e forma.

• Matéria: sinal sensível (objeto material ou


ação externa).
• Pode distinguir na ação sacramental:
• – matéria remota: o próprio sinal usado na
celebração.
• – matéria próxima: o uso que é feito do sinal
durante a ação sacramental.
Sacramentos. Noções gerais: matéria e forma.

• (Batismo). Sinal: ÁGUA.


• Mas esta pode ter muitos usos:

• Trata-se assim da
da matéria remota.
Sacramentos. Noções gerais: matéria e forma.

• A matéria próxima é o uso que se faz dela na


celebração: o banho batismal.
Sacramentos. Noções gerais: matéria e forma.

• Forma: o elemento determinante, pelo qual se


tira a ambiguidade da matéria. Por ser oral:
fórmula.
• Ex. “Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e
do Espírito Santo”.
• Ou: “O servo(a) de Deus, (nome), é batizado(a)
em Nome do Pai (Amém), e do Filho (Amém) e
do Espírito Santo (Amém)”.
Sacramentos. Noções gerais: matéria e forma.

• REQUISITOS LIGADOS À MATÉRIA E A FORMA.


• 1) devem ser certamente válidas.
Ex. uma “Missa” em se usasse Coca-cola em
lugar de vinho seria inválida.
Sacramentos. Noções gerais: matéria e forma.

• 2) Moralmente unidas:
• a) aplicadas pelo mesmo ministro,
• Alguns sacramentos (Eucaristia e Ordem)
admitem pluralidade de ministros =
concelebração.
Sacramentos. Noções gerais: matéria e forma.

• b) ao mesmo sujeito.
• A Penitência, porém, admite pluralidade de
sujeitos (absolvição comunitária).
Sacramentos. Noções gerais: matéria e forma.

• c) na mesma celebração.
• Na Eucaristia, porém, a unidade pode-se dar
entre a forma e a matéria remota (que deve
estar presentes no momento da celebração); a
comunhão pode ocorrer mais tarde.
Sacramentos. Noções gerais: matéria e forma.

• Não se deve, porém, imaginar que semper et


ubique se empregou a mesma matéria e a
mesma fórmula na celebração dos
sacramentos.
• Existem, com efeito, exemplos históricos que
não se conformam àquilo que foi definido em
Florença, mas cuja legitimidade (validade) não
pode ser contestada.
Sacramentos. Noções gerais: matéria e forma.

• A ordenação do
Patriarca da Igreja de
Alexandria por
entronização do
eleito pelo
presbitério, sem
imposição de mãos
(até o Concílio de
Nicéia I).
Sacramentos. Noções gerais: matéria e forma.

• A ordenação do
Patriarca etíope
por insuflação do
Patriarca de
Alexandria, sem
imposição de
mãos.
Sacramentos. Noções gerais: matéria e forma.

• A consagração
eucarística sem
relato da
instituição na
Anáfora de Addai
e Mari, usada pela
Igreja Assíria do
Oriente.
Sacramentos. Noções gerais: sujeito.
• Sujeito dos sacramentos é quem pode
recebê-los validamente.
• Cân. 842 § 1. Quem não recebeu o batismo
não pode ser admitido validamente aos outros
sacramentos.
• Cân. 845 § 1. Os sacramentos do batismo,
confirmação e ordem, já que imprimem
caráter, não podem ser repetidos.
Sacramentos. Noções gerais: sujeito.
• Para recepção válida dos sacramentos, não se
requer fé explícita no sacramento, nem vida
honrada, contanto que não falte a devida
intenção.
• Nas crianças que não atingiram o uso da razão
(e aos que a elas se equiparam; c. 99) não se
requer intenção pessoal para receber os
sacramento de que são capazes (Batismo,
Crisma, Eucaristia).
Sacramentos. Noções gerais: sujeito.
• – Nos adultos, além da recepção externa do
ato sacramental, requer-se também um ato
positivo da vontade (que pode ser a vontade
habitual implícita).
Sacramentos. Noções gerais: sujeito.
• Para recepção lícita e frutuosa dos sacramentos
se requer:
• – nos “sacramentos de mortos” (Batismo e
Penitência): arrependimento (contrição ou
atrição) sobrenatural.
• – nos “sacramentos de vivos”: estado de graça.
A Eucaristia exige ainda que o estado de graça
tenha sido normalmente recuperado pela
Penitência.
Sacramentos. Noções gerais: sujeito.
• – Todos os sacramentos devem ser recebidos
com devoção, reverência, atenção e
disposição do sujeito.
• – Deve ser pedidos a um ministro idôneo
(normalmente católico, em estado canônico
regular).
Sacramentos. Noções gerais: ministro.
• Ministro é quem realiza a ação sacramental.
• Pode se distinguir tipos diferentes de
ministros tanto, tanto pela causalidade como
pelo encargo recebido.
Sacramentos. Noções gerais: ministro.
• Pela causalidade, ministro principal é sempre
Cristo (e, em certo sentido, a Igreja). Ministro
secundário é a pessoa física (ordenada ou
não) que realiza visivelmente
a ação sacramental.
Sacramentos. Noções gerais: ministro.
• Pelo encargo recebido, ministro ordinário é
aquele, que em virtude do poder de ordem,
tem confiada a administração do sacramento,
mesmo que para agir (válida ou licitamente)
necessite da licença de outrem.
Sacramentos. Noções gerais: ministro.
• Ministro extraordinário, aquele que, por não
agir em virtude do poder de ordem, necessita
de uma licença especial para conferir o
sacramento.
Sacramentos. Noções gerais: ministro.
• O sacramento do matrimônio supõe dois
ministros (noivos) mais um ministro assistente
(sacerdote ou diácono).
Sacramentos. Noções gerais: ministro.
• Requisitos, no ministro, para celebração
válida dos sacramentos:
• – não se requer estado de graça.
• – requer-se poder de ordem (exceto Batismo e
Matrimônio).
• – requer-se intenção de fazer o que a Igreja
faz.
Sacramentos. Noções gerais: ministro.
• Requisitos, no ministro, para celebração lícita
dos sacramentos:
• – estado de graça.
• – atenção devida.
• – licença devida.
Sacramentos. Noções gerais: ministro.
• Cân. 843 § 1. Os ministros sagrados não
podem negar os sacramentos àqueles que os
pedirem oportunamente, que estiverem
devidamente dispostos e que pelo direito não
forem proibidos de os receber.
Sacramentos. Noções gerais: ministro.
• Cân. 843 § 2. Os pastores de almas e os outros
fiéis, cada um conforme o seu próprio múnus
eclesiástico, têm o dever de cuidar que todos
os que pedem os sacramentos estejam
preparados para recebê-los, mediante devida
evangelização e instrução catequética,
segundo as normas dadas pela autoridade
competente.
Sacramentos. Noções gerais: ministro.
• Obrigação do ministro de ministrar os
sacramentos.
• Obrigação geral decorrente da capacidade de
fazê-lo.
• Obrigação específica decorrente do encargo
recebido.
• Obrigação decorrente da necessidade do
sujeito ou da razoabilidade do pedido.
Sacramentos. Noções gerais: ministro.
• Obrigação do ministro de negar os
sacramentos.
• – os incapazes.
• – os indignos.
Sacramentos. Noções gerais: acatólicos.
• Cân. 844 § 1. Os ministros católicos só
administram licitamente os sacramentos aos
fiéis católicos que, por sua vez, somente dos
ministros católicos licitamente os recebem,
salvas as prescrições dos §§ 2, 3 e 4 deste
cânon e do cân. 861, § 2.
Noções gerais: receber os sacramentos de
ministros acatólicos.
• § 2. Sempre que a necessidade o exigir ou
verdadeira utilidade espiritual o aconselhar, e
contanto que se evite o perigo de erro ou
indiferentismo, é lícito aos fiéis, a quem for
física ou moralmente impossível dirigir-se a
um ministro católico, receber os sacramentos
da penitência, Eucaristia e unção dos enfermos
das mãos de ministros não-católicos, em cuja
Igreja esses sacramentos são válidos.
Noções gerais: receber os sacramentos de
ministros acatólicos.
• Quais sacramentos? Penitência, Eucaristia e
Unção dos enfermos.
Noções gerais: receber os sacramentos de
ministros acatólicos.
• Como se permite matrimônios mistos, o fiel
católico que se casa com fiel ortodoxo, recebe
validamente a benção nupcial de um
sacerdote ortodoxo:
Noções gerais: receber os sacramentos de
ministros acatólicos.
• c. 1127 § 1. /.../ se a parte católica contrai
matrimônio com outra parte não-católica de
rito oriental, a forma canônica deve ser
observada só para a liceidade; para a
validade, porém, requer-se a intervenção de
um ministro sagrado, observando-se as outras
prescrições do direito.
Noções gerais: receber os sacramentos de
ministros acatólicos.
• Quais Igrejas? Em uma Igreja na qual esses
sacramentos são válidos: ortodoxos
Noções gerais: receber os sacramentos de
ministros acatólicos.
• Quais Igrejas? Em uma Igreja na qual esses
sacramentos são válidos: vetero-católicos.
Noções gerais: Ministrar os sacramentos a
sujeito acatólico.
• § 3. Os ministros católicos administram licitamente
os sacramentos da penitência, Eucaristia e unção
dos enfermos aos membros das Igrejas orientais
que não têm plena comunhão com a Igreja católica,
se eles o pedirem espontaneamente e estiverem
devidamente preparados; vale o mesmo para os
membros de outras Igrejas que, a juízo da Sé
Apostólica no que se refere aos sacramentos, se
acham nas mesmas condições que as referidas
Igrejas orientais.
Noções gerais: Ministrar os sacramentos a
sujeito acatólico.
• Quais sacramentos:
• Penitência, Eucaristia e Unção dos enfermos
(c. 844).
• Batismo (c. 868 § 3)
• Matrimônio (c. 1116 §3).
Noções gerais: De concordia inter Codices

• c. 868 § 3: O filho de cristãos não


católicos, é licitamente batizado, se os
genitores, ou ao menos um deles, ou
aquele que ocupa legitimamente seu
lugar, o pedem e a eles mesmos seja
impossível, física ou moralmente, acorrer
ao próprio ministro.
Noções gerais: De concordia inter Codices

• c. 1116 § 3: Para além de quanto estabelecido pelo


§1, n.os 1 e 2, o Ordinário do lugar pode conceder a
qualquer sacerdote católico a faculdade de dar a
bênção ao matrimônio dos fiéis cristãos das Igrejas
orientais que não estão em plena comunhão com a
Igreja católica se estes o pedirem espontaneamente,
e, desde que, nada obste à válida e lícita celebração
do matrimónio. O mesmo sacerdote, com a
necessária prudência, informe a autoridade
competente da respetiva Igreja não católica.
Noções gerais: Ministrar os sacramentos a
sujeito acatólico.
• Quais fiéis?
• 1) Membros das Igrejas orientais que não têm
plena comunhão com a Igreja católica
• 3) Membros de outras Igrejas que, a juízo da
Sé Apostólica no que se refere aos
sacramentos, se acham nas mesmas condições
que as referidas Igrejas orientais.
Noções gerais: Ministrar os sacramentos a
sujeito acatólico.
• Quais condições?
• pedirem espontaneamente
• estarem devidamente preparados
• (no caso do Batismo, não poderem acorrer ao
próprio ministro).
Noções gerais: Ministrar os sacramentos a
sujeito acatólico.
• No caso de matrimônio misto, pode-se
ministrar o sacramentos a não católicos,
observadas as normas próprias de ambas as
Igrejas (cf. Instrução Dignitas connubii art. 2;
para a Igreja Católica cc. 1124-1128).
Noções gerais: Ministrar os sacramentos a
sujeito acatólico.
• Dignitas connubii art. 2 – § 1. O matrimônio dos católicos,
mesmo se uma só das partes seja católica, rege-se não só pelo
direito divino, mas também pelo canônico, salvo o art. 3, § 3 (cf.
cân. 1059).
• § 2. O matrimônio entre a parte católica e a parte batizada não
católica rege-se também:
• 1º pelo direito próprio da Igreja ou Comunidade eclesial à qual
pertence a parte acatólica, se essa comunidade for dotada de um
direito matrimonial próprio;
• 2º pelo direito utilizado pela Comunidade eclesial à qual pertence
a parte acatólica, se essa comunidade não dispuser de um direito
matrimonial próprio.
Noções gerais: Ministrar os sacramentos a
sujeito acatólico.
• § 4. Se houver perigo de morte ou, a juízo do Bispo
diocesano ou da Conferência dos Bispos, urgir outra
grave necessidade, os ministros católicos
administram licitamente esses sacramentos
também aos outros cristãos que não tem plena
comunhão com a Igreja católica e que não possam
procurar um ministro de sua comunidade e que o
peçam espontaneamente, contanto que
manifestem, quanto a esses sacramentos, a mesma
fé católica e estejam devidamente dispostos.
Noções gerais: Ministrar os sacramentos a
sujeito acatólico.
• 3) outros cristãos que não tem plena
comunhão com a Igreja católica.
• (anglicanos) (luteranos)
Noções gerais: Ministrar os sacramentos a
sujeito acatólico.
• Condições:
• A) perigo de morte
• B) ou, a juízo do Bispo diocesano ou da Conferência dos
Bispos, outra grave necessidade,
• C) não possam procurar um ministro de sua comunidade
• D) o peçam espontaneamente,
• E) manifestem, quanto a esses sacramentos, a mesma
fé católica
• F) estejam devidamente dispostos.
Sacramentos. Noções gerais: intenção.
• Intenção: ato positivo da vontade pelo qual o
ser humano determina a finalidade de seu
agir. Mesmo sendo interno, expressa-se
normalmente de forma externa em sinais.
• Como o ser humano pode dissociar sua
vontade interna do ato externo, pode praticar
invalidamente um ato sacramental.
Sacramentos. Noções gerais: intenção.
• Tipos de intenção:
• Intenção atual: a vontade do agente está
voltada para a ação que realiza, o qual tem
também percebe o móbil de sua ação (quer
fazer, faz e tem consciência presente de que
está fazendo).
Sacramentos. Noções gerais: intenção.
• Intenção virtual: é o modo de agir em que o
agente fez, de fato, um ato de vontade dirigido
ao fim que pretendia, não o revogou e
começou a agir sob impulso desse ato. Mas,
por falta de atenção, falta-lhe consciência
clara desta motivação durante a ação que
realiza (quer fazer, começa a fazer e se distrai,
perdendo a consciência presente do que está
fazendo).
Sacramentos. Noções gerais: intenção.
• Intenção habitual: modo de agir no qual o
agente realizou um ato de vontade, dirigido a
um fim que pretendia e não o revogou; mas
não começou a agir sob o influxo desse ato.
Sacramentos. Noções gerais: intenção.
• Normas sobre a intenção no ministro:
• Requer-se para todos os sacramentos a
intenção de fazer o que a Igreja faz ao
celebrar aquele sacramento (ou o que Cristo
pretendia ao instituí-lo). A falta dessa intenção
invalida a celebração sacramental.
(ex: uma apresentação teatral)
Sacramentos. Noções gerais: intenção.
• O ideal seria que o ministro tivesse sempre
intenção atual, mas requer-se apenas a
intenção virtual, não bastando a intenção
habitual (na qual não se começa a agir).
Sacramentos. Noções gerais: intenção.
• A intenção deve ser determinada (batizar esta
pessoa, consagrar estas hóstias).
Sacramentos. Noções gerais: intenção.
• É possível condição de presente ou de passado
(às vezes necessária):
• c. 845 § 2. Depois de feita diligente
investigação, permanecendo dúvida prudente se
os sacramentos mencionados no § 1 (Batismo,
Crisma, Ordem) foram recebidos de fato, ou se
o foram validamente, sejam conferidos sob
condição.
• A condição de futuro invalida o sacramento.
Sacramentos. Noções gerais: intenção.
• Simulação é a celebração externa do
sacramento, com exclusão da intenção interna
(ou emprego consciente de matéria ou
fórmula inválidas) com a finalidade de enganar
alguma pessoa (ou ao menos a previsão
voluntária aceita desse engano).
Sacramentos. Noções gerais: intenção.
• Dissimulação é a prática de uma ação
semelhante à ação sacramental mas sem
intenção suficiente, sem matéria ou fórmula
válida e sem que o destinatário da ação seja
levado ao engano.
• Havendo causa suficiente ela pode ser
praticada.
Sacramentos. Noções gerais: intenção.
• A simulação de sacramentos é pecado grave
(mentira, desrespeito às coisas sagradas,
injustiça contra quem é enganado).
• Trata-se de um delito canônico (cc. 1378 §2 e
1379)

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